Daniel Alves paga fiança e deixa prisão na Espanha: entenda o caso:bet365 mobile

O ex-jogador da seleção brasileira Daniel Alves deixou a prisãobet365 mobileBarcelona, na Espanha, nesta segunda-feira (25/3), após pagamentobet365 mobilefiançabet365 mobile1 milhãobet365 mobileeuros (cercabet365 mobileR$ 5,4 milhões).

Alves foi preso preventivamentebet365 mobile20bet365 mobilejaneirobet365 mobile2023. Cercabet365 mobileum ano depois, foi condenado a 4 anos e 6 mesesbet365 mobileprisão pelo Tribunalbet365 mobileBarcelona por "agressão sexual", um crime que na Espanha é equivalente ao que é considerado o estupro no Brasil.

Segundo a sentença, uma mulherbet365 mobile23 anos foi abusada por Alves no banheirobet365 mobileuma discotecabet365 mobileBarcelona na madrugadabet365 mobile31bet365 mobiledezembrobet365 mobile2022. Alves nega.

O tribunal concluiu que não houve consentimento por parte da vítima e que existem elementosbet365 mobileprova, além do testemunho da mulher, para dar prova da violação.

A sentença foi alvobet365 mobilerecurso tanto por parte da defesabet365 mobileAlves quanto pela acusação.

Liberdade provisória

Daniel Alves terá, segundo decisão da Audiência Provincialbet365 mobileBarcelona, liberdade provisória até que sejam analisados todos os recursos apresentados — e seja anunciada uma sentença definitiva.

Apesarbet365 mobileter aceitado pedido apresentado pela defesa do jogador, o tribunal impôs medidas cautelares: o jogador tem a obrigaçãobet365 mobilese apresentar ao tribunal uma vez por semana, e está proibidobet365 mobiledeixar o território espanhol.

Para garantir que Alves cumpra as duas medidas, foi ordenada a retençãobet365 mobileseus dois passaportes — o espanhol e o brasileiro.

A decisão estipula também que Alves não pode se aproximar a menosbet365 mobileum quilômetro da vítima nem se comunicar com ela.

Os juízes consideraram que o riscobet365 mobilefuga do jogador "diminuiu", ainda que "persista", justificando desta forma as medidas impostas.

Algumas das medidas tinham sido propostas pela própria defesa do jogador, que argumentou que Alves já tinha cumprido um quarto da pena durante o períodobet365 mobileprisão preventiva e prometeu que ele não sairá do país.

Na Espanha, a prisão preventiva pode ser adotada sempre que a Justiça considerar que houver riscobet365 mobilerepetição do delito, riscobet365 mobiledestruiçãobet365 mobileprovas ou riscobet365 mobilefuga.

Os juízes ampararam-se nesta última condição para manter Alves na prisão.

Alves levou vários dias para levantar a quantia para pagar a fiança e, com contas bloqueadas no Brasil, segundo a imprensa brasileira e catalã, não está claro até o momento como foi paga a fiança.

O caso

Uma mulherbet365 mobile23 anos acusou Daniel Alvesbet365 mobilea ter estupradobet365 mobileuma festa na boate Sutton,bet365 mobileBarcelona, no dia 31bet365 mobiledezembrobet365 mobile2022. Ela diz que o jogador a agrediu, a trancoubet365 mobileum banheiro e a estuprou.

Ela alertou os donos da boate e foi encaminhada para um hospital que é centrobet365 mobilereferência para vítimasbet365 mobileagressão sexual. Dois dias depois da festa na boate, a denúncia foi registrada.

Em uma entrevista a um canal espanhol, dias antesbet365 mobileser detido, Daniel Alves comentou a denúncia.

"Eu estive nesse lugar, e quem me conhece sabe que eu adoro dançar, mas sem invadir o espaçobet365 mobileninguém, respeitando os espaços. E quando você vai ao banheiro não tem que perguntar quem está lá para usar o banheiro. Não sei quem é essa senhorita, nunca a vi. Nestes anos todos nunca invadi o espaçobet365 mobileninguém sem autorização", disse ele ao programa Y ahora Sonsoles da TV espanhola Antena 3.

Desde esse primeiro comentário, no entanto, Daniel Alves mudoubet365 mobileversão sobre a noite algumas vezes.

Ele deu cinco versões diferentes — desde que não conhecia a jovembet365 mobilequestão, até que as relações sexuais tinham existido masbet365 mobileforma consentida.

Como resposta ao caso Daniel Alves inspirou lei no Brasil

No caso Daniel Alves, especialistas apontam que a boate onde ocorreu o casobet365 mobileviolência sexual seguiu um protocolo chamado No Callem (Não se calem,bet365 mobiletradução livre), criadobet365 mobile2018bet365 mobileBarcelona para combater assédio ou violência sexual.

A mulherbet365 mobile23 anos que afirmou ter sido estuprada por Daniel Alves na madrugadabet365 mobile31bet365 mobiledezembrobet365 mobile2022 foi vista chorando por um segurança do local, que a levou para uma sala reservada e aplicou as regrasbet365 mobileatendimento, segundo relatos.

A polícia foi chamada e coletou provas. A vítima foi levada para o hospital — e foi destacada a rapidez do examebet365 mobilecorpobet365 mobiledelito.

Daniel Alves foi preso preventivamente menosbet365 mobileum mês depois.

Essa resposta da equipe da boate e do poder público inspirou a aprovaçãobet365 mobileuma lei, no Brasil, que prevê a aplicação do protocolo "Não é Não".

A lei brasileira determina regras que estabelecimentos como bares e casasbet365 mobileshow devem seguir para prevenir violência contra a mulher e proteger vítimas — inclui treinamentobet365 mobilefuncionários e acionamento da polícia.

A lei foi sancionada no fimbet365 mobiledezembro e entrabet365 mobilevigor 180 dias depois — ou seja, estará valendo no segundo semestrebet365 mobile2024.

Especialistas ouvidas pela BBC News Brasil concordam que o caso Daniel Alves estimulou diferentes iniciativas no Brasil — um "divisorbet365 mobileáguas", nas palavras da promotora do Ministério Públicobet365 mobileSão Paulo Fabíola Sucasas.

Apontam, no entanto, que a conscientização sobre violência sexual e a demanda por mudançabet365 mobilecultura ebet365 mobilecomportamento já vinha acontecendo no país (leia mais nesta reportagem).