As destruidoras tempestades criadas por grandes queimadas:casa betano

Incêndio florestal

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Fogo prestes a formar uma piroCb na Califórnia,casa betanojulhocasa betano2020, quando aconteceu um dos incêndios florestais mais devastadores da história dos Estados Unidos

Em Washington DC, Mike Fromm, meteorologista do Laboratóriocasa betanoPesquisa Naval dos Estados Unidos que colabora com a Nasa, agência espacial americana, foi informado por um cientista australiano sobre as notícias que chegavamcasa betanoPortugal.

Com basecasa betanoimagens e dadoscasa betanosatélite globais, Fromm suspeitou que a grande nuvem — agora pairando sobre o centro do país — era uma pirocumulonimbus, também conhecida pela forma abreviada "piroCb".

Foi a primeira vista na Europa Ocidental desde que os registros começaram, embora tenha levado meses para confirmar isso com a ajudacasa betanometeorologistas portugueses.

Uma piroCb é uma tempestade gerada pelo fogo que cria seus próprios loopscasa betanofeedback positivo, incluindo ventos, raios e, às vezes, correntes descendentes mortais que alastram o fogo.

"É um sintomacasa betanoalgo extremamente perigoso acontecendo no solo", diz Fromm.

"Porque para obter uma nuvem como esta, você precisacasa betanoum comportamento intenso e insano do fogo. Uma piroCb está no limitecasa betanoquão alta, fria e opaca uma nuvem pode ser, e significa que o fogo que a está causando está no limite extremocasa betanointensidade também. E isso quer dizer que o fogocasa betanosi é mais intenso, mais imprevisível e mais perigoso do que os incêndioscasa betanoum estado mais preguiçoso."

De volta ao Atlântico,casa betanoPedrógão Grande, à medida que se aproximava o início da noite, uma fumaça espessa bloqueava o sol e dificultava a visão e a respiração dos moradores.

O fogo sugava o ar emcasa betanodireção, gerando ventoscasa betanoaté 117km/h e balançando carroscasa betanoum município próximo. Enquanto isso, as chamas devastavam 4.460 hectarescasa betanofloresta por hora.

Mas o momento mais dramático e perigoso ainda estava por vir.

Fumaça no céu

Crédito, David Peterson/Nasa Earth Observatory

Legenda da foto, As piroCbs transportam fumaça para o alto na atmosfera, como mostra esta imagem rara tiradacasa betanouma aeronave que voou atravéscasa betanouma piroCb

Por volta das 20h, a nuvem escuracasa betanofumaça — agora com 13 kmcasa betanoaltura — "desabou", enviando ar frio para a base do fogo e soprando oxigênio.

De acordo com a investigação posteriormente encomendada pelo governo português, os moradores descreveram o momentocasa betanoque o ar tocou o solo como "uma 'bomba' repentinacasa betanofogo espalhando labaredas e faíscascasa betanotodas as direções".

A rápida ascensão do fogo resultou na maioria das 64 mortes que ocorreram no incidentecasa betanoPedrógão Grande, com a maioria das vítimas surpreendidas pelas chamas enquanto tentavam escapar nas estradas.

Portugal sofreria com mais três piroCbs naquele mêscasa betanojunho, e outracasa betanooutubro, com o totalcasa betanomortescasa betanodecorrênciacasa betanoincêndios florestais chegando a maiscasa betano120 no ano.

Marc Castellnou, um investigador espanholcasa betanoincêndios florestais, foi chamado a Portugal após o primeiro incidente para ajudar o governo a apurar o que tinha acontecido.

Bombeiro e engenheirocasa betanocombate a incêndio por formação, Castellnou investiga grandes incêndios florestais na Europa, nas Américas, na África e na Austrália desde meados da décadacasa betano1990, tentando entender melhor seu comportamento.

Ele sabia que incêndios florestais eram um acontecimento comum e normalcasa betanoPortugal — mas não daquele jeito. No entanto, havia algo preocupantemente familiar.

Cinco meses antes, Castellnou estava à frentecasa betanouma equipe da União Europeia para investigar incêndios florestaiscasa betanograndes proporções no municípiocasa betanoMaule, no Chile, a cercacasa betano270 quilômetros ao sul da capital Santiago.

Assim comocasa betanoPortugal, os incêndioscasa betanoMaule tiveram uma forte aceleração repentina, diz ele.

"Em 25casa betanojaneiro, o fogo já estava queimando havia 10 dias, mas naquela noite ficoucasa betanorepente quatro vezes maior, se espalhando por 110 mil hectarescasa betanouma noite."

Posteriormente, Castellnou percorreu o caminho do fogo e sobrevoou a regiãocasa betanohelicópterocasa betanobuscacasa betanopistas.

Ele encontrou um padrão distinto — "ruas"casa betanoárvores que haviam caído todascasa betanouma direção, alémcasa betanoárvores que não apresentavam nenhum sinalcasa betanochamas chegando às suas copas, como normalmente aconteceriacasa betanoum incêndio intenso.

Isso significa que o fogo havia permanecidocasa betanogrande parte no solo, mas também criado seu próprio sistemacasa betanocirculaçãocasa betanoar — um vento forte o suficiente para derrubar árvores.

Imagemcasa betanofloresta após queimada

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os incêndios florestaiscasa betano2017casa betanoPortugal devastaram várias áreas — e as cicatrizes que ficaram demoram muito a desaparecer

"Percebemos que este não era um comportamento clássicocasa betanoincêndio florestal, e que a energia tinha que vircasa betanooutro lugar", diz Castellnou.

Isso significava que o fogo estava recebendo ar frio, e a única maneiracasa betanoconseguir isso era verticalmente.

De alguma forma, o fogo estava sugando o ar da parte mais alta da atmosfera e isso deve ter mantido as chamas no solo.

Essas chamas poderiam então queimarcasa betanoforma mais plena, gerando mais energia que ajudaria a elevar a colunacasa betanofumaça para tocar o ar frio.

"Cada vez que a nuvem dobravacasa betanoaltura, o vento se multiplicava por seis na superfície. Isso significava que o vento poderia [rapidamente] ircasa betano5-10km/h a 150km/h", diz ele.

Além desses ventos ferozes, Maule também testemunhou a nuvem piroCb "desabar", como os portugueses descreveram.

Mas no incêndiocasa betanoMaule, o clima incomum não se limitou ao Chile.

A fumaça dos incêndios viajou 1.000 km ao norte até a costa do arquipélago Juan Fernández, onde fez a umidade despencarcasa betano90% para 20% e as temperaturas caíremcasa betano3° C para 4 °C, conta Castellnou.

"Incêndios [como este] não estão se comportandocasa betanoacordo com o clima que podemos prevercasa betanonossos modelos — não dependem mais da topografia, meteorologia ou combustíveis."

"Em vez disso, o fogo se comportacasa betanoacordo com o clima que está criando, o que significa que também não podemos mais prever o clima quando esse tipocasa betanoincêndio está ocorrendo. É o que chamamoscasa betanocomportamento dinâmicocasa betanoincêndio florestal", explica.

Carroscasa betanobombeiros

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Se os cientistas forem capazescasa betanocompreender e prever o comportamento das piroCbs, podemos ter mais chancecasa betanoconter ou prevenir os incêndios

Nos três anos seguintes a esses incêndios no Chile ecasa betanoPortugal, Castellnou foi chamado para investigar piroCbs e outros comportamentos extremoscasa betanoincêndios florestais na África do Sul, Bolívia, Austrália — e três vezes na Califórnia.

Atualmente, ele tem 83 investigações abertas sobre esse tipocasa betanocomportamentocasa betanoincêndio florestal envolvendo fenômenos meteorológicos. Na décadacasa betano1990, ele tinha duas ou três.

Compreender melhor as piroCbs é agoracasa betanoprincipal preocupação.

"A análise é crucial. Se podemos prever, então podemos proteger... mas, do contrário, podemos perder tudo."

Castellnou alerta que, à medida que o clima aquece e as práticascasa betanomanejo da terra mudam, o norte da Europa poderácasa betanobreve testemunhar estes tiposcasa betanoeventos meteorológicos extremos.

Ele agora deposita suas esperançascasa betanoMark Finney, do Missoula Fire Sciences Laboratory,casa betanoMontana (EUA), o único laboratório dos Estados Unidos dedicado a trabalhos experimentais sobre incêndios florestais.

Trabalhando com uma equipe internacionalcasa betanometeorologistas e especialistascasa betanocomportamento do fogo, incluindo Castellnou, Finney tem construído um modelo para prever com mais precisão como os incêndios florestais extremos se comportam meteorologicamente.

Mas é um grande desafio, ele explica, uma vez que os incêndios reagem às menores mudanças a nívelcasa betanopartículas.

"Voltamos ao básico no laboratório para entender as coisas e essencialmente decompor o fogocasa betanopartes, na esperançacasa betanopoder entendê-las melhorcasa betanoforma independente e,casa betanoseguida, colocá-las novamente juntascasa betanoum modelo muito simples", afirma Finney.

No nível mais básico, no entanto, todo fogo muda o fluxocasa betanoar e o clima ao seu redor, até mesmo uma vela, diz ele. A chama aquece o ar, fazendo com que se expanda e suba, e o ar mais frio seja sugado para substituí-lo.

"À medida que os incêndios ficam cada vez maiores, envolvem um volume cada vez mais alto e uma área cada vez maior da atmosfera. E quando esses incêndios ficam grandes o bastante, há vários feedbacks atmosféricos diferentes", afirma Finney.

Um deles é criar nuvens. A umidade da combustão dos combustíveis sobe até atingir o ar frio, resfriando e condensando para criar nuvens cumulus brancas volumosas (e inofensivas) .

Mas se o fogo for muito intenso, o calor e a energia empurram a umidade cada vez mais alto, até que a água se transformecasa betanogelo na estratosfera, entre 10-50 kmcasa betanoaltura, se espalhando pela região onde fica a camadacasa betanoozônio.

Cada vez que a umidade mudacasa betanofase —casa betanogás para água e depois gelo — ela libera mais energia, empurrando a nuvem ainda mais alto e criando um feedback positivo.

Destruição causada pelo fogo

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Legenda da foto, Maiscasa betano60 pessoas morreram nos incêndios florestaiscasa betano2017casa betanoPortugal, muitas delas devido ao comportamento imprevisível da piroCb

"Em algum ponto, ela sobe alto o bastante que fica sem energia para continuar subindo", diz Finney.

"Você acaba com muitas partículascasa betanofumaça, que se transformamcasa betanoum núcleocasa betanocondensação. E, sejam gotículas líquidas ou gelo sólido, elas começam a se agregarcasa betanotorno desses núcleos, se tornando gotículas maiores, sejam congeladas ou líquidas."

Uma vez que se tornam grandes demais para ficarem suspensas no ar, elas começam a cair. A água passa pelas mudançascasa betanofase na direção contrária,casa betanogelo para água e depois gás, cada vez consumindo mais energia.

"E assim começa a fluir cada vez mais rápido — e é isso que leva a essas correntes descendentes que desabam no fogo e começam a respingá-lo para todos os lugares", explica Finney.

"É o reverso do processo, é tudo por causa da água. Se você não tivesse água na plumacasa betanofumaça, nada disso aconteceria".

Esta pode ser uma das razões pelas quais as piroCbs mais recentes ocorreramcasa betanopaíses com litoral, acredita Castellnou.

Portugal está na costa do Atlântico; a Califórnia e o Chile, do Pacífico; e a África do Sul, dos oceanos Índico e Atlântico. A Austrália é, obviamente, totalmente cercada pelo mar, e muitoscasa betanoseus piores incêndioscasa betano2020 (embora não todos) ocorreram perto da costa.

As fortes correntes descendentes também criam "focos", diz Finney,casa betanoque o materialcasa betanochamas é lançado, às vezes viajando muitos quilômetros até cair e iniciar novos incêndios.

Nuvemcasa betanofogo no céu

Crédito, David Peterson/Nasa Earth Observatory

Legenda da foto, As piroCbs podem enviar fuligem e água para a estratosfera, onde permanecem por mais tempo do quecasa betanoaltitudes mais baixas

Segundo ele, as piroCbs também podem iniciar novos incêndios por meiocasa betanoraios.

"Com um relâmpago, uma descarga vem da nuvem e encontra outra vinda do solo. Por algum motivo, tempestades geradas pelo fogo tendem a ter mais descargascasa betanoretorno positivas do que negativas — e as descargas positivas são aquelas que tendem a começar incêndios", explica Finney.

Outro fator que colabora — ou pelo menos não um feedback negativo que poderia ajudar a conter um incêndio — é o fatocasa betanoque, diferentemente da maioria das tempestades, as piroCbs não tendem a produzir chuva, uma vez que as partículas no ar resultamcasa betanopequenas gotículascasa betanoágua que evaporam antescasa betanochegar ao solo.

O objetivocasa betanoFinney agora é construir um modelo que ajude a prever alguns desses comportamentos mais rápido do quecasa betanotempo real, para que os administradorescasa betanoterras e os chefes dos bombeiros possam agir rapidamente quando um grande incêndio começar.

Os incêndios florestais extremos também têm o potencialcasa betanoafetar o clima, pelo menos regionalmente, diz o climatologista canadense Mike Flannigan, da Universidadecasa betanoAlberta.

Flannigan tem alertado que a mudança climática está causando incêndios florestais mais intensos há 20 anos — à medida que seca os combustíveis, prolonga a temporadacasa betanoincêndios e possivelmente cria mais raios.

Mas pouco se sabe sobre as contribuições dos incêndios florestais para as mudanças climáticas, afirma Flannigan.

"Há muitos pesos e contrapesoscasa betanonosso sistema climático, e algumas das coisas que o fogo faz causam aquecimento e outras causam resfriamento."

Alguns dizem que os processoscasa betanoresfriamento superam o aquecimento, enquanto outros afirmam que o inverso é verdadeiro.

"Mas tem muitos elementos móveis, e é por isso que ainda não foi completamente resolvido", avalia.

Nuvemcasa betanofogo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Um aglomeradocasa betanopiroCbs ocorreu na Austráliacasa betano2019-2020casa betanouma escala nunca vista antes

A queimacasa betanocombustíveis obviamente libera muitos gasescasa betanoefeito estufa, diz Flannigan, que contribuem para o aquecimento, principalmente se houver turfa ricacasa betanocarbono. Mas outros mecanismos são menos claros.

A fuligem, ou carbono negro, criada pelo fogo é um dos fatores desconhecidos.

"O carbono negro é muito eficaz no aquecimento da atmosfera, seja diretamente [absorvendo] a luz do sol ou caindo na neve e no gelo, [uma vez que] as superfícies escuras absorvem a radiação solar e as brancas refletem", explica Flannigan.

"Mas, por outro lado, a fumaça bloqueia a radiação solar e pode cobrir grande parte do globo, causando resfriamento regional."

Isso acontece quando as piroCbs injetam material na estratosfera, que é normalmente uma parte muito estável da atmosfera, permitindo que as partículas permaneçam lá por mais tempo.

Quanto mais fumaça na estratosfera, mais intenso será o resfriamento.

Por exemplo, um estudo mostrou que a fumaça dos incêndios australianos no iníciocasa betano2020 bloqueou mais radiação solar do que qualquer incêndio florestal documentado anteriormente, na mesma medida que uma erupção vulcânica moderada, diz Flannigan.

O resfriamento pode durar "de um mês a um ano, ecasa betanoum continente a um hemisfério. Tudo isso são possibilidades", acrescenta.

Com as mudanças climáticas causando incêndios florestais mais extremos, poderia haver um futurocasa betanoresfriamento planetário?

"Se você tivesse me perguntado isso alguns anos atrás, eu teria dito que provavelmente não. Agora, eu diria que sim, mudeicasa betanoideia."

De volta a Washington DC, Fromm também observou a fumaça estratosférica sobre a Austráliacasa betano2020 por meiocasa betanosatélites e ajudou a detectar outra novidade na meteorologia do fogo.

Uma "bolha"casa betanofumaça se estendendo por 1.000 km gradualmente deu a volta na Terra na formacasa betanoovo. Ela foi criada por uma plumacasa betanofumaça tão quente que geravacasa betanoprópria circulação atmosférica, explica Fromm.

Ele suspeita que ela tenha sido criada porcasa betanouma a três piroCbs, embora diga que os cientistas ainda não têm certeza.

"A bolha começou a circularcasa betanoum movimento anticiclônico e, enquanto girava, também se movia pela atmosfera e subiacasa betanoaltitude, podendo ser rastreadacasa betanotodo o mundo", revela.

"Não temos uma teoria ainda [sobre o impacto], mas estamos especulando que isso poderia realmente alterar a química da estratosfera."

As piroCbs sempre ocorreram, diz Fromm, e ainda não se sabe se o número delas está aumentando.

"[Mas desde Portugalcasa betano2017] observamos, não tendências, mas eventos que nunca vimos antes oucasa betanolocais onde nunca havíamos visto uma piroCb antes. Com os incêndios australianoscasa betano2019-2020, observamos um aglomeradocasa betanopiroCbs que era mais dramáticocasa betanotermoscasa betanotamanho, número e intensidade do que tínhamos conhecimentocasa betanoter acontecido anteriormente, pelo menos na era dos satélites."

É um dos muitos aspectos a serem explorados na meteorologia do fogo, diz Fromm. Mas a área-chavecasa betanopesquisa agora deve ser vincular esses fenômenos e comportamentos meteorológicos com o que está acontecendo no solo, antes que se tornem mais extremos.

casa betano Leia a versão original casa betano desta reportagem (em inglês) no site BBC Future casa betano .

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