'Fugax poker pcjalecos': a ondax poker pcprofissionais da saúde que trocam Brasil pelos EUA:x poker pc

"Tinha vontadex poker pcme mudar para os Estados Unidos desde que fiz uma viagem a turismox poker pc2019, mas só comecei a enxergar uma possibilidade real quando vários colegas deram entrada no processo e conseguiram arrumar emprego e visto", diz a goiana.

Segundo especialistasx poker pcimigração e profissionais ouvidos pela BBC News Brasil, uma grande ofertax poker pcvagasx poker pchospitais e consultórios, somadas a salários atrativos, estão motivando uma onda recentex poker pcimigraçãox poker pcprofissionais qualificados da área da saúde para terras norte-americanas.

Estudo do American Immigration Council mostra que o setorx poker pcsaúde é o que mais tem participaçãox poker pcimigrantes na forçax poker pctrabalho, com 15,6%. Na média nacional, os estrangeiros representam 13,7% da população.

E parte dessa força está vindo do Brasil. Um levantamento realizado pelo escritóriox poker pcadvocacia AG Immigration com dados do Departamentox poker pcSegurança Interna dos EUA mostrou que a quantidadex poker pcbrasileiros que se tornaram cidadãos americanos bateu recorde no ano fiscalx poker pc2021: foram 12.281, um total 47,5% superior aox poker pc2020.

As emissõesx poker pcgreen cards, como são chamados os vistosx poker pcresidência permanente que garantem o direitox poker pcmorar e trabalhar nos EUA, também aumentaram e atingiram o seu segundo maior patamar da história, com 17.952 novas expedições para brasileiros.

Em 2020, 44% dos brasileiros que receberam green cards no país obtiveram o documento por meiox poker pccontratosx poker pctrabalho.

Para Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration, os dados são sintomax poker pcuma nova ondax poker pc"fugax poker pccérebros e profissionais qualificados" para os EUA. "Temos visto um casamento entre um mercado extremamente carentex poker pcprofissionais e uma imigração brasileira cada vez mais capacitada", diz.

Segundo um levantamento do think tank Migration Policy Institute usando dados do censo americanox poker pc2019, 42,5% dos brasileiros nos Estados Unidos tem pelo menos um diplomax poker pcgraduação - um percentual superior ao da populaçãox poker pcimigrantesx poker pcgeral, que éx poker pc32,7%, e até dos nascidos nos Estados Unidos, que estáx poker pc33,3%.

Entre os recém-chegados (que imigraram para os EUA há até cinco anos) do Brasil, há ainda mais profissionais qualificados: 52,8% do total completou pelo menos o ensino superior.

De acordo com Rodrigo Costa, entre os que vão estão muitos médicos, enfermeiros, dentistas e fisioterapeutas que esperam encontrar mais reconhecimento, melhor qualidadex poker pcvida e novas experiências nos Estados Unidos.

Foram exatamente esses fatores que influenciaram a decisãox poker pcThaysax poker pcse mudar definitivamente para os EUA. "Pensei muito nos meus filhos, nas oportunidades e na educaçãox poker pcqualidade que irão encontrar por lá", conta.

A goiana iniciou o enviox poker pcdocumentos para a organização responsável pelo processox poker pcrevalidação do diplomax poker pcabrilx poker pc2020. Em março deste ano, foi aprovada no exame nacional exigido para todos os profissionaisx poker pcenfermagem e obteve seu certificado para trabalhar, tudo sem sair do Brasil.

"Três dias depoisx poker pcser aprovada no exame, recebi minha primeira ofertax poker pcemprego. Decidi aguardar outras oportunidades e já recebi outras cinco ofertas", diz Thaysa, que tem planosx poker pcse mudar permanentemente para os EUA até marçox poker pc2023.

A empresa escolhida pela enfermeira será responsável por dar início e arcar com os custos do processo imigratório.

"Alguns hospitais me ofereceram bônusx poker pcdinheiro, passagens aéreas, seguro saúde completo, três mesesx poker pcaluguel para começar a vida e até cartax poker pccrédito para comprar um carro - tudo para que eu assinasse o contrato com eles o mais rápido possível", relata Thaysa sobre as conversas que teve com os empregadores durante as entrevistasx poker pcemprego.

'A Grande Renúncia'

A corrida para contratar relatada pela brasileira reflete o momento delicado enfrentado pelo mercadox poker pctrabalho americano.

Os Estados Unidos encerraram o mêsx poker pcmarço com 11,5 milhõesx poker pcvagasx poker pcemprego abertas - o maior número já registrado na história do país. E a demanda continua crescendo mais do que a disponibilidadex poker pcprofissionais.

Desde o início da recuperação pós-pandemia, o país presenciou um êxodo maciçox poker pctrabalhadores do mercado. O movimento é motivado por diferentes fatores, entre elas a busca por salários melhores, o confortox poker pcbenefícios para desempregados e um boomx poker pcaposentadorias.

O fenômeno apelidadox poker pc"The Great Resignation" (A Grande Renúncia,x poker pctradução livre) atinge com força o setor da saúde.

O governo americano estima que o país precisa atualmentex poker pcmaisx poker pc16 mil trabalhadoresx poker pccuidado primário (médicos e enfermeiros), 11 mil novos dentistas e 7 mil profissionais da área da saúde mental para acabar com a faltax poker pcmãox poker pcobra especializada na área. Os dados são da Administraçãox poker pcServiços e Recursos Humanos (HRSA), agência federal americana responsável por ampliar o acesso da população local a serviçosx poker pcsaúde.

E a demanda não parax poker pccrescer. Segundo a Associação Americanax poker pcHospitais (AHA, na siglax poker pcinglês), os EUA ainda vão enfrentar uma escassezx poker pc124.000 médicos até 2033 e precisarão contratar pelo menos 200.000 novos enfermeiros por ano para atender ao aumento da demanda e substituir os profissionais que se aposentarão.

Segundo a Secretariax poker pcEstatísticas Trabalhistas dos EUA, serão ainda gerados,x poker pcmédia, cercax poker pc5.000 vagas para dentistas e 15.600 para fisioterapeutas a cada ano,x poker pcmédia, ao longo da próxima década.

'Os empregadores têm pressa'

É por tudo isso, segundo as fontes consultadas pela BBC, que muitos têm visto nos imigrantes uma solução mais rápida para o problema enfrentado pelos Estados Unidos.

"Recebemos pedidos e consultasx poker pcdiversas empresas do setor da saúde que desejam contratar estrangeiros para as vagas não ocupadas pelos americanos. Eles querem saber quando nossos clientes vão chegar nos EUA, porque têm pressa", diz Rodrigo Costa, cujo escritóriox poker pcadvocacia presta consultoria para brasileiros e cidadãosx poker pcoutras nacionalidades que desejam imigrar.

A procura cresceux poker pctal forma que a empresa afirma que tem conseguido emitir uma modalidade especialx poker pcvistos para profissionais brasileiros da áreax poker pcsaúde qualificados e com bom histórico.

O chamado EB-2 NIW é um green card direcionado para profissionais que são consideradosx poker pc"interesse nacional" para os Estados Unidos, ou seja, podem ocupar vagas que beneficiam a economia, o sistema educacional oux poker pcsaúde ou algum outro aspecto da sociedade americana.

Esse tipox poker pcgreen card não requer uma ofertax poker pctrabalho ou uma empresa patrocinadora, o que por vezes torna o processo imigratório mais fácil e rápido.

Todos os green cards dão direito a 10 anosx poker pcpermanência nos Estados Unidos, mas após cinco anos no país o cidadão já fica elegível para uma cidadania americana.

A fisioterapeuta Ana Paula Rocha,x poker pc37 anos, teve seu visto permanente na categoria EB-2 NIW aprovado neste ano. Mas antes mesmox poker pcreceber o documento a mineira naturalx poker pcDiamantina ganhou uma permissãox poker pctrabalho, com a qual pôde começar a trabalhar nos EUAx poker pcjulhox poker pc2020.

"O processox poker pcrevalidação do diploma durou dois anos e aproveitei esse tempo para completar o doutorado à distânciax poker pcuma universidade americana. Pude fazer tudo do Brasil e só tive que ir aos EUA para fazer a prova que garante a licençax poker pcfisioterapeuta no país", conta. "Quando estava com meu registro validado me mudeix poker pcdefinitivo".

Ana morax poker pcMiami, na Flórida, com o marido. Atualmente ela faz atendimento como fisioterapeuta ortopédicax poker pcduas clínicas da região, depoisx poker pcter trabalhado com um serviçox poker pctelemedicina durante a pandemia.

"Demorei alguns meses para conseguir o primeiro emprego porque comecei a busca justamente no auge da covid-19, mas posso dizer que desde então eu tenho podido escolher onde trabalhar, analisando salários e horários que são mais convenientes", diz.

"Decidi sair do Brasil porque não via muitas perspectivas na minha carreira como fisioterapeuta e me sentia estagnada. Por aqui me sinto muito valorizada e nunca experimentei nenhum preconceito ou dificuldade por ser estrangeira atendendo americanos", relata. "Não pretendo voltar a trabalhar no Brasil".

Mas o EB-2 NIW não é a única opção para os profissionaisx poker pcsaúde brasileiros, segundo Ana Barbara Schaffert, advogada e consultora da AG Immigration. "Há outras modalidadesx poker pcgreen card ou vistosx poker pctrabalho que podem ser solicitados após a assinatura do contrato", explica.

"O processox poker pcemissãox poker pcum green card pode demorarx poker pc10 a 26 meses, masx poker pcmarço a imigração americana anunciou uma expansão das regras do que chamamosx poker pcprocessamento premium, que permitem o pagamentox poker pcuma taxa adicional para agilizar o trâmite".

"Com isso, um brasileiro pode conseguir um green cardx poker pccercax poker pc45 dias. Essa é uma mudança grande e que determina o tom favorável à imigração do atual governo dos Estados Unidos", diz Schaffert.

Mil dentistas até o fimx poker pc2022

Para aproveitar o momento, a AG Immigration lançou uma iniciativa para levar mil dentistas brasileiros para os EUAx poker pc2022. Segundo a consultoria, já existem cercax poker pc300 profissionais com o processo encaminhado.

"Em geral, os profissionaisx poker pcodontologia brasileiros são muito bem avaliados nos Estados Unidos. Uma grande parcela dos que imigram tem especialização, alémx poker pcboa experiência clínica e trato humano com os pacientes", diz Rodrigo Costa.

A consultoria explica que ter diplomas avançados (mestrado, doutorado, especializações etc.) ou maisx poker pccinco anosx poker pcatuação na área são alguns dos fatores que ajudam na aprovação do visto, seja para dentistas ou outros profissionais da saúde.

Já no momento da revalidação do diploma, o processo variax poker pcacordo com a profissão e o currículox poker pccada imigrante.

Uma das maneiras que os dentistas podem conseguir a revalidação é por meio da participação do profissional já formadox poker pcum programax poker pceducação odontológica credenciado pela comissãox poker pcodontologia americana, como uma residência.

A dentista Hetienne Macedo,x poker pc40 anos, está atualmentex poker pcNova York fazendo justamente isso. Formadax poker pcuma faculdadex poker pcFortaleza, a cearense conseguiu uma vaga no programax poker pcresidênciax poker pcodontologia geral da Universidadex poker pcRochester.

Hetienne já foi aprovada na prova obrigatória para a emissão da licença que permite a atuaçãox poker pcdentistas no país e conta que pretende começar a trabalhar assim que encerrar o curso.

"Deixei meu consultório no Brasil funcionando, mas pretendo permanecerx poker pcNova York ou me mudar para o norte da Flórida quando terminar as aulas", diz a brasileira, que se mudou para os Estados Unidos no ano passado com o marido e os três filhos.

"Mas recebo e-mails semanalmentex poker pcempresas questionando sobre quanto tempo falta para me formar na residência e interessadasx poker pccontratar", relata.

A cearense afirma ainda que tem notado um fluxo cada vez maiorx poker pcdentistas brasileiros interessadosx poker pcseguir o mesmo caminho que o seu. "Na minha turmax poker pc40 residentes, 5 são brasileiros", diz.

'Processo longo e caro'

Mas os processos para revalidação do diploma e emissãox poker pcvisto para trabalho nos EUA nem sempre são simples ou baratos.

Assim como no caso dos dentistas, médicos brasileiros que desejem atuar na área clínica geralmente também precisam passar por uma residênciax poker pcuma instituição credenciada, mesmo que já tenham feito o períodox poker pcexperiência no Brasil. Há ainda duas provas obrigatórias, alémx poker pcum testex poker pcconhecimentox poker pcinglês.

Rafael Hernandez Martin,x poker pc23 anos, está no último ano da faculdadex poker pcmedicina na Faculdadex poker pcCiências Médicas e da Saúdex poker pcJuizx poker pcFora e pretende fazerx poker pcresidência diretamente nos Estados Unidos. "Sempre tive vontadex poker pcmorar fora e fui atraído pela estabilidade e segurança profissional que colegas que já atuam nos Estados Unidos dizem ter", diz.

Naturalx poker pcJuizx poker pcFora, ele está atualmente estudando para uma prova clínica que é exigida no processox poker pcseleção da residência. "Já fui aprovadox poker pcuma primeira prova, mais teórica, e depois da segunda avaliação vou ainda prestar um testex poker pcconhecimentox poker pcinglês específico para profissionais da saúde", relata.

O estudante pretende aproveitarx poker pcmudança para os EUA e se envolverx poker pcprojetosx poker pcpesquisa, que são muito bem-conceituados no país. "Minha intenção é mesmo morar e trabalharx poker pcforma permanente nos EUA", diz.

"Mas o processo todo realmente não é barato. Acho que no mínimo se gasta R$ 30.000 ou 40.000 com as taxas e provas para conseguir entrar na residência".

Já os enfermeiros e fisioterapeutas formados no Brasil passam por uma checagem rigorosax poker pcseu currículo escolar e profissional e, caso sejam aprovados, podem ser isentosx poker pcnovos cursos ou períodosx poker pcexperiência. Ainda assim, é necessário passar pelas provas oficiais das categorias que concedem uma licença oficial para atuar.

Nem todas as licenças são válidasx poker pctodo o território americano. Isto é, alguns estados exigem uma licença própria.

Por tudo isso, os profissionais que decidem imigrar precisamx poker pcuma reserva considerávelx poker pcdólares para pagar taxas, inscrições e, quando necessário, a mensalidade dos cursos. Os procedimentos para emissãox poker pcvisto também são pagos.

Diante dos gastos e do tempo hábil gasto no processox poker pcrevalidação, muitos acabam desistindo da ideia. Outros preferem se empregarx poker pcfunções que não exigem uma licença ou a confirmação da formação no Brasil.

Segundo Jeanne Batalova, analista sênior do Migration Policy Institute, esse cenário dá origem a muitos casosx poker pctrabalhadores imigrantes subutilizadosx poker pcsuas profissões.

"Muitos imigrantes formados como médicos, cirurgiões, enfermeiros e dentistas extremamente qualificados não conseguem revalidarx poker pceducação internacional nos EUA por conta das muitas barreiras e do processo longo e caro", diz.

"Mas isso não significa que eles não podem trabalharx poker pcempregos que exigem menor qualificação. Assim, muitos trabalham como auxiliaresx poker pcenfermagem ou funcionáriosx poker pccasasx poker pcrepouso, ocupações que nem sempre exigem uma revalidação do diploma, mas tendem a ser mais precarizadas".

"Na área da odontologia, profissionais que não conseguem passar por todo o processox poker pcrevalidaçãox poker pcseus diplomas se empregam muitas vezes como assistentex poker pcdentista ou higienista dental, trabalhos que por vezes não exigem a conversão da formação ou que tem menos burocracia para isso", explica Batalova.

O paulista João Antônio Costa,x poker pc48 anos, trabalha desde 2008 como dentistax poker pcum centro comunitáriox poker pcHyannis, Massachusetts, mas com licença limitada.

Formado no Brasil, ele preferiu não enfrentar a revalidação e procurar alternativasx poker pcemprego emx poker pcárea que aceitassem um diploma estrangeiro. "Há algumas alternativas, que variamx poker pcestado para estado. No meu caso, consegui trabalho no centro comunitário com a condiçãox poker pcser sempre supervisionado por um dentista formado nos Estados Unidos. Mas essa é uma permissão concedida apenas pelo estadox poker pcMassachusetts".

"No centro comunitário, oferecemos muitos tratamentos gratuitos ou com custo reduzido. Para mim é um privilégio e satisfação muito grande fazer o que eu sei e o que eu gosto para quem realmente precisa", diz.

João afirma que até recentemente nunca havia considerado a possibilidadex poker pciniciar a revalidação do diploma, mas foi incentivado pelo irmão, que também é dentista e conseguiu uma licença permanente no Canadá, a melhorarx poker pcsituação.

"Por isso, no ano passado fui aprovado na prova exigida para tirar a licença americana e nos próximos meses vou começar a me inscrever para os cursosx poker pcresidência e especialização que também são necessários", diz o brasileiro naturalx poker pcSão José dos Campos, que está documentando todax poker pcjornadax poker pcum blog pessoal.

"Há uma demanda muito grande por serviçosx poker pcodontologia e quero poder ajudar outros dentistas brasileiros que queiram vir aos Estados Unidos trabalhar".

Dinheiro no bolso

Mas apesar das burocracias e investimentos necessários para realizar o sonhox poker pctrabalharx poker pcsolo americano, muitos brasileiros têm optado por seguir o caminho da imigração por conta da promessax poker pcsalários mais altos do que no Brasil.

Segundo dadosx poker pcmaiox poker pc2021 da Secretariax poker pcEstatísticas Trabalhistas dos EUA, um dentista ganhax poker pcmédia cercax poker pcUS$ 163.000 (R$ 834.000) por ano no país. Já enfermeiros são pagos na médiax poker pcUS$ 77.000 (R$ 390.000) por ano, enquanto um fisioterapeuta ganha cercax poker pcUS$ 95.000 (R$ 485.000) anuais.

A média salarialx poker pcum médico nos Estados Unidos éx poker pcUS$ 208.000 por ano.

Em comparação,x poker pcacordo com o Guia Brasileirox poker pcOcupações, a médiax poker pcsalário mensalx poker pcum médico clínico no Brasil éx poker pcR$ 10.788, ou cercax poker pcR$ 140.000 anuais, considerando 12 meses e o 13º salário. O valor varia para mais ou para menos, a depender da especialização.

Já os dentistas ganhamx poker pcmédia R$ 83.000 anuais no país, enfermeiros R$ 68.000 e fisioterapeutas R$ 50.000, tambémx poker pcacordo com o Guia Brasileirox poker pcOcupações.

"Muitos dos profissionais brasileiros chegam nos EUA já com pós-graduação, o que faz a remuneração crescer bastante acima da média. Não é raro ouvirmos casosx poker pcsucessox poker pcpessoas ganhando maisx poker pcsete vezes o salário que recebiam no Brasil e até empreendendo por conta própria", diz Rodrigo Costa.

Cristian Brutten, odontopediatra brasileiro que fundou empresa dedicada a auxiliar dentistas estrangeiros com o processox poker pcrevalidaçãox poker pcdiploma e alocação no mercadox poker pctrabalho americano, confirma a percepção.

"Quase todos os dentistas brasileiros que trabalham nos EUA com que converso e lido diariamente ganham mais do que a média. O profissional brasileiro, alémx poker pcser muito qualificado, também é conhecido por aqui por suas habilidades sociais e empatia - qualidades essenciais na área da saúde", diz.

O dentista naturalx poker pcNatal mora nos Estados Unidos desde 2008 e, após completar duas residências no país para validar seu diploma, abriu um consultório próprio com um sócio. Também decidiu se dedicar a auxiliar outros brasileiros que desejam seguir o mesmo caminho.

"A migraçãox poker pcestrangeiros para os EUA é uma realização profissional para essas pessoas, mas também uma mais valia para o país, porque os EUA precisam urgentementex poker pcprofissionaisx poker pcsaúde", diz Brutten.

Mas o professor Eduardo Siqueira, especialistax poker pcimigração brasileira nos EUA da Universidadex poker pcMassachusetts Boston, lembra que a partidax poker pcalguns desses profissionais representa um prejuízo para o mercadox poker pctrabalho e ambiente acadêmico brasileiros.

"Quanto maior é o graux poker pcqualificação dos profissionais que saem, mais difícil fica recuperarx poker pcperda", diz.

"Temos visto muitos indivíduos extremamente qualificados, com pós-doutorado e pesquisas importantes sendo desenvolvidas, deixarem o Brasil para vir para os Estados Unidosx poker pcbusca especialmente das melhores condições na área científica", afirma Siqueira.

"Nem todos serão uma perda definitiva para o Brasil, mas uma pessoa tão especializada pode demorar 10 ou mais anos para chegar a esse nível. Ou seja, vai demorar para encontrar um substituto".

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