Bolsonaro no Chile: crise política no Brasil domina viagem do presidente a Santiago:ango bet

Depois disso, aindaango betSantiago, Bolsonaro afirmou que usa o Twitter 20 minutos por dia e que a reforma da Previdência está na mãoango betMaia. "Agora, a bola está com ele, não está comigo. Já fiz minha parte, eu entreguei e o compromisso dele, regimental,é despachar e o projeto andar dentro da Câmara."

Como presidente da Câmara, Rodrigo Maia é fundamental para a tramitação da reforma da Previdência na Casa. Nessa função, ele consegue dificultar ou dar celeridade ao processo. A proposta, por sugerir alteração na Constituição, precisa do apoioango bettrês quintos dos parlamentares,ango betdois turnosango betvotação, tanto na Câmara quanto no Senado. A tramitação começa pela Câmara, comandada por Maia.

Em outro momento, Bolsonaro havia comparado a situação com Maia a um namoro. "Você nunca teve uma namorada? E quando ela quis ir embora, o que você fez para ela voltar? Não conversou? Estou à disposição para conversar com Rodrigo Maia, sem problema nenhum".

A trocaango betfarpas entre Maia e a família Bolsonaro teve um episódio importante na quinta-feira, quando o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, publicou emango betconta no Instagram uma notícia sobre a rusga entre maia e o ministro Sérgio Moro e escreveu: "Por que o presidente da Câmara anda tão nervoso?". Isso aconteceu no mesmo diaango betque foi preso o ex-ministro Moreira Franco, que é casado com a sograango betMaia.

Venezuela

Um eventual conflito com a Venezuela também virou tema durante a viagem, após o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, afirmar a um jornal chileno que,ango betalguma maneira, seria necessário usar a força na Venezuela. Depois, ao ser questionado sobre o tema pela imprensa brasileira, recuou e disse que ninguém quer uma guerra.

Rodrigo Maia foi perguntado sobre essa declaraçãoango betentrevista ao Estadão e afirmou que "o Brasil não tem nem condiçõesango betsegurar 24 horasango betconfronto com a Venezuela", já que, segundo ele, a estrutura das Forças Armadas do Brasil está desabastecida.

Após a divulgação da falaango betMaia, Bolsonaro disse: "Ele está desprestigiando as Forças Armadas dessa maneira? Ele falou isso mesmo? Nós não queremos guerra com ninguém. Em algum momento faleiango betguerra? Ele está completamente desinformado. Lamento e até perdoo Rodrigo Maia, pelo momento que ele está vivendo".

Bolsonaro e Pinochet

Nos dois diasango betque Bolsonaro teve reuniões com Piñeda, houve manifestaçõesango betruas no centro da cidade contra o presidente brasileiro. Os manifestantes carregaram cartazes com mensagens como "Fascismo mata", "Bolsonaro é racismo", "Bolsonaro é misoginia".

O presidente, contudo, disse a Piñera que foi muito bem recebido pela população no Chile, inclusive quando foi a um shoppingango betSantiago. "Parecia até que estava no Brasil", disse.

A presençaango betBolsonaroango betSantiago gerou discussão entre os chilenos antes mesmo da chegada do presidente brasileiro. Isso porque parlamentares da oposição recusaram o conviteango betPiñera para um almoçoango bethomenagem a Bolsonaro no sábado.

O presidente do Senado chileno, Jaime Quintana, disseango betentrevista à BBC News Brasil que "os admiradoresango betPinochet não são bem vindos no Chile". Bolsonaro declarou, no passado, ser admirador do ditador Augusto Pinochet, que, segundo ele, "fez o que tinha ser feito" no períodoango betque comandou o país, desde o golpe militar - que o levou ao poder, -ango bet1973, até 1990, quando teveango betentregar a presidência a um civil eleito após um plebiscito.

Antesango betir embora do Chile, Bolsonaro foi questionado sobre a opinião deleango betrelação ao ditador, por uma repórter estrangeira, e respondeu: "O que eu pensoango betcertas coisas eu falo no Brasil. Aqui eu respeito o povo chileno".

Durante os anos Pinochet, o Chile se modernizou, a economia cresceu - mas milharesango betpessoas foram presas, mortas ou torturadas pelo Estado.

Uma polêmica que rondou a imagemango betPinochet após o fimango betseu governo foi a revelaçãoango betcontas mantidas secretamenteango betbancos no exterior. Enquanto investigava casosango betlavagemango betdinheiro, uma subcomissão do Senado dos EUA acabou encontrando os valores mantidos pelo ex-general eango betfamília no Riggs Bank, organização com sedeango betWashington e filiaisango betLondres.

Pinochet eango betfamília mantinham, segundo o Senado americano, cercaango betUS$ 8 milhõesango betcontas na instituição - os valores teriam sido depositados entre 1994 e 2002. Somado aoango betoutras contasango betoutros bancos estrangeiros, o valor subia para quase US$ 15 milhões.

A investigação revelou,ango bet2004, que Pinochet conseguira transferir, enquanto estava detido na Espanha, cercaango betUS$ 1,6 milhão do total para uma conta nos EUA.

No ano passado, a Suprema Corte chilena ordenou à família do ex-general que devolvesse aos cofres públicos parte dos valores - cercaango betUS$ 5,1 milhões,ango betacordo com a sentença.

Novo grupo na América do Sul

Piñera, acompanhadoango betBolsonaro eango betoutros chefesango betestado da América do Sul anunciaram a criaçãoango betum novo grupoango betcooperaçãoango betpaíses na América do Sul, o Prosur, e assinaram um tratado.

Embora ainda não haja muitos detalhes sobre o novo grupo, especialistas dizem que o contexto da criação dele indica que pode significar uma mudança na organização do eixoango betpoder na região. Isso porque o protagonismo tem ficado nas mãos do presidente chileno. O temos assinadoango betSantiago prevê, inclusive, que o Chile será, por um ano, presidente do grupo, durante a faseango betimplementação. O próximo país a presidir será o Paraguai.

Piñera disse que o Prosul será um grupo "sem ideologia" e disse que respeitará as diversidadesango betcada país. Segundo ele, a intenção é ser um grupo menos burocrático e mais pragmático.

A ideia é que a nova organização regional deixe para trás a Unasul, que ficou associada à era dos governosango betesquerda na América Latina. Essa é uma formaango betisolar ainda mais a Venezuela.

Alémango betPiñera e Bolsonaro, o documento foi assinado por Mauricio Macri (Argentina), Iván Duque (Colômbia), Mario Abdo Benítez (Paraguai), Martín Vizcarra (Peru), Lenín Moreno (Equador) e o embaixador da Guiana, George Talbot.

Bolívia, Uruguai e Suriname enviaram representantes na condiçãoango betobservadores e não assinaram o tratado. Segundo o governo chileno, eles podem assinar o termoango betoutro momento.

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