Por que animais atacam humanos na natureza?:site oficial brabet

Urso na natureza

Crédito, Getty Images

Suas amigas tentaramsite oficial brabettudo. Elas bateram nele repetidas vezes com varas, atiraram uma rochasite oficial brabet11,4 kg nasite oficial brabetcabeça e o atingiram com uma pequena faca. Enquanto isso, Bergere cutucava o animal continuamente nos olhos e na boca.

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Quando o puma finalmente a libertou por um momento, Bergere conseguiu escapar e suas amigas empurraram uma bicicletasite oficial brabetcima dele, mantendo o puma preso até que a ajuda chegasse.

Bergere sobreviveu, mas sofreu lesões significativas e permanentes nos nervos do rosto.

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Em Haines Junction, no território canadense do Yukon, Vanessa Chaput saiu para correr com seu cão quando viu três ursos-pardos.

Como membro do povo originário Kaska, Chaput cresceu encontrando fortes predadores pela frente. Ela sabia como se afastar deles, como declarou ao canalsite oficial brabetTV APTN News.

Mas, quando seu cão saiu da coleira, um dos ursos a atacou e prendeu as mandíbulas sobresite oficial brabetcabeça. Por sorte, ela usava um prendedorsite oficial brabetcabelo que se quebrou na boca do urso, assustando o animal o suficiente para libertá-la.

Os latidos do cão distraíram o urso por tempo suficiente para que ela corresse para a rodovia e pedisse ajuda. Chaput teve várias feridas no braço, um osso quebrado, lesões dos nervos e o tríceps rompido.

Bergere e Chaput não fizeram nada para provocar esses ataques, que foram considerados encontros inesperados. Eles ocorrem quando animais carnívoros e seres humanos se encontram por acaso e o elemento surpresa desperta o comportamento defensivo do animal.

Chris Servheen, coordenador aposentadosite oficial brabetrecuperaçãosite oficial brabetursos-pardos do Serviçosite oficial brabetPesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos, explica que este é o tiposite oficial brabetataquesite oficial brabetursos mais frequente, segundo suas observações.

"Normalmente, o urso tenta derrubar ou neutralizar a pessoa porque tem medo e sai correndosite oficial brabetseguida", explica ele.

Servheen afirma que os ursos envolvidos neste tiposite oficial brabetataque raramente são retirados ou abatidos. Mas o puma e o urso-pardo sofreram eutanásia depoissite oficial brabetatacarem Bergere e Chaput.

Os motivos

Com o aumento dos conflitos entre seres humanos e animais selvagens, devido à expansão dos assentamentos humanos e à faltasite oficial brabetrecursos na natureza causada pelas mudanças climáticas, estes eventos podem se tornar cada vez mais comuns, o que prejudica os esforçossite oficial brabetconservaçãosite oficial brabetlongo prazo.

Os conflitos entre os seres humanos e os animais selvagens já resultaram no extermíniosite oficial brabetpopulaçõessite oficial brabetlobos na Europa e nos Estados Unidos, sem falar na extinçãosite oficial brabetsubespéciessite oficial brabettigres no hemisfério sul.

"Estes ataques chamam muito a atenção, mas, na verdade, o númerosite oficial brabetincidentes é muito baixo", segundo o pesquisador Vincenzo Penteriani, do Conselho Superiorsite oficial brabetPesquisas Científicas da Espanha (CSIC, na siglasite oficial brabetespanhol).

Penteriani é um dos autoressite oficial brabetum estudo realizadosite oficial brabet2023. Segundo a pesquisa, ocorreram 5.089 ataquessite oficial brabetgrandes carnívorossite oficial brabettodo o mundo, entre 1950 e 2019. E apenas 32% dos incidentes resultaramsite oficial brabetmortessite oficial brabetseres humanos, dois terços delas causadas por grandes felídeos, como leões e pumas.

Pimasite oficial brabetmeio à natureza

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Se você encontrar um grande felídeo, como o puma, não corra

Existem outros motivos comuns para os ataquessite oficial brabetanimais carnívoros a seres humanos. Alguns deles podem ser evitados com mais facilidade do que outros.

Os conflitos baseadossite oficial brabetagressões naturais – como os que envolvem fêmeas protegendo suas crias ou animais protegendo seus alimentos – podem ser frequentemente evitados quando as pessoas se afastam daqueles animais ou das suas fontessite oficial brabetalimento.

Em relação aos carnívoros que veem nos seres humanos uma formasite oficial brabetconseguir alimento, esta já é outra história.

Quando os ursos se tornam mais dependentes dos alimentos humanos, encontradossite oficial brabetlocaissite oficial brabetacampamento ou cestossite oficial brabetlixo, eles deixamsite oficial brabetfugir das pessoas. E a perda dessa reação instintivasite oficial brabetmedo os coloca cada vez maissite oficial brabetsituações que oferecem o riscosite oficial brabetconflitos – que, frequentemente, resultam no abate dos ursos pelos seres humanos.

"Urso alimentado é urso morto", afirma Servheen. Este é um ditado comum entre biólogos e conservacionistas.

Os ataques predatórios são muito raros. Eles representam apenas 17% dos ataques na América do Norte desde 1955.

Estes ataques ocorrem quando um animal carnívoro considera que o ser humano é uma presa e passa a caçá-lo como faria com qualquer outro animal que servissesite oficial brabetcomida.

Um exemplo recentesite oficial brabetencontro predatório foi o casosite oficial brabetum leão-da-montanha que matou um jovemsite oficial brabet21 anos e feriu gravemente seu irmão no condadosite oficial brabetEl Dorado, na Califórnia (Estados Unidos). Este foi o primeiro ataque predatório no Estado nos últimos 20 anos.

O último tiposite oficial brabetataquesite oficial brabetanimais é o provocado pelas pessoas, que tiram fotos com eles ou os alimentamsite oficial brabetambientes naturais, como parques nacionais. Nestes casos, os animais costumam sofrer eutanásia por precaução.

"Eventualmente, aquele animal se acostuma com as pessoas e acabam acontecendo coisas ruins com ele. E as pessoas que quiseram iniciar essa conexão não necessariamente percebem isso", explica a pesquisadorasite oficial brabetpós-doutorado Christine Wilkinson, da Universidade da Califórniasite oficial brabetBerkeley, nos Estados Unidos. Ela estuda os conflitos entre coiotes e seres humanos.

Depoissite oficial brabetincontáveis análisessite oficial brabettodos os tipossite oficial brabetataquessite oficial brabetanimais carnívoros a seres humanos ao longosite oficial brabet75 anos, a equipesite oficial brabetPenteriani acredita que 50% deles poderiam ter sido evitados se os humanos reagissemsite oficial brabetforma diferente.

Um estudosite oficial brabet2017, do qual Penteriani é um dos autores, concluiu que a práticasite oficial brabetcomportamentosite oficial brabetriscosite oficial brabettorno dos grandes carnívoros aumenta a probabilidadesite oficial brabetataques.

O estudo indica que dois dos comportamentossite oficial brabetrisco mais comuns envolvem os pais que deixam seus filhos brincarem sozinhos e pessoas que saem para passear com cães sem coleira. Wilkinson destaca que 66% dos ataquessite oficial brabetcoiotes envolvem cães.

"[As pessoas] acabamsite oficial brabetsituaçõessite oficial brabetque seu cão é perseguido ou persegue um coiote, ou elas podem passear com seus cães pertosite oficial brabetuma toca demarcada e o coiote quer afastá-los dali", explica Wilkinson.

Coiote andandosite oficial brabetrua

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A maior parte dos ataquessite oficial brabetcoiotes está relacionada a cães

As pesquisassite oficial brabetPenteriani indicam que os ataquessite oficial brabetgrandes carnívoros aumentaram progressivamente entre 1950 e 2019, embora os números possam sofrer alguma influência do aumento simultâneosite oficial brabetrelatossite oficial brabetconflitos entre seres humanos e animais selvagenssite oficial brabetgeral. E existem algumas razões importantes para este aumento.

Nas últimas décadas, o trabalhosite oficial brabetconservação dos carnívoros e recuperação dasite oficial brabetpopulação se tornou mais eficaz. Segundo Servheen, "a populaçãosite oficial brabetursos-pardos [hoje] é cinco vezes maior do que 40 anos atrás nos 48 Estados contíguos [dos Estados Unidos]".

Mas o motivo mais preocupante é a expansão urbana nos países ricos.

Servheen destaca que as pessoas que se mudam das cidades para o campo, muitas vezes, não sabem ou não tiveram temposite oficial brabetaprender como respeitar os animais selvagens que vivem por ali. O resultado é seu comportamento descuidado, que as leva a manter cestossite oficial brabetlixo que não são à provasite oficial brabetanimais e podem transformar animais carnívorossite oficial brabetameaças condicionadas pelos alimentos.

Especialistas acreditam que as mudanças climáticas também colaboram para a escalada dos conflitos entre seres humanos e animais carnívoros, mas esta correlação ainda precisa ser mais estudada.

"À medida que os recursos finitos se tornam mais escassos, os animais carnívoros e as pessoas passam a manter contato com mais frequência, o que pode gerar mais conflitos", afirma a especialistasite oficial brabetprogramas internacionais do Serviçosite oficial brabetPesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos, Jen Miller.

Ela explica, por exemplo, que houve um aumento dos ataquessite oficial brabetleões no oeste da Índia durante uma seca, que fez com que as pessoas e os animais passassem a procurar as mesmas fontessite oficial brabetágua.

O aquecimento

As mudanças climáticas também estão tornando o inverno mais curto e reduzindo a coberturasite oficial brabetneve no hemisfério norte. Servheen destaca que este fenômeno pode estar fazendo com que os ursos terminemsite oficial brabethibernar antes que suas fontes comunssite oficial brabetalimento estejam fartamente disponíveis, como insetos e plantas.

"Quando eles descem as montanhas [em buscasite oficial brabetalimento], eles chegam aos [vales] onde existem muitas pessoas", diz.

À medida que os territórios ao norte se aquecem e o gelo derretesite oficial brabetregiões como o Ártico, os ursos polares também se movimentam para áreas ocupadas pelo ser humano,site oficial brabetbuscasite oficial brabetalimento.

Em agosto, um funcionáriosite oficial brabetuma remota estaçãosite oficial brabetradar do Ártico no território Nunavut, no Canadá, foi morto por dois ursos-polares – embora ainda não se saiba ao certo quem provocou o ataque.

As pesquisassite oficial brabetPenteriani indicam que a probabilidadesite oficial brabetconflitos entre seres humanos e animais carnívoros parece ser maiorsite oficial brabetregiões dominadas por fazendas e vastas áreas ruraissite oficial brabetpaísessite oficial brabetbaixa renda.

"Existem muitos cenários no Sul Global que são realmente heterogêneos, intercalados com habitatssite oficial brabetcarnívoros, florestas e savanas", explica Wilkinson. "Isso cria muito mais oportunidades para estes encontros, estatisticamente falando."

Nestas regiões, a populaçãosite oficial brabetanimais carnívoros é maior e mais espalhada. Como as pessoas que moram ali dependem da agropecuária para seu sustento, elas têm mais possibilidadesite oficial brabetentrarsite oficial brabetcontato com os carnívoros, segundo Wilkinson.

Esta sobreposiçãosite oficial brabethabitats gera um círculo viciososite oficial brabetconflitos entre humanos e animais, que resultasite oficial brabetmuito mais mortessite oficial brabetanimais do quesite oficial brabetseres humanos.

"Em alguns lugares, a violência – tanto retaliatória quanto a matança preventivasite oficial brabetanimais selvagens – pode se tornar a única opção para os criadores [de animais] poderem ganhar a vida ou ter o suficiente para alimentar suas famílias", afirma Feldman.

Os especialistas afirmam majoritariamente que eliminar os animais não é a solução. Esta reação, quando se torna o padrão, pode causar forte declínio da população e ameaçar os animaissite oficial brabetextinção.

Foi o que aconteceu com os lobos-cinzentos nos Estados Unidos antessite oficial brabet1960, segundo Penteriani. "Você precisa fazer algo para evitar e reduzir a possibilidadesite oficial brabetataques", diz.

Como evitar

Os conflitos entre os seres humanos e os animais selvagens podem parecer inevitáveis, devido ao aumento da população e dos habitats dos carnívoros. Mas existem formassite oficial brabetminimizar o riscosite oficial brabetse envolver com esses animais.

Em primeiro lugar, é preciso compreender melhor os carnívoros dasite oficial brabetregião, o que pode atraí-los e quais situações podem deixar você vulnerável.

"Grande parte do poder nessas situações está nas suas mãos", afirma Wilkinson, "seja por conhecer o comportamento dos animais ou por ter as ferramentas certas para usar nessas raras situações."

Wilkinson sugere trazer sacos para sempre guardar os alimentos ao acampar, carregar spray contra ursos para o casosite oficial brabetencontrar algum deles e manter os cães na coleira, para que eles não atraiam os animais carnívoros.

Existem orientações gerais para evitar os ataques. Penteriani destaca que,site oficial brabetterritóriossite oficial brabetcarnívoros, é importante se mantersite oficial brabetgrupossite oficial brabetpelo menos três adultos. E, se você estiver passeando com seu cão, sempre o mantenha na coleira, mesmosite oficial brabetáreas mais urbanas à beira da mata.

Evite ficar a céu aberto durante o nascer e o pôr do sol, que são os horáriossite oficial brabetque os carnívoros costumam ficar mais ativos.

E, se você observar um animal carnívoro, o Serviçosite oficial brabetPesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos orienta a manter pelo menos 90 metrossite oficial brabetdistância – ou o comprimentosite oficial brabetum camposite oficial brabetfutebol.

Urso caminhasite oficial brabetárea residencial

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Cestossite oficial brabetlixo à provasite oficial brabetursos e cercas elétricassite oficial brabetvolta do jardim podem evitar que os animais se aproximem

Um dos maiores desafios é evitar que esses animais se habituem e fiquem condicionados pelos alimentos, principalmente porque cada vez mais pessoas estão se mudando para o campo.

Para enfrentar esta questão, Servheen ajudou a criar o programa comunitário Bear Smart, um modelosite oficial brabetcomo viversite oficial brabethabitatssite oficial brabetursos, já implementadosite oficial brabetcomunidades do Estado norte-americanosite oficial brabetMontana.

O programa inclui a proteção dos alimentos que atraem os animais, com cestossite oficial brabetlixo à provasite oficial brabetursos, e a instalaçãosite oficial brabetcercas elétricassite oficial brabettornosite oficial brabetjardins e animaissite oficial brabetcriação, alémsite oficial brabetnunca deixar alimentos do ladosite oficial brabetfora e levar proteção para acampar, como spray contra ursos.

Penteriani afirma que medidas preventivas como estas devem evitar a maior parte dos ataquessite oficial brabetanimais carnívoros. Mas, mesmo se um ataque for iminente, você ainda pode tomar medidas para evitar lesões.

Se você encontrar um puma ou outro grande felídeo, não corra. Wilkinson explica que eles irão pensar que você é uma presa e poderão facilmente alcançá-lo.

Em vez disso, faça lentamente com que você se pareça a maior e mais ameaçadora criatura que puder. Bater palmas, chutar o solo e até atacar o animal provavelmente irão assustá-lo.

Siga as mesmas medidassite oficial brabetrelação aos ursos. O Serviçosite oficial brabetParques Nacionais dos Estados Unidos também sugere falar calmamente para mostrar que você é um ser humano – e, portanto, uma ameaça maior para eles.

Você nunca deverá voltar suas costas para os animais nem subirsite oficial brabetárvores, pois os ursos-pretos e pardos podem subir melhor do que você.

Quando não for possível evitar o ataque, manobras defensivas podem ajudar você a evitar lesões sérias ou mortais, mas elas variam para cada espéciesite oficial brabetanimal.

Com o urso-pardo, Wilkinson recomenda se fingirsite oficial brabetmorto, deitar-sesite oficial brabetbruços ou cobrir as partes mais vulneráveis do corpo com uma mochila. Outra boa ideia é cobrirsite oficial brabetcabeça com os braços.

Já os ursos-pretos devem ser combatidos com todas as forças, pois você tem mais probabilidadesite oficial brabetvencer o animal menor.

Também é possível revidar contra pumas e felídeos similares, como fizeram Bergere e suas amigas. Use o que você tiver à mão para afastar o animal e então o ameace ou subjugue com o que houver por perto (pedras, galhos, bicicleta), até que ele saia correndo ou que chegue ajuda.

Por fim, evitar conflitos com animais consistesite oficial brabetrespeitá-los, definindo fronteiras para que eles possam fazer isso também. A coexistência pacífica é possível, mas, como espécie dominante, os seres humanos precisam tomar mais iniciativa para que ela funcione, segundo Miller.

"Se as pessoas que vivem com carnívoros puderem contar com apoio e receber o que elas precisam para conviver, a coexistência entre seres humanos e animais carnívoros é possível", destaca ele.

"A coexistência acontece com sucessosite oficial brabettodo o mundo, mesmo frente às mudanças climáticas."