O mistério das massas disformesbaixar galera bettamanho continental no centro da Terra:baixar galera bet

Magma no vulcão Nyiragongo, na República Democrática do Congo

Crédito, Getty Images

Mas esta maravilhosa terra borbulhante não é um planeta extraterrestre — e as bolhas não estão, por assim dizer, vivas. Trata-se, na verdade, da própria Terra —baixar galera betum ambiente bastante profundo.

Especificamente, o ambientebaixar galera betquestão é o manto inferior — a camadabaixar galera betrocha que fica pouco acima do centro da Terra, o núcleo. Esta massa basicamente sólida é outro mundo, um turbilhão salpicado por uma imensa variedadebaixar galera betcristais, que incluem diamantes — há cercabaixar galera bet1 quatrilhãobaixar galera bettoneladas deles no manto — até minerais tão raros que sequer existem na superfície do planeta.

De fato, as rochas mais abundantes nessa camada — a bridgmanita e a davemaoíta — são um grande mistério para os cientistas. Elas precisam das pressões ultra-altas que só existem no interior do planeta para se desenvolver, e se decompõem se forem trazidas para o nosso ambiente. São os equivalentes geológicos dos estranhos peixesbaixar galera betmar profundo que derretem quando são içados do fundo do oceano.

Estes minerais raros só podem ser observados nabaixar galera betforma natural quando são capturados no interiorbaixar galera betdiamantes trazidos para a superfície. Mesmo assim, a aparência real destes cristais nas profundezas da Terra é impossívelbaixar galera betse prever, já que suas propriedades físicas são bastante alteradas pelas pressões normalmente existentes no subterrâneo.

Paralelamente, o "oceano" distante não contém uma gotabaixar galera betlíquido. É compostobaixar galera betágua retida no mineral olivina, que compõe maisbaixar galera bet50% do manto superior. Em profundidades maiores, ele se transformabaixar galera betcristaisbaixar galera betringwooditabaixar galera betcor azul índigo.

"Nestas profundidades, a química é completamente alterada", afirma Vedran Lekić, professorbaixar galera betgeologia da Universidadebaixar galera betMaryland, nos Estados Unidos.

"Pelo que sabemos, há minerais que ficariam mais transparentes."

Mas são as “bolhas” das profundezas da Terra que estão atraindo a atenção dos geólogosbaixar galera bettodo o mundo.

Os vulcões do Havaí são incomuns porque estão no meiobaixar galera betuma placa tectônica

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Os vulcões do Havaí são incomuns porque estão no meiobaixar galera betuma placa tectônica

Estas estruturas têm milharesbaixar galera betquilômetrosbaixar galera betlargura e ocupam 6% do volumebaixar galera bettodo o planeta. Suas alturas estimadas variam, mas acredita-se que uma delas — encontrada sob o continente africano e carinhosamente chamadabaixar galera bet“Tuzo” — tenha até 800 kmbaixar galera betaltura, o que equivale a cercabaixar galera bet90 Montes Everest empilhados uns sobre os outros.

Uma segunda estrutura, conhecida como “Jason” e que fica abaixo do Oceano Pacífico, pode estender-se verticalmente por 1,8 mil km, ou cercabaixar galera bet203 Montes Everest. Estas formas irregulares são moldadas ao redor do núcleo da Terra como duas amebas agarradas a uma partículabaixar galera betpoeira.

“Estas estruturas são muito grandes e proeminentes na tomografia”, segundo Bernhard Steinberger, pesquisadorbaixar galera betgeodinâmica do Centro Alemãobaixar galera betPesquisasbaixar galera betGeociências GFZ e da Universidadebaixar galera betOslo, na Noruega.

E, embora se tenha certeza quase absoluta da existência destas formas titânicas, quase tudo mais sobre elas segue sendo incerto, incluindo como se formaram, do que são feitas e como podem afetar nosso planeta.

Fundamentalmente, compreender as bolhas poderá nos ajudar a desvendar alguns dos mistérios mais antigos da geologia — como a Terra se formou, o destino fatalbaixar galera betTheia (o “planeta-fantasma”) e a presença inexplicávelbaixar galera betvulcõesbaixar galera betcertos locais do planeta. Elas podem até fornecer detalhes sobre as prováveis mudanças da Terra ao longo dos próximos milênios.

Problema delicado

Em 1970, a então União Soviética embarcou no que provavelmente foi um dos projetosbaixar galera betexploração mais ambiciosos da história da humanidade. O país tentou perfurar a crosta da Terra o máximo possível.

A crosta é uma camada sólidabaixar galera betrocha, que repousa acima do manto basicamente sólido e, por fim, do núcleo da Terra parcialmente derretido. É a única parte do planeta que já foi vista pelo olho humano. Ninguém sabia o que aconteceria quando se tentasse atravessá-la.

Em agostobaixar galera bet1994, o Poço Superprofundobaixar galera betKola, instaladobaixar galera betmeio a uma área sombriabaixar galera bettundra no Ártico, no nordeste da Rússia, atingiu profundidades impressionantes — cercabaixar galera bet12.260 metros abaixo do solo. Mas, neste ponto, a perfuração foi suspensa.

Inicialmente, a equipe que conduzia o projeto havia feito previsões sobre o que esperava encontrar — especificamente, que a Terra ficaria um grau mais quente a cada 100 metros perfuradosbaixar galera betdireção ao seu centro.

Mas logo ficou claro que isso não seria confirmado. Em meados dos anos 1980, quando atingiram 10 km, a temperatura já erabaixar galera bet180 °C — quase o dobro do esperado.

Nestas condições extremas, o granito deixabaixar galera betser perfurável, comportando-se mais como plástico que como rocha. O experimento foi suspenso e ninguém conseguiu ultrapassar o limite da crosta até hoje. O único sinal remanescente da existência do poçobaixar galera betKola é uma tampa corroídabaixar galera betmetal enterrada no solo.

“Realmente sabemos muito menos sobre o manto terrestre que sobre o espaço sideral, para onde podemos olhar com telescópios, porque tudo o que sabemos é muito, muito indireto”, afirma Steinberger.

Mas como podemos estudar um ambiente que não conseguimos ver ou ao qual não temos acesso, onde as propriedades químicas dos materiais mais comuns ficam distorcidas a pontobaixar galera betnão podermos reconhecê-los?

Como sempre, existe uma alternativa.

Muitos dos materiais mais abundantes encontrados nas profundezas da Terra raramente foram vistos na superfície

Crédito, Wikimedia Commons/Ringwoodit

Legenda da foto, Muitos dos materiais mais abundantes encontrados nas profundezas da Terra raramente foram vistos na superfície

A sismologia envolve o estudo das ondasbaixar galera betenergia produzidas pelo movimento súbito do solo durante eventosbaixar galera betgrandes proporções, como terremotos. Incluem as chamadas "ondasbaixar galera betsuperfície", que são superficiais, e "ondasbaixar galera betcorpo", que viajam pelo interior da Terra.

Para captá-las, os cientistas usam instrumentos posicionados no outro lado do mundo,baixar galera betrelação aos terremotos que estão detectando, e examinam as ondas que conseguiram atravessar o planeta.

Analisando os diferentes padrõesbaixar galera betondas resultantes, eles podem começar a descobrir o que pode estar acontecendo a centenasbaixar galera betquilômetrosbaixar galera betprofundidade.

E foram estes recursos que permitiram que a geofísica dinamarquesa Inge Lehmann fizesse uma descoberta importantebaixar galera bet1936.

Sete anos antes, um grande terremoto na Nova Zelândia gerara um resultado sísmico surpreendente: um tipobaixar galera betondabaixar galera betcorpo, que pode viajar por meiobaixar galera betqualquer material, conseguiu atravessar a Terra, mesmo tendo sido "desviada" por algum obstáculo no meio do caminho.

Ao mesmo tempo, um outro tipo, conhecido por ser incapazbaixar galera betatravessar líquidos, não conseguiu passar.

Esta descoberta desmentiu a antiga crençabaixar galera betque o núcleo da Terra é completamente sólido e gerou a teoria modernabaixar galera betque existe um centro sólido envolto por uma camada externabaixar galera betlíquido — uma espéciebaixar galera betcoco ao contrário, por assim dizer.

Mistérios das profundezas

Este método foi posteriormente aperfeiçoado, possibilitando não apenas examinar abaixo da superfície da Terra, como também visualizar suas profundezas ocultasbaixar galera bettrês dimensões.

"Nós usamos os mesmos métodos das varreduras por tomografia computadorizada [um métodobaixar galera betobtençãobaixar galera betimagens usado na medicina, baseadobaixar galera betraios X]. Na verdade, nós fazemos a tomografia do interior da Terra”, explica Lekić.

E, quase imediatamente, esta técnica levou à descoberta das bolhas da Terra.

Fundo do mar

Crédito, Alamy

Legenda da foto, A maioria dos vulcões se forma no encontro entre duas placas tectônicas, mas nem sempre — e isso intriga os cientistas

Na época, acreditava-se que o manto fosse uma camada homogênea, mas os geólogos detectaram duas regiões colossais no seu interior, uma que se estende sob a África e outra abaixo do Oceano Pacífico, onde as ondas dos terremotos encontram resistência e reduzembaixar galera betvelocidade.

Assim como no núcleo da Terra, estas áreas são claramente diferentes do resto do manto; na verdade, representam algumas das maiores estruturas do planeta.

São as Grandes Provínciasbaixar galera betBaixa Velocidadebaixar galera betCisalhamento (LLSVPs, na siglabaixar galera betinglês). É difícil encontrar algo conhecido que seja análogo às suas formas peculiares — elas podem ser descritas excepcionalmente como montes ou montanhas bulbosas, mas Lekić não usaria estas palavras. "São maiores que os continentes", diz ele.

Curiosamente, as estruturas parecem ter maior semelhança com montesbaixar galera betareia colossais. Um estudo concluiu que possuem encostas íngremesbaixar galera betalguns lugares, alémbaixar galera betpartes rasas e até algumas saliências. Em meio ao debate sobre abaixar galera betaparência, acabaram sendo conhecidas como bolhas.

Mas a aparência intrigante das LLSVPs não é nada se comparada à confusão que envolve abaixar galera betformação, ou até abaixar galera betcomposição.

"Há quase 100%baixar galera betcertezabaixar galera betque estas duas regiões são,baixar galera betmédia, mais lentas [em termos da velocidadebaixar galera betmovimentação das ondasbaixar galera betterremotos por elas] que as regiões vizinhas. Isso é inquestionável", afirma Lekić.

"É como as mudanças climáticas. É uma observação, não uma teoria. O problema é que a nossa capacidadebaixar galera betobservar aquela região é difusa."

Por isso, embora os cientistas saibam que algo está acontecendo ali, eles ainda não sabem exatamente o que estão observando.

Uma pista surgiu a partir do que era uma antiga fontebaixar galera betperplexidade. Se as LLSVPs são feitas do mesmo material do restante do manto terrestre, elas estão desrespeitando uma lei fundamental da física. Isso porque as bolhas parecem ser simultaneamente mais quentes e mais densas que as rochas vizinhas.

Vulcões do arquipélago do Havaí

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Se os vulcões do arquipélago do Havaí são criados por plumas do manto, a lava desta região pode fornecer pistas da composição das profundezas da Terra

Como uma tampabaixar galera betfrasco resistente colocada sob uma torneirabaixar galera betágua quente para que possa ser aberta, os materiais tendem a se expandir quando são aquecidos, o que os torna menos densos. É difícil conciliar isso se as bolhas forem feitasbaixar galera betsilicatos antigos, que são o material dominante encontrado no granito e no calcário, como o resto do manto.

Como resultado, acredita-se que as bolhas devam ter uma composição química diferente das rochas mais próximas. Talvez elas sejam compostas por minerais incomuns, ricosbaixar galera betalgo pesado, como ferro ou níquel.

"Mas há diferentes ideias sobre como isso acontece", diz Steinberger.

É aqui que tudo fica mais interessante.

A ideia inicial é que as bolhas são muito antigas e datambaixar galera betbilhõesbaixar galera betanos atrás, remontando aos primórdios da Terra, quando o nosso planeta ainda estava se formando e o seu manto (que agora é compostobaixar galera betrocha sólida) era um oceanobaixar galera betmagma fundido.

À medida que os minerais daquela camada começavam a endurecer e se cristalizar, algumas regiões retiveram impurezas que haviam se misturado quando ainda estavambaixar galera betestado líquido. Elas permaneceram no mesmo lugar por todo este tempo, e hoje formam as estranhas LLSVPs.

Em 2014, uma equipe internacionalbaixar galera betgeólogos, incluindo Steinberger, calculou que este tipobaixar galera betbolha pode facilmente durar três bilhõesbaixar galera betanos, embora o manto da Terra esteja sempre rodopiando suavemente, com as partes mais quentes subindo e as mais frias, descendo.

"Uma razão para que elas não se deformem pode ser abaixar galera betalta rigidez", diz Steinberger.

Outra possibilidade é que as bolhas tenham sido formadas por processos tectônicos. Como as crianças aprendem na escola, a crosta da Terra é fragmentadabaixar galera betplacas tectônicas, que se movem constantemente, deslizando acima e abaixo das demais.

Alguns geólogos acreditam que as LLSVPs podem ser compostasbaixar galera betpedaços da crosta que se romperam, afundaram até o fundo do manto e formaram estruturas irregulares que possuem composição química diferente das rochas vizinhas.

Na verdade, pesquisas indicam que, se você somar a quantidade totalbaixar galera betcrosta que já se fundiubaixar galera betvolta às profundezas da Terra, isso representabaixar galera bet7% a 53% do volume do planeta – mais que o suficiente para formar as bolhas.

"A crosta está sendo raspada e acrescentada a esses montes", segundo Steinberger.

Neste cenário, as LLSVPs são compostas principalmentebaixar galera betrocha basáltica que se deslocou das pesadas placas oceânicas arrastadas para baixo. Mas até rochas sedimentares que foram enterradas por antigos peixes ou que contêm os restosbaixar galera betcriaturas oceânicas há muito tempo extintas, como os plesiossauros, poderão eventualmente acabar perto do centro da Terra desta maneira — embora componham uma parte minúscula da crosta terrestre. Essencialmente, as bolhas são então um cemitério geológico.

Uma terceira hipótese é que, muito tempo depois da formação da Terra, o ferro tenha vazadobaixar galera betalguma forma do núcleo do planeta e chegado ao manto. Lá ele foi incorporado às rochasbaixar galera betalgumas regiões, gerando o desenvolvimento das estranhas bolhas.

Mas Steinberger afirma que esta ideia não é muito popular — não há atualmente uma razão clarabaixar galera betpor que isso teria acontecido.

Origem alienígena?

Em 2021, uma equipebaixar galera betcientistas da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, teve uma ideia ousada: e se as bolhas tivessem vindobaixar galera betoutro planeta?

Pouca gente sabe que existem, na verdade, três corpos celestes no nosso pequeno pedaço do Sistema Solar: a Terra, a Lua e Theia. Theia atualmente é nada alémbaixar galera betum fantasma, após ter se chocado contra o nosso planeta aindabaixar galera betformação, 4,5 bilhõesbaixar galera betanos atrás.

Acreditou-se por décadas que, quando este pequeno planeta do tamanhobaixar galera betMarte colidiu com a Terra, os fragmentos resultantes — sobretudo do outro planeta — se aglutinaram para formar a Lua.

Mas há alguns problemas com esta teoria, como o fatobaixar galera betque a Terra e a Lua possuem marcadores químicos similares, como se tivessem sido criadas com o mesmo material.

Por isso, os pesquisadores sugeriram uma alternativa. Depoisbaixar galera betcolidir com a Terra embaixar galera betfase inicial, Theia acabou se misturando com seu conteúdo interno, formando parte do manto. Enquanto isso, a Lua se formou não a partir do planeta extraterrestre, masbaixar galera betestilhaços da própria Terra que foram lançados ao espaço.

Crosta terrestre

Crédito, Wikimedia Commons/Rakot13

Legenda da foto, Até agora, ninguém conseguiu se aventurar além da crosta terrestre

A questão é que Theia não se misturou à Terra embaixar galera bettotalidade. A maior parte do planeta era tão densa que não foi afetada pela corrente no interior do manto.

Na verdade, o planeta alienígena existe até hoje como protuberâncias dentro da Terra.

É possível que estas protuberâncias sejam as LLSVPs,baixar galera betforma que existem fragmentosbaixar galera betum mundo alienígena profundamente escondidos debaixo dos nossos pés.

Influência oculta

Independentemente do que forem feitas, existe um consenso crescentebaixar galera betque as estranhas bolhas da Terra, por mais distantes que possam parecer, estão afetando a vida na superfíciebaixar galera betforma concreta.

Para começar, elas podem influenciar a formabaixar galera betdistribuição dos vulcões.

A maior parte dos pontos geológicos críticos mais famosos do mundo — como o Anelbaixar galera betFogo, uma cadeiabaixar galera betvulcões com 40 mil quilômetrosbaixar galera betextensão que circunda o Oceano Pacífico — é encontrada acima dos locais onde as placas tectônicas se encontram e empurram umas às outras,baixar galera betbuscabaixar galera betespaço.

Mas, estranhamente, algumas áreas com grande atividade não seguem este padrão. O arquipélago do Havaí, no Pacífico Norte, abriga seis vulcões ativos, alémbaixar galera betextensos camposbaixar galera betlava e alguns lugaresbaixar galera betque o magma borbulhabaixar galera betforma quase contínua — apesarbaixar galera betestarembaixar galera betsegurança, no meio da placa do Pacífico, a milharesbaixar galera betquilômetrosbaixar galera betoutras placas.

Uma explicação são as chamadas "plumas mantélicas", que são pontosbaixar galera betatividade teóricos no manto inferior da Terra onde as rochas mais quentes se elevam, formando redesbaixar galera betformabaixar galera betárvores com canais verticais que sobem até a crosta. Elas começam na camada diretamentebaixar galera betvolta do núcleo, cujo interior pode atingir a mesma temperatura da superfície do Sol.

"Basicamente, elas se formam porque o núcleo é relativamente quentebaixar galera betcomparação com o manto sobre ele, causando o desenvolvimentobaixar galera betinstabilidades térmicas", explica Steinberger.

Ele compara o fenômeno com ferver águabaixar galera betuma panela no fogão. A água nunca se aquecebaixar galera betforma totalmente homogênea,baixar galera betforma que as bolhas se formambaixar galera betalguns lugares ebaixar galera betoutros, não.

Lua

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Por anos, os cientistas acreditaram que a Lua seria feita principalmente do antigo planeta Theia, que atingiu a Terra há 4,5 bilhõesbaixar galera betanos

Quando estas zonas borbulhantes parecem atingir a superfície da Terra, normalmente você pode encontrar vulcões.

Mas há um porém. O conceito das plumas mantélicas foi proposto pela primeira vez nos anos 1970, e elas permanecem sendo um mistério quase tão grande quanto as LLSVPs.

"Nos últimos anos, as evidências [de que realmente existem] a partir das tomografias sísmicas estão ficando cada vez mais fortes", diz Steinberger.

"Por isso, quase ninguém tem dúvidas sobre abaixar galera betexistência. Mas, é claro, existem muitas coisas sobre elas que ainda não sabemos com tanta certeza.”

Hoje, é possível elaborar mapas básicos das plumas mantélicas usando a sismologia. E,baixar galera bet2008, geólogos descobriram algo intrigante: quase todas elas estão localizadas nas bordas das bolhas da Terra.

Isso gerou uma questão que remete ao dilema sobre o ovo ou a galinha — ou sobre a bolha e o pontobaixar galera betatividade vulcânica, no caso. Estas regiões são geologicamente mais ativas porque as bolhas já estavam lá? Ou as bolhas ficaram onde estão porque a maior atividade as empurrabaixar galera betalguma forma para estas posições?

Pode acontecer o seguinte: as placas oceânicas que afundam nas profundezas da Terra eventualmente acabam perto do fundo do manto, onde formam as bolhas. E, estranhamente, nestas profundidades elas são mais densas que as rochas vizinhas.

Estas formam uma espéciebaixar galera betcobertor isolante sobre o núcleo, evitando que se desenvolvam abaixo delas as regiões superquentes que geram o surgimento das plumas mantélicas. Assim, as plumas se formambaixar galera betvolta das suas extremidades.

Desta forma, você acaba tendo plumas mantélicas a 2.891 km acima das bordas das bolhas, na nossa própria região da Terra. Aparentemente, as LLSVPs estão incentivando as plumas a se desenvolverembaixar galera betlocais específicos.

Se isso for verdade, é uma indicaçãobaixar galera betque estas estruturas ocultas peculiares têm impacto profundo sobre o nosso planeta, determinando exatamente onde ocorrem certos agrupamentosbaixar galera betvulcões, assim como as cadeiasbaixar galera betarquipélagos criadas por eles. O arquipélago do Havaí, por exemplo, não existiria sem elas, nem a ilha chinesabaixar galera betHainan.

E as LLSVPs podem ter uma responsabilidade ainda maior. Há muito tempo, os cientistas se perguntam por que a Terra girabaixar galera bettorno do seu eixo neste exato ângulo —baixar galera betoutras palavras, por que o Polo Norte fica no Ártico e nãobaixar galera betoutro local?

Afinal, embora se acredite que muitos fatores contribuam para pequenas oscilações, incluindo as mudanças climáticas, o eixo da Terra permanece claramente estável há bilhõesbaixar galera betanos.

Uma observação interessante é que cada bolha da Terra fica exatamentebaixar galera betum dos lados do eixo, o que indica que ou elas migraram para lá devido à rotação da Terra, ou elas influenciam esta rotação.

É difícil determinar a forma exatabaixar galera betque as LLSVPs podem afetar a inércia do planeta, pois os seus formatos são muito incertos e irregulares. Mas Lekić elaborou um mapa que mostra a visãobaixar galera betconsenso dabaixar galera betlocalização.

"O que você vê é a bolha do Pacífico meio que alongadabaixar galera betleste para oeste, e a da África meio que alongada do norte para o sul”, afirma.

Lekić compara a forma como as bolhas podem afetar o eixo da Terra com girar um livro. É muito mais fácil girá-lo quando está plano do que ao longo da lombada, pois o peso distribuído lateralmente torna a rotação mais estável.

"Geralmente, os corpos que giram tentam distribuir a massabaixar galera betforma que ela fique mais próxima do Equador, o mais longe possível do eixobaixar galera betrotação", explica.

"E,baixar galera betrelação à Terra, há as LLSVPs. O componente dabaixar galera betestrutura que afetaria a rotação é perfeitamente alinhado ao Equador, o que sugere que o eixobaixar galera betrotação da Terra meio que migrou para o ponto onde, essencialmente, você tem estes dois tiposbaixar galera betmassa pesada [umbaixar galera betcada lado]."

As bolhas das profundezas da Terra continuam desconcertantes como sempre, mas já estão prestes a revelar alguns dos segredos do nosso planeta – e talvezbaixar galera betum mundo alienígena há muito tempo perdido.

Quem sabe um dia vamos descobrir uma forma ainda melhorbaixar galera betexaminar o interior da Terra para poder observá-lo.

Línea

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