Como a decisãosonic 2 1xbetnão ter filhos tem afetado a vidasonic 2 1xbetcasais:sonic 2 1xbet
"A primeira coisa que eu sempre digo quando as pessoas me perguntam por que não tenho filhos é que eu não tenho o desejosonic 2 1xbetter filhos”, afirma Muñoz, pequena empresáriasonic 2 1xbetKansas, nos Estados Unidos. Ela acredita que as crianças iriam interferir com suas paixõessonic 2 1xbetviajar livremente, treinar futebol e levantar tarde com frequência.
Em umasonic 2 1xbetsuas outras postagens recentes, ela brinca: “se você deseja ter um filho, tire uma soneca; se você gostar da soneca, desista”.
“Perdi a contasonic 2 1xbetquantas vezes meus amigos [que são pais] disseram ‘meu Deus, eu só dormi duas horas na noite passada, meus filhos estavam vomitando e precisei cuidar deles’”, conta Muñoz. “Isso realmente não me atrai!”
Decidir não ter filhos não é uma novidade, mas existe uma tendência cada vez maiorsonic 2 1xbetassumir o rótulo “livresonic 2 1xbetcrianças” e discutir mais abertamente esta decisão. Além do surgimentosonic 2 1xbetinfluenciadores individuais como Muñoz, as comunidades e grupossonic 2 1xbetapoio online para adultos que decidem não ter filhos cresceram rapidamente nos últimos dois anos.
Mas, embora o movimento “livresonic 2 1xbetcrianças” esteja crescendo, pesquisadores argumentam que a aceitação social e a compreensão da decisãosonic 2 1xbetviver sem filhos não vêm aumentando na mesma velocidade.
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A maioria das comunidades onlinesonic 2 1xbetpessoas sem filhos define seus membros como gente que decidiu conscientemente nunca ter filhos.
É diferentesonic 2 1xbetoutros adultos que, no momento, não têm filhos, mas querem crianças no futuro, ousonic 2 1xbetadultos que tinham esperançasonic 2 1xbetter filhos, mas não conseguiram.
Estes podem ter enfrentado problemassonic 2 1xbetfertilidade ou outras condições médicas, ou foram prejudicados por circunstâncias sociais, como não encontrar um parceiro adequado ou disposto no momento certo, por exemplo.
Em inglês, os casais que decidem não ter filhos são chamadossonic 2 1xbet“child-free” (literalmente, “livressonic 2 1xbetcrianças” ou “sem crianças”). Esta expressão existe desde o início dos anos 1900, mas feministas começaram a usá-lasonic 2 1xbetforma mais abrangente a partir da décadasonic 2 1xbet1970, para se referir a mulheres que, voluntariamente, não tinham filhos.
A palavra “livre” foi escolhida por simbolizar o sentimentosonic 2 1xbetliberdade e ausênciasonic 2 1xbetobrigações experimentado por muitos dos que decidiram voluntariamente não ter filhos.
Mas a maior parte das pesquisas acadêmicas normalmente “reúne todas as pessoas que não têm filhossonic 2 1xbetum mesmo grupo”, segundo Elizabeth Hintz, professorasonic 2 1xbetcomunicação da Universidadesonic 2 1xbetConnecticut, nos Estados Unidos. Ela estudou a percepção sobre a identidade das pessoas “livressonic 2 1xbetcrianças”.
Hintz afirma que esta metodologia não reflete as experiências e sentimentos muito diferentes das pessoas que decidiram não ter filhos e das que quiseram, mas não conseguiram – e significa que existem poucos dados comparativossonic 2 1xbetlongo prazo examinando cada grupo separadamente.

Crédito, Cortesia Marcela Muñoz
Mas, na nossa erasonic 2 1xbetredes sociais e hashtags, o rótulo “livresonic 2 1xbetcrianças” está ganhando atenção, segundo Hintz, à medida que mais pessoas que optaram por não ter filhos passaram a divulgarsonic 2 1xbetdecisão.
Esta tendência acompanha alguns dadossonic 2 1xbetpesquisa que indicam que mais adultos no Ocidente podem estar decidindo ativamente não ter filhos.
Nos Estados Unidos, um estudo do think tank – centrosonic 2 1xbetpesquisa e debates – Pew Research Center demonstrousonic 2 1xbet2021 que cercasonic 2 1xbet44% das pessoas que não são pais com 18 a 49 anossonic 2 1xbetidade acreditam que não terão filhos, contra 37%sonic 2 1xbet2018.
Mais da metade dos pesquisados indicou quesonic 2 1xbetprincipal razão é “não quero ter filhos” e não fatores mais circunstanciais, como questões médicas ou não querer criar um filho sem ter um parceiro.
Na Inglaterra e no Paíssonic 2 1xbetGales, um estudo do instituto YouGovsonic 2 1xbet2020 indicou que mais da metade dos britânicos com 35 a 44 anossonic 2 1xbetidade que não tiveram filhos nunca planejaram ser pais.
Os motivos
Hintz afirma que são muitas as razões que levam os millennials (nascidos entre 1981 e 1995) e os jovens da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) a decidir não ter filhos, mas existem diversas trajetórias comuns.
“Existem pessoas que sabem no início da vida adulta que não querem filhos e nunca mudamsonic 2 1xbetideia”, ela conta.
“Há pessoas que tomam essa decisão mais tarde e a proclamam como parte dasonic 2 1xbetidentidade. E existem pessoas que ficam meio quesonic 2 1xbetcima do muro sobre ter filhos ou não e podem mudarsonic 2 1xbetideia várias vezes.”
A gerentesonic 2 1xbetredes sociais Ciara O’Neill,sonic 2 1xbetLondres, tem 31 anossonic 2 1xbetidade e enquadra-se firmemente na primeira categoria.
“Realmente, nunca quis ter filhos e, na verdade, nunca me vi como futura mãe”, ela conta. “Realmente acho que não tenho esse desejo maternalsonic 2 1xbetprocriar.”
O’Neill namora há três anos e seu namorado sente o mesmo, segundo ela. O casal também acredita que ter filhos faria com que viajar ou trabalhar no exterior no futuro ficasse mais difícil para eles.
Para a professorasonic 2 1xbetinglês Cristina Garcia Trapero, que trabalha na Espanha, decidir identificar-se como “livresonic 2 1xbetcrianças” foi um processo mais gradual.
“Quando era adolescente até pouco maissonic 2 1xbet20 anossonic 2 1xbetidade, penseisonic 2 1xbetter filhos, mas porque eu acreditava que era o que todos tinham que fazer”, ela conta.
Agora com 32 anos e atualmente solteira, ela começou a adotar a identidade “livresonic 2 1xbetcrianças” dois anos atrás, depoissonic 2 1xbetconcluir que não conseguia se ver como mãe.
“Sou uma pessoa que gosta do silêncio esonic 2 1xbetpassar algum tempo sozinha e não conseguiria ter isso com filhos”, ela conta.
Garcia Trapero também menciona “mudanças climáticas e a situação do planeta” como fatores externos que influenciaramsonic 2 1xbetdecisão. Ela faz partesonic 2 1xbetuma tendência pequena, mas crescente, identificada por pesquisadores como Hintz, que estudam as pessoas que decidem não ter filhos.
No estudo do Pew Research Centersonic 2 1xbet2021, 9% das pessoas que não têm filhos afirmaram que “a situação do mundo” era a razão pela qual eles provavelmente não serão pais, enquanto 5% mencionaram preocupações com o meio ambiente.
A psicoterapeuta Margaret O’Connor,sonic 2 1xbetLimerick, na Irlanda, trabalha principalmente com clientes no grupo definido por Hintz como “em cima do muro”. O’Connor apresenta o podcast Are Kids for Me? (“Crianças são para mim?”,sonic 2 1xbettradução livre).
Ela conta que questões práticas e financeiras, como viver na insegurança do aluguel, trabalhar na economia informal e acesso limitado à assistência médica, também são cada vez mais importantes para muitos millennials, quando eles ponderam se irão ou não ter filhos.
“Tudo isso pode talvez ser eliminado ou contornado, até certo ponto, se o desejosonic 2 1xbetter um bebê for suficientemente forte”, explica ela. “Você pode se mudarsonic 2 1xbetcasa ou mudarsonic 2 1xbetemprego.”
Mas O’Connor afirma que cada vez mais jovens que não têm certeza se devem ter filhos questionam exatamente o que pode ser esse tiposonic 2 1xbet“sacrifício”, ao contrário das gerações anteriores, que eram mais dispostas a seguir as normas sociais e formar família, apesar das circunstâncias.
A maior consciência do possível custo mental e físicosonic 2 1xbetcomeçar uma família também tem influência, segundo O’Connor.
“As mulheres com quem trabalho estão realmente considerando o impacto da gravidez e do parto, além dasonic 2 1xbetcapacidadesonic 2 1xbetse dedicar da mesma forma que elas desejam, física e mentalmente”, afirma O’Connor. “Morar perto da famíliasonic 2 1xbetorigem ou dasonic 2 1xbetredesonic 2 1xbetamigos definitivamente também é outro fator.”
O aumento do númerosonic 2 1xbetdefensores dos ‘livressonic 2 1xbetcrianças’
Mesmo fazendo partesonic 2 1xbetuma geração que cresceu compartilhando tudo nas redes sociais, Muñoz afirma que os millennials que decidiram não ter filhos inicialmente relutaramsonic 2 1xbetanunciar e celebrarsonic 2 1xbetdecisão online. Mas ela afirma que houve uma “grande mudança” nos últimos anos.
Muñoz argumenta que foi um efeitosonic 2 1xbetbolasonic 2 1xbetneve, já que mais pessoas começaram a se sentir confortáveis para contar suas experiências quando viram como outras pessoas que decidiram não ser pais se tornaram “francas e abertas”.
“Quando abri minha conta no Instagram, havia talvez três ou quatro outras contassonic 2 1xbetpessoas que não queriam ter filhos... mas, agora, avançando dois anos, existem centenas, centenas e centenassonic 2 1xbetcontas ‘livressonic 2 1xbetcrianças’”, ela conta. “Você pode dizer que existe alguma espéciesonic 2 1xbetmovimento acontecendo agora.”
No Instagram, a hashtag #childfree já reuniu maissonic 2 1xbet311 mil postagens. E, no TikTok, onde Muñoz também participa, a popularidade das hashtags #child-free e #childfreebychoice disparou nos últimos dois anos. Cada uma delas teve 570 e 391 milhõessonic 2 1xbetvisualizações, respectivamente.
A contasonic 2 1xbetMuñoz no TikTok segue uma linha leve e humorística, mas ela conta que o assunto ainda desperta muitas discussões mais profundas sobre algumas das pressões sofridas pelas pessoas que decidem não ter filhos. Alguns dos seus seguidores, por exemplo, sabem que não querem crianças, mas sentem que podem arriscar-se a perder amizades ou desapontar seus pais se decidirem não ser pais.
“Não sousonic 2 1xbetentrarsonic 2 1xbetdebates ou argumentar sobre assuntos que me apaixonam e, por isso, considero o humor como minha formasonic 2 1xbetexpressar minha escolhasonic 2 1xbetnão ter filhos”, afirma Muñoz.
“Eu só acrescento, no finalsonic 2 1xbettodos os meus vídeos no YouTube, que ‘esta é asonic 2 1xbetvida, são as suas decisões, viva asonic 2 1xbetvida da melhor forma’... Não viva comosonic 2 1xbetmãe quer que você viva. Não faça o que o seu melhor amigo quer que você faça. Não faça o que o seu vizinho quer.”
Muñoz afirma que os criadoressonic 2 1xbetconteúdo para pessoas que não querem ter filhos oferecem aquele tiposonic 2 1xbetcomunidade que ela sentia que faltava quando começou a aceitarsonic 2 1xbetprópria identidade “livresonic 2 1xbetcrianças”. Ela tinha pertosonic 2 1xbet25 anos na época e não sabia que havia outras pessoas na mesma situação.

Crédito, Cortesia Margaret O'Connor
“Eu realmente achava que era a única pessoa do mundo que não queria ter filhos”, ela conta. “A comunidade meio que solidificou minha decisão e também me ajudou a abrir os olhossonic 2 1xbetoutras pessoas para o fatosonic 2 1xbetque, sim, [não ter filhos] é uma opção.”
Outra comunidade onlinesonic 2 1xbetcrescimento é We Are Childfree, administrada pela britânica Zoë Noble e seu parceiro James Glazebrook. Ambos têm pouco maissonic 2 1xbet40 anossonic 2 1xbetidade e moramsonic 2 1xbetBerlim, na Alemanha.
O grupo usa fotojornalismo, podcasts e encontros para enaltecer as diferentes formassonic 2 1xbetque as pessoas que não querem ter filhos vivem vidas gratificantes.
Eles já acumulam 66 mil seguidores nas suas diversas plataformassonic 2 1xbetredes sociais, desde o lançamento durante a pandemia.
Também vem crescendo bastante o subgrupo Childfree na plataformasonic 2 1xbetrede social Reddit. A comunidade atingiu recentemente 1,5 milhãosonic 2 1xbetassinantes, contra menossonic 2 1xbetmeio milhão 10 anos atrás, quando Hintz começou a estudar as postagens.
No grupo, as pessoas postam histórias sobre alguns dos comentários não solicitados ou cobranças agressivas que elas recebemsonic 2 1xbetfamiliares e estranhos – “você vai mudarsonic 2 1xbetideia”, “você está concentrado demais nasonic 2 1xbetcarreira”, “você não quer uma cópia pequenasonic 2 1xbetvocê?”
Outros usam o espaço para debater diversos temas relacionados a não ter filhos, como o acesso à esterilização, a identidade “livresonic 2 1xbetcrianças” na comunidade LGBTQIA+ ou como contar que não quer ter filhossonic 2 1xbetum encontro.
A expansão e as reações negativas
Especialistas afirmam que o aumento dos influenciadores e comunidades online enaltecendo as pessoas que não querem ter filhos é uma indicaçãosonic 2 1xbetque as normas sociais estão mudando.
O númerosonic 2 1xbetpessoas que estão encontrando outros com o mesmo pontosonic 2 1xbetvista online é significativo, segundo Hintz. “Minha impressão é que [algumas] pessoas estão manifestando seu orgulho porque é um tabu cada vez menor.”
Para Hintz, o motivo exato que faz com que os tabus a sejam derrubados provavelmente é uma confluênciasonic 2 1xbetdiferentes fatores. Fundamentalmente, as pessoas que não querem ser pais conhecem cada vez mais outros que não têm filhos, seja nos seus círculos sociais ousonic 2 1xbetcomunidades online, simplesmente porque se tornou mais comum.
“Conhecer pessoalmente alguém que pertence a um grupo estigmatizado pode ser um dos catalisadores mais poderosos para alterar as próprias visões preconceituosassonic 2 1xbetuma pessoa”, explica ela. E, enquanto isso, “à medida que mais pessoas decidem não ter filhos, as comunidades online tornam-se ambientes tranquilos para elas.”
Hintz sugere que a pandemia também pode ter exercidosonic 2 1xbetinfluência, quando vieram à tona discussões públicas sobre as dificuldades enfrentadas por muitos pais.
Quando os pais começaram a falar abertamente sobre suas dificuldades com os estudossonic 2 1xbetcasa, fechamentosonic 2 1xbetcreches ou a simples administraçãosonic 2 1xbetdespesas básicassonic 2 1xbetvida, devido ao impacto econômico da covid-19, surgiu um ambiente mais seguro para discutir os benefíciossonic 2 1xbetnão ter filhos.
Mas Hintz também destaca que o conteúdo “livresonic 2 1xbetcrianças” também gera “muitas opiniões fortes”sonic 2 1xbetfora da comunidade, o que indica que ainda há faltasonic 2 1xbetrespeito e compreensão com os adultos “livressonic 2 1xbetcrianças” por partesonic 2 1xbetalguns grupos.
O conteúdosonic 2 1xbetMuñoz costuma atrair comentários hostissonic 2 1xbetpessoas que ridicularizam suas decisões como sendo “anticrianças” ou “egoístas”, ousonic 2 1xbetseguidores que simplesmente não acreditam que ela possa considerar que seu estilosonic 2 1xbetvida é gratificante.
“Muitos pais simplesmente não entendem que foi uma escolha. E, por isso, eles acham que é um ataque à escolha delessonic 2 1xbetter filhos”, ela conta.
“Eles entram imediatamentesonic 2 1xbetmodo defensivo e dizem, ‘oh, mas você vai se arrepender’, ‘você vai morrer sozinha’, ‘quem vai cuidarsonic 2 1xbetvocê quando ficar mais velha?’ e ‘você nunca vai conhecer o verdadeiro amor’”, segundo Muñoz.
Muñoz é cristã e afirma que também foi criticada por pessoas dasonic 2 1xbetcomunidade religiosa, online e dentro dasonic 2 1xbetprópria congregação. Essas pessoas acreditam que ela está rejeitando a ênfase da Bíblia sobre a procriação. Outros a acusaramsonic 2 1xbetdar as costas àsonic 2 1xbetherança hispânica.
“As pessoas dizem, ‘sua cultura, seu patrimônio, você precisa passarsonic 2 1xbetgeraçãosonic 2 1xbetgeração – o que você está fazendo?!”, ela conta.
Para Hintz, grande parte das críticas dirigidas aos defensores das pessoas “livressonic 2 1xbetcrianças” costuma ter forte viéssonic 2 1xbetgênero.
“Tomar decisões reprodutivas sempre foi um encargo imposto às mulheres, mais do que aos seus parceiros”, afirma ela. “A maternidade e a feminilidade estão tão intimamente entrelaçadas que, eu acho, isso também é uma parte da questão.”
Por isso, muitas vezes, as mulheres ainda sofrem mais pressão do que os homens para seguir um “roteirosonic 2 1xbetvida” tradicional e começar uma família, segundo Hintz – mesmo nos países ocidentais que fizeram grandes avanços rumo à igualdadesonic 2 1xbetgênero.
Um novo “roteirosonic 2 1xbetvida”?
Ajudar os millennials e jovens da Geração Z a lidar melhor com seus “roteirossonic 2 1xbetvida” alternativos pode parecer um objetivo centralsonic 2 1xbetmuitos ativistas “livressonic 2 1xbetcrianças”.
“Ainda não é o que a maioria das pessoas faz. Por isso, é diferente, é assustador”, afirma O’Connor.
“Existe um poucosonic 2 1xbetpressãosonic 2 1xbetque, se você não tiver filhos, precisa ficar disposto a viver uma vida maravilhosa, glamourosa ou filantrópica, ou você precisa sair e fazer algo significativo”, ela conta.
Mas ela espera que seus podcasts, canaissonic 2 1xbetredes sociais e sessõessonic 2 1xbetterapia possam ajudar a aumentar a consciênciasonic 2 1xbetque uma vida sem filhos pode ser simplesmente “sua vida diária comum, apenas sem ter crianças”.
“Pode ser voluntariado. Pode ser envolver-se na vida dasonic 2 1xbetprópria família ou dos seus amigos como suporte. Mas, na verdade, é qualquer coisa que seja importante para você ou que você queira que seja”, aconselha O’Connor.
Um casal que espera ser um modelo mais velhosonic 2 1xbetuma vida comum e feliz sem filhos são os noivos Veronica Prager, com 46 anos, e Rick Grimes, com 51. Eles sãosonic 2 1xbetAustin, no Texas (Estados Unidos), e administram a comunidade online Childfree Connection. Nela, eles compartilham o que aprenderam sobre não ter filhos com 30, 40 anossonic 2 1xbetidade e além.
“Existe muito conteúdo no TikTok ousonic 2 1xbetoutros lugares, dizendo ‘eu prefiro estar no clubesonic 2 1xbetvezsonic 2 1xbetprecisar cuidarsonic 2 1xbetuma criança’”, conta Prager. “O que é interessante, aceitável e faz sentido para eles no momento. Mas então chega um momentosonic 2 1xbetque você não estará no clube.”
Atualmente, o casal passa seu tempo livre praticando caiaque, cuidando dos cachorros e trabalhandosonic 2 1xbetforma flexívelsonic 2 1xbetlugares diferentes. Eles nunca quiseram ter seus próprios filhos, mas adoram sair com seus sobrinhos. Seu conteúdo fornece conselhos sobre como manter relacionamentos com amigos próximos e parentes que são pais.

Crédito, The Childfree Connection
“Existem muitas contas que criticam muito as crianças e dizem ‘oh, nossa vida é melhor’, este tiposonic 2 1xbetcoisa”, explica Grimes. “E nós não somos assim. É mais sobre o que sentimos sobre esta vida, como ela é e o que você pode esperar dela.”
Eles também discutem questões práticas e financeiras, incluindo o planejamento para a aposentadoria sem ter filhos.
“Existe muito medosonic 2 1xbetficar mais velho e ‘quem vai cuidarsonic 2 1xbetmim?’ ou ‘como será o meu futuro?’”, segundo Prager. “E nós estamos fazendo isso agora para poder compartilhar com a nossa comunidade.”
O casal chega a oferecer conselhos para membros que ainda têm dúvidas sobre não ter filhos.
“Existem diassonic 2 1xbetque você irá se sentir muito confiante sobre asonic 2 1xbetdecisão e,sonic 2 1xbetrepente, no dia seguinte, você tem medosonic 2 1xbetestar perdendo alguma coisa”, afirma Grimes. “É importante enfrentar essa luta interna que vai e vem e [muitas pessoas precisam] ter um lugar para ir e conseguir esse apoio.”
Mudando a estigmatização da sociedade
O tamanho do impacto que o movimento “livresonic 2 1xbetcrianças” pode ter nas decisões das gerações futuras sobre ter filhos ou sobre a percepção mais geral que as pessoas têm daqueles que não são pais ainda está sendo analisado.
Para Margaret O’Connor, é importante notar que a maioria dos ativistas da causa “livressonic 2 1xbetcrianças” defende o direitosonic 2 1xbetlivre escolha para todos, e seu objetivo não é osonic 2 1xbet“convencer as pessoas a não ter filhos”, ousonic 2 1xbet“tentar recrutar [pessoas] para a comunidade”.
Mas ela espera que os grupos online, à medida que cresçam e ganhem mais importância, irão ajudar mais pessoas que não têm certeza se devem ter filhos a compreender melhor suas opções e fornecer àqueles que já tomaramsonic 2 1xbetdecisão mais instrumentos para “facilitar”sonic 2 1xbetescolhasonic 2 1xbetvida.
Elizabeth Hintz está confiante que viver “livresonic 2 1xbetcrianças” será ainda “mais normalizado” nos próximos anos, simplesmente devido ao aumento do númerosonic 2 1xbetpessoas que, agora, não estão tendo filhos.
Ela espera que isso ajude a combater parte do estigmasonic 2 1xbetque “as pessoas que não têm filhos são egoístas e infelizes”, já que os que têm ou querem ter filhos começarão naturalmente a encontrar mais pessoas solteiras ou casais “livressonic 2 1xbetcrianças”, que podem ajudar a enfraquecer este mito.
Mas Hintz ressalta que os resultados dessas açõessonic 2 1xbettermossonic 2 1xbetmudanças mais profundas da opinião pública provavelmente serão influenciados pelo panorama político, religioso e da imprensasonic 2 1xbetlugares específicos.
Moradoressonic 2 1xbetsubúrbios predominantemente cristãos ousonic 2 1xbetdireita, por exemplo, podem ser menos dispostos a mudar seu comportamento com relação a pessoas que decidem não ter filhos do quesonic 2 1xbetcidades maiores e mais liberais, mesmo que surjam mais pessoas conscientemente “livressonic 2 1xbetcrianças” nas suas comunidades.
O’Connor concorda totalmente que os meiossonic 2 1xbetcomunicação detêm um papel importante na promoção dos avanços.
“Existe pouca demonstração positiva do que representa ser ‘livresonic 2 1xbetcrianças’ para a sociedade”, segundo ela. “Não temos na grande imprensa,sonic 2 1xbetprogramassonic 2 1xbetTV, nemsonic 2 1xbetfilmes, pessoas mais velhas vivendo felizes, sem ter filhos.”
Já influenciadores como Marcela Muñoz acreditam que já têm muito a comemorar,sonic 2 1xbettermos do aumento da visibilidade do movimento “livresonic 2 1xbetcrianças” ao longo dos últimos dois anos.
“Cada vez mais reportagens estão surgindo sobre pessoas que não têm filhos... e ver mais contas surgindo, mais canais sendo criados no YouTube, é um grande incentivo”, ela conta.
“Não tenho preconceito contra as pessoas que têm filhos. Tenho na vida muitos amigos que são pais”, afirma Muñoz. “Mas simplesmente adoro que as pessoas agora estejam pensando com um pouco maissonic 2 1xbetprofundidade sobre a criaçãosonic 2 1xbetfilhos,sonic 2 1xbetvezsonic 2 1xbetsimplesmente considerar que é o que precisa ser feito.”
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) na seção Family Tree do site BBC Worklife.














