Ex-colegaos betescola reconhece viciadoos betdrogas na rua e banca tratamento com campanhaos betredes:os bet

Wanja e Hinga sentado na calçada
Legenda da foto, Wanja reencontrou Hinga, seu amigoos betinfância, morando na rua (Crédito da foto: Wanja Mwaura)

"Eu e Patrick, ou Hinga, como a gente o chamava, nos conhecemos no primárioos bet1992", lembra Wanja. "Ele foi um ótimo jogadoros betfutebol na escola. Nós o apelidamosos betPelé", acrescenta.

O reencontro levou a enfermeira a começar uma campanha nas redes sociais para arrecadar dinheiro para que Wanjiru se tratasse do vícioos betdrogasos betuma clínicaos betreabilitação.

Wanja e Hinga se abraçam na rua

Crédito, Google

Legenda da foto, Wanja e Hinga estudaram juntos no primário, onde ele ganhou o apelidoos betPelé, por jogar muito bem futebol (Foto: Wanja Mwaura)

Infância difícil

Wanjiru foi abandonado pelos pais. Morou com a avóos betum conjunto habitacional,os betonde foram despejados algumas vezes. Quando ela não tinha dinheiro para pagar algumas taxas da escola, Wanjiru perdia aulas. Mesmo assim, ia bem nos estudos até queos betavó morreu, e ele acabou abandonando os estudos.

Depois, começou a usar drogas -- primeiro maconha e, então, heroína. Passava horas revirando lixosos betbuscaos betcoisas que poderia vender nas ruas.

Ao notar como a amiga ficou assustada ao vê-lo, Wanjiru disse que queria apenas dizer um "oi". Ela, então, perguntou se poderia pagar um almoço para ele. Foram a um restaurante e Wanjiru pediu seu prato favorito: costelaos betporco com purêos betbatata.

"Dei meu celular para ele e disse que podia me ligar se precisasseos betqualquer coisa", lembra ela. Nos dias seguintes, Wanjiru pedia telefones emprestados e ligava para a amiga. Falou que estava comprometido a ficar limpo das drogas.

"Decidi que precisava fazer algo para ajudá-lo", diz Mwaura.

Wanja e Hinga estudando
Legenda da foto, Enfermeira passou a dar aulas para colegaos betescola (Foto: Wanja Mwaura)

Passando o chapéu

A enfermeira usou as redes sociais para arrecadar dinheiro para o tratamentoos betWanjiru.

"Ir para a clínicaos betreabilitação aqui é muito caro e eu não tinha condiçõesos betconseguir esse dinheiro sozinha ", diz.

Mwaura decidiu, então, criar uma página para arrecadar doações, mas só conseguiu inicialmente o equivalente a 300 libras (R$ 1.290). E o custoos betnove diasos bettratamento numa clínicaos betNairóbi era mais que o dobro do que eles arrecadaram.

"Não tinha certeza se seríamos capazos betpagar pelo tratamento", conta ela.

Mas como havia prometido ao amigo que o ajudaria, Mwaura decidiu levá-lo mesmo assim ao centroos bettratamento, sem saber como pagaria.

Wanja e Hinga no início do tratamento
Legenda da foto, Wanjiru após nove dias sem usar drogas (Foto: Wanja Mwaura)

Em alguns dias, Wanjiru ganhou peso eos betcapacidadeos betconcentração melhorou. Uma pessoa da clínica disse à BBC que ele foi um paciente dedicado e comprometido com o programa.

Vaquinha virtual

Feliz com a recuperação do amigo, Mwaura usouos betconta pessoal no Facebook para contar a história.

"Há uma semana, eu e Hinga não conseguíamos conversar sem eu ter que seguraros betcabeça para que ele se concentrasse. Hoje, tivemos uma conversa normal com ele me olhando nos olhos confiantemente", escreveu.

Foi, então, que um empresário da cidadeos betMombasa, Fauz Khalid, viu o relatoos betMwaura e pediu para compartilhá-loos betuma plataforma maior.

Khalid postou a fotoos betMwaura e Wanjiru no Twitter e o post viralizou, sendo compartilhado maisos bet50 mil vezes.

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Em seguida, a imprensa queniana se interessou pela história e a clínica Chirono decidiu oferecer gratuitamente o tratamento para Wanjiru.

Segundo Mwaura, foi uma "bênção", mas, disposta a submetê-lo a um tratamento mais prolongado, ela está agora levantando fundos para custearos betinternação por 90 dias.

'Anjo'

Segundo estimativas do Consórcio Internacionalos betPolíticaos betDrogas (IDPC,os betinglês), entre 20 e 55 mil pessoas no Quênia injetam heroína.

"Infelizmente, ainda há um grande estigma com o usoos betdrogas no Quênia. Esse pode ser um dos motivos pelos quais o governo não oferece tratamento gratuito para o vício. As clínicasos betreabilitação são caríssimas e foraos betalcance para muitas pessoas, não só no Quênia, masos betgrande parte da África", diz Mwaura.

No Twitter, Mwaura foi chamadaos betanjo e heroína por muitas pessoas.

Wanjiru concorda. "Wanja é um anjo enviado por Deus. Eu devo a ela a minha vida. Ela se tornou mais próxima do que um irmão ou irmã", diz Hinga à BBC.

"As pessoas dizem que eu mudei a vida do Hinga, mas ele também mudou a minha", diz. "Eu me dei contaos betque uma pequena ação pode mudar a vidaos betuma pessoa", conclui.

Wanja e Hinga no centroos betreabilitação
Legenda da foto, Wanja e Hinga no centroos betreabilitaçãoos betNairóbi onde ele passa por tratamento (Crédito da foto: Wanja Mwaura)