Os segredos revelados pelas ilhassite oficial da blazelixo formadas nos oceanos:site oficial da blaze

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Penaflor e seus colegas conhecem a reputação duvidosa do rio Pasig e a tarefa hercúleasite oficial da blazetentar mudar essa situação. As Filipinas são um dos maiores geradoressite oficial da blazepoluição marinha da Ásia - e,site oficial da blazeforma talvez surpreendente, a maior parte desse lixo acaba perto do litoral.
Britta Denise Hardesty, principal cientistasite oficial da blazepesquisa dos oceanos e da atmosfera da Organizaçãosite oficial da blazePesquisa Industrial e Científica da Comunidade Britânica (CSIRO, na siglasite oficial da blazeinglês - o organismo nacionalsite oficial da blazepesquisa da Austrália), afirma que existem muitos conceitos errôneos envolvendo o lixo que vemos no oceano.
Existem lugares onde podemos ver o lixo flutuando na nossa linhasite oficial da blazevisão, mas,site oficial da blazeoutros, as correntes oceânicas podem carregar o material para o mar e fazer com que ele se acumulesite oficial da blazesopassite oficial da blazeplásticosite oficial da blazelocais distantes, como a Grande Manchasite oficial da blazeLixo do Pacífico, entre o Havaí e a costa oeste dos Estados Unidos.

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Muito já se falou sobre a Mancha do Pacífico, mas ela é apenas um dos giros - correntes oceânicassite oficial da blazecirculação - que se movem ao longo dos oceanos do planetasite oficial da blazeum círculo sem fim.
Os giros são partesite oficial da blazeuma "esteira transportadora oceânica" dirigida pelas correntes que se movem ao longo da superfície dos oceanos, fluindo no sentido horário, no norte, e anti-horário, no sul. E, como as correntes também se comportam como imensas banheirassite oficial da blazehidromassagem, elas acabam empurrando fragmentos para mais perto do centro, onde podem acumular-sesite oficial da blazeconcentrações mais altas, devido à redução da ação dos ventos e das ondas.
Britta Baechler, gerente sêniorsite oficial da blazepesquisas sobre plásticos nos oceanos da organização ambiental Ocean Conservancy, afirma que "ao todo, existem cinco grandes giros oceânicos".
"Todos os cinco giros são grandes sistemassite oficial da blazecorrentes oceânicas circulares que acumulam objetos flutuantes, incluindo plásticos", explica ela, mas "o Giro do Pacífico norte é o giro oceânico mais pesquisado e sabemos menos sobre os outros quatro". Os outros giros ficam no Pacífico Sul, no Atlântico Norte e Sul e no Oceano Índico, alémsite oficial da blazediversos outros giros menores.
"O que é importante saber ou observar é que a maior parte do plástico ou do lixo perdido no meio ambiente não vai para esses bolsões", afirma Hardesty. "Ele não vai para o meio do oceano. A maioria dos nossos fragmentos, na verdade, fica presa na vegetação litorâneasite oficial da blazeterra."
De fato, a maior parte dos fragmentos que podem ser encontrados no oceano já está por lá. Pelo menos a metade vemsite oficial da blazenavios pesqueiros que entram e saemsite oficial da blazeáguas internacionais e inclui redes e equipamentosite oficial da blazepesca perdido ou abandonado. Em seguida, vem o material que era transportado pelo oceano e acabou sendo perdido no mar.
O Conselho Mundialsite oficial da blazeTransporte Marítimo estima que,site oficial da blazemédia, 1.382 contêineres sejam perdidos todos os anos, devido a fortes ventos e marés altas. Mas esse número pode ser muito maior, pois as perdassite oficial da blazecontêineres varridos dos navios somente são relatadas quando se sabe que eles estão transportando materiais perigosos.

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Uma das perdassite oficial da blazecontêineres mais conhecidas do século 20 envolveu maissite oficial da blaze29 mil brinquedossite oficial da blazebanho, incluindo patos, tartarugas, sapos e castoressite oficial da blazebrinquedo, embarcados da China para os Estados Unidossite oficial da blaze1992. Esses patos depois chegaram ao noticiário, quando começaram a aparecersite oficial da blazepraias nos Estados Unidos - e continuaram a ser encontrados por maissite oficial da blazeduas décadas depois do incidente.
Pode parecer que se tratasite oficial da blazeuma boa notícia, mas nem tudo é positivo.
Hardesty explica que, se existirem centenassite oficial da blazetoneladassite oficial da blazelixo caminhando pelo oceano, outros produtos flutuantes podem ainda chegar à zona do litoral, que se estende até cercasite oficial da blaze8 km da costa. E, dali, uma combinaçãosite oficial da blazeventos, correntes e ondas pode destruir o lixo e levar os fragmentos até milharessite oficial da blazequilômetrossite oficial da blazedistância do seu pontosite oficial da blazeorigem.
"Sabemos [por exemplo] que existem objetos que viajaram do Japão até a costa oeste dos Estados Unidossite oficial da blazemenossite oficial da blazeum ano depois que o tsunami [de 2011] carregou objetos grandes, como motocicletas e atracadouros flutuantes através do Oceano Pacíficosite oficial da blazeum ou dois anos", relembra ela.
São principalmente os objetos flutuantes levados pelas correntes oceânicas que podem acabar fazendo parte da Grande Manchasite oficial da blazeLixo do Pacífico, que foi apresentada pela primeira vez pelo oceanógrafo americano Curtis Ebbesmeyer,site oficial da blaze1997. Ele passou décadas estudando e rastreando fragmentos no oceano, até descrever a mancha como um dos "pontos geológicos mais importantes" do planeta.
Por que o plástico?
A poluição dos oceanos fez com que os giros se tornassem massas flutuantessite oficial da blazeformasite oficial da blazesopasite oficial da blazemicroplásticos, resultantes da decomposição física que começa assim que o plástico escapa para o mar.
Materiais orgânicos mais pesados, como madeira e metais, podem degradar-se ou afundar até o fundo do mar. Mas o plástico se decompõe perto da superfície, como reação física à abrasão, exposição prolongada aos raios ultravioleta e degradação pelo contato prolongado com a água.
A decomposição dos pedaçossite oficial da blazeplástico maioressite oficial da blazefragmentos ou pedaços menores, devido àsite oficial da blazeexposição às forças físicas, como o vento ou as ondas, cria os microplásticos que infestam nossos oceanos hojesite oficial da blazedia.
Estudos demonstraram que esses pedaços podem medir menossite oficial da blazeum terçosite oficial da blazemilímetro e compõem até 60% dos fragmentos plásticos flutuantes no Giro do Pacífico Norte. Mas não se sabe exatamente quanto plástico acaba se acumulando no centro dos giros.
Entre 2016 e 2017, a Fundaçãosite oficial da blazePesquisas Marinhas Algalita, com sede nos Estados Unidos, explorou o Pacífico Sul. Ela recolheu amostras do Giro Subtropical do Pacífico Sul e encontrou o que eles acreditavam serem altas concentraçõessite oficial da blazefragmentos plásticos, mas suas quantidades não foram reveladas.
A fundação não tinha certeza se aquelas concentrações estavam acima dos níveis normais. Por isso, eles procuraram obter mais dados para estudar o que poderia ser um grande errosite oficial da blazeestimativa da quantidadesite oficial da blazeplástico encontrada atualmente nos oceanos do planeta.

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Antes daquele estudo,site oficial da blaze2014, acreditava-se que os giros tivessem apenas 200 a 600 gsite oficial da blazeresíduos plásticos por quilômetro quadrado. Mas, atualmente, Baechler afirma que "as pesquisas existentes indicam que outros giros podem acumular muito menos resíduos plásticossite oficial da blazecomparação com o Giro do Pacífico Norte".
Amostragens concluíram, por exemplo, que a quantidade médiasite oficial da blazeplástico no Giro do Pacífico Sul ésite oficial da blaze26.898 partículas por quilômetro quadrado. E,site oficial da blazemédia, existem 20.328 itens por quilômetro quadrado no giro subtropical do Atlântico Norte,site oficial da blazecomparação com maissite oficial da blaze700 mil partículas por quilômetro quadrado encontradas no Pacífico Norte.
Enquanto o Programa Ambiental das Nações Unidas estima que existem hojesite oficial da blaze75 a 199 milhõessite oficial da blazetoneladassite oficial da blazeplástico nos oceanos, não há como ter certezasite oficial da blazequanto desse plástico está chegando aos giros, já que um grande percentual fica preso perto do litoral.
Hardesty afirma que a quantidadesite oficial da blazeplástico encontrada nos oceanos vem acompanhando a produção mundialsite oficial da blazeplástico e aumentasite oficial da blaze1,5 a 2% todos os anos.
"Estamos encontrando cada vez mais plástico nos oceanos", afirma ela. "E, como esses giros ou áreassite oficial da blazeacúmulo estão onde os agregadossite oficial da blazeplástico estão se reunindo, é bem razoável observar, pensar e esperar que, sim, estamos vendo um aumento do plástico também nessas áreassite oficial da blazeacúmulo, os principais giros."
A superfície desses girossite oficial da blazelixo pode ser uma visão desagradável, mas o que mais preocupa os pesquisadores é o que acontece embaixo.
"Um estudo coletou amostras da superfície do Giro do Pacífico Norte ao longosite oficial da blazeum períodosite oficial da blaze22 anos (1986-2008) e concluiu que, apesar do aumento contínuo da produção e do descarte mundialsite oficial da blazeplástico, a concentraçãosite oficial da blazefragmentossite oficial da blazeplástico naquela região não havia aumentado", afirma Baechler.
"Isso pode ocorrer porque o plástico flutuante não fica na superfície para sempre. Descobriu-se que os fragmentossite oficial da blazeplástico flutuantes que se reúnem no giro também afundam pela colunasite oficial da blazeágua, até o fundo do mar", explica ela.
À medida que isso acontece, diversos estudos agora demonstram que esses plásticos estão entrando no ecossistema marinho, onde não só são ingeridos, mas também inalados pelos animais, incluindo aves marinhas, peixes e tartarugas.
'Impactos imensos'
Plásticos vagueando pelos oceanos que não se decompõem também têm a capacidadesite oficial da blazeviajar pelo mundo como os patossite oficial da blazebrinquedo. E também permitem que micróbios e outros organismos marinhos movam-sesite oficial da blazeuma região para outra, inadvertidamente transportando espécies para regiões onde podem tornar-se invasoras.
Existem também as ameaças representadas pelas redessite oficial da blazepesca perdidas, que podem capturar a vida marinha.
"Diversos objetos causam danos enormes à vida selvagem", afirma Hardesty. "Plásticos moles são facilmente ingeridos pelos animais e têm imenso impacto negativo sobre os mamíferos marinhos, aves marítimas e tartarugas."
"Mas as redessite oficial da blazepesca perdidas ou abandonadas são realmente problemáticas, porque elas capturam a vida selvagem e continuam pescando indiscriminadamente. Os animais nadam para essas redes perdidas, ficam presos e morrem", acrescenta ela. E, como os fragmentos agora estão muito interligados à vida marinha, é difícil removê-los dos giros.
"Limpar o lixo plástico diretamente do Giro do Pacífico Norte é uma tarefa muito difícil", segundo Baechler. "O mais rápido e econômico é reduzir ou remover o fluxosite oficial da blazelixo [na fonte,site oficial da blazeterra] bem antes que ele atinja o oceano e entre nos giros."
Isso aumenta a importância do trabalhosite oficial da blazeReach Penaflor e seus Guerreiros do Rio, além da organização Ocean Conservancy,site oficial da blazeBaechler.
"Embora seja difícil medir diretamente o impacto dos nossos esforçossite oficial da blazeterra sobre a quantidadesite oficial da blazeplásticosite oficial da blazealto mar e, mais especificamente, nos giros, o que sabemos é que a redução da poluição plástica no litoral esite oficial da blazeterra significa que menos poluição está atingindo nossos cursos d'água e, por fim, entrando no oceano", conclui Baechler.
site oficial da blaze Leia a versão original desta reportagem site oficial da blaze (em inglês) no site BBC Future site oficial da blaze .
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