Como as 'fake news' no WhatsApp levaram um povoado a linchar e queimar dois homens inocentes:casemiro betway

Moradores registraram com o celular o momentocasemiro betwayque Ricardo e Alberto foram incendiados

Crédito, Enfoque

Legenda da foto, Moradores registraram com o celular o momentocasemiro betwayque Ricardo e Alberto foram mortos

De trás do estreito portãocasemiro betwaymetal na entrada da delegacia, a polícia respondeu que eles não eram sequestradores, mas delinquentes. "Eles são pequenos infratores", repetiam os policiais, à medida que a multidão aumentava.

Dentro da delegacia, estavam Ricardo Flores,casemiro betway21 anos, que havia sido criado nos arredorescasemiro betwayAcatlán, mas se mudou para Xalapa, a 250 quilômetros a nordeste, para estudar direito, e seu tio Alberto Flores, agricultorcasemiro betway43 anos que viveu por décadascasemiro betwayuma pequena comunidade nas cercaniascasemiro betwayAcatlán.

Início da tragédia

Ricardo havia retornado recentemente à cidade para visitar a família. Os parentes contam que ele e o tio foram ao centro naquele dia comprar materialcasemiro betwayconstrução para concluir uma obracasemiro betwayum poço. E a polícia diz que não há provascasemiro betwayque eles tenham cometido qualquer crime e que foram levados para a delegacia por "perturbar a paz" após terem sido abordados por moradores locais.

Mas a multidão do ladocasemiro betwayfora da delegacia estava sob efeitocasemiro betwayuma versão diferente dos fatos, uma história suscitadacasemiro betwayalgum lugar desconhecido e propagada pelo WhatsApp.

"Por favor, estejam todos atentos porque uma pragacasemiro betwaysequestradorescasemiro betwaycrianças entrou no país", dizia a mensagem compartilhada.

"Parece que esses criminosos estão envolvidos com o tráficocasemiro betwayórgãos. Nos últimos dias, criançascasemiro betwayquatro, oito e 14 anos desapareceram e algumas foram encontradas mortas com sinaiscasemiro betwayque seus órgãos foram removidos."

Avistados pertocasemiro betwayuma escola primáriacasemiro betwayuma comunidade próxima chamada San Vicente Boqueron, Ricardo e Alberto foram rotulados como sequestradorescasemiro betwaycrianças pelo medo coletivo, e a notícia da prisão deles se espalhou exatamente da mesma forma que os boatos das crianças sequestradas.

A multidão que estava na porta da delegacia foi instigadacasemiro betwayparte por Francisco Martinez, um antigo moradorcasemiro betwayAcatlán, conhecido como "El Tecuanito". Segundo a polícia, Martinez estava entre aqueles que compartilharam mensagens no Facebook e no Whatsapp acusando Ricardo e Alberto. Fora da delegacia, ele usou o celular para fazer uma transmissão ao vivo pelo Facebook.

"Povocasemiro betwayAcatláncasemiro betwayOsorio, Puebla, por favor, venha dar seu apoio, mostre seu apoio", dizia ele para a câmera. "Acreditemcasemiro betwaymim, os sequestradores estão aqui agora."

Enquanto Martinez tentava mobilizar a cidade, outro homem, identificado pela polícia apenas como Manuel, subiu no telhado do prédio da prefeitura, ao lado da delegacia, e tocou os sinos para alertar os moradorescasemiro betwayque a polícia planejava libertar Ricardo e Alberto.

Um terceiro homem, Petronilo Castelan, "El Paisa", usou um alto-falante para pedir aos moradores uma contribuição para comprar gasolina com o objetivocasemiro betwayatear fogo nos dois homens, e caminhou no meio da multidão para coletar o dinheiro.

BBC
Delegaciacasemiro betwayAcatlán

Crédito, Brett Gundlock

Legenda da foto, A vida seguecasemiro betwayAcatlán, no localcasemiro betwayque Ricardo e Alberto Flores foram mortos
BBC

Linchamento filmado por celulares

De dentro da loja, Maura Cordero observava assustada, até que ouviu alguém dizer que deveria correr porque a multidão incendiaria os homens. "Meu Deus", ela pensou, "isso não é possível".

Momentos depois, o grupo se uniucasemiro betwaytornocasemiro betwayum único objetivo. O estreito portão da entrada da delegacia se abriu, e Ricardo e Alberto foram arrastados para fora. Enquanto as pessoas levantavam seus telefones para filmar, os dois foram jogados nos degrauscasemiro betwaypedra e espancados violentamente. Em seguida, a gasolina comprada mais cedo foi derramada sobre eles.

Testemunhas acreditam que Ricardo já estava morto por causa da agressão, mas seu tio Alberto ainda estava vivo quando o fogo foi aceso. Imagenscasemiro betwayvídeo mostram seus membros se movendo lentamente enquanto as labaredas subiam ao seu redor.

Os corpos carbonizados permaneceram no local por duas horas após serem queimados, enquanto os promotores públicos se dirigiram para Acatlán, e o cheirocasemiro betwaygasolina continuou no ar. Petra Elia Garcia, avócasemiro betwayRicardo, foi chamada para identificar os corpos. "Olhem o que vocês fizeram com eles!", gritou para o resto da multidão, que começara a se dispersar.

"Foi uma das coisas mais terríveis que já aconteceramcasemiro betwayAcatlán", disse Carlos Fuentes, motorista que trabalhacasemiro betwayum pontocasemiro betwaytáxi perto da delegacia. "As colunascasemiro betwayfumaça podiam ser vistascasemiro betwaytodos os pontos da cidade."

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Jose Guadalupe Flores,casemiro betway45 anos, na propriedade da famíliacasemiro betwayAcatlán

Crédito, Brett Gundlock

Legenda da foto, O paicasemiro betwayRicardo, Jose Guadalupe, voltou para Acatlán com a família após uma década nos EUA
BBC

A maioria das famíliascasemiro betwayAcatlán depende do dinheiro enviado por parentes que migraram para os Estados Unidos. Comocasemiro betwaymuitas outras cidades no México, milharescasemiro betwaycidadãos seguem para o nortecasemiro betwaybuscacasemiro betwaymelhores oportunidades.

Entre os emigrantes no início dos anos 2000, estavam Maria del Rosario Rodriguez e Jose Guadalupe Flores, que se mudaram para os EUA na esperançacasemiro betwayproporcionar melhores condiçõescasemiro betwayvida para seus dois filhos, José Guadalupe Jr. e seu irmão mais novo, Ricardo, que permaneceram no México.

Os dois meninos, com sete e três anos na época, ficaram com a avó, Petra Elia Garcia,casemiro betwayXalapa, no Estadocasemiro betwayVeracruz. Maria e Jose Guadalupe se mudaram diversas vezes pelo território americano antescasemiro betwayfixarem moradia na cidadecasemiro betwayBaltimore, na costa leste.

Maria virou trabalhadora doméstica e Jose, operário da construção civil. Eles tiveram mais uma filha, chamada Kimberley. E mantinham contato constante com os outros dois filhos pelo Facebook.

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Cidadecasemiro betwayAcatlán

Crédito, Brett Gundlock

Legenda da foto, A cidadecasemiro betwayAcatlán se calou após a tragédia
Maria segura o filho Ricardo ainda bebê no colo na casa da famíliacasemiro betwayAcatlán

Crédito, Brett Gundlock

Legenda da foto, Na foto, Maria segura o filho Ricardo ainda bebê no colo na casa da famíliacasemiro betwayAcatlán
BBC

Desespero no Facebook

Então,casemiro betway29casemiro betwayagosto, Maria recebeu uma sériecasemiro betwaymensagens no Facebook que pareciam um pesadelo. Um amigo próximocasemiro betwayAcatlán contou que Ricardo tinha sido preso por suspeitacasemiro betwaysequestrar crianças. Foi um mal entendido, ela pensou. Ricardo nunca estaria envolvido com algo assim. Mas as mensagens continuavam chegando. De repente, apareceu um link para uma transmissão ao vivo no Facebook, e quando ela clicou, se deparou com a aglomeração - e seu filho e cunhado sendo espancados.

Em vão, ela postou um comentário. "Por favor, não machuquem eles, não os matem, eles não são sequestradorescasemiro betwaycrianças", recorda-secasemiro betwayter escrito. Mas a mensagem não surtiu efeito, e ela observou horrorizada os dois serem encharcadoscasemiro betwaygasolina. A mesma tecnologia que permitiu a um homemcasemiro betwayAcatlán mobilizar uma multidão para matar seu filho, permitiu que ela o visse morrer.

Naquele mesmo dia, Maria, Jose Guadalupe e Kimberley voltaram a Acatlán pela primeira vezcasemiro betwaymaiscasemiro betwayuma década. Lá eles conheceram Jazmin Sanchez, viúvacasemiro betwayAlberto, que também assistiu à tragédia pelo Facebook.

Durante décadas, Jazmin e Alberto viveram a apenas 14 quilômetroscasemiro betwayAcatlán,casemiro betwayXayacatlancasemiro betwayBravo. Todos os dias, Alberto ia trabalhar nos camposcasemiro betwaymilho na terra que comprara na vizinha Tianguistengo.

Quando morreu, deixou para trás uma casa pequenacasemiro betwayconstrução na propriedade, assim como a esposa e três filhas para quem estava construindo a moradia.

"Ele era um homem bom, não merecia morrer dessa forma", disse Jazmin, segurando um boné, um cinto e uma carteira que pertenciam ao marido.

Maria e Jose Guadalupe voltaram, porcasemiro betwayvez, para outra casa pequenacasemiro betwayTianguistengo, que deixaram para os filhos quando foram para os EUA. De pé nos fundos da residência, Maria se recorda do filho. Ele gostavacasemiro betwayborboletas ecasemiro betwaycorrer pelos camposcasemiro betwaymilho. Saiu para estudar direito porque queria defender as pessoascasemiro betwayinjustiças. "Eles o tiraramcasemiro betwaynós, e ele nem chegou a deixar um filho para cuidar da gente", disse ela.

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Da esquerda para a direita, Xiamara Kaori Flores, Jazmin Sanchez,casemiro betway34 anos, e Maria del Rosario Rodriguez

Crédito, Brett Gundlock

Legenda da foto, Jazmin Sanchez, viúvacasemiro betwayAlberto, entrega uma florcasemiro betwaycalêndula à filha na propriedade da famíliacasemiro betwayAcatlán
Da esquerda para a direita, Xiamara Kaori Flores, Jazmin Sanchez e Maria del Rosario Rodriguez

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Legenda da foto, Alberto Flores era paicasemiro betwaytrês meninas, incluindo Xiamara Kaori Flores
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Em Acatlán, a família foi recebida com silêncio. Com exceçãocasemiro betwayMaura Cordero, os lojistas da rua Reforma disseram que estavam fora da cidade quando a barbárie aconteceu, ou que fecharam suas lojas e fugiram, ou ainda que nem chegaram a abrir as portas naquele dia, que não era feriado.

"Ninguém quer falar sobre isso", disse Fuentes, o taxista. "E as pessoas que estavam diretamente envolvidas já foram embora."

De acordo com as autoridades, cinco pessoas foram acusadascasemiro betwayincitação ao crime e outras quatrocasemiro betwayassassinato. Martinez, que transmitiu o evento ao vivo no Facebook, Castelan, que pediu dinheiro para gasolina, e o homem identificado como Manuel, que tocou os sinos, estavam entre os cinco. Mas os outros dois supostos incitadores e os quatro acusados ​​de assassinato estavam foragidos, segundo a polícia.

No dia seguinte à mortecasemiro betwayRicardo e Alberto, seus corpos foram veladoscasemiro betwayAcatlán. Maria acredita que havia testemunhas do crime entre os presentes na missa.

"Vejam como vocês mataram eles! Vocês todos têm filhos! Eu quero justiça para os meus entes queridos!", gritou enquanto as lágrimas rolavam e as câmeras das redescasemiro betwaytelevisão locais e nacionais filmavam.

Agora, a família vive com medocasemiro betwayAcatlán, diz Maria. Eles têm receio atécasemiro betwayir ao mercado. "Perdi meu neto que era como meu filho", disse a avócasemiro betwayRicardo. "Eles os acusaramcasemiro betwayserem criminosos, sem provas".

Maria ainda não consegue entender por que a multidão foi levada por uma mentira. "Por que eles não checaram? Nenhuma criança foi sequestrada, ninguém apresentou uma queixa formal. Foi uma notícia falsa", afirmou.

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Jose Guadalupe Flores,casemiro betway45 anos, ecasemiro betwayfilha Kimberly,casemiro betway10 anos,casemiro betwayAcatlán

Crédito, Brett Gundlock

Legenda da foto, Jose Guadalupe Flores,casemiro betway45 anos, ecasemiro betwayfilha Kimberly,casemiro betway10 anos,casemiro betwayAcatlán
Um homem toca o sino da igreja, o mesmo sino que foi tocado naquele dia para reunir a multidão

Crédito, Brett Gundlock

Legenda da foto, Um rapaz toca o mesmo sino que soou no dia do linchamento
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Ondacasemiro betwayviolência causada por boatos

As mortescasemiro betwayRicardo e Alberto Flores no México não são casos isolados. Boatos e notícias falsas no Facebook e no WhatsApp fomentaram episódioscasemiro betwayviolência com morte na Índia,casemiro betwayMyanmar e no Sri Lanka, para citar apenas três. Na Índia, como no México, o WhatsApp ressuscitou rumores antigos sobre sequestros, permitindo que se espalhassem mais rápido - e com menos responsabilidade.

O WhatsApp, que foi comprado pelo Facebook por US$ 19 bilhõescasemiro betway2014, tem sido associado a uma ondacasemiro betwaylinchamentoscasemiro betwaytoda a Índia, muitas vezes alimentada por histórias falsascasemiro betwaycrianças sequestradas. No Estadocasemiro betwayAssam,casemiro betwayjunho, Abhijit Nath e Nilotpal Das foram espancados até a morte por um grupocasemiro betway200 pessoas,casemiro betwayum incidente assustadoramente semelhante aocasemiro betwayAcatlán.

Tanto o WhatsApp quanto o Facebook são amplamente utilizados para o consumocasemiro betwaynotícias no México, segundo constacasemiro betwayum relatóriocasemiro betway2018 do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo. De acordo com o levantamento, 63% dos usuárioscasemiro betwayinternet no México dizem que estão muito preocupados ou extremamente preocupados com a disseminaçãocasemiro betwaynotícias falsas.

"As plataformas digitais servem como veículos instantâneos para canalizar o melhor e o piorcasemiro betwaynós, incluindo nossos medos e preconceitos", disse Manuel Guerrero, diretor da Escolacasemiro betwayComunicação da Universidade Iberoamericana do México. "E isso fica mais evidente na ausênciacasemiro betwayautoridades efetivas que possam garantir nossa segurança", completou.

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Maria del Rosario Rodriguez, segura o telefone do filho. Ela não suporta olhar para os boatos que levaram àcasemiro betwaymorte

Crédito, Brett Gundlock

Legenda da foto, Maria del Rosario Rodriguez, segura o telefone do filho. Ela não suporta olhar para os boatos que levaram àcasemiro betwaymorte
BBC

Em 30casemiro betwayagosto, no dia seguinte ao que Ricardo e Alberto foram mortoscasemiro betwayAcatlán, moradores da cidadecasemiro betwaySan Martin Tilcajete, no sulcasemiro betwayOaxaca, tentaram linchar um grupocasemiro betwaysete pintorescasemiro betwaycasas, falsamente acusados ​​de serem sequestradores infantis. Naquele dia, os policiais conseguiram resgatar as vítimas.

Mas no mesmo dia,casemiro betwayTula, no Estadocasemiro betwayHidalgo, a cena assustadoracasemiro betwayAcatlán se repetiu, quando dois homens inocentes acusados ​​de raptar crianças foram espancados e queimados até a morte.

No Equador,casemiro betway16casemiro betwayoutubro, dois homens e uma mulher presos por suspeitacasemiro betwayroubar 200 dólares foram mortos por uma multidão após serem falsamente acusadoscasemiro betwayboatos que circularam pelo Whatsappcasemiro betwaysequestrar crianças. Ecasemiro betway26casemiro betwayoutubro,casemiro betwayBogotá, na Colômbia, um grupo matou um homem pelo mesmo motivo.

Como as mensagens do WhatsApp são criptografadas, é impossível rastrear a origemcasemiro betwayqualquer conteúdo compartilhado no aplicativo. A empresa se recusou a atender aos pedidos do governo indianocasemiro betwayjulho para quebrar a criptografia e permitir que as autoridades rastreassem as mensagens.

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Polícia Cibernética no México
Legenda da foto, Jose Gil, vice-ministrocasemiro betwayInformações e Inteligência Cibernética na Cidade do México, supervisionacasemiro betwayequipe
BBC

Combate pouco eficaz

O WhatsApp anunciou medidas para tentar conter a disseminaçãocasemiro betwaynotícias falsas, identificando claramente as mensagens que são encaminhadas e limitando o númerocasemiro betwaydestinatários para repassar mensagens a 20 grupos por vez - e a cinco na Índia.

"Acreditamos que o desafio da ondacasemiro betwayviolência exige uma ação das empresascasemiro betwaytecnologia, da sociedade civil e dos governos", disse a empresa à BBC. "Nós intensificamos a educação do usuário sobre desinformação e fornecemos treinamento sobre como usar o WhatsApp como um recurso nas comunidades."

Um porta-voz do Facebook disse à BBC que a plataforma "não queria que seus serviços fossem usados ​​para incitar a violência".

"No início deste ano, identificamos e removemos vídeos mostrando violênciacasemiro betwaymassa no Estado mexicanocasemiro betwayPuebla, e atualizamos nossas políticas para remover conteúdos que poderiam levar a danos no mundo real", disse o porta-voz. "Continuaremos a trabalhar com empresascasemiro betwaytecnologia, a sociedade civil e os governos para combater a disseminaçãocasemiro betwayconteúdo com potencial para causar danos".

Pelo menos 10 governos estaduais no México, incluindo ocasemiro betwayPuebla, lançaram campanhas informativas alertando os cidadãos sobre a ondacasemiro betwaymensagens falsas nas redes sociais sobre sequestroscasemiro betwaycrianças. Os policiais que investigam crimes cibernéticos criaram gruposcasemiro betwaydiscussão no WhatsApp para permitir a comunicação direta com os moradorescasemiro betway300 bairroscasemiro betwaytoda a capital.

Os cidadãos pedem à polícia, por meio dos grupos, que verifiquem histórias, enquanto os policiais coletam evidências contra aqueles que espalham notícias falsas. Também estão na mira da equipe outros crimes: falsidade ideológica, tentativascasemiro betwayextorsão e tráficocasemiro betwayseres humanos.

"Acreditamos que,casemiro betwaycada dez crimes, a tecnologia é usadacasemiro betwaynove", diz Jose Gil, vice-ministrocasemiro betwayInformações e Inteligência Cibernética da Cidade do México.

"As redes sociais podem realmente afetar uma comunidade por meio da disseminaçãocasemiro betwayinformações falsas que muitoscasemiro betwaynós percebem como verdadeiras, porque são enviadas por pessoascasemiro betwayquem confiamos", completa. "A sociedade precisa realmente avaliar o que é verdadeiro e o que é falso, e decidir o que é confiável e o que não é."

A faltacasemiro betwaypoliciamento efetivo e a culturacasemiro betwayimpunidade no México fizeram com que os rumores incitassem a violência como "dinamite", afirma a deputada Tatiana Clouthier. Segundo ela, no caso do linchamentocasemiro betwayAcatlána, a privacidade e a liberdadecasemiro betwayexpressão tiveram um custo terrível.

"Mas damos prioridade para quê? Temos que dar prioridade à liberdadecasemiro betwayexpressão, mas onde está o limite? Esse é um debatecasemiro betwayque nenhumcasemiro betwaynós quer entrar porque ninguém quer restringir a liberdadecasemiro betwayexpressão, mas não podemos permitir a desinformação. A situação que estamos enfrentando é muito perigosa."

BBC
Campocasemiro betwaycalêndula

Crédito, Brett Gundlock

BBC

Na tarde do dia 24casemiro betwayoutubro, um grupocasemiro betwaycercacasemiro betway30 parentescasemiro betwayRicardo e Alberto se reuniram na Igreja do Calváriocasemiro betwayAcatlán para uma missa emcasemiro betwaymemória. O padre rezou por ambas as famílias e abençoou duas cruzescasemiro betwaymetal levadas por eles. A celebração durou uma hora e,casemiro betwayseguida, as famílias andaram meio quilômetro carregando as cruzes até o lugar que haviam evitado nos últimos dois meses.

O paicasemiro betwayRicardo, Jose Guadalupe, colocou as cruzes nos degrauscasemiro betwaypedracasemiro betwayque Ricardo e Alberto foram mortos, e o grupo permaneceu por um tempocasemiro betwaysilêncio.

"Foi muito doloroso estar no mesmo lugarcasemiro betwayque os corpos foram carbonizados", afirmou Maria, mãecasemiro betwayRicardo, mais tarde. "Tudo isso aconteceu por causa dos rumores e porque as pessoas foram levadas por esses rumores."

Esses boatos ainda aparecem no telefonecasemiro betwayMaria - e provavelmente nocasemiro betwayoutros moradores da cidade -, mas ela não suporta mais vê-los ou mostrá-los a quem quer que seja.

No dia da missa, ela prometeu junto a Jazmin, viúvacasemiro betwayAlberto, visitar o local do linchamento uma vez por semana e repor as velas que deixaram ao lado das cruzes.

"As cruzes devem permanecer lá para sempre", diz ela, "para que o povocasemiro betwayAcatlán possa ver e se lembrar do que fez".

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