Como o guaraná se tornou bebida típica da região mais fria do Japão:br1xbet

Crédito, Fátima Kamata
Muitas das marcas são produções locais, e quase todas trazem o mapa da província no rótulo como uma provabr1xbetque o guaraná tornou-se um orgulhobr1xbetHokkaido ao longobr1xbet60 anos.
O primeiro refrigerante do gênero produzidobr1xbetlarga escala no Japão surgiubr1xbet1960, quatro anos antes dos Jogos Olímpicosbr1xbetTóquio e na épocabr1xbetque o país começava a emergir das cinzas da guerra.
Para rebater críticas que recebia por manter a economia superavitária e por impor altas tarifas sobre produtos importados, o país permitiu a entrada da Coca-Cola, que aportou no Japãobr1xbet1957.
Em um curto espaçobr1xbettempo, os japoneses se apaixonaram pelo aroma único do refrigerante americano, levando à queda nas vendasbr1xbetramune (limonada gaseificada) ebr1xbetcidra (soda), os refrigerantes produzidos na época pela indústria japonesa.

Crédito, Obara Co.
Para conter a investida do refrigerante americano, a Federação Nacionalbr1xbetCooperativasbr1xbetProdutoresbr1xbetSoft Drink do Japão foibr1xbetbuscabr1xbetuma alternativa capazbr1xbetdisputar o mercado local com a Coca-Cola.
"Foi quando soubemos que no Brasil havia uma bebida consumida há muito tempo pela população e que batiabr1xbetfrente com a Coca-Cola", lembra Koichi Obara, atual presidente da Co-Up Co.
A empresa foi formada por 35 cooperadosbr1xbetvárias províncias para desenvolver e comercializar uma marca unificada do primeiro refrigerante marrom made in Japan.
O produto foi batizadobr1xbetCo-Up (do inglês "cooperation up") e é vendido até os diasbr1xbethoje, porém fabricado por apenas duas das empresas pioneiras: a Obara e a Hoppy Beverage.
Houve mudanças na receita e na embalagem. Segundo o diretor financeiro da Obara, Shinya Obara, a composição original tinha sucobr1xbetmaçã para suavizar o sabor único do guaraná.
Atualmente, a empresa usa xaropebr1xbetmilho com alto teorbr1xbetfrutosebr1xbetbatatas cultivadas na região. O nívelbr1xbetdoçura é mantido desde o princípio, por agradar o públicobr1xbetHokkaido.

Crédito, Arquivo pessoal
"Talvez por ser uma região muito fria, as pessoas daqui gostem muitobr1xbetcoisas doces", afirma Obara.
Quando desenvolveram a marca unificada Co-Up, os produtores tinham outra preocupação. Queriam tanto se aproximar da Coca-Cola, que além da bebida ser escura, a embalagem ficou parecida.
Alguns anos antesbr1xbetfalecerbr1xbet2019, o empresário Koichi Ishiwatari (da Hoppy Beverage) contou que o grupo apostoubr1xbetgarrafasbr1xbetvidro com formato inspiradobr1xbetuma maiko (jovem dançarina que estuda para se tornar gueixa) para contrapor à da americana, que lembrava a silhuetabr1xbetuma mulherbr1xbetsaia longa.
Atualmente, o guaraná desta ebr1xbetmarcas que surgiram depois é envasadobr1xbetgarrafas PET ebr1xbetlatas.
Guaraná à japonesa
O sabor que agrada os japonesesbr1xbetHokkaido é estranho para brasileiros como a manauara Karen Melo.
"Os refrigerantesbr1xbetguaraná que tomei eram menos doces que o do Brasil, e tinham gosto que lembrava remédio".

Crédito, Arquivo pessoal
Há 25 anos ela veio do Amazonas para morar na provínciabr1xbetAichi (na região central do Japão) e mudou-se para Hokkaido (no extremo norte) há apenas 10 meses.
Além do frio, uma das primeiras surpresas que teve quando chegou no atual endereço foi encontrar guaranábr1xbettodo lugar.
"Realmente, a bebida é popular entre os japoneses daqui", diz.
Um erro da Coca-Cola no passado teria ajudado o guaraná japonês a conquistar a popularidade regional.
A empresa americana conseguiu ampliar seu mercado assim que chegou no Japão, mas demorou três anos para chegar a Hokkaido - a segunda maior ilha japonesa, separada da principal Honshu por um estreito.
"Isso nos ajudou, porque nesse meio tempo o guaraná Co-Up se espalhou pela província", diz Koichi Obara.
Nas demais regiões, os cooperados enfrentaram resistência do mercado para conseguir colocar o guaraná nas prateleiras já ocupadas pela Coca-Cola.
Como eram empresasbr1xbetpequeno e médio porte, a capacidadebr1xbetprodução era limitada.
Mesmo assim, elas se lembram com orgulho da marcabr1xbet15 milhõesbr1xbetgarrafasbr1xbetCo-Up vendidasbr1xbetum anobr1xbetpico, com Hokkaido puxando as vendas.

Crédito, Obara Co.
Um problema com a esterilização das garrafas ocorridobr1xbetuma das fábricas acabou afetando a imagem do produto e comprometendo as vendas.
Desestimuladas, muitas empresas desistiram da produção e venda da marca unificadabr1xbetguaraná.
A Obara se manteve fiel ao produto Co-Up e hoje detém 70% do mercadobr1xbetguaranábr1xbetHokkaido, segundo o diretor financeiro Shinya Obara.
O potencial desse mercado não passou despercebido por grandes empresas como a cervejaria Kirin e a Pokka Sapporo, donas da Kirin Guarana (sem acento) e da Ribbon Squash.
A redebr1xbetlojasbr1xbetconveniência Seicomart também lançou o seu guaraná Secomabr1xbetjulhobr1xbet2013, principalmente pensandobr1xbetampliar a listabr1xbetprodutosbr1xbetmarca própria.
Com os bons resultados, o objetivo agora é tornar a bebida conhecida forabr1xbetHokkaido.
Além da venda online, promove o produtobr1xbetfeiras e exposições,br1xbetolho também nos mercadosbr1xbetHong Kong, Estados Unidos, China e Rússia.

Crédito, Secoma Co.
Na cidadebr1xbetFurano é produzido o guaraná Heso (palavra japonesa que significa "umbigo", numa referência à localização, no centro da provínciabr1xbetHokkaido).
Até mesmo uma redebr1xbethamburguerias da cidadebr1xbetHakodate produz o seu guaraná Lucky, adoçado com uva. Redes atacadistas como a Sapporo Ueshima Coffee têm a Hokkaido Guarana, e a Maruzenbr1xbetTomakomai criou o guaraná Ale com mel.
As matérias-primas principais podem ser as mesmas, mas o sabor final varia conforme cada fabricante.
A empresa Godo, que faz parte do Grupo Oenon, produz o Hokkaido Highball Guarana, com 4%br1xbetteor alcoólico.
No verso da lata tem a explicação,br1xbetjaponês, sobre a origem do guaraná como um grão do Amazonas.

Crédito, Karen Melo
"Deixamos a bebida com um sabor adulto. Aprecie o sabor localbr1xbetHokkaido".
O guaraná brasileiro Antarctica também está no cardápio dos japoneses. Importado e distribuído pela empresa Arai Shoji desde 1980, o refrigerante pode ser compradobr1xbetsites online, lojasbr1xbetprodutos brasileiros e alguns supermercados, inclusive na provínciabr1xbetHokkaido.
Segundo a Japan Soft Drink Association, entre 2010 e 2019, o consumo per capitabr1xbetbebida não alcoólica subiubr1xbet145 litros para 180 litros.
Com essa marca, o Japão ocupa a sétima posição no ranking individualbr1xbetsoft drinks elaborado pelo institutobr1xbetpesquisabr1xbetmercado Euromonitor Internacional, que trazbr1xbetprimeiro lugar a China (410 litros) seguida dos Estados Unidos, e o Brasil na 10ª posição (114 litros por pessoa).
Entre os soft drinks preferidos dos japoneses, estão os vários tiposbr1xbetchá vendidosbr1xbetgarrafas PETs, cafébr1xbetlata e água com gás.
O guaraná ainda está longebr1xbetfigurar neste ranking, masbr1xbetHokkaido há maisbr1xbet60 anos aparece como o refrigerante preferidobr1xbetmuitas famílias.

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