As memórias da antiguidade presas nas geleiras ao redor do mundo:grandes loterias

Imagem mostra pessoagrandes loteriasmeio à geleira

Crédito, VisualCommunications

Legenda da foto, Presos no gelo estão minúsculas bolhasgrandes loteriasgás, partículasgrandes loteriaspoeira, pólen e até organismos considerados fundamentais para pesquisas

Um dia, esperam os pesquisadores, parte desses núcleosgrandes loteriasgelo será levada à Antártida, onde cofres feitos sob medida com neve vão preservar por séculos o conhecimento contido neles.

Após esta primeira missão, a equipe encarou a montanha Illimani na Bolívia, desta vez alcançando uma geleira ao ladograndes loteriasum picograndes loterias6.300 metrosgrandes loteriasaltitude e coletando núcleos que precisaram ser transportados a pé, já que não havia helicópteros disponíveis.

O monte Kilimanjaro, na Tanzânia, é o próximo da lista, com uma expedição planejada para o final deste ano, e mais geleiras ameaçadas virãograndes loteriasseguida, à medida que novos parceiros internacionais aderirem à iniciativa franco-italiana.

Imagem mostra pesquisadores perfurando geleiragrandes loteriasbuscagrandes loteriasinformações para estudos

Crédito, Ca'Foscari University of Venice

Legenda da foto, Alguns dos núcleosgrandes loteriasgelo são extraídos à mão usando um dispositivo que permite perfurar o gelo compactado da geleira

Corrida contra o tempo

Pesquisas mostram que as geleiras do mundo têm diminuído dramaticamente há algum tempo, provavelmente devido a mudanças climáticas provocadas pelo homem. O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) das Nações Unidas estima que, se o aquecimento global continuar nesse ritmo, a maior parte da coberturagrandes loteriasgelo do planeta poderá ser perdida até o final do século, com exceção das camadasgrandes loteriasgelo da Groenlândia e da Antártida.

"As geleiras do mundo estão literalmente desaparecendo sob nossos pés", diz Carlo Barbante, um paleoclimatologista também da Universidade Ca' Foscari e um dos fundadores do projeto Ice Memory. Para 1,5 bilhãograndes loteriaspessoas que dependem das geleiras para beber água e fazer irrigação, essa é uma situação catastrófica. Mas o gelo também oferece um mundograndes loteriasinformações.

"Nós muitas vezes nos concentramos nas ameaças imediatas trazidas pelo derretimento do gelo, como a faltagrandes loteriaságuagrandes loteriasáreas vulneráveis ​​como o subcontinente indiano", diz Barbante. "Mas, como cientistas que estudam o gelo como um arquivo, entendemos que também estamos perdendo informações fundamentais. Sentimos que precisávamos fazer algumagrandes loteriasrelação a isso."

Juntamente com climatologistas franceses e glaciologistas, Barbante egrandes loteriasequipe partiram para resgatar amostrasgrandes loteriasgelo das geleiras do mundo. Cada núcleograndes loteriasgelo representa um arquivo precioso da história que se estende por milharesgrandes loteriasanos até o passado.

Presos no gelo estão minúsculas bolhasgrandes loteriasgás, partículasgrandes loteriaspoeira, pólen e até minúsculos organismos que podem fornecer uma janela fundamental para o estudograndes loteriaseventos que aconteceram antesgrandes loteriasos registros humanos começarem.

Atualmente, os pesquisadores extraem um metro por vez dos núcleosgrandes loteriasgelo, perfurando a superfície da geleira, realizando uma primeira análise visual do núcleo antesgrandes loteriasprepará-lo para o transportegrandes loteriascontêineres que normalmente têm 10 cmgrandes loteriaslargura.

Esse processo é repetido centenasgrandes loteriasvezes à medida que os pesquisadores vão cada vez mais fundo para capturar camadas mais antigasgrandes loteriasgelo, chegando a atingir profundidades extremas,grandes loteriasaté 900 metros.

À medida que eles cavam, cada metrograndes loteriasgelo se mostra mais comprimido pelo peso das camadasgrandes loteriascima, o que significa que conserva produtos químicos e outras partículas acumuladas por períodos mais longos.

Imagem mostra pesquisadoresgrandes loteriasregiãograndes loteriasgeleiras

Crédito, Sean Gallup / Getty

Legenda da foto, Geleirasgrandes loteriasmontanhas têm diminuídograndes loteriastodo o mundo devido às mudanças climáticas: cientistas correm para preservar informações

Análise detalhada

No laboratório, os núcleos são limpos e as amostras são derretidas lentamentegrandes loteriasum ambiente controlado, para que os glaciologistas possam analisar a água e identificar nela metais ou gases, como o dióxidograndes loteriascarbono.

"O gelo também funciona como um paleotermômetro", diz Burgay. "Ele registra as temperaturas do ambiente onde uma certa coberturagrandes loteriasneve caiugrandes loteriasalgum momento."

Usando essas informações, os pesquisadores podem reconstruir a evolução do clima da Terra ao longograndes loteriasmilênios, fornecendo informações valiosas que os cientistas podem usar para 'reproduzir' as mudanças climáticas.

As máquinas no laboratóriograndes loteriasBurgay, por exemplo, estão atualmente buscando vestígiosgrandes loteriasferrograndes loteriaspartesgrandes loteriasgelo com 6.000 anosgrandes loteriasidade, extraídograndes loteriasum núcleo da Groenlândia. Os níveis mínimosgrandes loteriasmetal podem dar pistas sobre a atividade vulcânica antiga que lançou poeira metálica na atmosfera.

Após a limpeza, os núcleos restantes são preparados para armazenamentograndes loteriaslongo prazo no repositório.

Imagem mostra pesquisador com núcleograndes loteriasgelo

Crédito, PHILIPPE DESMAZES / Getty

Legenda da foto, Os núcleos são removidos um metrograndes loteriascada vez antesgrandes loteriasserem preparados para o transporte até o laboratório

"Pode-se argumentar que os núcleosgrandes loteriasgelo estariam segurosgrandes loteriasuma geladeira comercialgrandes loteriasVeneza ou Paris", diz Barbante.

"Mas não estamos pensando a curto prazo. Nós não podemos prever se daqui a 200 anos alguém ainda vai poder pagar a contagrandes loteriasenergia". A história, segundo ele, mostra como conflitos e mudançasgrandes loteriasprioridadegrandes loteriaspesquisas, além dos desastres naturais, dificultam a previsãograndes loteriasfuturograndes loteriasqualquer empreendimento científicograndes loteriaslongo prazo.

Isso tem levado os cientistas a buscarem uma solução mais definitiva.

"A Antártica é o lugar mais seguro para armazenar as amostras", diz Barbante, "Primeiro, porque é uma geladeira natural, com temperaturas médias anuaisgrandes loteriastornograndes loterias-50ºC, e também porque não pertence a nenhum país específico. É a região ideal para empreendimentos científicos pacíficos".

Assinadograndes loterias1959 egrandes loteriasvigor desde 1961, o Tratado da Antártida reúne 53 países ativos na região, estipulando que o território "será utilizado apenas para fins pacíficos" e que "observações científicas e resultados dos experimentos na Antártida serão compartilhados e disponibilizados gratuitamente".

Imagem mostra pesquisadoragrandes loteriasregiãograndes loteriasgeleiras

Crédito, Ca' Foscari University of Venice

Legenda da foto, Pesquisadores buscam 'novas janelas' para desbravar o passado do planeta, e até estudar vírus e bactérias antigos preservados no gelo

Enquanto o tratado for mantido, diz Bess Koffmann, geóloga da Universidade do Maine, nos EUA, a Antártica continuará sendo um lugar seguro. O documento, porém, deve ser renegociado daqui a 30 anos.

"Há sempre o riscograndes loteriasum país se recusar a assinar o acordo para tirar proveito dos recursos inexplorados da região, como os minerais", alerta Koffmann.

Criar um santuário para o gelo que está desaparecendo também pode oferecer benefícios inimagináveis ​​hoje. À medida que novas ferramentas e tecnologias vão ficando disponíveis, isso pode permitir aos cientistas abrir novas janelas para desbravar o passado do planeta, e talvez até estudar vírus e bactérias antigos preservados no gelo.

Tecnologia

"As tecnologias evoluíram rapidamente nas últimas décadas, e nós agora estamos fazendo medições que nem sonhávamos serem possíveis há 30 ou 40 anos", diz Koffmann.

Um dia, diz Barbante, as técnicasgrandes loteriasimagem serão tão avançadas que "vamos poder analisar os núcleos sem nem precisar tocá-los".

"Mas, para chegar a esse ponto, é essencial construir repositórios enquanto ainda podemos", diz Emma Smith, glaciologista e geofísica do Instituto Alfred Wegener,grandes loteriasBremerhaven, Alemanha. "Estamos perdendo nossas geleiras muito rapidamente, e, sem arquivar as informações que elas contêm, simplesmente não estamos nos dando a chancegrandes loteriasentender as mudanças que podem acontecer no futuro."

Os cientistas geralmente se concentram no gelo polar porque é onde eles podem descobrir os registros mais antigos, diz Smith. "Mas se você observar os núcleosgrandes loteriasgelo regionaisgrandes loteriasgeleiras menores, poderá ver mudançasgrandes loteriasuma escala muito menor". Isso significa criar uma imagem detalhada dos climas locais, o que não seria possível analisando somente o gelo polar.

Imagem mostra pesquisadores perfurando geleiragrandes loteriasbuscagrandes loteriasinformações para estudos

Crédito, PHILIPPE DESMAZES / Getty

Legenda da foto, Escavaçõesgrandes loteriasbuscagrandes loteriasmaterial para estudos chegam a alcançar 900 metros, segundo pesquisadores

A equipe do Ice Memory espera ter uma grande variedadegrandes loteriasamostras prontas para serem armazenadas na Antártida até 2020,grandes loteriasum cofre construído sob medida perto da estaçãograndes loteriaspesquisa franco-italiana Concordia.

Os pesquisadores planejam empregar um método que foi testado com sucesso na Groenlândia, que envolve escavar um fosso e inserir nele um balão inflável que será usado como molde para o depósito.

"Em seguida, colocamos a neve que havíamos removido para criar o fossograndes loteriasvolta na estrutura e esperamos ela endurecer por alguns dias", explica Barbante. O balão é então esvaziado nesse ponto e pode ser facilmente removido.

"Dessa forma, criamos uma estrutura naturalgrandes loteriasbaixo custo e sem impacto ambiental."

Imagem mostra núcleosgrandes loteriasgelo sendo armazenadosgrandes loteriaslaboratório

Crédito, JEAN-PIERRE CLATOT / Getty

Legenda da foto, Uma vezgrandes loteriasvolta ao laboratório, os núcleosgrandes loteriasgelo são empacotadosgrandes loteriascaixas protetoras e colocadosgrandes loteriascâmaras frigoríficas

Barbante admite que depoisgrandes loteriasuma ou duas décadas a estrutura provavelmente vai diminuir sob o pesograndes loteriasmais neve caindo sobre ela. "Mas os núcleos podem ser movidos com relativa facilidade para uma nova estrutura construída da mesma maneira", acrescenta.

O projeto já conquistou o apoio da Unesco, e Barbante diz que um número crescentegrandes loteriasequipes, incluindograndes loteriaspaíses como Rússia, Estados Unidos e China, já está coletando material extra durante suas expedições independentes, para que possam contribuir com o projeto no futuro.

De acordo com projeções atuais, não importa o que façamos agora para reduzir as emissões globaisgrandes loteriasgases do efeito estufa, muitas das geleiras do mundo têm pouca esperançagrandes loteriassobreviver alémgrandes loteriasalgumas gerações humanas, com parte delas perdendo um terçograndes loteriasseu gelo no próximo século. Logo, essas poucas centenasgrandes loteriasmetrosgrandes loteriasnúcleosgrandes loteriasgelo poderão ser tudo o que restou da informação antiga armazenada no gelo.

Os esforçosgrandes loteriasalguns destemidos exploradores que se aventuram nas montanhas para coletar esses núcleos estão ajudando a garantir que os segredos contidos neles estejam disponíveis para as próximas gerações decifrarem.

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