Como ruiu a história do falso fotógrafo da ONU que enganou jornalistas, mulheres e 120 mil seguidores no Instagram:aplicativo de aposta pixbet

  • Mariana Sanches, Natasha Ribeiro e Luis Barrucho
  • Da BBC Brasilaplicativo de aposta pixbetSão Paulo, Beirute e Londres

Em 7aplicativo de aposta pixbetjulhoaplicativo de aposta pixbet2017, a BBC Brasil publicou um texto apresentando fotos e vídeos que seriamaplicativo de aposta pixbetautoriaaplicativo de aposta pixbetum brasileiro que se apresentava para seus maisaplicativo de aposta pixbet100 mil seguidores no Instagram como Eduardo Martins, fotógrafo da ONU. Após a publicação do conteúdo, surgiram suspeitas não apenas sobre a autoria das imagens enviadas como também sobre a verdadeira identidadeaplicativo de aposta pixbetMartins. A BBC Brasil começou a investigar o caso há um mês e, pouco a pouco, os elementosaplicativo de aposta pixbetuma história construída por dois anos começaram a ruir. Diante das suspeitas e do riscoaplicativo de aposta pixbetviolaçãoaplicativo de aposta pixbetdireitos autorais, o conteúdo original foi retirado do ar. Pedimos desculpas a nossos leitores pelo engano. O caso servirá para reforçar nossos procedimentosaplicativo de aposta pixbetverificação. Conheça o caso:

Montagem com imagens do suposto fotógrafo
Legenda da foto,

O suposto fotógrafo Eduardo Martins gostavaaplicativo de aposta pixbetmostrar nas redes sociais suas viagens pelo mundo | Reprodução/Instagram

aplicativo de aposta pixbet A história eraaplicativo de aposta pixbetgrudar os olhos na tela: um fotógrafo brasileiro, jovem, loiro e bonito, que havia superado abusos na infância e uma leucemia no início da vida adulta e se lançara às principais zonasaplicativo de aposta pixbetguerra do mundo, entre elas Iraque e Síria, para registrar o sofrimento humano. O resultado do trabalho eram imagens com alma, que poderiam estampar as páginasaplicativo de aposta pixbetqualquer publicação jornalística do mundo. O problema é que grande parte desta história era mentira.

Eduardo Martins, suposto paulistanoaplicativo de aposta pixbet32 anos, se apresentavaaplicativo de aposta pixbetseu perfil no Instagram, onde tinha 127 mil seguidores, como fotógrafo da Organização das Nações Unidas (ONU)aplicativo de aposta pixbetcamposaplicativo de aposta pixbetrefúgio. Descrevia seu cotidiano com grandiloquência heroica.

"Uma vez, durante um tiroteio no Iraque, eu pareiaplicativo de aposta pixbetfotografar para ajudar um menino que tinha sido atingido por um molotov e o retirei da zonaaplicativo de aposta pixbettiro. Eu paroaplicativo de aposta pixbetser fotógrafo para ser um ser humano", afirmouaplicativo de aposta pixbetuma entrevista para a publicação estrangeira Recount Magazine,aplicativo de aposta pixbetoutubroaplicativo de aposta pixbet2016.

O depoimento vinha ricamente ilustrado por imagensaplicativo de aposta pixbetconflitosaplicativo de aposta pixbetGaza, na Síria, no Iraque - as mesmas que ele postavaaplicativo de aposta pixbetseu perfilaplicativo de aposta pixbetInstagram.

Ali dizia ainda que gostavaaplicativo de aposta pixbetsurfe - intercalava a publicaçãoaplicativo de aposta pixbetfotos sangrentas a supostas imagens suas sobre pranchasaplicativo de aposta pixbetpraias que dizia serem na Austrália. Entre seus feitos, relatava ter até mesmo dado aulas do esporte a crianças na Palestina.

A cada reportagem ou foto que emplacava, Eduardo procurava novos veículos que publicassem seu material. Usava como provasaplicativo de aposta pixbetsua autenticidade o que já havia saído sobre ele na imprensa, além da grife ONU. No Instagram, publicava reproduçõesaplicativo de aposta pixbetpáginas que teriam usado seu trabalho, como o jornal americano The Wall Street Journal.

Para aumentar a veracidade do que dizia, deixava públicos comentários calorososaplicativo de aposta pixbet"amigos". Entre os cumprimentos estavam elogiosaplicativo de aposta pixbetum suposto repórter do The Wall Street Journal chamado Thomaz Griffin, por uma dessas publicações na imprensa internacional. A redação do diário americano afirmou à BBC Brasil que não emprega nenhum jornalista com esse nome.

Imagem publicada no jornal "Wall Street Journal"
Legenda da foto,

Imagem do americano Daniel C. Britt foi publicada invertida no jornal Wall Street Journal, método usado pelo suposto brasileiro Eduardo Martins | Foto: Reprodução

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Ao mesmo tempo, por meio do Instagram, Eduardo se aproximou e conquistou a confiançaaplicativo de aposta pixbetpessoas reais, conhecidas no meio.

Foi o caso do fotógrafo brasileiro Marco Vitale, que chegou a recomendar suas fotografias para editoresaplicativo de aposta pixbetdiversos veículos nacionais. Ele foi virtualmente apresentado a Eduardo por uma pessoa real, que teria sido namorada do fotógrafo. Falando à BBC Brasil ele se questionou se seria "o culpado" por promovê-lo no país.

Outra profissional renomada que mantinha contato frequente com ele era a romena radicada nos EUA Diana Alhindawi. Ela contribui frequentemente para o jornal americano The New York Times a partiraplicativo de aposta pixbetzonasaplicativo de aposta pixbetguerra e,aplicativo de aposta pixbetconversa com a reportagem, se mostrou surpresa com as suspeitas que recaíam sobre Eduardo.

Em suas postagensaplicativo de aposta pixbetInstagram, Eduardo se mostrava intensamente envolvido no cotidiano das guerras. Chegou a lamentar a morteaplicativo de aposta pixbetum fotógrafo amigo identificado na rede com o perfil @shadikadar, vitimadoaplicativo de aposta pixbetum ataque a bomba na Faixaaplicativo de aposta pixbetGaza. O luto foi apoiado por diversos comentaristas, que ignoravam que @shadikadar era provavelmente mais uma mentira do suposto fotógrafo.

Não existe na internet qualquer outra menção ao nome além daquela feita na mensagem fúnebre do próprio Eduardo.

Em junho deste ano, ele chegou à BBC Brasil. Ofereceuaplicativo de aposta pixbethistória e suas fotos gratuitamente. Recusou-se a falar por telefone, sob a justificativaaplicativo de aposta pixbetque estava no frontaplicativo de aposta pixbetMossul, no Iraque, espaço disputado pelas forçasaplicativo de aposta pixbetsegurança do país e pelo grupo extremista autodenominado Estado Islâmico. Mandava mensagensaplicativo de aposta pixbetvoz por WhatsApp, sempre como arquivosaplicativo de aposta pixbetáudio, nunca instantaneamente gravadas.

Matéria da BBC Brasil
Legenda da foto,

A BBC Brasil publicou uma entrevista com o falso fotógrafo da ONUaplicativo de aposta pixbetjulho e agora estáaplicativo de aposta pixbetbusca dos autores das imagens divulgadas por ele

A BBC Brasil publicou uma entrevista acompanhadaaplicativo de aposta pixbetum vídeo compostoaplicativo de aposta pixbetfotos enviadas por ele. No material, que foi retirado do ar nesta sexta-feira, ele dizia que seu trabalho era movido pela necessidadeaplicativo de aposta pixbetalertar o mundo sobre os horrores da guerra.

A suspeitaaplicativo de aposta pixbetque Eduardo é, na verdade, uma personalidade falsa, chegou à reportagem após ele ter abordado na internet a jornalista Natasha Ribeiro, colaboradora da BBC Brasil que vive no Oriente Médio e também assina esta reportagem. Ela desconfiouaplicativo de aposta pixbetseu discurso.

As desconfianças aumentaram quando, no Iraque real, palco das cenasaplicativo de aposta pixbetguerra que Eduardo afirmava retratar, jornalistas brasileiros se deram contaaplicativo de aposta pixbetque ele não era conhecido ali. Ninguém, entre autoridades e organizações não governamentais na Síria ou no Iraque, dizia já tê-lo visto ou conhecido.

Algo que seria impossível para alguém que havia sido protagonista, este ano,aplicativo de aposta pixbetuma reportagem da revista Vice brasileira, cujo título era "No front com os Peshmerga" (o conteúdo foi retirado do ar nesta quinta-feira).

De modo gráfico, o texto descrevia as cenas da morteaplicativo de aposta pixbetseis soldados do exército curdo eaplicativo de aposta pixbet14 combatentes do Estado Islâmico para arrematar: "Essa era a rotina tensa e intensa que Eduardo viveu por 20 dias no front iraquiano, à conviteaplicativo de aposta pixbetum comandante dos Peshmerga que conheceuaplicativo de aposta pixbetSinjar, cidade fronteiriça ao Curdistão sírio. Para acompanhar o exército, ele virava madrugadasaplicativo de aposta pixbetclaro, muitas vezes o dia inteiro na ativa. Em meio ao combate, testemunhava a gana com que os curdos enfrentam o Estado Islâmico".

Foto publicada na revista Recount Megazine
Legenda da foto,

Segundo o fake brasileiro, eles eram moradores da cidadeaplicativo de aposta pixbetAleppo, na Síria. A imagem, que foi invertida, pertence ao fotógrafo americano Daniel C. Britt | Foto: Reprodução/Recount Magazine

A história, no entanto, não se sustenta. Outros dois jornalistas brasileiros que estiveram com os peshmerga no períodoaplicativo de aposta pixbetque Eduardo dizia também estar ali afirmaram à BBC Brasil que jamais conheceram o suposto fotógrafo.

Para um deles, Eduardo chegou a fazer uma proposta,aplicativo de aposta pixbetmaio deste ano, via Instagram: "Tô produzindo um documentário com a Netflix sobre Mossul e queria saber se vc tem interesseaplicativo de aposta pixbetparticipar. Abraços irmão." Consultada pela BBC Brasil, a Netflix informouaplicativo de aposta pixbetnota que o trabalho não havia sido encomendado: "Checamos com a equipe e não temos nenhuma informação sobre o assunto no momento".

Procurada pela reportagem, a Vice brasileira disse que não se pronunciaria sobre o tema por enquanto.

Concomitantemente, Fernando Costa Netto, fotógrafo e sócio da casaaplicativo de aposta pixbetexposições DOC Galeria, estavaaplicativo de aposta pixbetcontato com Eduardo, que dizia estar no Iraque. "Eu estava organizando uma exposiçãoaplicativo de aposta pixbetfotosaplicativo de aposta pixbetbrasileirosaplicativo de aposta pixbetáreaaplicativo de aposta pixbetconflito e estavaaplicativo de aposta pixbetcontato com ele. Do nada, ele sumiu, por maisaplicativo de aposta pixbetuma semana. Achei que ele tivesse sido sequestrado pelo Estado Islâmico, contatei os colegas brasileiros no Iraque. Quando começamos essa movimentaçãoaplicativo de aposta pixbetbusca por ele, ele reapareceu dizendo ter tido um mero problemaaplicativo de aposta pixbetconexãoaplicativo de aposta pixbetinternet", afirmou Costa Netto à BBC Brasil. Ele soube das suspeitas sobre a identidadeaplicativo de aposta pixbetEduardo por meio da reportagem.

Não foi um desencontro. Eduardo Martins não era quem dizia ser nem esteve onde dizia ter estado. Interpelado pela reportagem da BBC Brasilaplicativo de aposta pixbetagosto, por mensagemaplicativo de aposta pixbetWhatsApp, ele reafirmouaplicativo de aposta pixbetocupação: "Sou humanitário (voluntário)aplicativo de aposta pixbetcampo da UN (Nações Unidas, na siglaaplicativo de aposta pixbetinglês)) eu trabalho na organização dos camposaplicativo de aposta pixbetrefugiados", disse.

As fotos no perfilaplicativo de aposta pixbetEduardo Martins
Legenda da foto,

Perfilaplicativo de aposta pixbetEduardo no Instagram transitava das ondas na Austrália ao fogo cruzado no Oriente Médio | Fotos: Reprodução/Instagram

A posição seria estratégica para que ele pudesse produzir as imagens. Mas suas credenciais eram falsas. "Checamos e não conseguimos encontrar qualquer registroaplicativo de aposta pixbetEduardo tendo trabalhado para o Alto Comissariado da ONU para Refugiados. Estamos pesquisando o que podemos fazer sobre as afirmações que ele faz a nosso respeito", afirmou à BBC Brasil Adrian Edwards, chefeaplicativo de aposta pixbetimprensa da organizaçãoaplicativo de aposta pixbetGenebra.

Em uma fotoaplicativo de aposta pixbetque aparecia sorridente, ladeado por crianças, Eduardo Martins afirmava estaraplicativo de aposta pixbetum abrigo para menores soropositivos no Quênia. Consultada, a organização Living Positive, responsável pelo abrigo, afirmou que nenhum brasileiro com aquele nome ou aparência jamais visitou suas dependências.

"Depoisaplicativo de aposta pixbetolhar para essa foto cuidadosamente, tenho certeza absoluta que nós jamais vimos essa pessoa", afirmou Mary Wanderi, fundadora do abrigo, à BBC Brasil.

Em 2014, a históriaaplicativo de aposta pixbetEduardo esbarrou naaplicativo de aposta pixbetoutro correspondente brasileiro, que preferiu não ser identificado. Desta vez, o episódio teria ocorrido na Síria.

"Recebi uma ligaçãoaplicativo de aposta pixbetuma moça que se dizia namorada do Eduardo. Ela estava desesperada, dizendo que ele estava na Síria, com um grupoaplicativo de aposta pixbetelite do Exército americano, quando foi ferido. A história era surreal, já que não tinha ninguém do Exército americano no país, mas mesmo assim entreiaplicativo de aposta pixbetcontato com meus tradutores e contatos. Não havia qualquer evidênciaaplicativo de aposta pixbetque ele já tivesse estado ali. Logo depois ele mesmo me mandou uma mensagem no celular dizendo que a namorada tinha se precipitado e se enganado, mas que nada havia acontecido", afirmou o jornalista.

Garoto iraquiano chora após confronto
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O suposto fotógrafo Eduardo Martins enviou ao site Recount Magazine imagemaplicativo de aposta pixbetgaroto "palestino". na verdade, ele é iraquiano | Foto: Reprodução/Recount Magazine

A BBC Brasil chegou a localizar a suposta namorada. A reportagem apurou que ao menos outras cinco mulheres, todas bonitas e bem-sucedidasaplicativo de aposta pixbetseus campos, se relacionaram amorosamente com Eduardo por redes sociais. Nenhuma delas o encontrou pessoalmente. Todas pediram que suas identidades fossem mantidasaplicativo de aposta pixbetsegredo.

Se Eduardo Martins não era autor das fotos,aplicativo de aposta pixbetquem eram as imagens que ele roubava? Há dez dias, a BBC Brasil entrouaplicativo de aposta pixbetcontato com o fotógrafo americano Daniel C. Britt. A suspeita eraaplicativo de aposta pixbetque ao menos parte do material usado pelo suposto profissional pertencesse a ele. Os direitos autorais das fotos, no entanto, não podiam ser rastreados por ferramentasaplicativo de aposta pixbetbuscaaplicativo de aposta pixbetimagens porque Eduardo fazia pequenas alterações nelas.

Naquele momento, Britt se disse ocupado com o casamentoaplicativo de aposta pixbetum irmão e não chegou a examinar os arquivos mandados pela reportagem. Nesta sexta, no entanto, ele retomou o contatoaplicativo de aposta pixbetoutros termos: "Isso é o que eu sei: Eduardo Martins tem roubado fotosaplicativo de aposta pixbetvários sites, incluindo o meu próprio, e revendido por meio das agências Getty Images e Zuma Press".

Para esconder o roubo intelectual, Eduardo Martins invertia as fotos,aplicativo de aposta pixbetmodo que o próprio Britt demorou para suspeitaraplicativo de aposta pixbetque era vítima do falsário.

A BBC Brasil localizou ao menos nove fotosaplicativo de aposta pixbetBritt que foram usadas por Eduardo. No dia 27aplicativo de aposta pixbetmaio do ano passado, o The Wall Street Journal publicou uma imagemaplicativo de aposta pixbetrebeldes sírios na cidadeaplicativo de aposta pixbetAzaz com o crédito da agênciaaplicativo de aposta pixbetfotógrafos independentes Zuma Photo. No Instagram, Martins afirmou que a imagem era sua. No entanto, ela foi feita por Daniel C. Britt no dia 28aplicativo de aposta pixbetoutubroaplicativo de aposta pixbet2013 na cidadeaplicativo de aposta pixbetHama, também na Síria. A mesma imagem foi publicada pelo site do tradicional jornal russo Izvestia.

Na entrevista para a Recount Magazine, sãoaplicativo de aposta pixbetDaniel Britt três das 13 imagens creditadas ao suposto paulistano. Nas legendas, os locais onde as imagens foram feitas estão trocados. Um exemplo: Eduardo publicou a cenaaplicativo de aposta pixbetum "garoto palestino gritando depoisaplicativo de aposta pixbetum confronto com as forçasaplicativo de aposta pixbetIsrael". A mesma imagem aparece no site oficial do americano Britt com uma legenda que informa que o garoto é iraquiano, da cidadeaplicativo de aposta pixbetKirkuk - a cena foi registradaaplicativo de aposta pixbet13aplicativo de aposta pixbetagostoaplicativo de aposta pixbet2010.

Soldado usa armamento antiaéreoaplicativo de aposta pixbetMarat al-Nouman, na Síria
Legenda da foto,

Suposto fotógrafo invertia imagens do americano Daniel C. Britt e vendia para agências como Zuma e Getty Images | Foto: Reprodução/Recount Magazine

Questionada sobre a distribuiçãoaplicativo de aposta pixbetmaterialaplicativo de aposta pixbetoutro profissional com crédito ao fake brasileiro, a Getty Images afirmou,aplicativo de aposta pixbetnota, que "Eduardo Martins, a pessoaaplicativo de aposta pixbetquestão, foi identificado como um colaborador e fornecedoraplicativo de aposta pixbetconteúdoaplicativo de aposta pixbetumaplicativo de aposta pixbetnossos parceiros que já foi notificado sobre esta infração. Enquanto trabalhamosaplicativo de aposta pixbetconjunto com todos os nossos departamentos internos para esclarecer urgentemente esta questão, estamos retirando do ar todo o material envolvido".

Já a Zuma Press escreveu à BBC Brasil, por email, que recebeu imagens com créditos para Eduardo Martinsaplicativo de aposta pixbetuma outra "respeitada" agência, a NurPhoto. "Ficamos sabendo desta situação hoje, e depoisaplicativo de aposta pixbetcontatar a provedora da imagem, a NurPhoto, estamos removendo as imagensaplicativo de aposta pixbetquestão com crédito para Eduardo Martins - e pedimos às nossas agências parceiras para fazer o mesmo".

Dois dias após a publicação da matéria, a NurPhoto enviou à BBC Brasil uma carta assinada por Manuel Romano, CEO da agência,aplicativo de aposta pixbetque afirma que "receamos que nossa agência tennha sido vítimaaplicativo de aposta pixbetuma fraude perpretada por alguém que não é o autor das fotos e cuja conduta está causando sérios danos à nossa reputação". De acordo com a NurPhoto, os profissionais da agência não desconfiaram do suposto fotógrafo "quando ele contatou a Nurphotoaplicativo de aposta pixbet2015, se apresentando como fotógrafo e autoraplicativo de aposta pixbetum portfólioaplicativo de aposta pixbetimagens profissional completo. Além disso, as imagens estavam disponíveisaplicativo de aposta pixbetseus perfis nas redes sociais eaplicativo de aposta pixbetseu site oficial". A agência afirmou ter denunciado o caso à Polícia Italiana no último sábado.

A BBC Brasil não localizou os contatos dos responsáveis pela Recount Magazine nem conseguiu falar com o suposto Eduardo nesta sexta-feira.

No fimaplicativo de aposta pixbetagosto, Fernando Costa Netto, inadvertidamente, diz ter alertado Eduardo Martins, via WhatsApp, que circulava a suspeitaaplicativo de aposta pixbetque ele fosse um fake. Ato contínuo, o suposto fotógrafo deletouaplicativo de aposta pixbetpágina no Instagram e anunciou, por número já deletado do WhatsApp, que desapareceria, sem que que a reportagem pudesse descobriraplicativo de aposta pixbetreal identidade ou quem é o belo loiro retratado nas fotos que ele se dizia retratado.

"Fala irmão. Tô na Austrália, tomei a decisãoaplicativo de aposta pixbetpassar um anoaplicativo de aposta pixbetuma van rodando o mundo. Vou cortar tudo inclusive internet, tb (também) deletei o IG (Instagram). Quero ficaraplicativo de aposta pixbetpaz. A gente se fala qd (quando) eu voltar. Abraços". E na sequência: "Valeu. Vou deletar aqui o zap. Fica com Deus".

*Colaboraram Flávia Milhorance, da BBC Brasilaplicativo de aposta pixbetLondres, e Mariana Alvim e Leandro Machado, da BBC Brasilaplicativo de aposta pixbetSão Paulo