'Me senti como um caixão ambulante': as mulheres obrigadas a seguir com gravidez inviável nos EUA:como fazer retirada do sportingbet

Legenda do áudio, A mulheres obrigadas a seguir com gravidez inviável nos EUA
Marlena Stell

Crédito, Marlena Stell

Legenda da foto, Marlena Stell precisou esperar duas semanas para fazer uma curetagem

Mas, dessa vez, a imagem do monitor não trouxe boas notícias. "Ali só se via a cavidade, como um túmulo oco", conta ela. "Minha ginecologista ficoucomo fazer retirada do sportingbetsilêncio e entendi que algo ruim estava acontecendo."

A médica disse que parecia ser uma gravidez anembrionária, também conhecida como "ovo cego". Ela ocorre quando o embrião não se desenvolve ou paracomo fazer retirada do sportingbetse desenvolver, é reabsorvido pelo organismo da mãe e deixa um saco gestacional vazio. Em outras palavras, uma gravidez sem o bebê.

A gravidez anembrionária costuma estar relacionada a alterações genéticas e é a principal causacomo fazer retirada do sportingbetaborto espontâneo, segundo o Colégio Americanocomo fazer retirada do sportingbetObstetrícia e Ginecologia (ACOG, na siglacomo fazer retirada do sportingbetinglês).

Monitor mostrou gravidez anembrionáriacomo fazer retirada do sportingbetMarlena Stell

Crédito, Marlena Stell

Legenda da foto, Monitor mostrou gravidez anembrionáriacomo fazer retirada do sportingbetMarlena Stell

Stell esperava quecomo fazer retirada do sportingbetseguida a médica fosse apresentar possíveis opções. Mas,como fazer retirada do sportingbetvez disso, ela conta que foi advertida que, "devido à lei dos batimentos que havia acabadocomo fazer retirada do sportingbetentrarcomo fazer retirada do sportingbetvigor no Texas", antescomo fazer retirada do sportingbetpoder oferecer qualquer tratamento ou intervenção, era preciso apresentar uma segunda ecografia, como provacomo fazer retirada do sportingbetque acomo fazer retirada do sportingbetgestação não era viável.

A normacomo fazer retirada do sportingbetquestão havia entradocomo fazer retirada do sportingbetvigor no Texascomo fazer retirada do sportingbet1°como fazer retirada do sportingbetsetembrocomo fazer retirada do sportingbet2021, apenas duas semanas antes dacomo fazer retirada do sportingbetecografia e nove meses antes que a Suprema Corte dos Estados Unidos eliminasse o direito constitucional ao aborto no país, deixando a legislação sobre o assunto nas mãos dos Estados.

A lei texana é conhecida como a "lei dos batimentos", porque proíbe a interrupção da gestação se o médico conseguir detectar atividade cardíaca fetal — o que normalmente ocorre a partir da sexta semana, quando muitas mulheres ainda não sabem que estão grávidas.

Stell recorda a cena e ainda não consegue acreditar. "Não é que não se ouviam os batimentos, é que não havia sinal do bebê!"

Familia Stell

Crédito, Cortesiacomo fazer retirada do sportingbetMarlena Stell

Legenda da foto, Marlena Stell e seu marido queriam dar um irmão, ou irmã, para acomo fazer retirada do sportingbetfilhacomo fazer retirada do sportingbetdois anos

A clínica que atendeu Stell esclareceu à BBC News Mundo que a lei que protege a confidencialidade dos pacientes não permite comentar sobre casos específicos, mas confirmou que ela "cumpre com a lei dos batimentos" e costuma pedir uma segunda ecografia para confirmar que o observado na primeira está correto e que não se tratacomo fazer retirada do sportingbet"um falso negativo".

E, quando é confirmado que a gravidez é inviável, a clínica segue "o padrãocomo fazer retirada do sportingbetatendimento".

Stell afirma que ali começoucomo fazer retirada do sportingbetodisseia particular para conseguir a retirada do conteúdo do útero com um procedimento cirúrgico e assim evitar possíveis infecções.

Curetagem, por favor!

O que ela pedia era um procedimentocomo fazer retirada do sportingbetdilatação e curetagem, que consistecomo fazer retirada do sportingbetdilatar o colo do útero e introduzir um instrumento para retirar qualquer tecido remanescente da gravidez que ainda estivesse retido ali.

Esse é um dos principais tratamentos para completar abortos espontâneos que ocorrem antes da 13ª semana. Outros métodos comuns são a conduta expectante (deixar que o corpo expulse o tecido por si próprio), a aceleração do processo com medicações e a eliminação por aspiração.

"Uma pessoa que passe por um aborto espontâneo deve poder escolher,como fazer retirada do sportingbetconsulta com um médico, qual o tratamento adequado para ela", segundo a representante do ACOG Jennifer Villavicencio. O manual do ACOG também indica o mesmo procedimento.

A segunda ecografia para "comprovar" que a gravidezcomo fazer retirada do sportingbetMarlena Stell não era viável

Crédito, Cortesia Marlena Stell

Legenda da foto, A segunda ecografia para "comprovar" que a gravidezcomo fazer retirada do sportingbetMarlena Stell não era viável

Mas, depoiscomo fazer retirada do sportingbetrealizar a segunda ecografia, que confirmou a gravidez anembrionária, Stell afirma terem insistido para que ela esperasse seu corpo expulsar o conteúdo do útero, oferecendo uma receitacomo fazer retirada do sportingbetmisoprostol, um remédio para acelerar esse processo.

"Mas, pela minha experiência com a gravidez anterior [seu corpo não expulsava o tecido uterino e a dor não a deixava caminhar], não me sentia segura com essa alternativacomo fazer retirada do sportingbetfazê-lo sozinhacomo fazer retirada do sportingbetcasa e preferia que um médico fizesse no hospital", relata ela.

Por isso, Stell não usou o remédio e continuou procurando alguém que fizesse a curetagem. Até que conseguiu,como fazer retirada do sportingbetuma clínicacomo fazer retirada do sportingbetaborto, no dia 28como fazer retirada do sportingbetsetembro.

"Nessas duas semanas, me senti como um caixão ambulante", descreve Stell, "carregandocomo fazer retirada do sportingbetum lado para outro o que eu havia desejado que fosse um bebê, mas nunca havia sido".

Atrasos e ausênciacomo fazer retirada do sportingbettratamento

A mudança do panorama legal referente ao aborto nos EUA também está afetando o tratamento das mulheres que, como Stell, enfrentam gestações desejadas, mas inviáveis.

Os pacientes, médicos e organizações entrevistados pela BBC News Mundo indicam que o tratamentocomo fazer retirada do sportingbetabortos espontâneos incompletos,como fazer retirada do sportingbetgravidez ectópica — que se desenvolve fora do útero e é considerada perigosa — ecomo fazer retirada do sportingbetoutras complicações comuns está sendo postergado, questionado e até mesmo negado.

A Lei n° 8 do Senado Texano é conhecida como "a lei dos batimentos"

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Lei n° 8 do Senado Texano é conhecida como "a lei dos batimentos"

"O que realmente mudou é quem está cuidando do tratamento médico, porque (em alguns casos) nós, médicos, deixamoscomo fazer retirada do sportingbetfazê-lo por medocomo fazer retirada do sportingbetações na justiça, multas e possíveis condenações à prisão", segundo Amanda Horton, especialistacomo fazer retirada do sportingbetmedicina materno-fetal e obstetracomo fazer retirada do sportingbetcasoscomo fazer retirada do sportingbetalto risco, que atende o Texas desde 2014.

A legislação daquele Estado permite que cidadãos processem qualquer pessoa que pratique ou ajude a praticar um aborto após a sexta semanacomo fazer retirada do sportingbetgravidez. E as penas por realizar abortos aumentarão com outra lei que deve entrarcomo fazer retirada do sportingbetvigorcomo fazer retirada do sportingbetquestãocomo fazer retirada do sportingbetsemanas.

Ilustração da gravidez ectópica

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Ilustração da gravidez ectópica

Um dos casos mais comuns que os especialistas vêm tratandocomo fazer retirada do sportingbetforma diferente com a mudança do panorama jurídico é a "ruptura prematura das membranas", segundo Horton.

"[A ruptura] ocorre quando a bolsa amnióticacomo fazer retirada do sportingbetuma pessoa se rompe quando ela ainda não está grávida por tempo suficiente para que o feto possa sobreviver fora do útero", explica ela. Geralmente, o limite da viabilidade fetal é estabelecido entre cercacomo fazer retirada do sportingbet23 e 24 semanascomo fazer retirada do sportingbetgravidez, embora não haja um consenso universal.

Quando isso acontece, o mais provável é que o trabalhocomo fazer retirada do sportingbetparto comececomo fazer retirada do sportingbetquestãocomo fazer retirada do sportingbetdias oucomo fazer retirada do sportingbetaté uma semana, embora a especialista indique que nem todos os casos progridem desta forma. E, sem o líquido amniótico, "aumenta o riscocomo fazer retirada do sportingbetinfecção, sangramento e atécomo fazer retirada do sportingbetmorte fetal, que ocorre quando o bebê morre dentro do organismo da mãe".

Antes da lei dos batimentos, "o Texas tinha algumas regulamentações sobre quem poderia ou não receber essa opção e havia um procedimento a ser seguido, que incluía uma espera obrigatóriacomo fazer retirada do sportingbet24 horas — mas, se fosse uma gravidez suficientemente precoce e a paciente desejasse interrompê-la, ela podia", explica Horton.

"Mas, agora, a menos que haja sinaiscomo fazer retirada do sportingbetinfecção ou início do trabalhocomo fazer retirada do sportingbetparto, não podemos oferecer essa opção porquecomo fazer retirada do sportingbetvida não estácomo fazer retirada do sportingbetrisco naquele momento." A lei dos batimentos permite exceções no casocomo fazer retirada do sportingbetriscocomo fazer retirada do sportingbetmorte da mãe.

Embora não haja consenso universal, 23 ou 24 semanascomo fazer retirada do sportingbetgestação são consideradas o limite da viabilidade fetal

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Embora não haja consenso universal, 23 ou 24 semanascomo fazer retirada do sportingbetgestação são consideradas o limite da viabilidade fetal

Ela teve que dizer issocomo fazer retirada do sportingbetjunho a uma mulher grávidacomo fazer retirada do sportingbet17 semanas que chegou, depoiscomo fazer retirada do sportingbetrompida a bolsa, à pequena clínica da zona rural do Texas onde ela atende.

Como o feto ainda tinha atividade cardíaca, depoiscomo fazer retirada do sportingbetum períodocomo fazer retirada do sportingbetobservação ecomo fazer retirada do sportingbetconstatar quecomo fazer retirada do sportingbetvida não corria risco naquele momento por faltacomo fazer retirada do sportingbetsinaiscomo fazer retirada do sportingbetinfecção, o hospital a mandou para casa, para esperar que aparecessem esses sinais ou começasse o trabalhocomo fazer retirada do sportingbetparto.

"Ela acabou cuidando do assunto com as próprias mãos e saiu do Estado para pôr fim à gestação", ela conta.

Médicos especialistascomo fazer retirada do sportingbetgestaçõescomo fazer retirada do sportingbetalto risco comparam a forma com que esses casos são tratados — retardando qualquer intervenção —como fazer retirada do sportingbetEstados com leis altamente restritivas sobre o aborto com fazer as mulheres subirem até o terraçocomo fazer retirada do sportingbetum arranha-céu, empurrá-las até a borda e agarrá-las no momentocomo fazer retirada do sportingbetque elas iriam cair do edifício.

"É uma forma muito perigosacomo fazer retirada do sportingbetpraticar a medicina. Todos nós sabemos que alguma mulher irá morrer", indica um médico do Texas sob condiçãocomo fazer retirada do sportingbetanonimato.

Enquanto isso, as chamadas organizações pró-vida rejeitam a ideiacomo fazer retirada do sportingbetque as leis contra o aborto estejam prejudicando o tratamento da saúde materna. Elas garantem que o verdadeiro problema é a "desinformação" da imprensa e dos ativistas a favor do direitocomo fazer retirada do sportingbetescolha.

Manifestante antiaborto durante una protesta en Dallas, Texas, el 15como fazer retirada do sportingbetenerocomo fazer retirada do sportingbet2022.

Crédito, Getty Images

"Como alguém que sofreu episódioscomo fazer retirada do sportingbetgravidez complicados, existe uma grande diferença entre os esforços médicos para tentar salvar a todos — a mãe e o feto — e trabalhar ativamente para provocar a mortecomo fazer retirada do sportingbetuma pessoa", segundo Kristi Hamrick, da Students for Life, uma das maiores organizações contra o aborto dos Estados Unidos.

'Pesadelo distópico'

Elizabeth Weller, moradora da cidadecomo fazer retirada do sportingbetHouston, no Texas,como fazer retirada do sportingbet26 anos, é uma das mulheres que foram obrigadas a subir até o alto do hipotético edifício mencionado pelo médico anônimo. Ela olhou com vertigem para baixo e teve a sortecomo fazer retirada do sportingbetnão cair.

Ela conta que, no dia 10como fazer retirada do sportingbetmaio, depoiscomo fazer retirada do sportingbetsair para caminhar por recomendação médica, sentiu "uma mudançacomo fazer retirada do sportingbetpressão no útero". Quando se abaixou, ela se lembracomo fazer retirada do sportingbetter saído "um jato".

James e Elizabeth Weller

Crédito, Cortesia dos Weller

Legenda da foto, James e Elizabeth Weller

A ecografia que eles fizeram no pronto atendimento do hospital local Woodlands confirmou a ruptura prematura das membranas. Ela estava na 18ª semanacomo fazer retirada do sportingbetgestação e ali começou o que ela chamacomo fazer retirada do sportingbetseu "pesadelo distópico".

"Há somente líquido amniótico e isso não é bom. Você precisa rezar e esperar que as coisas andem bem", disse o médico que estava na sala.

Sua ginecologista explicaria a situação com detalhes posteriormente (de forma similar ao descrito anteriormente pela Dra. Horton), apresentando duas opções: ficar internada no hospital até atingir a viabilidade fetal ou proceder ao "término por razões médicas".

"Ao ouvir essas palavras, meu coração se partiu. Foi muito triste e frustrante", lembra ela.

Ecografia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Ecografia confirmou que havia atividade cardíaca fetal

Ela tomou a decisãocomo fazer retirada do sportingbet"proceder ao término" junto com seu marido e o casal passou a noite chorando e se despedindocomo fazer retirada do sportingbetsua filha (não nascida). E conta que, quando comunicaram à ginecologista na manhã seguinte que queriam pôr fim à gestação, a médica respondeu que iria pedir autorização e, naquele mesmo dia, realizariam o procedimento.

'Não irão tocarcomo fazer retirada do sportingbetvocê'

"A minha médica passou as cinco ou seis horas seguintes discutindo com a administração [do hospital], tentando conseguir a autorização do procedimento", segundo Weller. "Mas, quando voltou ao quarto, ela disse que hospital havia decidido que ninguém iria tocarcomo fazer retirada do sportingbetmim."

No seu caso, o procedimento seria uma indução, seguida do parto. Mas a médica deixou claro que a negativa era devido à lei dos batimentos e à iminente anulação do caso Roe versus Wade pela Suprema Corte dos EUA, que empurraia a decisão sobre direito ao aborto aos Estados.

Por isso, naquele mesmo dia, Elizabeth e James Weller voltaram para casa, para esperar que o feto deixassecomo fazer retirada do sportingbetapresentar atividade cardíaca ou que se desenvolvesse uma infecção. Estes eram os sintomas que ela deveria apresentar para que pudessem considerar quecomo fazer retirada do sportingbetvida estavacomo fazer retirada do sportingbetperigo e intervir: "febre (38 °C), calafrios e um fluxo fétido e amarelado".

Termómetro

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Elizabeth Weller precisaria ter febre e outros sintomas para que o hospital pudesse intervir

"No caminho, compramos um termômetro", recorda Weller. "James tomou minha temperatura a cada hora, todos os dias, esperando que eu ficasse doente para que nosso sofrimento terminasse."

A infecção só viria três diascomo fazer retirada do sportingbetangústia depois.

Na sexta-feira, ela acordou perguntando-se se continuaria grávida ou não. "Tecnicamente, eu estava, mas meu bebê iria morrer. Onde fico com isso? Estava tendo uma crise existencial", lembra Weller.

Imersa nessa conversação consigo mesma, ela ouviu um ruído no seu abdômen. Era um gás, mas, naquele momento e naquelas circunstâncias, passou pelacomo fazer retirada do sportingbetcabeça que seria o grito dacomo fazer retirada do sportingbetfilha perto da morte.

"Eu me assustei muito e liguei para o hospital para que voltassem a examinar se havia batimentos." E o hospital constatou que ainda havia atividade cardíaca fetal.

Mas, na volta para casa, Weller observou que o fluxo que manchavacomo fazer retirada do sportingbetroupacomo fazer retirada do sportingbetbaixo já eracomo fazer retirada do sportingbetcor escura e muito fétido. A infecção havia começado.

Naquela mesma tarde, ela teve o parto induzido. "Minha filha morreu imediatamente depois. Não havia nada que pudesse ser feito. Mas pude tê-la nos meus braços", ela conta.

A BBC News Mundo entroucomo fazer retirada do sportingbetcontato com o hospital Woodlands, que faz parte do sistema hospitalar metodistacomo fazer retirada do sportingbetHouston, para conhecercomo fazer retirada do sportingbetversão. Mas, até o momento da publicação desta reportagem, não houve resposta.

'Inexplicavelmente cruel'

Mas o casocomo fazer retirada do sportingbetWeller é igual a outros relatados por médicos no Texas ecomo fazer retirada do sportingbetoutros Estados norte-americanos com restrições similares ao aborto.

"Antes, costumávamos oferecer a opção do aborto às pacientes com anomalias fetais letais — más formações cardíacas, renais ou cerebrais importantes, que fariam com que o bebê nunca sobrevivesse fora do útero — especialmente quando as mães eram portadorascomo fazer retirada do sportingbetcondições médicascomo fazer retirada do sportingbetalto risco, como hipertensão arterial, doenças renais ou câncer", segundo Mae Winchester, especialistacomo fazer retirada do sportingbetmedicina materno-fetalcomo fazer retirada do sportingbetum centro acadêmicocomo fazer retirada do sportingbetCleveland,como fazer retirada do sportingbetOhio (Estados Unidos).

São casoscomo fazer retirada do sportingbetque "não importa o que fizermos, o bebê não irá sair vivo, e é inexplicavelmente cruel pedir às mães que deem prosseguimento à gravidez até os nove meses, arriscando suas próprias vidas".

Ecografia mostrando uma gravidez extrauterina

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Ecografia mostrando uma gravidez extrauterina

Embora a maior parte das proibições estaduais ao aborto contemple exceçõescomo fazer retirada do sportingbetcasocomo fazer retirada do sportingbetrisco à vida da mulher, a faltacomo fazer retirada do sportingbetclareza no estabelecimento da linha divisória e o medocomo fazer retirada do sportingbetenfrentar ações judiciais estão levando alguns obstetras a consultar advogados e os comitêscomo fazer retirada do sportingbetética dos hospitais sobre as decisões relativas a cuidadoscomo fazer retirada do sportingbetrotina.

Equipescomo fazer retirada do sportingbetadvogados e comitêscomo fazer retirada do sportingbetética

A primeira vezcomo fazer retirada do sportingbetque Mae Winchester procurou aconselhamento legal antescomo fazer retirada do sportingbetatender uma paciente foi imediatamente após a mudança do panorama legal no Estado.

"Eu sabia o que tinha que fazercomo fazer retirada do sportingbettermos médicos", ela conta. "A paciente chegou ao hospital com sangramento, dores, alto nívelcomo fazer retirada do sportingbetglóbulos brancos, sinalcomo fazer retirada do sportingbetque havia infecção, e frequência cardíaca muito alta — todos os sintomas compatíveis com septicemia", que pode ser mortal.

Protesta a favor del aborto en Cleveland, Ohio.

Crédito, Getty Images

"Ante esse quadro, o padrãocomo fazer retirada do sportingbetatendimento é o aborto. Foi assim por décadas. Mas eu precisavacomo fazer retirada do sportingbetorientação sobre a logística legal que não conhecia: havia formulários que eu precisava assinar? deveria procurar a aprovaçãocomo fazer retirada do sportingbetmais alguém?... Queria ter certezacomo fazer retirada do sportingbetque eu protegeria a paciente, a mim mesma e à instituição, para poder continuar a fornecer os mesmos cuidados no futuro", explica Winchester.

Ela agora segue este procedimentocomo fazer retirada do sportingbettodos os casos. "Preciso obter a aprovação dos nossos advogados antescomo fazer retirada do sportingbetfazer qualquer coisa. E não posso fazer o que não permitirem que eu faça."

"Antes, era muito natural oferecer um amplo lequecomo fazer retirada do sportingbetopções reprodutivas, mas agora não podemos ajudar as pacientes desta forma — e falo por mim e também pelos outros médicos com quem conversei — por medocomo fazer retirada do sportingbetsermos multados ou presos", admite Horton, obstetra no Texas. "Tenho uma família na qual preciso pensar e que não quero sacrificar."

Winchester também falacomo fazer retirada do sportingbetpreocupação e medo, não só dos médicos, mas também das enfermeiras, dos anestesistas...

Questionadas se elas já pensaramcomo fazer retirada do sportingbetdeixarcomo fazer retirada do sportingbettrabalhar nos seus Estados, as médicas admitem que isso às vezes passa pelas suas cabeças, mas elas se mantêm firmes. "No final das contas, não haver obstetras no Texas só prejudica as mulheres", afirma Horton.

Winchester concorda e vai mais além: "todos estão muito assustados. [Mas] ninguém mais do que as pacientes."

"Nós nos preocupamos com o futuro da ginecologia e obstetrícia neste Estado [Ohio]", segundo ela, "porque, se não formarmos a próxima geração para realizar os procedimentos para salvar [as pessoas], como será para as pacientes daqui a 20 ou 40 anos?"

- Este texto foi publicado originalmente em http://roberthost1.accountsupport.com/internacional-62489886

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