Pesquisadores brasileiros desenvolvem técnica que combate epilepsia com pulsos elétricos:arbety machine

Crédito, Núcleoarbety machineNeurociências/Flávio Afonso Gonçalves
Moraes garante que o fenômeno jamais teria acontecido se o mesmo númeroarbety machinepessoas tivesse andado sobre a pontearbety machineforma dessincronizada. "A técnica que desenvolvemos — se feita uma analogia entre cada uma das pessoas como sendo um neurônio na rede que compõe o cérebro — interfere na capacidadearbety machinecada uma delasarbety machinever o passo do vizinho e, portanto, não deixa com que um número grandearbety machinepassos seja sincronizado.
O objetivoarbety machinedessincronizar a rede neural é evitar que uma atividade anômala seja transferidaarbety machineuma para outra área. Ou seja, o tratamento usa estimulação elétrica dessincronizante para 'bagunçar' o funcionamento da redearbety machineneurônios e evitar assim o sincronismo anormal."
O pesquisador explica que num ataquearbety machineepilepsia essas células do cérebro começam a disparar sinais acima do normal, ou seja, elas ficam hiperexcitadas, e fazem issoarbety machinehipersincronia. "O que faz com que a crise, que está numa área do cérebro, se propague para outra", explica.
"Voltando à analogia da ponte, imagina que eu desse um headphone para cada pessoa e tocasse a mesma música para todas. Elas dançariam no mesmo passo e a ponte iria balançar. Mas se eu colocasse uma diferente para cada uma, os passos seriam diferentes também e a estrutura não se moveria."
Segundo Moraes, a epilepsia é tratada até hoje com drogas ou cirurgia. "Apesararbety machinejá termos maisarbety machinecem anosarbety machinehistóriaarbety machinedesenvolvimentoarbety machinefármacos para a terapia da doença, houve pouco avançoarbety machinetermosarbety machineresolver casos clínicos que são refratários ao tratamento com algumas das primeiras drogas disponíveis", diz.
"Elas deixam os neurônios mais lerdos, menos excitados. Mas isso tem efeitos colaterais ruins. Os medicamentos também deixam o cérebro mais lento para outras atividades, como estudar ou trabalhar, por exemplo."
No caso da cirurgia, o que é feito é remover a parte da massa encefálica que está com problema, ou seja, que causa as crises epilépticas. Com isso, tira-se o mal, mas também um grande númeroarbety machinecircuitos neurais, que podem estar envolvidosarbety machineatividades importantes do cérebro. Além disso, é um tratamento que não pode ser aplicado para todos os casos da doença.
Os pesquisadores pensaram entãoarbety machineusar um tipoarbety machineeletroterapia (de ação muito mais rápida na rede neural quando comparada às terapias farmacológicas) que evitasse o sincronismo da atividade entre áreas, mesmo ao custoarbety machineaumentar um poucoarbety machineexcitabilidade.
A técnica que desenvolveram, chamada non-periodic stimulation (NPS), é não periódica e dessincronizante. Na analogia da ponte, é como se cada neurônio ouvisse uma música diferente.
Para aplicar a técnica, os pesquisadores desenvolveram um protótipoarbety machineum dispositivo microcontrolado. O protótipo atinge as áreas do cérebro onde está sendo gerado o ataque, dessincronizando-as. É um nanofio — um nanômetro (nm) é a bilionésima partearbety machineum metro, sendo que um fioarbety machinecabelo humano tem entre 80 mil e 100 mil nmarbety machineespessura) — que será implantado no paciente, parecido com um marca-passo no cérebro. "Na verdade, será um 'desmarcapasso' cerebral, para dessincronizar uma crise epiléptica", explica Moraes.
A diferença para um marca-passo é que esse dispositivo não estará ligado o tempo todo. Só o será quando um ataque estiver para acontecer, pois ele consegue detectar sinais que o antecedem. Mas, a princípio, o paciente teráarbety machineusá-lo permanentemente.
Isso pode mudar com tempo, no entanto. "Estamos mostrando que existe uma boa possiblidadearbety machineque essa açãoarbety machinedetectar e dessincronizar possa levar, com o tempo, o cérebro a sofrer alterações e aprender a fazer isso sem o dispositivo", explica Moraes. "Pode ser que depoisarbety machineum tempo usando o equipamento ele possa ser dispensado. Isso seria uma cura, mas ainda estamos muito no inícioarbety machinemostrar que isso funciona."
O que eles conseguiram demonstrar até agora é que a técnica tem o potencial para substituir a cirurgia no tratamento das epilepsias que são refratárias a tratamento farmacológico. Além disso, pode ser também uma alternativa ao tratamento com drogasarbety machinealguns pacientes com tipos específicos da doença.
"Fizemos muitos avanços nos ensaios pré-clínicos (com animais), mas estamos apenas no começo dos ensaios clínicos (em humanos)", conta Moraes. "Em suma, temos outros projetos feitos com pessoas que mostram que a 'sondagem' das redes neurais por meioarbety machineestimulação elétrica controlada pode ser uma boa ferramenta diagnóstica e preditiva da ocorrênciaarbety machinecrises da doença. Ainda não iniciamos os protocolosarbety machinebloqueioarbety machineataquesarbety machinepacientes, pois precisamosarbety machinefinanciamento e parceiros para tocar esta parte do projeto para frente."

arbety machine Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube arbety machine ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosarbety machineautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaarbety machineusoarbety machinecookies e os termosarbety machineprivacidade do Google YouTube antesarbety machineconcordar. Para acessar o conteúdo cliquearbety machine"aceitar e continuar".
Finalarbety machineYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosarbety machineautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaarbety machineusoarbety machinecookies e os termosarbety machineprivacidade do Google YouTube antesarbety machineconcordar. Para acessar o conteúdo cliquearbety machine"aceitar e continuar".
Finalarbety machineYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosarbety machineautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaarbety machineusoarbety machinecookies e os termosarbety machineprivacidade do Google YouTube antesarbety machineconcordar. Para acessar o conteúdo cliquearbety machine"aceitar e continuar".
Finalarbety machineYouTube post, 3





