As vantagensboyaa p?quercada idade para aprender um novo idioma:boyaa p?quer

Mulher escrevendo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Pesquisas mostram que cada fase da vida nos oferece diferentes vantagens no aprendizadoboyaa p?querlínguas
Crianças

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Crianças pequenas têm facilidadeboyaa p?queraprender sotaques nativos

Mas a ciência oferece uma visão muito mais complexaboyaa p?quercomo nossa relação com os idiomas evolui ao longo da vida - e pode encorajar quem começa a estudar mais tarde.

De um modo geral, cada fase da vida nos oferece diferentes vantagens no aprendizadoboyaa p?querlínguas. Os bebês têm um ouvido melhor para sons diferentes; as crianças conseguem assimilar sotaques nativos com uma velocidade surpreendente. Já os adultos têm uma capacidadeboyaa p?queratenção maior e habilidades cruciais, como o grauboyaa p?querinstrução, que permitem expandir continuamente o vocabulário.

Uma sérieboyaa p?querfatores além da idade - como circunstâncias sociais, métodosboyaa p?querensino e mesmo sentimentos - podem afetar o númeroboyaa p?queridiomas que falamos e com que desenvoltura.

"Nem tudo vai ladeira abaixo com a idade", diz Antonella Sorace, professoraboyaa p?querlinguística do desenvolvimento e diretora do Centroboyaa p?querAssuntos Bilíngues da Universidadeboyaa p?querEdimburgo, na Escócia.

É o caso do chamado "aprendizado explícito": processoboyaa p?querestudo que se dáboyaa p?queruma salaboyaa p?queraula com um professor explicando as regras do idioma.

Estudantes

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Algumas pesquisas mostraram que jovens adultos têm certas vantagens sobre crianças quando se trata do aprendizadoboyaa p?querlínguas

"As crianças pequenas são muito ruins no aprendizado explícito porque não têm controle cognitivo, capacidadeboyaa p?queratenção e memória", diz Sorace.

Um estudo realizadoboyaa p?querIsrael descobriu, por exemplo, que os adultos eram melhoresboyaa p?quercompreender uma regraboyaa p?querlinguagem artificial e aplicá-la a novas palavras.

Os cientistas compararam três grupos distintos: criançasboyaa p?quer8 anos,boyaa p?quer12 anos e adultos jovens. Os adultos apresentaram uma pontuação mais alta do que os mais novos, enquanto osboyaa p?quer12 anos também se saíram melhor do que osboyaa p?quer8 anos.

O resultado da pesquisa coincide com oboyaa p?querum estudoboyaa p?querlongo prazo realizado com quase 2.000 estudantes bilíngues catalães-espanhóisboyaa p?queringlês: os que começaram mais tarde aprenderam a nova língua mais rápido do que aqueles que iniciaram mais jovens.

Em Israel, os pesquisadores sugeriram que os participantes mais velhos podem ter se beneficiadoboyaa p?querhabilidades que chegam com a maturidade, como estratégias mais avançadasboyaa p?quersoluçãoboyaa p?querproblemas e maior experiência linguística.

Bebê

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os recém-nascidos choram com sotaque, imitando o que ouviam quando estavam no útero

Em outras palavras, os alunos mais velhos tendem a saber muito sobre si mesmos e sobre o mundo ao seu redor e podem usar esse conhecimento para processar novas informações.

As crianças mais novas se destacam, no entanto,boyaa p?queraprender implicitamente: ouvir nativos falando e imitá-los. Mas esse tipoboyaa p?queraprendizado requer muito convívio com nativos.

Em 2016, o Centroboyaa p?querAssuntos Bilíngues da Universidadeboyaa p?querEdimburgo preparou um relatório interno sobre cursosboyaa p?quermandarim nas escolas primárias para o governo escocês. E descobriu que uma hora por semanaboyaa p?queraula não fazia uma diferença significativa para criançasboyaa p?quercinco anos. Mas apenas meia hora com a presençaboyaa p?querum professor nativo as ajudava a compreender elementos do mandarim que são mais difíceis para os adultos, como os tons.

Fácil assimilação

Todos nós nascemos com um dom natural para línguas.

Quando bebês, conseguimos ouvir todos os 600 sonsboyaa p?querconsoantes e 200boyaa p?quervogais que compõem as línguas do mundo. No primeiro anoboyaa p?quervida, nossos cérebros começam a se especializar, sintonizando os sons que ouvimos com mais frequência.

Os bebês já balbuciam emboyaa p?querlíngua materna. Até mesmo os recém-nascidos choram com um sotaque, imitando o que ouviam enquanto estavam dentro do útero.

Essa especialização também significa eliminar as habilidadesboyaa p?querque não precisamos. Os bebês japoneses podem distinguir facilmente entre os sonsboyaa p?quer"l" e "r". Já os adultos japoneses costumam ter dificuldade.

Mãe e filho brincando

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Quando uma família muda para outro país, as crianças muitas vezes aprendem a língua mais rápido - mas pode ser por uma questãoboyaa p?quersobrevivência

Não há dúvida, diz Sorace, da Universidadeboyaa p?querEdimburgo,boyaa p?querque os primeiros anos são cruciais para incorporar nosso próprio idioma. Estudos com crianças abandonadas ou isoladas mostraram que, se não aprendemos a linguagem humana desde cedo, não conseguimos compensar isso facilmente mais tarde.

Eis que surge a surpresa: esse corte não é o mesmo para o aprendizadoboyaa p?querlínguas estrangeiras.

"O importante é entender que a idade variaboyaa p?quercompasso com muitos outros fatores", diz Danijela Trenkic, psicóloga da Universidadeboyaa p?querYork, na Inglaterra.

Aprendizado no estrangeiro

A vida das crianças é completamente diferente da dos adultos. Então, quando comparamos suas habilidades linguísticas, "não estamos comparando realidades equivalentes", acrescenta Trenkic.

Ela dá o exemploboyaa p?queruma família que se muda para outro país. Normalmente, as crianças aprendem a língua muito mais rápido do que os pais. Mas isso pode ser porque elas ouvem o idioma constantemente na escola, enquanto os pais podem estar trabalhando por conta própria.

As crianças também podem sentir um senso maiorboyaa p?querurgência, já que dominar a língua é crucial paraboyaa p?quersobrevivência social: fazer amigos, ser aceito, se enturmar. Os pais, por outro lado, são mais propensos a socializar com pessoas que os entendem, como colegas imigrantes.

Mãos dadas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estudantesboyaa p?queridiomas que criam vínculos com outros alunos têm mais chanceboyaa p?querperseverar

"Criar o vínculo emocional é o que faz você se aperfeiçoar no aprendizadoboyaa p?queridiomas, na minha opinião", diz Trenkic, da Universidadeboyaa p?querYork.

Os adultos também podem criar esse laço afetivo, e não apenas por meioboyaa p?querrelações amorosas ouboyaa p?queramizade com um nativo. Um estudoboyaa p?quer2013 realizado com adultos britânicos matriculadosboyaa p?querum cursoboyaa p?queritaliano para iniciantes descobriu que aqueles que tiveram dificuldade com o idioma foram ajudados pelo relacionamento com outros alunos e o professor.

"Se você encontrar pessoas que pensam como você, é mais provável que você leve adiante o aprendizado do idioma e persevere", explica Trenkic. "Esse é o segredo. Você precisa passar anos aprendendo. Então a menos que haja uma motivação social para isso, é realmente difícil prosseguir."

No início deste ano, uma pesquisa do Institutoboyaa p?querTecnologiaboyaa p?querMassachusetts (MIT, na siglaboyaa p?queringlês) com 670 mil pessoas mostrou que, para obter um conhecimento nativo da gramática inglesa, é melhor começar por voltaboyaa p?querdez anos. Após essa idade, a capacidade diminuiria.

Mas o estudo feito por meioboyaa p?querquestionário online também revelou que podemos aprimorar os idiomas, incluindo o nosso próprio, ao longo do tempo.

Nós, por exemplo, só dominamos completamente a gramática da nossa própria língua por volta dos 30 anos. E um estudo online, realizado anteriormente, mostra que até mesmo os nativos aprendem quase uma palavra nova por diaboyaa p?querseu próprio idioma até os 50 anos.

Adolescenteboyaa p?querLondres

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Para grande parte dos estudantes, a habilidadeboyaa p?querpassar por um nativoboyaa p?quertermosboyaa p?quergramática pode não ser tão relevante

Trenkic destaca que o estudo do MIT analisou algo extremamente específico - a capacidadeboyaa p?querpassar por um nativoboyaa p?quertermosboyaa p?querprecisão gramatical. Para o estudanteboyaa p?queridiomasboyaa p?quergeral, isso pode não ser tão relevante.

"As pessoas às vezes me perguntam qual é a maior vantagem das línguas estrangeiras. Vou ganhar mais dinheiro? Vou ser mais inteligente? Vou ficar mais saudável? Mas, na verdade, a maior vantagemboyaa p?queraprender idiomas estrangeiros é poder se comunicar com mais gente", diz ela.

Trenkic, por exemplo, é da Sérvia. E só se tornou fluenteboyaa p?queringlês por volta dos 20 anos, após se mudar para o Reino Unido. Ela diz que ainda comete erros gramaticais, especialmente quando está cansada ou estressada.

"Ainda assim, apesarboyaa p?quertudo - e isso é crucial - posso fazer coisas incríveisboyaa p?queringlês. Posso apreciar grandes obras literárias e escrever textos relevantes e coerentes com qualidade para publicação", escreveu elaboyaa p?querum e-mail.

De fato, o questionário do MIT classificou o inglês dela como nativo.

Na creche espanholaboyaa p?querLondres,boyaa p?querque os professores cantam Cumpleanos feliz (feliz aniversário,boyaa p?querespanhol) e há um exemplarboyaa p?querO Grúfaloboyaa p?querhebraico na estante, a própria diretora aprendeu o idioma local mais tarde.

Carmen Rampersad cresceu na Romênia e só dominou o inglês ao se mudar para o exterior, por volta dos 20 anos. Seus filhos aprenderam espanhol na creche.

Mas talvez o mais aventureiroboyaa p?quertermos linguisticos seja o marido dela. Nativoboyaa p?querTrinidad e Tobago, onde a língua oficial é o inglês, ele aprendeu romeno com a família dela, que mora perto da fronteira com a Moldávia.

"O romeno dele é excelente", diz ela. "Ele fala com um sotaque da Moldávia. É hilário."

boyaa p?quer Leia a versão original boyaa p?quer desta reportagem (em inglês) no site BBC Future boyaa p?quer .

boyaa p?quer Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube boyaa p?quer ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosboyaa p?querautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaboyaa p?querusoboyaa p?quercookies e os termosboyaa p?querprivacidade do Google YouTube antesboyaa p?querconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueboyaa p?quer"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoboyaa p?querterceiros pode conter publicidade

Finalboyaa p?querYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosboyaa p?querautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaboyaa p?querusoboyaa p?quercookies e os termosboyaa p?querprivacidade do Google YouTube antesboyaa p?querconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueboyaa p?quer"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoboyaa p?querterceiros pode conter publicidade

Finalboyaa p?querYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosboyaa p?querautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaboyaa p?querusoboyaa p?quercookies e os termosboyaa p?querprivacidade do Google YouTube antesboyaa p?querconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueboyaa p?quer"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoboyaa p?querterceiros pode conter publicidade

Finalboyaa p?querYouTube post, 3