Coronavírus: a empresária que decidiu impor quarentena a si mesmagalera bet afiliadosSão Paulo:galera bet afiliados

"A nossa vida mudou completamente. A nossa empresa (no ramogalera bet afiliadosmarketing para eventos) estava passando por um bom momento. Mas tudo mudougalera bet afiliadosrepente", relata.

Apesargalera bet afiliadoster vindogalera bet afiliadosuma região que enfrenta uma explosãogalera bet afiliadoscasos do novo coronavírus, Marina afirma que não tem nenhum sintoma do vírus — como febre ou algum problema respiratório.

"Estamos muito bem. Mas a quarentena é uma formagalera bet afiliadosprecaução, até porque o vírus pode ficar incubado por alguns dias", diz a designer.

Estudos apontam que os sintomas do novo coronavírus costumam aparecer,galera bet afiliadosmédia, a partirgalera bet afiliadoscinco dias desde a infecção. Em alguns casos, conforme levantamentos, pode levar quase duas semanas para que os primeiros sinais da covid-19, a doença causada pelo vírus, comecem a surgir.

No Brasil há, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde na terça-feira, 34 casos do novo coronavírus:galera bet afiliadosSão Paulo (19), Riogalera bet afiliadosJaneiro (8), Bahia (2), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Alagoas (1), Distrito Federal (1) e Rio Grande do Sul (1). Há 893 casos sob suspeita e 780 foram descartados.

Da Itália para São Paulo

Marina se mudou com a esposa para Milãogalera bet afiliados2016. Em buscagalera bet afiliadosuma nova vida, o casal abriu uma empresa na áreagalera bet afiliadosfotografia e audiovisual. As duas não tinham planosgalera bet afiliadosmorar novamente no Brasil. "Queríamos ter uma experiência no exterior. Como o pai da minha esposa é italiano, optamos pela Itália", relata Marina.

Em Milão, elas viram a empresa crescer e participargalera bet afiliadosgrandes eventosgalera bet afiliadosmoda e outras atividades culturais. "Para este ano, tínhamos eventos para o Dia das Mulheres, que foram cancelados. Tínhamos trabalhos grandes e importantesgalera bet afiliadosMilão e todos foram, aos poucos, sendo cancelados", comenta a empresária.

O motivo para os cancelamentos foi um fato ao qual Marina não deu tanta importância quando leu as primeiras notícias: os casosgalera bet afiliadoscoronavírus na Itália.

"As coisas mudaramgalera bet afiliadosrepente. Primeiro, não podia mais ir para a academia. Depois, fecharam cinemas. Em seguida, os museus. Foi uma situação dia após dia e ficamos desesperadas", diz.

Marina e a esposa tinham se mudado para a casa dos sonhosgalera bet afiliadosMilão havia poucos meses. "Acreditávamos que a situação melhoraria. Até que percebemos que os números dos casos do coronavírus não diminuíam."

Ela, a esposa e todos os brasileiros que vivem na região da Lombardia começaram a se desesperar. "Havia muitas coisas fechadas. As pessoas não tinham como pagar o aluguel, porque muitos trabalhos foram suspensos. Muita gente foi demitida. Em Milão, que é um mercado bilionário para a cultura, não houve mais nenhum evento", relata.

Há uma semana, enquanto se preocupava com o seu futurogalera bet afiliadosmeio ao avanço dos casosgalera bet afiliadoscoronavírus, ela foi chamada para ser diretora criativagalera bet afiliadosuma empresagalera bet afiliadosSão Paulo, na qual havia trabalhado cinco anos atrás. Sem expectativas na Itália e com o medogalera bet afiliadosnão ter condições para permanecer no país europeu, não pensou duas vezes. "Acho que recebi um chamado do destino", comenta.

A volta ao Brasil

No domingo, Marina e a esposa embarcaram rumo ao Brasil. "Ninguém imaginaria, mas Milão se tornou uma cidade fantasma. No aeroporto, havia poucas pessoas. Muitos voos foram cancelados. O nosso medo era não conseguir embarcar, mas deu tudo certo. O avião que eu peguei parecia particular, porque tinha apenas cinco pessoas", diz.

Elas fizeram conexãogalera bet afiliadosMadri, na Espanha. "No aeroportogalera bet afiliadosMadri, quando saímos do avião, recebemos um papel da companhia aérea que dizia que se alguém tivesse algum sintoma, como tosse ou febre, era para informá-los. Se não sentia nada, era vida normal. Como não sentimos nada, foi tudo tranquilo", conta.

Da Espanha seguiramgalera bet afiliadosdireção ao aeroportogalera bet afiliadosGuarulhos,galera bet afiliadosuma viagemgalera bet afiliados10 horas. Logo que pisou no Brasil, Marina diz ter se assustado com a faltagalera bet afiliadosinformações sobre o novo coronavírus.

Segundo ela, no voogalera bet afiliadosdireção ao Brasil não houve nenhuma orientação para pessoas que tivessem febre ou algum sintoma respiratório.

"Foi como se o coronavírus não existisse. Em Guarulhos, procuramos alguém para dar instruções sobre como proceder, porque viemosgalera bet afiliadosuma região muito afetada, mas não havia nenhuma orientação. Não teve nenhum procedimento", relata.

"Se a gente quisesse, poderia chegar doente e ir a qualquer evento, porque não tinha nenhuma instrução. É um controle praticamente zero. Um absurdo", narra.

A assessoriagalera bet afiliadosimprensa do aeroportogalera bet afiliadosGuarulhos afirma que segue todos os critérios orientados pela Agência Nacionalgalera bet afiliadosVigilância Sanitária (Anvisa) para lidar com o avanço do novo coronavírus.

Em nota, a Anvisa afirma que é a primeira autoridadegalera bet afiliadossaúde informada sobre a existênciagalera bet afiliadosalgum caso suspeito do novo coronavírus a bordogalera bet afiliadosaeronaves ou embarcações. Segundo a entidade,galera bet afiliadoscasogalera bet afiliadossuspeita durante o voo, a pessoa deve ser isolada e o Centrogalera bet afiliadosOperaçõesgalera bet afiliadosEmergências (COE) do aeroporto é informado. Após o pouso, a pessoa suspeita é encaminhada a um hospital da região.

Medidas como a triagemgalera bet afiliadospassageiros, que foi descartada pelo governo brasileiro, não costumam ser orientadas por especialistas, Isso porque argumentam que ações como medir se a pessoa está com febre consomem muitos recursos materiais e tem uma eficácia baixa.

"Por exemplo, no caso da pandemiagalera bet afiliados2009, estudos mostram que países que implantaram a triagem não tiveram nenhuma diferençagalera bet afiliadosrelação a outros países que não fizeram isso", disse no fimgalera bet afiliadosjaneiro,galera bet afiliadosentrevista à BBC News Brasil, o médico sanitarista e epidemiologista Jarbas Barbosa, diretor-assistente da Organização Pan-Americanagalera bet afiliadosSaúde (Opas), braço regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Barbosa ressaltou, durante a entrevista, que informar sobre o coronavírus nos aeroportos é importante. Marina relata que não recebeu nenhum tipogalera bet afiliadosorientação quando chegou ao Brasil, às 6hgalera bet afiliadossegunda-feira.

"Ao menos não era algo tão claro para os passageiros, porque não vimos", diz. A assessoriagalera bet afiliadosimprensa do aeroportogalera bet afiliadosGuarulhos, porém, afirma que no local há diversos esclarecimentos sobre o temagalera bet afiliadosseus meiosgalera bet afiliadoscomunicação para os passageiros.

Quarentenagalera bet afiliadoscasa

Ao seguir para o apartamento do padrasto da esposa, que cedeu o imóvel para que elas permaneçam no Brasil, Marina e a companheira optaram pela quarentena. "Saímosgalera bet afiliadosum país que fazgalera bet afiliadostudo para evitar a transmissão para umgalera bet afiliadosque parece que nada está acontecendo", diz.

Elas planejam permanecergalera bet afiliadosquarentena por 14 dias, período aconselhado para casos suspeitos. "Foi uma forma que encontramos para proteger outras pessoas", comenta.

"Se a gente estivesse doente, carregando vírus, iria espalhar rapidamente, porque não há controle ou orientação. Há muitos voos chegando da Itália e as pessoas não estão sendo orientadas. Essas medidas deveriam ser explicadas com muita clareza", diz.

Marina e a esposa pretendem adotar as mesmas medidas que eram orientadas por autoridades italianas no país. "Não é que não vamos poder sairgalera bet afiliadosnenhum momento, porque na quarentenagalera bet afiliadosMilão pode. Mas vamos, por exemplo, manter um metrogalera bet afiliadosdistância das pessoas, não vamos abraçar ou dar beijinhos ao cumprimentar. Se tossirmos, vamos proteger com o cotovelo. Não vamos nos aproximargalera bet afiliadospessoas idosas e iremos evitar aglomerações", pontua Marina. Ela deve começar a trabalhar na próxima segunda. "Farei home office."

As duas somente sairãogalera bet afiliadoscasa para ir a lugares abertos, como parques ou ruas. Aos amigos e familiares, avisaram que somente irão querer revê-los após o fim da quarentena. "Os meus sogros são nossos vizinhos e não iremos vê-los, por enquanto", afirma Marina.

O casal queria fazer os exames para o coronavírus no Brasil. "Mas descobrimos que somente as pessoas que vieramgalera bet afiliadosoutro país e estão com sintomas podem fazer esses exames. Quem sabe a gente consiga algo na rede privada, nos próximos dias", comenta Marina.

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