Notificaçõesapostar copa do mundo 2024microcefalia caem, mas nova epidemiaapostar copa do mundo 2024zika preocupaapostar copa do mundo 2024Pernambuco:apostar copa do mundo 2024

A queda nas notificações provocou questionamentos sobre a qualidade do registroapostar copa do mundo 2024casos no país.

De acordo com o ministério, a mudança nos números se deve a fatores como redução do pânicoapostar copa do mundo 2024relação à má-formação e ajuste dos serviçosapostar copa do mundo 2024saúde ao novo protocolo para notificações – que estaria evitando erros no registroapostar copa do mundo 2024casos.

Especialistas também levantaram a hipóteseapostar copa do mundo 2024subnotificaçãoapostar copa do mundo 2024casosapostar copa do mundo 2024microcefalia no passado, o que explicaria o número atual maior.

No entanto, para médicos que tentam comprovar a ligação entre microcefalia e zika, o alto númeroapostar copa do mundo 2024bebês registrados nos últimos mesesapostar copa do mundo 20242015 também se deve ao fatoapostar copa do mundo 2024que eles foram concebidos nos primeiros meses do ano, quando o mosquito está mais ativo."O númeroapostar copa do mundo 2024casos novosapostar copa do mundo 2024microcefalia caiu, se compararmos com dezembro. Atendíamos cercaapostar copa do mundo 202415 novos casos por semana e agora são quatro", disse à BBC Brasil a infectologista Regina Coeli, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, principal referência para o atendimento da microcefalia no Estado.

"O que vimos até agora é um reflexoapostar copa do mundo 2024nove meses atrás, quando havia um surtoapostar copa do mundo 2024dengue, zika e chikungunya. Precisamos tomar pé da situação para que o mesmo não ocorra daqui a nove meses."

'Enxugando gelo'

O cenárioapostar copa do mundo 2024Pernambuco mostra que as medidasapostar copa do mundo 2024combate ao mosquito podem ter chegado tarde para evitar novas ocorrências.

Em dezembro, o governo pernambucano anunciou que destinaria R$ 25 milhões a esforços para atender as famílias com casosapostar copa do mundo 2024microcefalia e para açõesapostar copa do mundo 2024combate ao Aedes aegypti.

No entanto, o Estado já registra uma epidemiaapostar copa do mundo 2024arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos) cujos números superam o do mesmo período no ano passado.

No caso da dengue, cuja notificação é compulsória há mais tempo, o crescimentoapostar copa do mundo 2024relação ao inícioapostar copa do mundo 20242015 chega a 190%,apostar copa do mundo 2024acordo com dados divulgados pela Secretaria da Saúde pernambucana.

Em cidades como Vitóriaapostar copa do mundo 2024Santo Antão, a cercaapostar copa do mundo 202460 kmapostar copa do mundo 2024Recife, a emergência do Hospital João Muriloapostar copa do mundo 2024Oliveira atendeu maisapostar copa do mundo 20243 mil pacientes a mais do queapostar copa do mundo 2024capacidade – 70% deles com sintomasapostar copa do mundo 2024uma das três arboviroses."Entre novembro e janeiro tínhamos uma queda nos atendimentos, mas esse ano já estamos superlotados. O pico das viroses, que era nos mesesapostar copa do mundo 2024março, abril e maio, veio antes", disse a diretora do hospital, Roberta Camara.

"Muitas pessoas têm chegado aqui com manchas vermelhas no corpo. Até os nossos funcionários estão adoecendo. Estamos superlotados e a sensação éapostar copa do mundo 2024que estamos enxugando gelo."

Segundo Camara, o hospital recebeu maisapostar copa do mundo 202490 mães com sintomas que podem serapostar copa do mundo 2024zika vírusapostar copa do mundo 2024janeiro – 40 a mais do que no mês anterior.

Desde o último mêsapostar copa do mundo 2024outubro, a cidade teve 26 casos suspeitosapostar copa do mundo 2024microcefalia notificados.

"As gestantes são um alerta para nós. E elas chegam muito assustadas com a possibilidadeapostar copa do mundo 2024terem zika."

Desespero

Luciana Verçosa,apostar copa do mundo 202433 anos, falou com a reportagem da BBC Brasil enquanto aguardava resultadosapostar copa do mundo 2024testes para saber se tinha dengue ou chikungunya. O teste para diagnosticar o zika vírus, que é feitoapostar copa do mundo 2024Recife, demora cercaapostar copa do mundo 202415 dias para ficar pronto.

Ela está grávidaapostar copa do mundo 2024cinco meses e há uma semana sente dores nos pés, coceira e tem manchas vermelhas pelo corpo.

"Vim para cá hoje na esperançaapostar copa do mundo 2024a médica me examinar e dizer que não é nada. Nem estou preocupada comigo, sei que as manchas vão passar. É mais com meu filho mesmo."

Em seu bairro, diz ela, é raro receber visitasapostar copa do mundo 2024agentesapostar copa do mundo 2024saúde. Família, vizinhos e colegasapostar copa do mundo 2024trabalho pegaram algum tipoapostar copa do mundo 2024dengue, chikungunya ou zika.

"Já gastei tanto repelente que nem sai mais o que usar. Na minha casa não tem foco, mas não sei na dos outros. Se for o mosquito, só pode ser na casaapostar copa do mundo 2024alguém."

O coordenador-geralapostar copa do mundo 2024Vigilânciaapostar copa do mundo 2024Saúdeapostar copa do mundo 2024Vitóriaapostar copa do mundo 2024Santo Antão, Marcos Santos, diz que a cidade ainda não recebeu verba estadual prometida para ações contra o Aedes aegypti. O repasse do governo federal chegou, mas menor do que nos anos anteriores.

Além do lixo espalhado nas ruas – que pode acumular água limpa e servirapostar copa do mundo 2024foco para as larvas do mosquito –, bairros da cidade costumam ficar maisapostar copa do mundo 2024um mês sem água. Por isso é comum que pessoas armazenemapostar copa do mundo 2024casa.

"Nosso problema com o mosquito é grande. A gente fica pensando até quando vai conseguir vencer", afirma Santos.

"Já tivemos outras epidemias e conseguimos acabar com elas, mas agora vemos que o mosquito está se alastrando. Ficamos atéapostar copa do mundo 2024desespero, porque estamos apagando incêndio com pouca água."

Vídeo com reportagemapostar copa do mundo 2024Camilla Costa e imagensapostar copa do mundo 2024Henrique Ferreira