Coronavírus: excluídos1xbet exchangevoo1xbet exchangerepatriação, brasileiros no Laos e Camboja temem ser 'esquecidos':1xbet exchange

O professor está entre o grupo1xbet exchange10 brasileiros que estão "ilhados" no Laos e que não embarcarão no voo1xbet exchangerepatriação fretado pelo Ministério das Relações Exteriores que deverá levar1xbet exchangevolta ao Brasil, nesta terça-feira, 383 cidadãos que ficaram presos entre a Tailândia, Indonésia e Vietnã. Até esta terça-feira, outras 58 pessoas aguardavam na lista1xbet exchangeespera1xbet exchangeBangcoc.

Além do grupo retido no Laos, outros 15 brasileiros enfrentam a mesma situação no Camboja. De acordo com a Embaixada brasileira1xbet exchangeBangcoc, a Tailândia não autorizou a entrada dos brasileiros que estão nesses países nem sequer para trânsito, o que teria inviabilizado a viagem do grupo à capital tailandesa. O Itamaraty admite que não há nova data prevista para o resgate deste grupo.

'Repulsa e insegurança'

As ruas da capital do Laos, Vientiane, deixaram1xbet exchangeser amigáveis para os turistas. Patrulhas controlam a circulação das pessoas e o trânsito entre as Províncias está proibido — até agora, o número oficial1xbet exchangeinfectados no local é1xbet exchangeapenas 19 pessoas. A subnotificação no país também é uma realidade.

"Não posso circular na rua livremente porque agora os turistas são vistos como transmissores do vírus. Existe uma repulsa que gera insegurança", afirma Martins.

Apesar1xbet exchangeestar hospedado1xbet exchangeum hotel modesto, o professor diz que precisa economizar ainda mais. "Vi um hotel1xbet exchange10 dólares, vou mudar pra lá", conta.

"Planejei uma viagem1xbet exchangeum mês e já estou há quase dois fora1xbet exchangecasa. Minha situação financeira esta difícil. Estou tirando dinheiro do orçamento familiar para a minha manutenção aqui", relata.

Hipertenso, Martins conseguiu um remédio genérico na farmácia local para controlar a pressão, mas diz duvidar da1xbet exchangeeficácia.

As dores crônicas provocadas pela artrite estão sendo controladas com antiinflamatórios, porque há um mês Martins não recebe as injeções que pega no SUS para tratar a doença.

Apesar da idade e do mal estar crônico, Martins não se diz preocupado1xbet exchangecontrair a covid-19. "Aqui vejo que o distanciamento social funciona e eu sou a prova disso", afirma.

O voo GA8800, da empresa aérea indonésia Garuda, deve sair1xbet exchangeHanói com parte do grupo, passa por BanGcoc onde 190 brasileiros devem embarcar e segue para a Indonésia para resgatar outras 144 pessoas.

De lá, o voo seguirá até Amsterdã, onde fará uma escala, e decolará rumo a São Paulo, onde a aeronave deve aterrissar no aeroporto1xbet exchangeGuarulhos às 18h10 (horário local) nessa quarta-feira, 22.

Não só turistas

Há dois perfis1xbet exchangebrasileiros que embarcarão no voo1xbet exchangevolta ao Brasil: turistas, que como Martins viram as fronteiras se fecharem e voos serem cancelados, e trabalhadores imigrantes que perderam empregos devido à crise ocasionada pela pandemia e, por consequência, seus vistos1xbet exchangetrabalho.

Esse é o caso1xbet exchangeThaís Torres,1xbet exchange32 anos. "Espero que dessa vez dê certo, estou há 10 dias tentando voltar para casa", desabafa.

A repatriação dos brasileiros no sudeste asiático se tornou dramática. O voo que estava previsto para sair no dia 161xbet exchangeabril teve1xbet exchangeser cancelado na última hora porque o governo do Qatar não autorizou a escala1xbet exchangeseu país. "Estávamos saindo para o aeroporto quando nos avisaram que estava cancelado", relata Torres.

A brasileira morava na ilha1xbet exchangePhuket, um dos principais destinos turísticos da Tailândia, havia três anos, onde dava aulas1xbet exchangeinglês. Em março, o número1xbet exchangecasos1xbet exchangeinfecções na ilha aumentou drasticamente, o que levou o governo tailandês a fechar a área, proibindo a entrada e saída1xbet exchangepessoas.

Os efeitos da pandemia na economia local e nacional foram vistos1xbet exchangeimediato. E Torres foi demitida. "Foi tudo muito rápido. Perdi o trabalho e consequentemente perdi meu visto, plano1xbet exchangesaúde, salário, tudo", relata.

Dias depois, ela conseguiu trabalho1xbet exchangeuma escola1xbet exchangeeducação infantil, mas ali trabalhou poucos dias. No final1xbet exchangemarço o governo tailandês ordenou o fechamento1xbet exchangetodas as escolas do país, sem previsão1xbet exchangereabertura. Torres voltou a perder o emprego.

"Eu não tinha condições1xbet exchangeficar aqui sem salário, sem visto. Não estava preparada para voltar, mas a situação foi piorando muito", conta.

Ela fez contato com a Embaixada brasileira1xbet exchangeBangcoc, preencheu formulários e conseguiu uma vaga no voo1xbet exchangerepatriação. Em questão1xbet exchangehoras, relata, ela teve1xbet exchangeabandonar o apartamento1xbet exchangePhuket, fretar uma van - junto com outros 8 brasileiros - para viajar à capital tailandesa, pedir autorização da prefeitura para deixar a ilha e abandonar o resto.

"Tive que empacotar tudo1xbet exchangeuma tarde, coisas1xbet exchangeuma casa que mantive três anos1xbet exchangeapenas uma tarde. Deixei muita coisa para trás, só coloquei na mala o essencial, roupas, sapatos e meu computador. Foi muita tensão", afirma.

A incerteza sobre o futuro gera ansiedade. "Na minha cabeça estou dando uma pausa na minha vida. Vou para a casa da minha família e quando a vida voltar ao normal vou pegar meu trabalho1xbet exchangevolta", relata chorando. "Isso não é uma despedida (da Tailândia)".

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