O que é falso e o que é verdade nas mensagensbetway apostarWhatsApp sobre zika:betway apostar

Crédito, AFP
<link type="page"><caption> Leia também: Por que o mosquito Aedes aegypti transmite tantas doenças?</caption><url href="http://www.mi-rob.com/noticias/2015/12/151202_aedes_aegypti_vetor_doencas_rb.shtml" platform="highweb"/></link>
O Ministério da Saúde, a Fiocruz e especialistas consultados pela BBC Brasil explicam o que é falso, o que é verdadeiro e o que ainda não está totalmente confirmado entre as afirmações dessas mensagens.
Falso: Criançasbetway apostar1 a 7 anos e idosos estão apresentando 'sequelas neurológicas graves' após zika
Segundo as autoridadesbetway apostarsaúde, a informação não é verdadeira simplesmente porque pessoasbetway apostarqualquer idade podem ter casos mais graves após serem infectados por diversos vírus e bactérias.
"O vírus da zika e outros, como varicela, herpes vírus, enterovírus e até dengue, podem causar outros danos neurológicos – encefalites, cerebelites e neurites (inflamações no sistema nervoso) –, mas no cenário atual não está havendo grande aumento desses casosbetway apostarcrianças. Isso acontece talvezbetway apostar1% dos casos totais e geralmentebetway apostarpacientes com baixa imunidade", diz a neuropediatra Maria Durce Carvalho, que acompanha casosbetway apostarmicrocefalia e outras infecções no Hospital Oswaldo Cruz,betway apostarRecife.
"Não seibetway apostaronde vem essa informaçãobetway apostarque criançasbetway apostaraté sete anos seriam mais suscetíveis, mas não é bem assim", afirma.
Um dos áudios que circulam no WhatsApp chega a dizer que há crianças "chegando aos hospitais jábetway apostarcoma"betway apostarPernambuco. Masbetway apostarnota sobre os boatos, a Secretariabetway apostarSaúde do Estado diz que "não está sendo observada,betway apostarqualquer idade, mudança no padrãobetway apostarocorrência dos casosbetway apostarencefalite relacionados com o vírus da zika ou qualquer outro vírus".
"As crianças ou adultos podem apresentar diversos sintomas neurológicos, sendo que estas complicações têm ocorrido numa frequência muito baixa", afirma o comunicado.
O Ministério da Saúde, porbetway apostarvez, diz que "entre pessoas infectadas pelo vírus da zika, cercabetway apostar80% não desenvolvem sintomas, sejam adultos ou crianças. Dentre essas pessoas, apenas uma pequena parcela pode vir a desenvolver algum tipobetway apostarcomplicação, que deverá ser avaliada pelos médicos, uma vez que o zika é uma doença nova e suas complicações ainda não foram descritas".
Clique abaixo para ouvir trechosbetway apostarum dos boatos do WhatsApp:
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Não há confirmação: Há aumento expressivobetway apostarcasosbetway apostarsíndromes neurológicas associadas à zika
Ao menos seis Estados do Nordeste registraram,betway apostar2015, aumento no númerobetway apostarcasos registradosbetway apostarSíndromebetway apostarGuillain-Barré, uma rara doença neurológica autoimune que pode ser provocada por diversos vírus e bactérias, incluindo o zika vírus, a dengue e a chikungunya.
A doença, que tem tratamento, provoca paralisia muscular e,betway apostarcasos graves, pode atingir os músculos do tórax e impedir a respiração.
Mas essa síndrome passou a ser registrada com mais frequência depois que foi confirmado que o zika vírus poderia causá-la. Normalmente, os serviçosbetway apostarsaúde não são obrigados a notificar ocorrências da doença para as secretarias estaduais.
Por causa disso, o Ministério da Saúde diz não ter registros da síndrome no país. Já alguns Estados têm dados sobre a ocorrência da doençabetway apostar2015, mas nãobetway apostaranos anteriores. betway apostar Isso torna mais difícil saber se o aumento dos casos é realmente fora do que ocorreria normalmente após o surtobetway apostarum vírus como o zika.
"Temos visto um aumento dos casosbetway apostarSíndromebetway apostarGuillain-Barré sim, o que faz sentido já que temos um surtobetway apostardengue, zika e chikungunya", diz a médica pernambucana Maria Angela Rocha, chefe do serviçobetway apostarinfectologia do Hospital Oswaldo Cruz,betway apostarRecife, e parte do grupobetway apostarpesquisa sobre o zika vírus e a microcefaliabetway apostarPernambuco.
"Mas não é nada como aumentobetway apostarcasosbetway apostarmicrocefalia que tivemos, que é muito fora do padrão."
De acordo com o vice-diretor do Institutobetway apostarMicrobiologista da UFRJ Davis Fernandes Ferreira, a Polinésia Francesa registrou 20 vezes mais casosbetway apostarSíndromebetway apostarGuillain-Barré após o surtobetway apostarzikabetway apostar2014.
"Nós estamos vivendo possivelmente um dos maiores surtos documentadosbetway apostarzika vírus. Ainda estamos coletando os dados e tentando entender a relação entre ele e a síndrome."
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Não há confirmação: Zika pode ser transmitida por fluidos corporais (sêmen, leite materno, etc.)
Alguns trabalhos científicos internacionais identificaram a presença do vírus da zika no sêmen e no leite materno, mas os cientistas ainda pesquisam se a doença realmente pode ser transmitida por eles. betway apostar Até o momento, a única forma confirmadabetway apostartransmissão do vírus é pelo mosquito.
"A transmissão sexual seria possível, porque já há publicação e relatobetway apostarpessoas com quem isso aconteceu. Mas é uma situação única, porque a pessoa tem que estar infectada, doente e ter relação exatamente nessa época. betway apostar Não seria uma forma principalbetway apostarinfecção, mas é importante se prevenir", diz o microbiólogo Davis Ferreira.
Em 2011, um estudo divulgado na publicação científica Emerging Infectious Diseases registrou o casobetway apostarum cientista americano que, ao voltar do Senegal, que passava por um surtobetway apostarzika, teve os sintomas da infecçãobetway apostarcasa. Sua mulher, que não havia saído dos Estados Unidos, foi infectada pelo vírus, o que levou à interpretaçãobetway apostarque ela teria sido infectada pelo sêmen do marido.

Crédito, ABr
O vírus também foi encontradobetway apostaramostrasbetway apostarleite maternobetway apostarduas mães na Polinésia Francesa. No entanto, o vírus encontrado não era do tipo replicante, que transmite a doença.
Para Ferreira, é difícil que o vírus no leite cause infecção no bebê, já que o zika não é adaptado para a transmissão por via oral. "Transmitido pelo leite, ele teria que passar pelo estômago do bebê, e o suco gástrico (que ajuda a digerir os alimentos) é muito hostil", diz.
Segundo a Secretariabetway apostarSaúdebetway apostarPernambuco, betway apostar ainda não existem provas suficientesbetway apostarque o vírus possa ser transmitido pelo leite materno para que se recomende interromper a amamentação. Além da nutrição do bebê, o leite materno é importante para protegê-lobetway apostardoenças.
Além disso, os especialistas esclarecem que, ainda que infectado pelo vírus, o bebê recém-nascido não desenvolveria microcefalia, porque seu cérebro já está praticamente formado.
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Verdade: Pode haver maisbetway apostar2 mil casosbetway apostarmicrocefalia até o fim do ano
O Brasil já tem 1.761 casos notificadosbetway apostarmicrocefalia até o dia 5betway apostardezembro. O númerobetway apostarnotificações tem crescidobetway apostarcercabetway apostar500 por semana até o momento, mas nem todas sãobetway apostarbebês recém-nascidos. Alguns deles tiveram a suspeitabetway apostarmicrocefalia notificada algum tempo depois do nascimento.
Diante deste cenário, segundo o Ministério da Saúde, é razoável supor que até o final do mêsbetway apostardezembro haja cercabetway apostar2 mil notificações.
betway apostar No entanto, é preciso lembrar que nem todos os casos notificados são confirmados – às vezes o bebê nasce pequeno como um todo e,betway apostaroutros casos, pode não ter lesões no cérebro que caracterizam os casosbetway apostarmicrocefalia.
Em Pernambuco, onde há 804 notificações, 251 casos foram confirmados e 16 foram descartados até agora, segundo o boletim divulgado na quarta-feira pela Secretariabetway apostarSaúde.
Por isso, apesar do número altobetway apostarnotificações, existe a possibilidadebetway apostarque o númerobetway apostarcasos confirmados seja menor.
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Verdade: A melhor proteção contra a zika é combater o mosquito Aedes aegypti
Até o momento, não há vacina contra o zika vírus no mundo. E o processobetway apostardesenvolvimento e aprovaçãobetway apostaruma pode levar até 10 anos, segundo o Ministério da Saúde.
Além disso, atualmente é difícil até mesmo diagnosticar a doença e diferenciá-la com certeza da dengue e da febre chikungunya.
betway apostar Aedes aegypti
Alémbetway apostarevitar manter água paradabetway apostarreservatórios sem tampa oubetway apostarutensílios domésticos, é essencial usar repelente tantobetway apostaradultos quantobetway apostarcrianças após os seis mesesbetway apostaridade.
Para gestantes e recém-nascidos, recomenda-se também usar roupas longas, que deixem menos partes do corpo expostas.
Algumas mensagens no WhatsApp recomendam o usobetway apostarrepelentes caseiros, mas, segundo os médicos, não há comprovaçãobetway apostarque eles são eficientes.
Nas farmácias, há repelentes à basebetway apostarsubstâncias como DEET, EBAAP e Icaridina,betway apostarconcentrações diferentes. Todos eles podem ser usados por gestantes e por crianças a partir dos 2 anos. Para as crianças, no entanto, é recomendado repelentes menos concentrados.
Os médicos recomendam passar o produto na pele e por cima das roupas, especialmente nos horários que os mosquitos mais atacam, à noite e no início da manhã.
*Colaborou Marina Wentzel, da Basiléia (Suíça), para a BBC Brasil.




