Como o naufrágio mais profundo do mundo foi detectado:bet7k funciona mesmo

Crédito, Caladan Oceanic
Quase 30 navios japoneses foram afundados, e muitos dos que restaram — incluindo o maior naviobet7k funciona mesmoguerra já construído, o Yamato — saíram tão avariados que ficariam confinados ao porto pelo resto da guerra.
Embora os EUA superassembet7k funciona mesmolongebet7k funciona mesmonúmero a frota japonesa, uma ação crucial na batalha foi diferente.
Uma pequena esquadra — Task Force 77, composta sobretudo por destróieres e porta-aviões não blindados — se viu combatendo uma formação japonesa muito maior.
A batalha aconteceu na ilhabet7k funciona mesmoSamar. Em ampla desvantagem, a pequena frota americana lutou contra todas as adversidades, desferindo ataques contra os navios japoneses muito maiores e mais bem armados.
A resistência americana foi tão feroz que levou o comandante japonês, vice-almirante Takeo Kurita, a dar meia volta combet7k funciona mesmofrota, acreditando que estava enfrentando a maior parte das forças dos EUA.
Os pequenos destróieres americanos relativamente sem blindagem chegaram o mais perto possível dos naviosbet7k funciona mesmoguerra japoneses, impedindo-osbet7k funciona mesmousar suas poderosas armasbet7k funciona mesmolongo alcance.
A reduzida força americana evitou um possível massacre, masbet7k funciona mesmoresistência teve um preço alto. Cinco dos 13 navios dos EUA foram afundados, incluindo um destróier chamado USS Johnston.
Pouco depois das 7h, Johnston foi atingido por projéteis do Yamato, mas lutou por mais duas horas, salpicando navios inimigos muito maiores com projéteis e assustando uma pequena frotabet7k funciona mesmodestróieres da IJN que tentava atacar os porta-aviões americanos levemente armados.
Somente após duas horasbet7k funciona mesmocombate, com os sobreviventes agarrados à popa do navio, alvejado por dezenasbet7k funciona mesmoprojéteis, que o Johnston finalmente afundou, levando consigo 186bet7k funciona mesmoseus 327 tripulantes.
Sobreviventes contaram que um dos capitães dos destróieres japoneses bateu continência enquanto a embarcação desaparecia embaixo das ondas.
Mas a história do USS Johnston não acabou por aí.
***
A maioria dos naufrágios do mundo são encontradosbet7k funciona mesmoáguas costeiras rasas.

Crédito, Joemill Fordelis/Getty Images
Os navios seguem rotas comerciais para os portos, e as águas costeiras oferecem uma oportunidadebet7k funciona mesmorefúgio se o tempo ficar ruim. Então é onde a maioria dos navios afunda.
Mas as águasbet7k funciona mesmoque Johnston afundou são muito diferentes. No lugarbet7k funciona mesmouma queda suave, é uma queda vertiginosabet7k funciona mesmograndes profundidades.
A Ilhabet7k funciona mesmoSamar fica à beirabet7k funciona mesmoum vasto cânion marinho conhecido como Fossa das Filipinas, que se estende por cercabet7k funciona mesmo1.320 km ao longo da costa das Filipinas e da Indonésia. Contorna o lado leste da Ilhabet7k funciona mesmoSamar, virada para o mar do Golfobet7k funciona mesmoLeyte.
É muito, muito profundo.
Se você soltasse o Monte Everest no ponto mais profundo da Fossa das Filipinas, chamado Galathea, seu cume ainda estaria a maisbet7k funciona mesmo1,6 km debaixo d'água.
Ninguém sabe ao certo quanto tempo levou para o USS Johnston chegar ao fundo do oceano.
Ele afundou passando por cada camada do Mar das Filipinas, estágios distintos que se tornam cada vez mais escuros, mais frios e inóspitos.
Depoisbet7k funciona mesmo100 m, a luz solar teria começado a desaparecer. Passados 200 m, Johnston teria entrado na zona crepuscular, uma vasta camadabet7k funciona mesmoquase um quilômetrobet7k funciona mesmoprofundidade que marca o fim do efeito da luz do Sol no oceano.
A temperatura teria despencado à medida que afundava. A 1.000 m, o casco avariadobet7k funciona mesmoJohnston teria mergulhadobet7k funciona mesmoáguas apenas alguns graus acimabet7k funciona mesmozero, no que os oceanógrafos chamambet7k funciona mesmozona batial, também conhecida como zona da meia-noite.
Nenhuma planta ou fitoplâncton cresce aqui, pois a luz do Sol não é capazbet7k funciona mesmopenetrar tão fundo. A água é congelante — e esta zona sombria é escassamente habitada por vida.
Os animais que vivem aqui evoluíram para sobreviver no frio e na escuridão implacável.
Os olhos são inúteis, assim como as fibras muscularesbet7k funciona mesmocontração rápida, com as quais as presas podem contar para escaparbet7k funciona mesmopredadoresbet7k funciona mesmooutros lugares. Mas aqui embaixo consomem muita energia para valer a pena.
Os peixes que vivem aqui se parecem pouco com os que nadam perto da superfície. São macios e escorregadios ao toque. Alguns são cegos, e outros quase transparentes.
De que servem as escamasbet7k funciona mesmocamuflagem quando seus predadores — criaturas aterrorizantes que ficam suspensas no escuro — não têm olhos?
A profundidade média dos oceanos do mundo ébet7k funciona mesmo3.688 m, maisbet7k funciona mesmoduas milhasbet7k funciona mesmoprofundidade.
Foibet7k funciona mesmoáguas tão profundas como esta que o RMS Titanic afundou embet7k funciona mesmomalfadada viagem inauguralbet7k funciona mesmo1912. Mas o mergulho mortalbet7k funciona mesmoJohnston foi muito, muito além.
Passados 4.000 m, está a zona abissal, com a temperatura da água pairando um pouco acima do congelamento e o oxigênio dissolvido a apenas cercabet7k funciona mesmotrês quartos do da superfície do oceano.
A pressão é tão intensa que a maioria das criaturas não é capazbet7k funciona mesmoviver aqui.
Aquelas que conseguem diferembet7k funciona mesmoseus primosbet7k funciona mesmoáguas rasasbet7k funciona mesmoquase todos os aspectos — os peixes possuem anticongelante no sangue para mantê-lo fluindo no frio intenso, enquanto suas células contêm proteínas especiais que os ajudam a resistir à intensa pressão da água quebet7k funciona mesmooutro modo os esmagaria.
Mas o oceano é ainda mais profundo.
Descendo ainda mais, está a zona hadal, outra camada encontrada a 6.000 m abaixo da superfície.
A zona hadal é encontrada nas fossas oceânicas mais profundas, sobretudo no Oceano Pacífico, onde placas tectônicas gigantes convergem muito abaixo das ondas.
O oceanógrafo dinamarquês Anton Frederik Bruun cunhou o termo na décadabet7k funciona mesmo1950, quando a tecnologia avançou o suficiente para permitir a primeira exploração cautelosa destes abismos submarinos.
O termo hadal vembet7k funciona mesmoHades, o antigo deus grego do submundo.
A escuridão é total, as temperaturas são quase congelantes e a pressão é cercabet7k funciona mesmo1.000 vezes maior do que a nível do mar.
Finalmente, é aqui que emerge a base da Fossa das Filipinas.
Muitos dos pontos medidos ao longobet7k funciona mesmoseu comprimento têm cercabet7k funciona mesmo10.000 mbet7k funciona mesmoprofundidade — e,bet7k funciona mesmoseu ponto mais baixo, atinge 10.540 m abaixo do nível do mar.
Em algum lugar dentro desta vasta trincheira submarina, o USS Johnston finalmente pousou. Mas a localização exata era muito difícilbet7k funciona mesmoprever.

Crédito, Xavier Desmier/Gamma-Rapho via Getty Images
A superfície do oceano não ébet7k funciona mesmoforma alguma inexpressiva, mas seu anonimato pode tornar a localização exata das batalhas navais uma tarefa desafiadora.
Não há monumentos, tampouco características topográficas que ajudem na identificação.
Sob as ondas, as correntes e o padrão das marés podem levar os naufrágios para longe do local onde afundaram.
Passariam 75 anos até que os seres humanos vissem o USS Johnston novamente. O primeiro foi Victor Vescovo.
Vescovo,bet7k funciona mesmo54 anos, é um ex-oficialbet7k funciona mesmointeligência da Marinha americana, que se tornou gestorbet7k funciona mesmocapital privado com paixão por exploração e oceanografia.
Ele já escalou o Monte Everest e visitou os polos Norte e Sul.
"Sou um alpinista hardcore há 20-25 anos, e quando eu já havia feito muitas das coisas que queria fazer nesta área, eu estava procurando um desafio diferente, e vi isso como uma boa coisa simétrica a fazer: ir para as profundezas dos oceanos", disse ele à BBC Futurebet7k funciona mesmosua casa no Texas.
"E acabou que ninguém tinha estado no fundobet7k funciona mesmotodos os cinco oceanos do mundo. Nunca haviam estado no fundobet7k funciona mesmoquatro deles."
Ele, que diz ser uma pessoabet7k funciona mesmoexatas, acreditava que a questão não erabet7k funciona mesmotecnologia, masbet7k funciona mesmofinanciamento.
"Seria muito caro — mas era factível", diz ele.
"Então eu assinei o cheque, reuni a equipe e, nos três anos seguintes, projetamos e construímos o submersívelbet7k funciona mesmomergulho mais profundo da história que é capazbet7k funciona mesmofazer isso repetidamente, o que não existia antes, e então o levamos ao redor do mundo."
Vescovo testou seu novo submarino, chamado Limiting Factor, mergulhando sozinho no fundo da Fossabet7k funciona mesmoPorto Rico — o ponto mais profundo do Oceano Atlântico, com dois terços da profundidade do ponto mais profundo dos oceanos no mundo.
No iníciobet7k funciona mesmo2020, Vescovo participoubet7k funciona mesmouma missão científica com um oceanógrafo filipino. Eles se tornaram as primeiras pessoas a mergulhar até o fundo da Fossa das Filipinas.
"E aconteceu que a um dia ao norte dali está o campobet7k funciona mesmobatalhabet7k funciona mesmoSamar", afirma.

Crédito, Mike Marsland/Getty Images
"Sou 'historiador militar' desde criança e também servi a Marinha dos EUA por 20 anos, então sabia muito sobre a batalha. Achei que seria uma tentativa interessante tentar encontrar o naufrágio."
A tentativabet7k funciona mesmoVescovo não foi a primeira — a história do USS Johnston cativou muitos exploradores e oceanógrafos ao longo das décadas.
"A Vulcan Organization percorreu o mundo procurando naufrágios da Segunda Guerra Mundial por muitos anos. Mas estavam limitados àbet7k funciona mesmocapacidadebet7k funciona mesmoir mais fundo do que 6.000 m, porque usam apenas veículos operados remotamente. Então, eles realmente encontraram destroços do Johnston — estavam tentando encontrar o naufrágio mais profundo também —, mas encontraram apenas uma parte, e não era muito reconhecível."
Encontrar o Johnston se tornou mais desafiador porque um destróier semelhante, o USS Hoel, também afundou no mesmo combate.
"Eles não conseguiram identificar com certeza que era o Johnston", conta Vescovo.
"E não podiam ir mais fundo. O limite do veículo operado remotamente deles erabet7k funciona mesmo6.000 m. Eles conseguiam ver que havia mais detritos mais abaixo, então desceram mais 200 m, arriscando implodir, mas não foram capazesbet7k funciona mesmover a maior parte do naufrágio."
A missão da Vulcan quase provou onde o USS Johnston estava, mas a pressão esmagadora do oceano Pacífico profundo os impediubet7k funciona mesmoter certeza.
Vescovo acreditava que seu submarino recém-projetado poderia confirmar a informação.
Embora a equipe da Vulcan não tenha compartilhado a localização, Vescovo diz que "havia pistas suficientes no código aberto".
"Botei meu chapéubet7k funciona mesmooficialbet7k funciona mesmointeligência e fomos capazesbet7k funciona mesmoconcluir onde provavelmente estava."
Vescovo e o historiador naval Parks Stephenson se aventuraram no submarino sob as ondas na esperançabet7k funciona mesmoencontrar o naufrágio.
"Ele nunca havia mergulhadobet7k funciona mesmoum submarino antes", conta Vescovo.
"Eu disse a ele: 'Coisas estranhas acontecem lá embaixo'. A visibilidade é terrível, é muito confuso quando você desce abaixobet7k funciona mesmo500 m ou 1.000 m, quanto mais 6.000 m. E tudo fica mais difícil. Ele falava: 'Não, não, não, eu estou 99% convencidobet7k funciona mesmoque vamos encontrá-lo, está aqui'. Claro,bet7k funciona mesmonosso primeiro mergulho, ficamos lá por quatro horas e não encontramos nada."
Um segundo mergulho também não revelou nenhum sinal do naufrágio. Eles se dirigiram então para outro local para o terceiro mergulho.
Desta vez, foi mais bem-sucedido — eles redescobriram o campobet7k funciona mesmodetritos que o submersível da Vulcan havia encontrado anteriormente.
"Com meu submarino, consegui seguir o rastrobet7k funciona mesmoonde o navio havia cavado um V na encosta debaixo d'água, e seguimos por mais 500mbet7k funciona mesmoprofundidade. E foi aí que encontramos os dois terços da frente do naviobet7k funciona mesmoforma intacta e excelente, com o número [de identificação naval] ali mesmo — 557. Identificação confirmada."
A última morada do USS Johnston era a maisbet7k funciona mesmo6 kmbet7k funciona mesmoprofundidade.
"É mais profundo do que onde o Titanic está — e que é muito profundo, são 4.000 m", diz Vescovo.
"O que era tão interessante sobre este naufrágio, é que era cercabet7k funciona mesmoum vigésimo do tamanho do Titanic, então é muito menor."
O trabalho necessário para encontrar naufrágios nestas profundidades é deliberado e meticuloso.

Crédito, Getty Images
"Trata-sebet7k funciona mesmoencontrar o chamado 'rastrobet7k funciona mesmosangue', encontrar uma parte dos destroços, depois encontrar outra e enfim localizá-lo", explica Vescovo.
"Porque o oceano é muito, muito, muito grande, e os destroços são muito, muito, muito pequenos."
Apenas uma pequena fração dos oceanos do mundo chega a ter uma profundidadebet7k funciona mesmo6.000 m, então há pouco incentivo para financiar tecnologia para explorá-los.
Mas Vescovo pensa diferente:
"Como eu quero ir mais fundo e procurar coisas no fundo, estamos desenvolvendo agora um sonarbet7k funciona mesmovarredura lateral que pode operar a 10.000 m, que nunca foi desenvolvido antes."
Se der tudo certo, o novo equipamento permitirá que o submarinobet7k funciona mesmoVescovo faça um mapa do fundo do oceanobet7k funciona mesmofaixasbet7k funciona mesmoaté 1,5 kmbet7k funciona mesmolargura "para que possamos realmente fazer buscas oceânicas profundas por naufrágios ou qualquer outra coisa que esteja no fundo do oceano", diz o explorador.
Os primeiros testes usando este novo sonarbet7k funciona mesmovarredura lateral serão feitos na primaverabet7k funciona mesmo2022 — na costa da Ilhabet7k funciona mesmoSamar.
"Vamos usar o Johnston", explica Vescovo.
"Vamos usar o Johnston como uma formabet7k funciona mesmotestar o sonar para ter certezabet7k funciona mesmoque funciona corretamente, e então vamos descer ainda mais, onde temos certezabet7k funciona mesmoque o Gambier Bay, o Hoel e alguns dos naufrágios japoneses estão,bet7k funciona mesmouma profundidade ainda maior. Eles podem estar a 8.000 m, mas ninguém tem ideiabet7k funciona mesmoonde estão, e esperamos que vamos encontrá-los."
***
Se você jogasse uma pedra para forabet7k funciona mesmoum barco acima da Depressão Challenger, na Fossa das Marianas — o ponto mais profundo dos lugares mais profundos do oceano —, levaria maisbet7k funciona mesmouma hora para que ela finalmente chegasse ao fundo.
"Levamos quatro e meia", diz Vescovo.
"E o submarino foi projetado para subir e descer rápido! É um longo, longo caminho para baixo, e o ambiente lá é inacreditavelmente hostil. Quando você vai do nível do mar para o espaço sideral, você saibet7k funciona mesmouma pressão atmosféricabet7k funciona mesmo1 (atm) para zero, é um vácuo. Quando você vai para o fundo da Fossa das Marianas, você saibet7k funciona mesmo1 atm para 1.100, imersobet7k funciona mesmoágua salgada, e faz muito frio. É simplesmente uma tortura para qualquer coisa física."
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Um dos maiores desafiosbet7k funciona mesmoVescovo era garantir que tudo — desde baterias até sistemasbet7k funciona mesmopropulsão do submarino —, continuasse funcionandobet7k funciona mesmoprofundidades tão avassaladoras, mergulho após mergulho.

Crédito, Caladan Oceanic
As missões da Limiting Factor neste inóspito mundo secreto ajudaram, pouco a pouco, a aumentar o pequeno clubebet7k funciona mesmoseres humanos que viu o ponto mais profundo do oceano.
"Antesbet7k funciona mesmoiniciarmos nossa empreitada, há três anos, apenas três pessoas haviam estado no fundo da Fossa das Marianas e cercabet7k funciona mesmo12 pessoas haviam caminhado na superfície da Lua", diz ele.
"Nós mudamos isso agora — consegui levar 15 pessoas para o fundo da Depressão Challenger. Agora, mais gente esteve no espaço do que no fundo da Challenger, mas estamos tentando compensar."
Uma vez que a embarcação mergulha abaixo das águas agitadas da superfície, "é notavelmente pacífico", observa Vescovo.
"Na superfície, você fica chacoalhando, mas quando você mergulha debaixo d'água fica muito silencioso, você ouve apenas o zumbido dos ventiladores e escurece muito rápido — a 500m, na verdade, não há luz solar. Não há nem sequer sensaçãobet7k funciona mesmomovimento, o submarino pode estar girando suavemente e você nem percebe. E as criaturas ficam longe do submarino, ou você simplesmente não as vê porque as janelas são tão pequenas, então é como se você estivessebet7k funciona mesmouma pequena máquina do tempo, apenas sentado lá."
"Estou monitorando tudo, me certificandobet7k funciona mesmoque as coisas estão indo bem, mas os passageiros esperam até chegarmos ao fundo. A piada que a gente faz é que quando você está descendo, um minuto parece cinco minutos porque você quer chegar lá e está ansioso. Quando você chega ao fundo, um minuto parece um segundo porque tem tanta coisa acontecendo, você está olhando para fora, está empolgado, e então um minuto subindo é como uma hora, porque você só quer chegar à superfície."
As missõesbet7k funciona mesmoVescovobet7k funciona mesmobuscabet7k funciona mesmonaviosbet7k funciona mesmoguerra há muito tempo perdidos, como o USS Johnston, seguem uma regra muito simples: olhe, mas não toque.
"Qualquer naufrágio militar continua sendo propriedade do paísbet7k funciona mesmoorigem, independentementebet7k funciona mesmoonde esteja, então você não pode tirar nada deles, a menos que tenha permissão. O mesmo vale para o Johnston. Então fomos muito respeitosos, não tocamos no naufrágio, não levamos nada. Mas as pessoas também não percebem se é o Titanic ou o Johnston, esses naufrágios são tão profundos, e a água salgada tão corrosiva, que não há corpos, não há roupas, (tudo) se desintegra. É um mausoléu vazio que é mais um símbolo das pessoas que morreram lá."
Mas nem todos os descendentes daqueles que morreram querem que a última moradabet7k funciona mesmoseus entes queridos seja perturbada.
Os naufrágios podem ser invisíveis, muito abaixo da superfície do oceano, mas os familiares das vítimas às vezes têm sentimentos fortes.
Vescovo encontrou resistência antes, quando planejava inspecionar outro naufrágio, o famoso USS Indianapolis.
Enviadobet7k funciona mesmouma missão secreta para entregar a primeira bomba atômica a uma basebet7k funciona mesmobombardeiros nas Ilhas Marianas do Norte, o Indianapolis foi torpedeado por um submarino japonês. Os 900 tripulantes sobreviventes foram deixados à deriva por quatro dias — aproximadamente 600 morrerambet7k funciona mesmodesidratação, exposição ou ataquebet7k funciona mesmotubarão.
"Penseibet7k funciona mesmomergulhar nele no ano passado, mas houve um clamor das famílias dos veteranos. Disseram que não queriam que eu mergulhasse, e eu falei: 'Ok, tudo bem, não vou mergulhar'", conta Vescovo.

Crédito, Caladan Oceanic
"Eles foram muito eloquentes sobre não quererem que eu perturbasse o naufrágio."
"Os grupos associados a todos os naufrágios parecem ser diferentes. Por exemplo, as pessoas apoiaram muito meu mergulho no Johnston, talvez porque não tivesse sido identificado, e o Indianapolis havia sido identificado... mas você simplesmente tem que respeitar a vontade deles, foram os familiares deles que morreram. Eu não vou ser um intruso e fazer o que der na telha e ignorar a vontadebet7k funciona mesmotodo mundo."
As missõesbet7k funciona mesmoVescovo dependembet7k funciona mesmoum conjunto bastante especializadobet7k funciona mesmohabilidades.
"Tenho certificadobet7k funciona mesmopilotobet7k funciona mesmotestebet7k funciona mesmosubmarino, que é algo que eu não acho que você realmente queira ter, mas quando estávamos desenvolvendo e construindo (o submarino), tivemos algumas situaçõesbet7k funciona mesmoque equipamentos eletrônicos falharam ou houve uma nuvembet7k funciona mesmofumaça na cápsula — o que decididamente não é legal —, mas mesmo nesse caso tínhamos sistemasbet7k funciona mesmobackup e planosbet7k funciona mesmoaçãobet7k funciona mesmoemergência. Nunca senti que minha vida estavabet7k funciona mesmoperigo."
"O mergulho mais perigoso que já fiz foi no Titanic, e isso porque o Titanic é muito, muito grande, há fios, cordas, cabos. O maior perigo para um submersível é o emaranhamento, e isso acontece pertobet7k funciona mesmonaufrágios. Diferentementebet7k funciona mesmoquando James Cameron mergulhou no Titanic — ele mergulhou com dois submersíveis —, eu mergulhei sozinhobet7k funciona mesmoum. Se eu ficasse preso, teria que usar meus próprios recursos para sair. Isso pode ser um pouco complicado. E ninguém pode vir te buscar."
Sem luz natural, as ameaças só aparecem quando estão ao alcance das luzes do submarino.
"O Johnston, na verdade, me deu um pequeno susto", relembra Vescovo.
"Nós o contornamos e bem na partebet7k funciona mesmotrás dele, havia um pedaçobet7k funciona mesmometal bem grande com cercabet7k funciona mesmo15 pésbet7k funciona mesmocomprimento, se projetando para forabet7k funciona mesmoum ângulo reto, e quando você estábet7k funciona mesmoum submersível você não é capazbet7k funciona mesmover tão bem. Nós estávamos dando uma volta, e eu pensava: 'F****'. Você não sabe o quão afiado é ou qual o ângulo, e é possível que possa prender o submarino. Seria um dia péssimo. Tenho certeza que conseguiríamos sair, temos muita potência no submarino e podemos ejetar coisas. Mas você nunca, nunca quer estarbet7k funciona mesmouma situaçãobet7k funciona mesmoque realmente precise descobrir uma maneirabet7k funciona mesmosairbet7k funciona mesmoalgobet7k funciona mesmoum submersível quando está a 6.000mbet7k funciona mesmoprofundidade."
A descoberta mostrou que Johnston afundou relativamente intacto, apesar dos enormes danos causados pelas armas dos naviosbet7k funciona mesmoguerra japoneses.
"O Johnston estava muito profundo, ainda mais profundo que o Titanic, havia menos corrosão, menos vida nele, então parecia mais intocado do que o Titanic, não tinha todas aquelas estalactites penduradas, a ferrugem. Você podia ver as cicatrizesbet7k funciona mesmobatalha no navio, onde os projéteis entraram e o atingiram, as armas ainda estavam apontadas para a direita, o navio ainda parecia estar lutando."

Crédito, Getty Images
Visitar naufrágios profundos, como o USS Johnston, oferece muito mais do que apenas o direitobet7k funciona mesmose gabar. Também pode ajudar a reunir informações que podem estar faltando sobre a batalha.
"Somos historiadores amadores, e embora a gente leia as histórias e as pessoas pensem que sabem o que aconteceu na batalha, é tudo muito confuso na batalha, e o que dizemos é que o aço não mente", afirma Vescovo.
"Ao investigarbet7k funciona mesmoperto os buracos dos projéteis, até mesmo o ângulo dos projéteis, podemos fazer com que os naufrágios nos contem a história do que aconteceu. É mais um pontobet7k funciona mesmovista da batalha. É bastante irrefutávelbet7k funciona mesmocomparação com a memória humana, que pode ficar bastante confusa. A partir do naufrágio, descobrimos coisas que as pessoas não se deram conta sobre a batalha."
As investigaçõesbet7k funciona mesmoVescovo, ele acredita, reforçam a ideiabet7k funciona mesmoque Johnston foi atingido pelo Yamato, o maior naviobet7k funciona mesmoguerra já construído.
"Foi o Yamato que realmente deu os primeiros golpes mortais nele... por que alguém se importa? Este foi o maior naviobet7k funciona mesmoguerra já construído pelo homem, e foi enfrentado por um pequeno destróier americano. Era David e Golias. E o Yamato realmente foi embora — (o Johnston) o afugentou."
As batalhas navais travadas nos oceanos do mundo no século 20 são um mundo rico a ser descoberto por exploradores como Vescovo.
"Adoraria encontrar os naufrágios japoneses (da Batalha)bet7k funciona mesmoMidway", diz ele, fazendo referência aos quatro porta-aviões japoneses afundadosbet7k funciona mesmouma batalha naval crucialbet7k funciona mesmo1942.
"Seria extraordinário encontrá-los porque são navios icônicos da marinha japonesa, são fontebet7k funciona mesmomuito orgulho para o povo japonês, seria bom identificá-los."
Há outro navio na listabet7k funciona mesmoVescovo: o próprio encouraçado Yamato.
Em abrilbet7k funciona mesmo1945, o gigantesco navio foi enviadobet7k funciona mesmouma missão para interromper os desembarques americanos na Ilhabet7k funciona mesmoOkinawa.
O comandante do Yamato foi instruído a encalhar o navio na costa e usá-lo para bombardear a invasão dos EUA.
Surpreendido por uma enorme frotabet7k funciona mesmoaviões americanos, ele foi afundado, provocando a mortebet7k funciona mesmomaisbet7k funciona mesmo3 mil pessoas.
"Na verdade, ele está a apenas cercabet7k funciona mesmo300m ou 350m debaixo d'água", diz Vescovo.
"Foi visitado, pelo menos por um robô, mas não sei se já foi visitado por humanos antes. Agora, eu seria extremamente sensívelbet7k funciona mesmorelação a isso, porque é um naufrágio muito importante para o povo japonês. Nunca tentaria mergulhar neste naufrágio sem o consentimento deles, sem o envolvimento deles."
A exploradora oceânica Sylvia Earle tem sido uma proeminente defensorabet7k funciona mesmouma maior exploração do mundo submarino oculto. "Não fizemos o investimento para entender o que está lá. Apenas cercabet7k funciona mesmo5% foi visto, muito menos explorado", disse elabet7k funciona mesmoentrevista à NPRbet7k funciona mesmo2012.
Vescovo também é entusiasta da causa, especialmentebet7k funciona mesmorelação àqueles lugares tão profundos que permanecem fora do alcance dos olhos humanos.
"Isso tem enormes implicações para a biologia marinha, virologia marinha, mas também para a geologia, para analisar as rochas e placas tectônicas e tudo isso", diz ele.
"E ainda tem o mapeamento — 80% do fundo do mar oceânico não está mapeado, e queremos andar por aí e mapear isso somente porque é algo que deve ser feito."
"A beleza do oceano é que é tão inexplorado, é como uma tragédiabet7k funciona mesmotesouros. Onde você quer ir agora? Qualquer lugar que você vá, será novo. Por onde você começa?"
* Stephen Dowling (@kosmofoto) é subeditor da BBC Future.
bet7k funciona mesmo Leia a íntegra desta reportagem bet7k funciona mesmo (em inglês) no site BBC Future bet7k funciona mesmo .

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