Costa da Morte: como um pescador descobriu maiscasino booi1.000 barcos naufragados no litoral da Espanha:casino booi

Pepecasino booiOlegario

Crédito, Raquel Cintra Pryzant

Legenda da foto, Pepecasino booiOlegario documenta há 40 anos os destroçoscasino booinaufrágios perdidos no litoral da Galícia
Litoral da Galícia

Crédito, Raquel Cintra Pryzant

Legenda da foto, Trabalhocasino booiPepe ajuda a reconstituir partes da história da Galícia

Ao contráriocasino booioutras histórias fantásticascasino booipescador, ascasino booiPepe costumam ser bastante realistas e estão muito bem documentadas. São maiscasino booi1.000 naufrágios cartografados, formando um mapacasino booitesouros ecasino booitragédias.

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Alguns dos acidentes marítimos mais conhecidos do mundo, como o do barco britânico HMS Serpent e o do navio petroleiro Prestige ocorreram na Costa da Morte e, antescasino booipesquisadores e cientistas mapearem esta região do Atlântico Norte, ela já havia sido estudada por um Pepecasino booiOlegario.

“Me ofereciam trabalhos na terra para ganhar mais, mas eu não aceitava. E, quando tinha que voltar para casa aos domingos, ficava triste”, conta à BBC News Brasil.

 Detalhecasino booicartografiacasino booiPepecasino booiOlegario

Crédito, Raquel Cintra Pryzant

Legenda da foto, São maiscasino booi1.000 naufrágios cartografados

Mas Pepecasino booiOlegario nunca foi um pescadorcasino booitilápias. Ele dedicoucasino booivida a encontrar uma espécie única: o carrancudo e misterioso mero. Este peixe era tão difícilcasino booiser encontrado que se tornou quase uma lenda.

O quilo do mero era um dos mais caros nas feiras galegas, o que aumentavacasino booifama. Então, pescadores impressionados decidiram seguir Pepecasino booiumcasino booiseus diascasino booitrabalho e descobriram o segredocasino booiseu sucesso.

Os meros são peixes com maiscasino booi100 quilos que podem vivercasino booiprofundidades superiores a 200 metros. Estas condições impedem a formaçãocasino booirefúgios naturais, como algas e corais. Então, estes animais acabam vivendo dentrocasino booicascos, âncoras e pedaçoscasino booibarcos naufragados.

"Eu trocava diascasino booipesca para caçar naufrágios. Naquela época, já sabia que, se encontrasse algum, encontraria também os meros”, afirma.

Farol do Cabo Vilán ao fundo

Crédito, Raquel Cintra Pryzant

Legenda da foto, Farol do Cabo Vilán ao fundo

Os maiscasino booiquarenta anos cartografando os destroços perdidos no litoral da Galícia renderam a Pepe uma forte parceria com embarcações da região.

Capitães franceses, espanhóis e portugueses avisavam diretamente o pescador quando voltavam com suas redes rasgadas do mar.

“Todos me conheciam, eles me ligavam e diziam ‘Pepe, enganchei minha rede’, mas, mesmo com as indicações, eu demorava dias para encontrar [os naufrágios]”.

Seguindo direções entre faróis e praias, Pepecasino booiOlegario encontrou pontos que passaram a ser desviados pelos navios e desejados por pescadorescasino booimeros.

Porém, por mais que o pescador ganhasse a vida buscando destroços, nunca deixoucasino booise lembrar que se tratavamcasino booigrandes tragédias, com muitas vítimas.

“Quando estava pescando, pensava na tragédia desse barco e, quando chegava na costa, perguntava sobre a história por trás e assim fui aprendendo”, conta à BBC.

Detalhe da cartografia

Crédito, Raquel Cintra Pryzant

Legenda da foto, Detalhe da cartografia

O cemitério dos ingleses na Costa da Morte

A região mais perigosa da Costa da Morte é a chamada Ponta do Boi,casino booiCamariñas. Nestas águas, três grandes naufrágios marcaram para sempre a memória dos galegos. O Iriscasino booiHull (1883), o HMS Serpent (1890) e o SS Trinacria (1893).

Iriscasino booiHull era um navio inglês que havia saídocasino booiCardiff (Reino Unido) com destino à Índia, passando ao largo do estreitocasino booiGibraltar. Porém,casino booinovembro daquele ano, o barcocasino booicarga a vapor tripulado por maiscasino booi30 homens se chocou com os chamados Baixoscasino booiAntón, o que iniciou uma tragédia que deixaria um único sobrevivente: Geoge Chirgwin.

Cemitério dos ingleses

Crédito, Raquel Cintra Pryzant

Legenda da foto, Cemitério dos ingleses, onde estão sepultadas vítimascasino booinaufrágios britânicos

Os mesescasino booioutubro e novembro marcam o fim do outono na Europa e, neles, o mar na Costa da Morte fica mais perigoso. Além do vento nordeste que empurra os barcoscasino booivolta para a terra, suas estruturas rochosas são como icebergs - mais perigosas do que aparentam ser à primeira vista.

Foi tambémcasino booinovembro, mascasino booi1890, que outro acidente terrível ocasionaria um naufrágio na Ponta do Boi. O navio militar britânico HMS Serpent se dirigia à Serra Leoa, mas teve seu trajeto interrompido e terminou com a mortecasino booi172 dos seus 175 tripulantes.

“A tripulação era jovem, três deles conseguiram nadar com muita dificuldade e avisar a vizinhança que, infelizmente, não conseguiu ajudar”, conta Virginia Barros, guia turística no local.

Cemitério dos ingleses

Crédito, Raquel Cintra Pryzant

Legenda da foto, Cemitério foi construído para oferecer enterro digno às vítimas

Por vários dias, o mar devolveu os corpos à terra e foram aproximadamente 140 recuperados. Para que tivessem um enterro digno, construiu-se uma necrópole. O Cemitério dos Ingleses, hoje, faz parte da Rota Europeiacasino booiCemitérios Singulares, e está cercadocasino booiuma paisagem composta pelo som das ondas e névoa, sobre um descampado rochoso.

“Até meados do século passado, sempre que um navio da marinha britânica passava pela Costa da Morte, soltava salvascasino booihonra às vítimas destes grandes naufrágios”, conta Virginia.

O desastre ambiental do Prestige

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Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladacasino booicocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

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Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

A tragédia mais midiática da Costa da Morte foi, sem dúvidas, a do navio petroleiro Prestige,casino booi2002.

Mesmo com novos faróis e cartografias, o litoral galego segue, até os diascasino booihoje, exigindo respeito.

Este desastre foi marcado por uma cortina negracasino booifumaça e pela contaminaçãocasino booimaiscasino booi2 mil quilômetroscasino booicosta por grande parte das 77 mil toneladascasino booipetróleo que o Prestige carregava.

Cenascasino booiaves e peixes cobertos por petróleo circularam o mundo e, como resposta, o governo espanhol decidiu construir o complexo hoteleiro Parador Costa da Morte, que foi inaugurado quase 20 anos depois do desastre,casino booi2020.

"O conselhocasino booiministroscasino booiA Coruña decidiu, entre as ações econômicas para recuperar o litoral, investir no turismo”, conta Julio César Castro Marcote, diretor do Parador Costa da Morte.

Alémcasino booifomentar o turismo na região galega, que é tão bonita quanto perigosa, o Parador também assumiu o papelcasino booicontar histórias regionais.

A fotografiacasino booiXurxo Lobato, que captura o momento exato do acidente do petroleiro Prestige, está pendurada logo na entrada do Parador, alémcasino booioutros retratoscasino booipescadores.

Através do olharcasino booiRamón Caamaño e Virxilio Viétez, é possível admirar os rostos curtidoscasino booisolcasino booiuma geraçãocasino booi1930, que chamava o marcasino booi“la mar”, no feminino, como sinalcasino booirespeito.

“O quinto andar do edifício projetado por Alfonso Peneda foi o escolhido para a exposição perene das cartas náuticascasino booiPepecasino booiOlegario” afirma o diretor.

O galego que descobriu maiscasino booimil restoscasino booinaufrágios ao longocasino booidécadas no mar apresenta com orgulho suas cartografias feitas à mão, agora emolduradas. Mesmo aposentado, ainda se lembra dos nomes da tripulação, tiposcasino booicarga, destino do navio, ano e motivos dos acidentes. O trabalhocasino booiPepecasino booiOlegario ajuda, assim, a reconstituir partes da memória da Galícia.