O 'muro vivo' construído para conter o deserto do Saara, que não para8 game pokercrescer:8 game poker

Os países que fazem parte do Sahel estão plantando árvores para conter o avanço do deserto do Saara

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Legenda da foto, Os países que fazem parte do Sahel estão plantando árvores para conter o avanço do deserto do Saara

Os turistas, atraídos pela promessa8 game pokerver crocodilos "amigáveis", são incentivados a posar para fotos tocando os répteis. É supostamente seguro abordar os animais, desde que você faça isso por trás.

Mas Paga e seus crocodilos enfrentam a ameaça do avanço do deserto ao seu redor. Localizada no extremo sul da região semiárida do Sahel, faixa8 game pokerterra ao sul do deserto do Saara que se estende8 game pokerleste a oeste do continente africano, a área circundante8 game pokerPaga é coberta por um solo arenoso que se dispersa facilmente.

As árvores retorcidas e os arbustos atrofiados, perfeitamente adaptados para lidar com os períodos8 game pokerseca que atingem a região, ajudam a fixar o solo.

Mas a crescente população8 game pokerPaga e das cidades vizinhas levou à derrubada8 game pokermuitas árvores, para fornecer combustível e material8 game pokerconstrução, além8 game pokerabrir caminho para terras agrícolas.

Sem a vegetação para fixar o solo, ele é simplesmente varrido pelo vento e pelas fortes tempestades. Com isso, as plantações e a vegetação selvagem ficam sem opção para criar raízes. E a terra está se transformando8 game pokerum deserto.

"Há muita degradação no nosso meio ambiente, porque há muito desmatamento", explica Julius Awaregya, fundador8 game pokerum grupo ambiental8 game pokerPaga.

Ao sul do Deserto do Saara, o Sahel é altamente vulnerável à desertificação

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"Isso tem sérias implicações para as futuras gerações, por isso precisamos conservar o que temos."

Awaregya está atualmente ajudando a coordenar os esforços para conter o avanço do deserto – construindo, entre outras coisas, um muro.

Mas não se trata8 game pokerum muro qualquer, feito8 game pokertijolo, pedra ou concreto. Este muro é formado por troncos, galhos e folhas – uma barreira verde viva para deter o deserto quase sem vida.

No dia8 game pokerque conversamos, Awaregya já havia enviado membros8 game pokersua equipe para três vilarejos próximos com caminhões cheios8 game pokermudas para plantar novas árvores junto às comunidades locais. Eles estavam plantando mudas8 game pokeracácia, mogno, nim e, mais importante, baobá.

As árvores adultas8 game pokerbaobá são um verdadeiro espetáculo. Com seus troncos grossos e bulbosos, cobertos por galhos que lembram raízes apontando para o céu, elas têm uma aparência8 game pokeroutro mundo. Capazes8 game pokerarmazenar água nos troncos, elas estão perfeitamente adaptadas às condições adversas e secas da savana, podendo viver até 2 mil anos.

Quando as árvores completam cerca8 game poker200 anos, começam a dar frutos – quando maduro, o fruto tem uma casca marrom aveludada que contém uma polpa seca esbranquiçada8 game pokergosto cítrico e azedo dentro.

As mudas que a equipe8 game pokerAwaregya está plantando são, portanto, um investimento para o futuro.

Embora pareça pouco apetitosa, a fruta é apreciada pela população8 game pokerPaga. Tradicionalmente, os frutos maduros eram colhidos pelas mulheres locais, que os usavam no preparo8 game pokermolhos, doces e mingaus.

O fruto do baobá seca ao sol durante meses até amadurecer, adquirindo uma coloração marrom

Crédito, Aduna

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Mas agora essa colheita está se tornando muito mais organizada. De dezembro a abril, grupos8 game pokermulheres das aldeias se aventuram no meio do mato com longas varas para colher os frutos dessas árvores.

As frutas que elas levam8 game pokervolta para suas aldeias são selecionadas e abertas – a polpa desidratada é, por8 game pokervez, triturada8 game pokerum pilão ou por máquinas. O pó resultante é ensacado e enviado para a Europa, onde será transformado8 game pokersmoothies, sucos, sorvetes e alimentos saudáveis.

Tudo isso faz parte do mercado global8 game pokerbaobá, avaliado8 game pokerUS$ 3,5 bilhões, e que deve ultrapassar US$ 5 bilhões nos próximos cinco anos.

O alto teor8 game pokervitamina C, cálcio, magnésio, potássio e ferro da fruta atraiu o interesse8 game pokervárias empresas – como Coca-Cola, Costco, Innocent Smoothies, Suja Juice e Yeo Valley – que lançaram produtos à base8 game pokerbaobá.

Isso deu nova importância a uma árvore que era vista,8 game pokergrande parte, como tendo pouco valor econômico8 game pokerpaíses como Gana.

"O baobá tem muito potencial", diz Andrew Hunt, cofundador e executivo-chefe da Aduna, marca8 game pokeralimentos naturais que vem trabalhando com pequenos produtores8 game pokerpó8 game pokerbaobá8 game pokerGana e Burkina Faso.

“É uma árvore muito especial na África e tem um valor cultural enorme –8 game pokeralguns lugares é sagrada, e a população local a vê como lar8 game pokerespíritos ancestrais. Mas tinha pouco valor econômico e estava sendo derrubada para dar lugar a plantações comerciais.”

Agora, com a crescente demanda por baobá como suplemento alimentar, as comunidades que vivem nas paisagens áridas onde essas árvores crescem estão sendo recompensadas por protegê-las.

As mulheres colhem o fruto do baobá para ser processado nas aldeias

Crédito, Aduna

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A Aduna paga cerca8 game poker45 cedis (aproximadamente R$ 40) por um saco8 game poker38 kg8 game pokerfruta8 game pokerbaobá, além do valor adicional (gratificação) pela produção orgânica, que eleva o pagamento total para cerca8 game pokerR$ 60, segundo Hunt.

A renda média8 game pokermuitas aldeias é inferior a R$ 254, por isso o dinheiro faz uma diferença significativa para as mulheres envolvidas na colheita.

Ele também financiou o plantio8 game pokercerca8 game poker5 mil novas árvores8 game pokerbaobá no ano passado – e espera dobrar essa quantidade neste ano.

O esquema gera uma importante contribuição para um projeto mais ambicioso, conhecido como a Grande Muralha Verde. Uma tentativa8 game pokerconstruir uma barreira8 game poker8.000 km que cruza o continente africano8 game pokerleste a oeste para conter o avanço do deserto do Saara.

Embora a extensão do deserto aumente e diminua8 game pokeracordo com a estação do ano, o declínio das chuvas, combinado com o desmatamento e a degradação do solo, têm feito a área que ele ocupa aumentar a cada estação.

Ao longo do século passado, o deserto do Saara cresceu mais8 game poker7.600 km² por ano – e agora está 10% maior do que era8 game poker1920. O avanço se deu8 game pokerforma acentuada sobretudo8 game pokerdireção ao sul, onde se espalhou por mais8 game poker554.000 km² do Sahel no mesmo período. E hoje cobre uma área8 game poker9,4 milhões8 game pokerquilômetros quadrados.

É um fenômeno que está sendo replicado8 game pokeroutros lugares. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 120.000 km²8 game pokerterra são perdidos globalmente a cada ano8 game pokerdecorrência da desertificação.

A colheita8 game pokerbaobá deu voz às mulheres do norte8 game pokerGana8 game pokersuas comunidades

Crédito, Aduna

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“A desertificação se espalha mais como um câncer do que como uma onda ou um incêndio na floresta”, explica Ibrahim Thiaw, secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, na sigla8 game pokeringlês).

"O prejuízo para a economia global é estimado8 game pokerUS$ 1,3 bilhão por dia devido à perda8 game pokerterras agrícolas, para pastagem8 game pokergado, à perda8 game pokerterras que poderiam ser usadas para turismo e habitação humana."

Iniciado8 game poker2007 pela União Africana, o projeto da Grande Muralha Verde é uma tentativa conjunta8 game pokerretardar e até mesmo reverter o avanço do maior deserto quente do mundo.

Com o apoio da UNCCD, mais8 game poker20 países ao longo do Sahel estão plantando árvores para criar o que eles afirmam ser a maior "estrutura viva” do mundo.

Mas o muro está longe8 game pokerser uma cerca viva que se estende por todo o continente. Aproximadamente US$ 8 bilhões foram investidos na adoção8 game pokernovas práticas sustentáveis8 game pokergestão da terra e na descoberta8 game pokermaneiras8 game pokermelhorar a qualidade do solo.

Para isso, eles recorreram ao conhecimento dos povos indígenas para encontrar métodos nativos8 game pokercuidar da terra.

Em Burkina Faso, Mali e Senegal, por exemplo, os agricultores estão reabilitando a terra usando o zai, prática tradicional que prevê construir linhas, faixas e semicírculos8 game pokerpedras para ajudar a reter a água durante os períodos8 game pokerseca, permitindo que ela penetre no solo.

Em outras partes8 game pokerGana, os moradores plantam capim-elefante – também usado para tecer cestas – como uma forma8 game pokerfixar o solo.

Mas o ponto central do projeto são as árvores. O Senegal sozinho já plantou mais8 game poker12 milhões8 game pokerárvores resistentes à seca8 game pokerpouco mais8 game pokeruma década desde o lançamento da Grande Muralha Verde.

"Cerca8 game poker300.000 km²8 game pokerterras degradadas foram restauradas8 game poker20 países", diz Thiaw.

“Mas estamos apenas no começo8 game pokeruma longa jornada. Não acho que será concluída durante a minha existência ou dos meus filhos. Precisamos fazer muito mais, e precisamos fazer8 game pokergrande escala. Até agora, trabalhamos apenas com pequenos projetos liderados por comunidades.”

A demanda por baobá na Europa e nos EUA deu nova importância econômica às árvores8 game pokerGana

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A UNDCC estabeleceu a meta8 game pokerrestaurar 1 milhão8 game pokerkm²8 game pokerterras na África até 2030. É uma meta ambiciosa, mas eles esperam que ela ofereça maior segurança alimentar ao Sahel, melhorando o solo para o cultivo e, ao mesmo tempo, ajudando a capturar milhões8 game pokertoneladas8 game pokercarbono da atmosfera.

O sucesso tem sido relativo, e a iniciativa vem sendo criticada pelo progresso lento. Fora da África, a tentativa semelhante da China8 game pokerplantar barreiras florestais para conter o avanço do Deserto8 game pokerGobi também teve efeitos limitados.

Na verdade, há indícios8 game pokerque as tempestades8 game pokerareia do Deserto8 game pokerGobi podem ter aumentado,8 game pokervez8 game pokerdiminuído.

Mas é neste ponto que a UNDCC espera que a nova demanda global por baobá possa ajudar. Embora seja muito bonito pedir aos agricultores locais que plantem, protejam e cultivem árvores, isso sempre vai competir com a necessidade8 game pokercomida e renda.

Mas se as árvores forem capazes8 game pokerajudar a gerar renda, então há uma razão convincente para deixá-las crescer e se espalhar.

A expectativa é que produtos como a fruta do baobá possam incentivar grandes multinacionais8 game pokeralimentos a investir nos esquemas8 game pokerplantio e colheita, como os que estão sendo montados nas comunidades ao redor8 game pokerPaga.

"Os governos não podem fazer isso sozinhos", afirma Thiaw. "Precisamos envolver o setor privado para que eles possam perceber que é rentável restaurar a terra."

E o potencial da região vai além do baobá. As folhas da moringa, conhecida como acácia branca, também estão ganhando popularidade como alimento saudável. Nativa da região árida dos Himalaias, essa árvore é bem apropriada para ser cultivada nas condições encontradas8 game pokervárias partes do Sahel. A manteiga8 game pokerkarité, popular8 game pokercosméticos e hidratantes, vem da noz8 game pokerárvores que também crescem na região.

O fruto do baobá tem uma casca dura que precisa ser quebrada para se chegar à polpa

Crédito, Aduna

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Andrew Hunt, da Aduna, também vê como promissora a plantação8 game pokergramíneas tradicionalmente cultivadas na África Ocidental, como o fonio, um tipo8 game pokergrão semelhante ao cuscuz marroquino – que pode ser uma forte concorrência para outros grãos da moda, como a quinoa.

"O baobá é apenas um ingrediente dentro8 game pokerum cenário muito maior", diz Hunt.

Mas há quem se preocupe com o que pode acontecer se grandes empresas multinacionais e fabricantes8 game pokeralimentos começarem a criar uma demanda mais ampla por essas lavouras.

Embora seja capaz8 game pokergerar renda e atrair investimentos valiosos para a região, também existe o risco8 game pokercausar exploração excessiva do solo ou até mesmo8 game pokercriar monoculturas – como as vastas plantações8 game pokerdendê que hoje dominam grande parte do sudeste asiático, da América Central e da América do Sul.

Isso poderia exacerbar alguns problemas que estão causando a desertificação desde o início, alerta Lindsay Stringer, especialista8 game pokerdegradação da terra e água da Universidade8 game pokerLeeds, no Reino Unido.

“Embora a desertificação8 game pokersi possa ocorrer8 game pokeruma escala local, os fatores políticos e econômicos por trás destas decisões podem operar8 game pokerescalas muito maiores,8 game pokerlocais bem distantes8 game pokeronde a desertificação acontece”, diz.

"É fácil para pessoas que não estão nas terras áridas serem totalmente ignorantes8 game pokerrelação ao que acontece nestas regiões como resultado do comportamento do consumidor".

Segundo ela, estratégias que oferecem múltiplos benefícios podem ser mais adequadas. O plantio8 game pokerárvores frutíferas pode ajudar a estabilizar o solo, criar sombra e fornecer alimentos para a população.

Conceder o direito à terra à população local também pode ajudar, uma vez que deixa as pessoas mais dispostas a investir8 game pokermaneiras sustentáveis8 game pokergestão do solo.

"Precisamos mudar alguns sistemas criados pelo homem,8 game pokervez8 game pokerapenas plantar coisas para resolver o problema da desertificação", acrescenta Stringer.

Há ainda outras abordagens que podem ter impacto. A energia solar, por exemplo, pode reduzir a necessidade8 game pokermadeira como combustível e, portanto, a necessidade8 game pokercortar árvores.

A cidade marroquina8 game pokerOuarzazate, frequentemente afetada por tempestades8 game pokerareia do Deserto do Saara, tem aproveitado a energia solar para tratar águas residuais e,8 game pokerseguida, usá-las para irrigar a terra ao redor.

Em Burkina Faso, microbiologistas como Forfana Barkissa estão inoculando pés8 game pokerfeijão e árvores8 game pokeracácias com diferentes tipos8 game pokerbactérias e fungos para ver se podem ajudá-las a se tornar mais resistentes à seca.

De volta a Paga, os agricultores também estão tentando produzir biocarvão (biochar), usado para melhorar a fertilidade do solo, a partir8 game pokerresíduos das lavouras após a colheita.

O solo arenoso8 game pokerGana é extremamente vulnerável à erosão sem árvores ou outro tipo8 game pokervegetação para mantê-lo no lugar

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Para as mulheres que colhem baobá para ser exportado para a Europa e os EUA, também houve ganhos. Algumas cooperativas conseguiram triciclos para facilitar o transporte dos sacos cheios8 game pokersementes8 game pokerbaobá pelo mato.

Além disso, as mulheres estão se tornando mais empoderadas8 game pokersuas comunidades – e estão se envolvendo mais8 game pokerdecisões dentro8 game pokersuas próprias famílias.

"Antes, era difícil para as mulheres dizerem que queriam fazer as coisas porque não tinham acesso fácil à renda", diz Julius Awaregya.

"Agora elas têm renda própria e estão tomando decisões a nível familiar."

As comunidades locais também estão mudando.

"Eles não queimam mais o mato ou ateiam fogo", acrescenta Awaregya. "Criaram suas próprias leis comunitárias para proteger as árvores."

Com mais árvores e um solo melhor, pode ser que o povo8 game pokerPaga e seus crocodilos ainda vivam juntos por um bom tempo.

8 game poker Leia a versão original 8 game poker desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

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