Perdãojogando roletadívidas alemãs após Segunda Guerra gera polêmicajogando roletameio a crise na Grécia:jogando roleta

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Legenda da foto, A Alemanha é o principal credor da Grécia; economista criticou autoridades alemãs pela posiçãojogando roletanão aceitar perdoar parte das dívidas gregas.

jogando roleta O economista francês Thomas Piketty causou polêmica ao comentar as negociações sobre a crise gregajogando roletauma entrevista publicada pelo jornal alemão jogando roleta Die Zeit.

Autor do best seller O Capital no Século XXI - onde faz fortes críticas ao que vê como desigualdades sociais inerentes ao capitalismo -, Piketty alfinetou as autoridades alemãs pela posiçãojogando roletanão aceitar perdoar parte das dívidas gregas.

E o principal argumento do economista é que a Alemanha teria se beneficiado justamentejogando roletaum expediente do gênero no pós-guerra.

Segundo o economista, se o mundo tivesse usado com a Alemanha o mesmo rigor que o país reserva à Grécia, é bem capaz que os próprios alemães tivessem demorado muito mais tempo para se recuperar da misériajogando roletaque se encontravam no final da Segunda Guerra Mundial.

Plano Marshall

Piketty não foi o único a usar o argumento.

O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics (LSE), escreveu sobre o assunto, mostrando que o perdão da dívida alemã equivaleu a 400% do PIB alemãojogando roleta1950 e estabeleceu os fundamentos para a recuperação financeira do país.

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Legenda da foto, A Guerra Fria fez os EUA socorrerem a Alemanha mesmo antes da construção do murojogando roletaBerlim,jogando roleta1961

Mas há quem considere inválida uma comparação entre a Gréciajogando roleta2015 e a Alemanhajogando roleta1945.

Em 2012, Hans Werner-Sinn, diretor do Instituto Ifo, um renomado centrojogando roletaestudos alemão, questionou a tesejogando roletaRitschljogando roletaum artigo no jornal The New York Times.

Ele argumentou que a Grécia, ainda durante os esforçosjogando roletareconstrução após a Segunda Guerra Mundial, recebeu muito mais recursosjogando roletapaíses europeus que a Alemanha durante os anos do Plano Marshall - um pacotejogando roletaassistência pilotado pelos EUA quejogando roletanúmerosjogando roletahoje equivaleria a maisjogando roletaUS$ 130 bilhões.

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Legenda da foto, O endividamento alemão facilitou a subidajogando roletaAdolph Hitler ao poder

Mas ninguém contesta que a Alemanha recebeu benefícios das potências ocidentais com o fim da Segunda Guerra Mundial.

Apesarjogando roletaarrasada pelo conflito, a Alemanha erajogando roletainteresse estratégico para os EUA no momentojogando roletaque tinha início a Guerra Fria com a União Soviética.

Em 1953, na Conferênciajogando roletaLondres, americanos e aliados como o Reino Unido decidiram perdoar quantidades substanciais das dívidas alemãs.

Um montante datava do final da Primeira Guerra, quando os alemães tinham sido obrigados a pagar grandes reparaçõesjogando roletaguerra às nações vencedoras.

O endividamento criou duras condiçõesjogando roletaausteridade econômica que contribuíram para ascensão do Partido Nazista, sob a liderançajogando roletaAdolf Hitler, no início da décadajogando roleta1930.

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Legenda da foto, A mídia alemã defende uma postura firme da chanceler Angela Merkel,

Analistas, no entanto, alegam que o socorro financeiro à Alemanha era uma necessidade que transcendia a geopolítica. Dado o tamanho do país,jogando roletarecuperação era importante para a economia mundial.

A Grécia certamente não tem essa importância, mas a dúvida aqui é se um colapso gregojogando roleta2015 apresenta os mesmos riscos políticos da Alemanha do pós-guerra.

E se o país "merece" a mesma generosidade dos credores.