Quase metade dos moradorescasino brendGaza tem menoscasino brend18 anos; as razões por trás da população jovem:casino brend

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Fatores culturais, geográficos e políticos contribuem para alta natalidadecasino brendGaza
"A natalidade entre a população palestina é elevada há bastante tempo. Diminuiu um pouco, como se espera pela tendência mundial, mas continua muito alta", diz David Coleman, professor eméritocasino brenddemografia na Universidadecasino brendOxford à BBC News Brasil.
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"No passado, estimativas apontavam que a taxacasino brendnatalidadecasino brendGaza era equivalente a 7 ou 8 filhos por mulher, o que era tão alto quanto as maiores taxas encontradas no mundo. Essa taxa diminuiu e é estimadacasino brendcercacasino brend4 filhos atualmente."
Para comparação,casino brendacordo com dados da Divisãocasino brendPopulação das Nações Unidas, a taxacasino brendfecundidade globalcasino brend2019 eracasino brendcercacasino brend2,5 filhos por mulher.

Um ponto curioso – e contraintuitivo –, segundo os especialistas consultados pela reportagem, é o fatocasino brenda natalidade continuar elevada, embora os níveis geraiscasino brendeducação tenham melhorado na região.
"Em outros países do mundo, observamos a relação direta entre a melhora da educação e a quedacasino brendnascimentos. Embora isso tenha acontecidocasino brendpartecasino brendGaza, a taxa ainda é bastante alta", aponta Michael R. Fischbach, Professorcasino brendHistória na Randolph-Macon College, especializado no conflito árabe-israelense.
Em geral, os palestinos apresentam altos níveiscasino brendalfabetização. Entre aqueles com 15 anos ou mais, a taxa écasino brend92% para os homens e 80% para as mulheres, segundo o Gabinete Centralcasino brendEstatísticas Palestino. Os dados também apontam um aumento na alfabetização e formaçãocasino brendnível superior.
O território, controlado pelo Hamas, é também densamente povoado, com cercacasino brend5.829 pessoas por quilômetro quadrado,casino brendacordo com dados do The World Fact Book produzido pela CIA, a agênciacasino brendinteligência americana.
Abaixo, especialistas avaliam as razões que podem contribuir para uma população tão jovem na região.

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Razãocasino brendtantos nascimentoscasino brendGaza é,casino brendparte, política, na avaliação do professor David Coleman
Razões políticas e imigração quase inexistente
Em uma região onde a imigração é baixa devido às restrições nas fronteiras e à faltacasino brendapelo por condiçõescasino brendvida precárias, Gaza não costuma receber novos moradorescasino brendoutros países — fazendo com que a cultura local seja predominante.
Na avaliação do professor David Coleman, a razãocasino brendtantos nascimentos na região é,casino brendparte, política.
"Não creio que esteja relacionada às razões usuais, como atraso econômico, analfabetismo ou relações muito desiguais entre os sexos, que é a explicação comum para as altas taxascasino brendnatalidade nas partes mais pobres do mundo."
"Em Gaza especificamente as famílias relutamcasino brendlimitarcasino brendpopulação,casino brendfertilidade, porque se veem como partecasino brenduma luta contra Israel e contra a dominação israelense", diz ele, afirmando que essa opinião é controversa e nem todos os estudiosos do tema acreditam que seja uma das razões.
"Particularmente, eu imaginaria que isso os torna mais vulneráveiscasino brendmeio à ataques, já que crianças, principalmente as mais novas, não conseguem cuidarcasino brendsi próprias e dependemcasino brendcuidados especiais."
O historiador Michael Fischbach, concorda que, embora não seja algo bem documentado, pode haver uma questão cultural que liga o crescimento da família a uma ideiacasino brendresistência e afirmação do povo palestino como uma ideiacasino brendse protegercasino brendataques.
A suposta capacidadecasino brendjovens — especialmente do sexo masculino — para trazer subsistência as famílias, tem sido um argumento usadocasino brendalgumas pesquisas.
A ideia, no entanto, já foi revogada por estudiosos do tema, já que a taxacasino brenddesemprego, mesmo entre homens, que compõem a maior parte da força laboral, é alta.
Segundo o Gabinete Centralcasino brendEstatísticas da Palestina,casino brend2020, 53% dos jovens palestinos estavam desocupados (não estudavam nem trabalhavam).

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Um menino palestino procura itens recuperáveis entre os escombroscasino brendum prédio destruído após os ataques aéreos israelenses noturnoscasino brendRafah, no sul da Faixacasino brendGaza,casino brend9casino brendoutubrocasino brend2023
Faltacasino brendacesso à contraceptivos e outros fatorescasino brendplanejamento familiar
A faltacasino brendusocasino brendmétodos contraceptivos por diferentes razões é uma das causas da alta natalidade, e por consequência, população jovemcasino brendGaza.
O grupo islâmico Hamas controla a Faixacasino brendGaza desde 2007 e assumiu o controle das instituições remanescentes, antes sob comando da Autoridade Nacional Palestina.
Oficialmente, o Hamas governa seguindo os princípios da sharia (lei islâmica), controlando a forma como as mulheres se vestem e, nos primeiros anos no poder, chegou a impor a segregaçãocasino brendgênerocasino brendpúblico.
Em teoria, os métodos anticonceptivos são permitidos para controlar a quantidadecasino brendgestações e para proteger a saúde das mulheres, mas não podem ser usados para impedir completamente os nascimentos. Métodos irreversíveis, como laqueadura, são proibidos.
Na prática, segundo os especialistas ouvidos, a aplicação depende da interpretação que as famílias fazem das regras ecasino brendsua maior ou menor adesão aos preceitos religiosos.
A faltacasino brendinformação e crenças equivocadas sobre os métodos são considerados fatores importantes que prejudicam o controle da natalidade,casino brendacordo com um estudo publicado no BMC Women's Health.
Segundo a pesquisa, os homens desempenham um papel significativo na escolha do método contraceptivo, porém, devido à faltacasino brendacesso a informações, podem impressões falsas sobre os métodos.
"Em algumas famílias, pode haver dinâmicas desiguais entre os sexos. Apesarcasino brendas mulheres carregarem os filhoscasino brendseus ventres, muitas vezes opiniões dos maridos podem prevalecer sobre as das esposas. É especulativo da minha parte, mas considero essa possibilidade porque tais dinâmicas são bastante comunscasino brendtodo o mundo", comenta David Coleman,casino brendOxford.
Outro estudo, feito pela UNFPA (Fundocasino brendPopulação das Nações Unidas), chegou a conclusões semelhantes, adicionando ainda a faltacasino brendconhecimento dos próprios profissionaiscasino brendsaúde sobre métodos contraceptivoscasino brendlonga duração como o DIU.
"Além disso, o bloqueio que Gaza enfrenta, especialmente por partecasino brendIsrael e Egito, muitas vezes torna contraceptivoscasino brenddiferentes tipos e outros materiaiscasino brendsaúde indisponíveis", aponta o historiador Michael Fischbach.
De acordo com uma publicação do OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenaçãocasino brendAssuntos Humanitários) feitacasino brend2019, naquele ano, dois produtos essenciaiscasino brendplanejamento familiar, pílulascasino brendprogesterona e preservativos masculinos, não estavam disponíveis para nenhuma parte da população.
O documento mostra que a falta geralcasino brendmateriais não só contribui para gestações não-planejadas, mas também põecasino brendrisco a saúdecasino brendgestantes e bebês.
"A contínua faltacasino brendestoquecasino brendprodutos farmacêuticos essenciais para a saúde materno-infantil ecasino brendprodutos descartáveis afeta significativamente os serviços e coloca cada vez mais mulheres grávidas e recém-nascidoscasino brendriscocasino brendincapacidade e morte."
Alémcasino brendfornecer os dados, a publicação cita a históriacasino brendSahar Al Nabaheen, que aos 31 anos, mora com o marido e os seis filhos no campocasino brendrefugiados Al Bureij, na região centralcasino brendGaza.
"Três das gestaçõescasino brendSahar não foram planejadas devido à faltacasino brendcontraceptivos disponíveis. Como ela e o marido não conseguem encontrar trabalho, acasino brendfamíliacasino brendoito pessoas vive sem rendimentos."







