As vantagens evolutivasbr4bet saqueser diferente:br4bet saque

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Um corpobr4bet saqueformabr4bet saqueampulheta era considerado o ápice da beleza.
Se Ingres teve a intençãobr4bet saquedistorcer tanto as proporções da modelo é temabr4bet saquedebate — embora ninguém pudesse jamais posar assim.
Talvez ele quisesse exagerar suas costas esguias, cintura estreita e quadris mais largos para adicionar um pouco maisbr4bet saquesensualidade — e acabou errando a mão.
Diferenças sutisbr4bet saquenossa aparência podem fazer uma grande diferença. Ligeiras mudanças no vestuário fazem as mulheres parecerem mais confiáveis, competentes ou atraentes.
A psicóloga Miriam Liss, da Universidade Mary Washington, nos EUA, e seus colegas descobriram que, para parecer honesta e competentebr4bet saqueum ambiente profissional ou até mesmo elegível a um cargo político, a mulher precisa se vestirbr4bet saquemaneira conservadora — e não sexy.
Mas por que certas características, como o chamado "corpo ampulheta", parecem ser universalmente preferidas? Será que comunicam algo sobre nossa qualidade reprodutiva?
Se for assim, por que existe tanta diversidade na aparência humana?
A silhuetabr4bet saqueformabr4bet saqueampulheta, argumentaram alguns biólogos evolucionistas, é atraente para os homens porque está ligada à qualidade reprodutiva da mulher.
Eles sugeriram que mulheres com níveisbr4bet saqueestrogênio mais elevados e, portanto, mais férteis, tinham quadris largos e cintura fina.
Sebr4bet saquemaior fertilidade pudesse ser transmitida por meio dos genes, talvez um "corpo ampulheta" fosse um bom indicadorbr4bet saquesucesso reprodutivo.

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"Nós pensamosbr4bet saqueum dado momento que várias [das características consideradas tradicionalmente atraentes nas mulheres, como uma silhuetabr4bet saqueampulheta, rosto feminino e pele boa], estavam ligadas aos hormônios sexuais, mas agora percebemos que temos poucas evidênciasbr4bet saqueque seja esse o caso", diz Jeanne Bovet, bióloga evolucionista da Universidadebr4bet saqueNorthumbria, no Reino Unido.
Bovet usou obrasbr4bet saquearte ao longo da história como um guia para estudar o corpo feminino idealizado.
Ela descobriu que, do ano 500 a.C. ao século 15, a relação cintura-quadril das mulheres giravabr4bet saquegrande partebr4bet saquetornobr4bet saque0,75 (o que significa que a cintura mede 75% da largura dos quadris) .
A partir do século 15, as representações das mulheres na arte foram mudando — e as cinturas foram ficando mais finas, até chegar a medir cercabr4bet saquedois terços da largura dos quadris na épocabr4bet saqueque Ingres pintoubr4bet saqueobra.
No século 20, parece que as preferências podem ter se invertido, embora Bovet tenha usado modelos da Playboy e vencedorasbr4bet saqueconcursobr4bet saquebelezabr4bet saque"Miss" para completar a basebr4bet saquedados, o que não é uma comparação perfeita.
Então, a figura da ampulheta é atraente para os homens, mas parece que não está ligada a nenhuma herança genética que pudesse ser benéfica, como demonstrar que as mulheres têm níveisbr4bet saquehormônios evolutivamente úteis.
Bovet diz que essa preferência surgiu simplesmente porque quadris mais largos e cintura fina comunicam que a mulher estábr4bet saqueidade reprodutiva, mas não é velha, e que deu à luz menos vezes.
"Uma coisa que parece realmente valer é que as características atraentes nas mulheres costumam ser indícios da idade e também da paridade [o númerobr4bet saquevezes que ela deu à luz]
"Estão intimamente relacionadas à atratividade."
Se esses "atrativos" nem sempre estão ligadas aos genes das mulheres, então as pressões sexualmente seletivas podem não se aplicar, o que significa que não haveria razão para o "corpo ampulheta" se tornar o tipo mais comum. É por isso que não somos todos iguais?

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Barnaby Dixson, psicólogo da Universidadebr4bet saqueQueensland, na Austrália, e seus colegas pediram a homens e mulheres heterossexuais que avaliassem formas corporais do sexo oposto geradas por computador para ver se era possível criar um corpo "ideal" por meio da seleção.
Cada corpo diferia ligeiramentebr4bet saque24 áreas, como comprimento da coxa, altura, largura dos ombros, relação cintura-quadril, tamanho dos seios e assim por diante.
As formas corporais mais bem avaliadas foram agrupadasbr4bet saquecasais do mesmo sexo e cruzadas para criar dois filhos, cada um contendo uma mistura aleatória das característicasbr4bet saquesuas mães ou pais. Isso prosseguiu geração após geração para ver quais características eram preferidas ou rejeitadas.
Para os homens, a massa corporal foi prioridade, com mulheres menores sendo selecionadas. Demorou muito, no entanto, para que características que normalmente consideramos relevantes, como o tamanho dos seios, tivessem alguma importância. Da mesma forma, a relação cintura-quadril só veio receber atenção mais tarde.
Os avatares femininos da última geração selecionada pelos homens ainda eram bastante diversos — com cada participante do estudo manifestando uma preferência ligeiramente diferente.
No caso das mulheres, no entanto, pareceu haver mais consistência. Elas preferiam o formato do corpobr4bet saqueum "nadador" — alto, com ombros largos e atlético.
Portanto, embora haja tendências gerais que são consistentes para a maioria das pessoas, o quanto cada uma é importante variabr4bet saqueindivíduo para indivíduo, diz Dixson.
Quando se tratabr4bet saquequalidades atraentes que estão sob nosso controle, como estilobr4bet saqueroupa e cabelo, grupos estáveis de anticonformistas podem existirbr4bet saquepopulaçõesbr4bet saqueconformistas.
Imagine uma família crescendobr4bet saqueuma cidade onde dois timesbr4bet saquefutebol rivais jogam: Time A e Time B. Na família, há torcedoresbr4bet saqueambos.
Uma criança que nasce nesta família pode escolher para qual time torcer (vamos ignorar por um segundo a opçãobr4bet saquenão torcer ou odiar futebol). Uma opção seria optar pelo mais popular,br4bet saqueconformidade, desapontando o menor númerobr4bet saquemembros da família. Ou ela pode decidir ser anticonformista.

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"Os indivíduos pegam uma amostragembr4bet saqueuma sériebr4bet saqueexemplos a seguir da geração anterior, contam o númerobr4bet saqueAs e Bs embr4bet saqueamostra e,br4bet saqueseguida, adotam A ou B dependendo dessas contagens e do seu graubr4bet saqueconformidade ou inconformidade", diz Kaleda Krebs Denton, estudantebr4bet saquedoutoradobr4bet saquebiologia na Universidadebr4bet saqueStanford, nos EUA.
Se uma criança tem dois torcedoresbr4bet saqueA e um torcedorbr4bet saqueB na família, e for conformista, muito provavelmente vai torcer pelo A. Se for inconformista, pode torcer pelo B.
Agora imagine que A e B representam algo que pode oferecer uma vantagembr4bet saquesobrevivência — a população inteira seria conformista? Não necessariamente.
Denton e seus colegas usaram modelosbr4bet saquecomputação para ver como fatores complicadores como a migração e seleção sexual afetam a proporçãobr4bet saqueconformistasbr4bet saquerelação a anticonformistas. Eles descobriram que as pessoas podiam mudar — sendo conformistas quando algo era razoavelmente popular, mas se tornando inconformistas quando algo se tornava popular demais.
Há situaçõesbr4bet saqueque ser anticonformista tem suas vantagens?
"Se estamos falando sobre vantagens biológicas, espera-se que o anticonformismo seja vantajoso quando a variante que produz o maior benefíciobr4bet saqueaptidão física é rara", diz Denton.
Talvezbr4bet saqueum novo ambiente, oubr4bet saqueum ambiente que tenha mudado drasticamente, apenas um pequeno númerobr4bet saqueindivíduos terá a melhor característica.
"A seleção natural favorece a diversidade", explica o psicólogo. "Embr4bet saqueessência, requer a capacidadebr4bet saquese ajustar e se adaptar a novos ambientes conforme eles são apresentados a você."
Veja o caso do peixe barrigudinho colorido macho. Suas nadadeiras longas e brilhantes atraem as fêmeas, cada uma combr4bet saqueprópria cor e preferênciabr4bet saquepadrão particular. Sendo assim, não existe um Barrigudinho macho "ideal".
Também significa que ser "mediano" não é uma vantagem. É melhor ser um barrigudinho único e esperar ser o par idealbr4bet saquealguém. Em zoologia, isso é chamadobr4bet saquepolimorfismo. O ineditismo oferece uma vantagem reprodutiva para esses peixinhos.

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Em cenáriosbr4bet saqueque a "novidade" não é favorecida sexualmente,br4bet saqueque,br4bet saquevez disso, uma característica específica é considerada ideal, há oportunidades para os organismos explorarem esse viés fingindo.
Por exemplo, os caranguejos-violinistas machos têm uma garra enorme com a qual se defendembr4bet saquemachos rivais. As fêmeas são atraídas pelos machos com as garras maiores, pois são mais hábeisbr4bet saquecombate.
Se um caranguejo-violinista macho perdebr4bet saquegarrabr4bet saqueuma luta, ele é capazbr4bet saqueregenerar uma quase idêntica. Esta nova garra tem o mesmo comprimento, mas uma massa menor — é uma arma menos eficaz que a original.
As fêmeas escolhem seu parceiro apenas com base no comprimento, e não na massa, da garra do macho. Portanto, são incapazesbr4bet saquesaber realmente quais são os melhores lutadores.
Se o macho perdeubr4bet saquegarra, é provável que haja combatentes melhores por aí — mas ela não saberia dizer.
O comprimento da garra é o principal atributo que importa para um caranguejo-violinista fêmea, então é um pouco como os homens que procuram apenas uma certa relação cintura-quadril, ou mulheres que se concentram apenas na estatura.
Assim, alguns caranguejos-violinistas machos sorrateiros estão manipulando essa atenção focada das fêmeas para disfarçar o fatobr4bet saqueque são perdedores. Quando há tanta dependênciabr4bet saqueuma pista para determinar a qualidade, se abre a possibilidadebr4bet saqueagirbr4bet saquemaneira desonesta. Onde a novidade é valorizada, é muito mais difícil ser desonesto, diz Dixson.

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Como a novidade é apreciadabr4bet saquehumanos? Nos homens, sobrancelhas grossas, pelos faciais e mandíbulas quadradas são um exemplobr4bet saquefenótipo que sinaliza níveis elevadosbr4bet saquetestosterona. Em um sentido evolutivo, é uma vantagem para as mulheres, como para os caranguejos-violinistas fêmeas, acasalar com os homens mais fortes e capazes.
A recente popularidade da barba entre os homens tem sido usada para cunhar o termo "peak beard" ("pico da barba"), o que sugere que os pelos faciais podem estar com os dias contados. Será que o viés anticonformista está por trás do "pico da barba"?
Um estudobr4bet saque2014 mostrou que, depoisbr4bet saquever muitos rostosbr4bet saquebarba, as mulheres vão achar os homens sem barba mais atraentes e vice-versa.
"Você obtém esse efeitobr4bet saqueineditismo, como quem diz: 'Estão me mostrado algo diferente, e é atraente'", explica Dixson.
"Se considerarmos as vantagensbr4bet saquetermos culturais, então o anticonformismo pode ser vantajosobr4bet saqueáreas como a música, literatura, moda ou artes visuais", acrescenta Denton.
"Aqui, não é necessário que uma variante rara seja melhorbr4bet saquealguma forma; ao contrário, a singularidadebr4bet saquesi pode ser intrinsecamente valorizada."
Isso foi observado na rotatividadebr4bet saquenomes popularesbr4bet saquebebês. Enquanto nossos ancestrais podem ter escolhido nomes comuns porbr4bet saqueuniversalidade, os nomes populares modernosbr4bet saquebebês saem rapidamentebr4bet saquemoda — como se a popularidadebr4bet saqueum nome o tornasse impopular novamente.
Quando se tratabr4bet saquedar nomes aos nossos filhos, temos um viés anticonformista.
Pode ser cedo demais para dizer que atingimos o "pico da barba", ou talvez, como no caso da relação cintura-quadril, simplesmente haja algo atraente na barba que não podemos explicarbr4bet saquetermos genéticos.
br4bet saque Leia a versão original br4bet saque desta reportagem (em inglês) no site BBC Future br4bet saque .
*Este artigo faz parte da série Laws of Attraction ("Leis da Atração",br4bet saquetradução literal), coproduzida pela BBC Future e BBC Real. Assista à versãobr4bet saquevídeo aqui (em inglês), com textobr4bet saqueWilliam Park, animaçãobr4bet saqueMichal Bialozej e produçãobr4bet saqueDan John.

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