A amizade entre duas adolescentes que acabouvideo slotum assassinato brutal:video slot

(Foto: Cleveland Police)

Crédito, Cleveland Police PA wire

Legenda da foto, Angela Wrightson viveu uma noitevideo slotterror antesvideo slotser morta por duas adolescentes

Seria um prenúncio do que viria depois? Ou trata-se do tipovideo slotcoisa que todo mundo – principalmente adolescentes – escreve?

(Foto: Cleveland Police)
Legenda da foto, TV foi utilizada para espancar a vítima (Foto: Cleveland Police)

Noitevideo slotterror

A vítima, Angela Wrightson,video slot39 anos, era uma alcoólatra cuja casa era conhecida como pontovideo slotencontrovideo slotadolescentes, que viam lá um refúgio onde podiam beber à vontade. As jovens assassinas tinham estado lá outras vezes, e a suspeita era que a mulher comprava bebidas alcoólicas para elas.

Ninguém sabe o que exatamente ocorreu naquela noite. Mas ficou comprovado que o crime, embora não premeditado, não foi reflexovideo slotuma explosãovideo slotraiva: a sessãovideo slotespancamento durou horas, houve diversas pausas para beber e fumar e as armas do ataque foram meticulosamente escolhidas.

Além disso, elas chegaram a deixar a casa por duas horas para visitar um amigo e, ao voltar, retomaram o espancamento. O suficiente para afastar qualquer teoriavideo slotdefesa baseada na perdavideo slotcontrole.

Wrightson foi deixadavideo slotum sofá embebidovideo slotseu sangue, cobertavideo slotcacosvideo slotvidro e cercada por móveis e eletrônicos quebrados. Seu corpo tinha centenasvideo slotferimentos e estava nu da cintura para baixo. As paredes e até o teto tinham marcasvideo slotsangue.

Dada a brutalidade, algumas das fotos da cena do crime foram consideradas aflitivas demais para serem mostradas no julgamento. Entre as 14 armas usadas, estavam uma TV, um pedaçovideo slotmadeira com parafusos, uma pá e um espelho.

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(Foto: Cleveland Police)
Legenda da foto, Câmeras mostraram garotas voltando para continuar o espancamento (Foto: Cleveland Police)

Nos intervalos, as garotas posaram para selfies compartilhadas com amigos na rede social Snapchat. Algumas chegavam a mostrar a vítima, parecendo aflita, ao fundo. Ela não aparecevideo slotoutras imagens, mas estava lá: é provável que estivesse seriamente ferida e sangrando no chão enquanto as duas jovens bebiam, fumavam e dançavam.

No dia seguinte, contaram a amigos que Wrightson “implorou que parassem” enquanto elas riam, faziam piadas e tiravam mais selfies.

Para Elizabeth Yardley, professoravideo slotcriminologia da Universidade da Cidadevideo slotBirmingham (Reino Unido), esse comportamento sugere que as meninas não se importavam com as consequências.

“Para muitos jovens, as redes sociais são palco para uma ‘performancevideo slotsi mesmos’”, afirma. “Usam para narrar suas vidasvideo slottempo real. Evideo slotgeral eles são muito espertos sobre o que é ou não apropriado para postar – sabem que fotosvideo slotatos ilegais terão consequências”, explica.

“As ações dessas garotas sugerem que elas não se importavam com as consequências, o que simplesmente não pensavam nelas.”

Sem sinais

Não havia nenhum sinalvideo slotque a dupla fosse capazvideo slotum crime brutal como esse.

No julgamento que recentemente sentenciou as duas a uma pena mínimavideo slot15 anosvideo slotprisão, o juiz aconselhou os jurados a tervideo slotmente que a garota mais nova não tinha nenhum históricovideo slotviolência.

E que a outra, embora já tivesse atacado funcionáriosvideo slotum abrigo, também nunca havia ferido ou tentado ferir alguém seriamente.

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(Foto: Cleveland Police)
Legenda da foto, Pá sujavideo slotsangue foi encontrada próxima ao corpo (Foto: Cleveland Police)

Por motivos diferentes, ambas viviam sob a tutela das autoridades locais, acolhidas por famílias postiças e recebendo suporte, que incluía centros educacionais especiais. A mais velha, por exemplo, era atendida por uma equipevideo slotsaúde mental e fazia terapia para aprender a lidar comvideo slotraiva.

As meninas se conheciam desde pequenas, mas só ficaram muito próximas poucos meses antes do assassinato. Segundo a mais nova, a outra era “divertida”, “nada entediante”.

Ela estava interessadavideo slotdois garotos e queria mandar mensagens a eles. A mais velha adorava rap, mas também a banda One Direction, hit entre adolescentesvideo slotgeral. A música favorita delas era I Don't Care (“Eu não me importo”,video slottradução livre), da cantora pop britânica Cheryl.

Os adultos próximosvideo slotcada uma não encorajavam a amizade – achavam que a garota do outro lado era má influência. Não se tratava, porém,video slotum relacionamento tão intenso ao pontovideo slotcausar estranheza: as duas se referiam a uma gamavideo slotoutras meninas como suas melhores amigas.

Em comum, ambas sumiam às vezes para beber, fumar e ficar até tarde na rua – com ou sem a companhia da outra.

Nascidas para matar?

Casos similares lançam uma sérievideo slotpossíveis explicações para um crime como esse, tais como famílias desestruturadas e doenças mentais.

Crianças e adolescentes não tendem a matar pelos mesmos motivos que adultos – dinheiro, amor ou vingança, por exemplo.

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(Foto: Cleveland Police)
Legenda da foto, Imagensvideo slotloja mostram vítima comprando sidra antesvideo slotser morta (Foto: Cleveland Police)

A especialista Carol Anne Davis, quevideo slotseu famoso livro Children Who Kill (“Crianças que matam”) perfilou assassinos com idades entre 10 e 17 anos, afirma que muitos desses jovens são produtovideo slotfamílias desestruturadas.

“A maioria das crianças que estudei cresceramvideo slotlares profundamente disfuncionais, com pais que tinham formas brutaisvideo sloteducar, eram viciados ou fanáticos religiosos.”

No caso das meninasvideo slotHartlepool, a mais nova fugiravideo slotcasa aos 12 anos, após uma sérievideo slotbrigas com a mãe.

A outra, que tem um QI muito abaixo da média e foi descrita no julgamento por um cuidador como “a pessoa mais volátil com quem trabalhei”, tem um histórico bem mais difícil: viveuvideo slotuma sérievideo slotlares postiços e protagonizou múltiplos episódiosvideo slotautoflagelo. Horas antes do crime, ouviuvideo slotsua mãe biológica que deveria se matar.

Aos 11 anos, começou a consumir, por meio da mãe, drogas como anfetaminas e sidra com alto teor alcoólico. Tem cinco irmãsvideo slotdiferentes pais, das quais três estão presas – uma delas por atacar a mãe e romper seu baço com um tacovideo slotgolfe.

Desde crianças, as irmãs foram ensinadas a acreditar que havia um fantasma na casavideo slotque viviam. Desde a noite do assassinato, ela sofre alucinações que a fazem acordar gritando e vendo sangue no teto. A jovem tentou se matar algumas vezes desde a prisão, ouve fantasmasvideo slotmeninas pequenas e acredita que homens estão gritando com ela por meio do chuveiro e dos vãosvideo slotventilação no teto.

Nesse sentido, o caso das assassinasvideo slotAngela Wrightson tem algovideo slotcomum com o dos três adolescentes que espancaram até a morte um moradorvideo slotruavideo slotLiverpool, também na Inglaterra,video slot2012, após se desafiarem entre si. Dois deles eram irmãos integrantesvideo slotuma família formada por um preso por homicídio e outro acusadovideo slotcrime similar. Sua mãe foi chamada pelo juiz que os julgouvideo slot“um patético e trágico personagem”.

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(Foto: Cleveland Police)
Legenda da foto, Madeira com parafusos foi uma das armas do crime (Foto: Cleveland Police)

Quebra-cabeça

No entanto, um lar difícil, desorganizado ou uma educação abusiva não conseguem explicar, por si só, por que pessoas tão jovens se tornam assassinas.

Um exemplo é a morte,video slot2014,video slotuma professoravideo slotLeeds, também na Inglaterra. O responsável foi um alunovideo slot15 anos que, segundo o promotor, tinha “pais decentes e responsáveis, que dolorosamente tentavam entender como e por que seu filho se tornou quem ele era”.

O garoto não demonstrou nenhum remorso: “Eu não estava chocado (após esfaquear a vítima). Eu estava feliz. Eu senti orgulho. E ainda sinto”, disse a um psiquiatra.

Para a professora Yardley, é possível que algumas crianças cresçam sem qualquer tipovideo slotconsciência.

“Muitos especialistas citam o que chamamvideo slotpsicopatia”, explica. “Psicopatia é uma coleçãovideo slotmarcas e comportamentos negativos – mas psicopatas não são mentalmente doentes. Eles são emocionalmente vazios e não têm a mesma gama complexavideo slotemoções que nós.”

Ninguém sabe o que causa a psicopatia – pode ser o resultadovideo slotdisfunções no cérebro, genéticas ou pela faltavideo slotinteração com adultos empáticos durante os anos cruciais paravideo slotformação.

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(Foto: BBC)

Crédito, bbc

Legenda da foto, Mortevideo slotAngela Wrightson chocou cidade inglesa

Brian Masters, que escreveu biografiasvideo slotalguns assassinosvideo slotsérie, assinala que há muitos pais se comportando muito mal sem que, por isso, seus filhos se tornem assassinos.

Ele acredita que uma combinaçãovideo slotfatores fazvideo slotalguém uma pessoa que pode matar: “Se essas três coisas estão juntas – você foi tratado muito mal na infância, cresceuvideo slotuma comunidade violenta e tem uma desordem psicológica –, você não tem uma chance”.

Separação

O julgamento sepultou a amizade entre as duas jovens assassinasvideo slotHartlepool.

A mais nova disse várias vezes ao júri que “não se lembrava” do que aconteceu naquela noite. Que estava no celular navegando no Facebook enquanto a outra garota destruía a casa e usava móveis e eletrônicos para espancar Wrightson.

Embora alegasse amnésia, não se esqueceuvideo slotnenhum momentovideo slotacusar a amiga. Mas ficou claro que, se uma das duas era mais dominante na relação,era a mais nova. Durante o crime, teria dito várias vezes à outra que chutasse a cabeça da vítima e reclamado que a mulher ainda não havia sido nocauteada: “Continue... mate ela. Esmague-a”.

Para psiquiatras, a mais velha, ao ver tantas pessoas sendo atacadas e não morrendo, passou a acreditar que alguém só pode morrer “esfaqueado no coração, com um tiro na cabeça ouvideo slotcâncer”.

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(Foto: BBC)
Legenda da foto, Corpo da vítima foi encontrado pelo dono da casa onde morava

Diferentemente da outra, ela se manteve fiel. Em uma carta cheiavideo slotcorações rabiscados interceptada pelos funcionários do local onde estavam detidas, recomenda à amiga que “mantenha o queixo erguido”.

“Espere até a gente sair, eu e você nos divertindo por aívideo slotnovo. Mas dessa vez eu estarei maior e melhor, te garanto.”

Porém, após o crime chocante que ambas cometeram, é improvável que elas sejam autorizadas a se ver novamente um dia.