'Não posso fazer faculdade se estiver morta': os relatoscassino estados unidosquem desistiu do Enem no último minuto com medo da covid-19:cassino estados unidos

Crédito, Reuters
Aos amigos nas redes sociais que decidiram fazer a prova, ela desejou sucesso e segurança e explicou os motivoscassino estados unidossua desistência: "Não poderei fazer uma faculdade se estiver morta".
O medocassino estados unidosprestar o Enemcassino estados unidosmeio a um novo picocassino estados unidoscasos e mortes por covid-19 parece ter se refletidocassino estados unidosuma abstenção recorde: compareceram à prova do dia 17 menos da metade (ou 48,5%) dos 5,5 milhõescassino estados unidosinscritos no Enem impresso, segundo dados preliminares do Inep, órgão do Ministério da Educação que gerencia o exame.
Ou seja, 2.842.332 pessoas inscritas acabaram não participando da prova.
Esse grupo inclui, além dos desistentes, cercacassino estados unidos160,5 mil alunos do Estado do Amazonas e outros quase 4 mil alunos das cidadescassino estados unidosEspigão D'Oeste e Rolimcassino estados unidosMoura (RO), onde a prova não foi realizada no domingo, alémcassino estados unidoscercacassino estados unidos10 mil estudantes que afirmaram estar com doenças infectocontagiosas, como a covid-19. (Esses grupos estão entre os alunos que poderão participar da reaplicação da prova,cassino estados unidos23 e 24cassino estados unidosfevereiro; veja mais detalhes abaixo).
'Medo da contaminação e injustiça da mídia'
O Enem estava inicialmente marcado para novembrocassino estados unidos2020, mas foi adiado para janeiro por conta da pandemia e, até a véspera da prova, foi alvocassino estados unidospressões e ações judiciais pedindo um novo adiamento.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse ter se surpreendido pela grande ausênciacassino estados unidosparticipantes - na edição anterior, o índicecassino estados unidosabstenção havia sidocassino estados unidos23%, contra 51,5% desta -, mas defendeu a decisãocassino estados unidosmanter a data dos exames.
"Tivemos uma abstenção grande,cassino estados unidosparte pela questão do medo da contaminação ecassino estados unidosparte por um trabalhocassino estados unidosmídia muito grande contra o Enem,cassino estados unidosmaneira muito injusta - não foi feito o mesmo trabalho contra a Fuvest (vestibular da USP que teve a primeira fasecassino estados unidos10cassino estados unidosjaneiro)", afirmou Ribeirocassino estados unidosentrevista coletiva.

Crédito, Marcello Casal Jr/Ag Brasil
"O Enem no meio da pandemia foi vitorioso, para não atrasar mais a vidacassino estados unidosmilhõescassino estados unidosestudantes. Não atrasamos a educação brasileiracassino estados unidosmais um semestre. (...) Qualificamos como um sucesso porque no meiocassino estados unidosuma crise conseguimos mobilizar milhõescassino estados unidospessoascassino estados unidosuma maneira segura. Se disséssemos que não teríamos o Enem neste ano, seria uma derrota da educação."
O ministro também afirmou que o Inep tomou medidascassino estados unidossegurança para evitar a propagação do coronavírus durante a prova e que o público do Enem já tem conhecimento das medidas preventivas à covid-19. "Estamos falandocassino estados unidosjovens adultos, que sabem se proteger."
O presidente do Inep, Alexandre Lopes, lembrou que o Enem 2020 teve um recordecassino estados unidosnão pagantes (ou seja,cassino estados unidosalunos que foram isentos da taxacassino estados unidosmatrícula no exame), o que pode ter contribuído para a abstenção maior.
"São informações que vamos apurar no balanço total", afirmou, destacando que outros vestibulares também tiveram muitos ausentes. "O aumento das abstenções não são uma exclusividade do Enem."
'Escolha entre saúde física e mental'
Para muitos alunos, porém, o Enem 2020 acabou sendo uma escolha entre "a saúde mental e a saúde física", opina Viníciuscassino estados unidosAndrade, criador do projeto Salvaguarda, que ajuda jovenscassino estados unidosescolas públicas a ingressar no ensino superior.
"Os alunoscassino estados unidosescolas públicas já passam por tantas dificuldades e, como se não bastasse, se depararam com o dilemacassino estados unidosfazer o exame e (buscar) o sonhocassino estados unidosingressarcassino estados unidosuma universidade pública ou cuidarcassino estados unidossua saúde, com medocassino estados unidospegar covid-19", explica Andrade.
Embora tenha se deparado com abstençõescassino estados unidostodo o tipo - desde alunos que viajaram 60km para prestar o Enem mas se esqueceram do documentocassino estados unidosidentidade até quem errou o horário da prova -, ele acha que a maioria dos faltantes decidiu ficarcassino estados unidoscasa por uma misturacassino estados unidosdois fatores: medo da pandemia e sensaçãocassino estados unidosdespreparo para o exame.
É o casocassino estados unidosJuliana Sara Lima dos Santos, 19, que desistiucassino estados unidosprestar a provacassino estados unidosCascavel (PR), por temer colocar a mãe (que tem pressão alta)cassino estados unidosrisco e porque não se sentiu confiante, depoiscassino estados unidosum ano inteiro estudando por videoaulas.

Crédito, Tania Rego/Ag Brasil
"Aqui na minha cidade os casos estão elevados, então fiquei muito inseguracassino estados unidosir fazercassino estados unidosmeio a tantas pessoas", conta a estudante, que sonhacassino estados unidoscursar Medicina.
"Na frente dos colégios ou faculdades vi umas imagenscassino estados unidosreportagens com muita aglomeraçãocassino estados unidospessoas. Por mais que na salacassino estados unidosaula houvesse distanciamento,cassino estados unidosfrente às escolas estava bem movimentado."
Agora, Juliana vai focar nos vestibularescassino estados unidosuniversidades paranaenses e seguir se preparando para o Enem 2021. "Conhecimento nunca é perdido: não fiz esse Enem, (mas) tem o próximo e vou levar toda a bagagem que adquiri até aqui. Em parte, estou aliviada (em não ter prestado) por causa da pandemia e,cassino estados unidosoutra, estou preocupada com o futuro, com as incertezas."
Segundo Viníciuscassino estados unidosAndrade, o mero atocassino estados unidosse inscrever no Enem já é, para muitos alunoscassino estados unidosescolas públicas, uma demonstraçãocassino estados unidos"coragem e do sonho por um futuro diferente".
"Porque o exame é distante deles, e eles não têm muitos exemploscassino estados unidospessoas (próximas) na universidade. O que desejo é que eles não desistam, para que possam ocupar espaços ondecassino estados unidosvoz vai ser ouvida. Eles precisam se sentir aliviadoscassino estados unidosque isso (perder a prova) não é o fimcassino estados unidosnada. Eles estão no meio do percurso", diz.
"Agora, é tentar ser frio, analítico e olhar o quadro geral, sem se ver diantecassino estados unidosum murocassino estados unidosaltura sem fim. (Recomendo) olhar para outros vestibulares seriados, vestibularescassino estados unidosuniversidadescassino estados unidosseus Estados e tentar manter o ânimo para as próximas provas."
Em Jardinópolis, interiorcassino estados unidosSão Paulo, Katharine Abdala, 18, conta que já passa normalmente "um perrengue danado com a bronquite aguda mesmo sem a covid-19".
"Já preciso usar a bombinha, porque a bronquite vai e volta a qualquer momento. Imagina então se eu pegar o vírus", diz à reportagem. "Pensei: 'vai estar todo mundocassino estados unidosmáscara no Enem'. Mas era muita gente prestando, e aqui ninguém se cuida, porque acham que não precisa se preocupar por ser uma cidade pequena."
Katharine já cursa o ensino técnicocassino estados unidosFarmácia e pretende agora continuar os mesmos estudos no ensino superior. Mas também acabou optando por não fazer o Enem.

Crédito, Mariana Leal /MEC
"Eu não tive isenção da inscrição: tinha pago (o valorcassino estados unidosR$ 85), então foi bem difícil a decisão. Mas no dia eu decidi não ir. Hoje também foi difícil ver que todo mundo fez a prova e está tudo bem, mas coloquei na minha cabeça que vou ter outras oportunidades", diz ela.
A jovem teve um pequeno alento nesta segunda-feira (18/1), ao receber a notícia que passou para a segunda fasecassino estados unidosum processo seletivo online para bolsascassino estados unidosestudocassino estados unidosuma universidade privada. "Deu uma aliviada, mas o Enem ainda está na minha cabeça."
Quem vai poder participar da reaplicação do Enem?
Segundo o Inep, uma reaplicação da prova do Enem ocorrerá nos dias 23 e 24cassino estados unidosfevereiro, para os seguintes gruposcassino estados unidosalunos:
cassino estados unidos - Cercacassino estados unidos8,1 mil alunos que tiveram sintomascassino estados unidoscovid-19 (ou outras doenças infectocontagiosas, como sarampo), enviaram seus laudos médicos ao Inep e tiveram o pedidocassino estados unidosreaplicação aceito.
Outros 1,9 mil pedidos não foram aceitos pelo Inep -cassino estados unidosalguns casos, por terem enviado laudos ilegíveis oucassino estados unidosfotos desfocadas. Esses - bem como outros alunos que nesta semana tiverem sintomascassino estados unidoscovid-19 e precisarem se ausentar da segunda prova, no dia 24 - podem reenviar seus laudos médicos a partir desta segunda-feira (18/01) pela Página do Participante do Enem.
cassino estados unidos - Alunos do Estado do Amazonas e das cidadescassino estados unidosEspigão D'Oeste e Rolimcassino estados unidosMoura,cassino estados unidosRondônia. Nesses locais, a prova do último domingo não foi realizada por conta do avanço do novo coronavírus, e os cercacassino estados unidos165 mil alunos afetados poderão fazer a reaplicaçãocassino estados unidos23 e 24cassino estados unidosfevereiro.
cassino estados unidos - Alunos afetados por problemas logísticos. É o caso dos participantes que afirmaram terem sido impedidoscassino estados unidosfazer a provacassino estados unidosdomingo porque as salascassino estados unidosaula estavam com capacidade máxima. Segundo Alexandre Lopes,do Inep, essa situação foi identificada até agoracassino estados unidos11 salascassino estados unidoscidades do Sul do país (Florianópolis, Curitiba, Londrina, Pelotas, Caxias do Sul e Canoas),cassino estados unidosum universocassino estados unidos14.447 salascassino estados unidosEnemcassino estados unidostodo o país.
"Nenhum aluno será prejudicado. Quem se sentir prejudicado,cassino estados unidosqualquer lugar do Brasil, poderá solicitar a reaplicação da prova, a partir do dia 25cassino estados unidosjaneiro. Daí olhamos a ata da sala (do aluno queixoso) para entender o que aconteceu", afirmou Lopes.
Alunos cujas escolas tiveram problemascassino estados unidosinfraestrutura - casocassino estados unidostrês escolas na Bahia onde faltou energia elétrica durante o Enem - também poderão pedir a reaplicação da prova.
Vale lembrar que a reaplicação não é válida para alunos que se atrasaram no domingo, nem para os que ficaram com medocassino estados unidosse infectar pelo coronavírus, destaca o Inep.

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