Vacina para covid: quando imunizantes para novas variantes chegam ao Brasil?:bonus sans depot zebet

Ampolabonus sans depot zebetvacina e seringa com agulha

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, As vacinas bivalentes — que protegem contra a cepa original e as variantes mais recentes — começaram a ser distribuídasbonus sans depot zebetalgumas partes do mundo

"Até onde sei, essa discussão ainda não foi feita na Câmara Técnicabonus sans depot zebetAssessoramentobonus sans depot zebetImunizações (CTAI), que reúne representantes do governo ebonus sans depot zebetdiversas entidadesbonus sans depot zebetsaúde", confirma a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileirabonus sans depot zebetImunizações (SBIm).

"Nós, enquanto profissionaisbonus sans depot zebetsaúde, ficamos bastante aflitos e torcendo para que as conversas estejam acontecendobonus sans depot zebetoutras instâncias internas do ministério. O anobonus sans depot zebet2023 está batendo à porta e precisávamos que o planejamento das próximas etapas da campanha já estivesse acontecendo agora", diz a especialista.

"Se essas conversas não estiverembonus sans depot zebetcurso, é algo bem preocupante", completa.

A Pfizer, farmacêutica responsável por desenvolver uma das versões atualizadas já aprovada no exterior, fez um pedidobonus sans depot zebetautorização emergencial do novo produto à Agência Nacionalbonus sans depot zebetVigilância Sanitária (Anvisa).

Procurada pela BBC News Brasil, a Anvisa respondeu que "o pedidobonus sans depot zebetautorização para a vacina bivalente da Pfizer estábonus sans depot zebetanálise e ainda dentro do prazo previsto".

Já a Pfizer enviou uma notabonus sans depot zebetesclarecimentos dizendo que "o contrato atualmente vigentebonus sans depot zebetfornecimento da vacina contra a covid-19 ao Brasil inclui a entregabonus sans depot zebetpotenciais vacinas adaptadas e/ou para diferentes faixas etárias".

"As estimativasbonus sans depot zebetentrega da vacina bivalente dependerão das análises regulatórias ebonus sans depot zebetdefinições junto ao Ministério da Saúde", informa o texto.

O Ministério da Saúde, porbonus sans depot zebetvez, não remeteu nenhuma resposta sobre a questão até a publicação desta reportagem.

Dá tempo?

Se uma futura campanhabonus sans depot zebetvacinação contra a covid seguir os mesmos moldes do que acontece todos os anos com a gripe, a tendência é que os grupos prioritários (como idosos, gestantes e profissionais da saúde) recebam as doses bivalentes a partirbonus sans depot zebetmarço e abril do ano que vem, no início do outono.

Fachada do Ministério da Saúde

Crédito, Jefferson Rudy/Agência Senado

Legenda da foto, Em reuniões com especialistas, assunto das vacinas contra a covid atualizadas não entroubonus sans depot zebetpauta

Apesarbonus sans depot zebettermos cercabonus sans depot zebetseis meses até lá, o tempo pode não ser suficiente para completar todas as etapas envolvidas nesse trabalho, avaliam os especialistas.

"Não estamos nada tranquilosbonus sans depot zebetrelação a esse prazo. A atualização das doses é algo que deveria ser discutido agora e, se o Brasil não tiver começado a fazer isso, já está bem atrasado", alerta Ballalai.

"Para ser bem feita, uma campanhabonus sans depot zebetvacinação precisabonus sans depot zebetum planejamento de, no mínimo, seis meses", calcula Moraes.

"Esse é o tempo necessário para ter a decisão política, verificar a disponibilidadebonus sans depot zebetestoque com os laboratórios, negociar o preço, acontecer a entrega, fazer a distribuição…", detalha o médico.

"E, até onde eu sei, nada disso está acontecendo agora", complementa.

Por ora, a estratégia do país tem sido indicar uma quarta dose (ou uma segunda dosebonus sans depot zebetreforço) para todo mundo com maisbonus sans depot zebet35 ou 40 anos (a dependerbonus sans depot zebetcada cidade) e para os profissionaisbonus sans depot zebetsaúde.

A aplicação acontece num intervalobonus sans depot zebetquatro meses após a terceira dose.

"E é importante esclarecer que as vacinas disponíveis atualmente continuam a funcionar relativamente bem, especialmente contra casos graves, e todo mundo deve completar o esquema com três ou quatro doses para ficar mais protegido", pontua Ballalai.

Segundo o portal CoronavírusBra1, que reúne dados das Secretarias Estaduaisbonus sans depot zebetSaúde, apenas 55% da população brasileira recebeu a terceira dose da vacina que resguarda contra a covid-19.

Entenda a seguir como funcionam as vacinas atualizadas e como podem contribuir para que os números da covid-19 sigambonus sans depot zebetqueda pelos próximos meses.

Proteção atualizada

Conforme o coronavírus se espalhou mundo afora, ele ganhou aos poucos novas versões, conhecidas entre os cientistas como variantes.

Durante uma infecção, o patógeno invade as nossas células e usa esse maquinário biológico para criar novas cópiasbonus sans depot zebetsi mesmo.

Só que esse processo nem sempre é 100% preciso: algumas dessas cópias virais podem sair com defeitos e alterações no material genético.

Algumas dessas mutações trazem vantagens ao vírus, que se torna mais transmissível, consegue escapar da imunidade prévia ou ganha uma agressividade maior.

Foi isso o que aconteceu com as variantes alfa, beta, gama, delta e, mais recentemente, a ômicron e suas "herdeiras", como a BA.1, BA.2, BA.4 e BA.5.

A questão é que a primeira levabonus sans depot zebetvacinas aprovadas a partir do finalbonus sans depot zebet2020 utiliza como referência o vírus "original", detectado pela primeira vezbonus sans depot zebetWuhan, na China.

"Ou seja: o vírus evoluiu, mas as vacinas não", resume a médica epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabinbonus sans depot zebetVacinas, nos Estados Unidos.

"Apesarbonus sans depot zebetainda apresentarem certa proteção contra a doença grave, a efetividade das vacinas originais contra infecção para a ômicron diminuiu muito. Por isso a necessidadebonus sans depot zebetvacinas atualizadas, tendo como alvo as sequências das novas variantes", completa.

Em outras palavras, a metamorfose viral significa que, com o passar do tempo e o surgimento das tais variantes, os imunizantes sofrem uma redução na capacidadebonus sans depot zebetnos proteger contra a versão do coronavírusbonus sans depot zebetcirculação naquele momento e os efeitos que ele pode causar no organismo.

Criança toma vacina

Crédito, Reuters

Legenda da foto, "Quanto à segurança, não há nenhuma razão que nos leve a pensar que as doses utilizadas seriam diferentes do ótimo perfilbonus sans depot zebetjá estabelecido dessas vacinasbonus sans depot zebetmRNA", diz Denise Garrett

É a partir daí que surge a necessidadebonus sans depot zebetatualizar os produtos: as doses têm a formulação modificada para que sejam mais próximas da variante do momento.

Assim, o sistema imunológico fica mais preparado para reconhecer e lidar com as versões recentes do patógeno que circulam mundo afora.

Esse raciocínio é aplicado há décadas na vacinação contra a gripe: como as cepas do vírus influenza se modificam, a campanhabonus sans depot zebetcada ano usa formulações diferentes,bonus sans depot zebetacordo com o tipobonus sans depot zebetagente mais comum naquele momento.

"A aprovação das novas vacinas se deu baseadabonus sans depot zebetdadosbonus sans depot zebetestudos sobre a BA.1bonus sans depot zebetseres humanos ebonus sans depot zebettestes da BA.4 e BA.5bonus sans depot zebetcamundongos. Com a liberação dessas versões e o início do uso delas, mais informações ficarão disponíveisbonus sans depot zebetbreve", analisa Garrett.

"Quanto à segurança, não há nenhuma razão que nos leve a pensar que as doses utilizadas seriam diferentes do ótimo perfil já estabelecido dessas vacinasbonus sans depot zebetmRNA", conclui a médica.

Uma pesquisa publicadabonus sans depot zebet16bonus sans depot zebetsetembro no periódico científico The New England Journal of Medicine detalha os resultados obtidos com a nova versão do produto da farmacêutica Moderna.

Segundo o artigo, a "vacina bivalente induziu uma produçãobonus sans depot zebetanticorpos neutralizantes superior ao observado com o imunizante usado ate então, sem nenhuma preocupação evidentebonus sans depot zebetsegurança".

Nos estudos que servirambonus sans depot zebetbase para aprovação no exterior, as atualizaçõesbonus sans depot zebetPfizer e Moderna estiveram relacionadas com efeitos colaterais simples e fáceisbonus sans depot zebetmanejar, como dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção, alémbonus sans depot zebetcansaço e febre.

Nova leva

A partir do segundo semestrebonus sans depot zebet2022, duas farmacêuticas fizeram algumas modificações importantes nas vacinas contra a covid-19: a Pfizer, que já foi citada e é usada no Brasil, e a Moderna, que ainda não chegou ao país.

Ambas são baseadas na tecnologia do mRNA,bonus sans depot zebetque o imunizante carrega uma fitabonus sans depot zebetmaterial genético capazbonus sans depot zebetinstruir as próprias células do nosso corpo a fabricar a proteína S (de spike, ou espículabonus sans depot zebetportuguês) encontrada na superfície do coronavírus.

Esse material gera uma reação do sistema imune, que fica mais preparado para lidar com o patógeno caso ele tente invadir o organismo.

Cartas com os dizeres 'Pfizer bivalente' — ao fundo, profissionalbonus sans depot zebetsaúde aplica dosebonus sans depot zebetvacinabonus sans depot zebetuma pessoa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, As doses bivalentesbonus sans depot zebetPfizer e Moderna começaram a ser usadas na Europa e na América do Norte

E qual é a grande diferença dessas novas formulaçõesbonus sans depot zebetPfizer e Moderna?

Elas são bivalentes. Isso significa que as duas trazem instruções genéticas relativas ao vírus original,bonus sans depot zebetWuhan, e também às variantes mais recentes, como a BA.1, a BA.4 ou a BA.5.

Assim, é possível gerar uma resposta imune mais ampla,bonus sans depot zebetque as célulasbonus sans depot zebetdefesa conseguem reconhecer e reagir a um espectro maiorbonus sans depot zebetversões do patógeno.

Essa nova levabonus sans depot zebetimunizantes já foi aprovadabonus sans depot zebetlugares como Reino Unido, União Europeia, Estados Unidos e Canadá.

Nesses locais, a estratégia é oferecê-los a partir do outono no Hemisfério Norte para evitar uma nova ondabonus sans depot zebetcasos, hospitalizações e mortes por covid durante a temporadabonus sans depot zebetfrio, quando as pessoas se aglomeram maisbonus sans depot zebetambientes fechados — o que naturalmente facilita a transmissão do vírus.

Na maioria dos lugares, essa dosebonus sans depot zebetreforço atualizada só será dada a princípio para alguns públicos específicos, que correm risco elevadobonus sans depot zebetcomplicações ou estão mais expostos, como profissionaisbonus sans depot zebetsaúde, trabalhadoresbonus sans depot zebetasilos e casasbonus sans depot zebetrepouso, gestantes, idosos, portadoresbonus sans depot zebetdoenças crônicas e imunossuprimidos.

E o Brasil?

Por ora, as únicas notícias sobre a possível chegadabonus sans depot zebetdoses bivalentes ao país vêmbonus sans depot zebetPfizer e Anvisa: a farmacêutica pediu a aprovação do novo produto à agência regulatória, e uma resposta deve ser divulgada nas próximas semanas.

"Não há nenhuma razão para que o Brasil deixebonus sans depot zebetincorporar essas vacinas novas. O país tem recursos suficientes para isso", diz Garrett.

O Ministério da Saúde, que é responsável por coordenar as campanhasbonus sans depot zebetvacinação no país, não fez até agora qualquer anúncio sobre as próximas etapas, ou se os produtos atualizados serão aplicados na população oubonus sans depot zebetalguns públicos específicos.

O governo mantém o CTAI (Câmara Técnicabonus sans depot zebetAssessoramentobonus sans depot zebetImunização da Covid-19), que é uma câmara formada por técnicos do ministério e especialistas convidadosbonus sans depot zebetsociedades e associações médicas.

Havia, inclusive, uma câmara exclusiva para discutir semanalmente a vacinação contra a covid — mas esse grupo não se reúne desde maio.

"O comitêbonus sans depot zebetvacinação específico para covid-19 foi extinto e não tivemos mais reuniões. Não se ouve qualquer discussão sobre uma eventual atualização dos imunizantes", conta Moraes.

De fato, o último evento do CTAI sobre covid, ao menos segundo os registros no site do ministério, aconteceubonus sans depot zebet27bonus sans depot zebetmaio.

Nas pautas e nas atasbonus sans depot zebetreunião disponibilizadas online, há uma única menção aos imunizantes modificados.

Na atabonus sans depot zebet28bonus sans depot zebetjaneirobonus sans depot zebet2022, é possível ler que os especialistas "destacaram a perspectiva da atualização das vacinas, considerando a possibilidadebonus sans depot zebetoutras formulações que contemplem as variantes [do coronavírus]".

Ballalai esclarece que as discussões sobre a vacina contra a covid estão acontecendo agora num CTAI mais amplo, que abrange também os outros imunizantes disponibilizados na rede pública.

"Não participei da última reunião, realizada há três semanas, mas nas anteriores não houve menção ao uso das doses bivalentes contra a covid", afirma.

- Este texto foi publicadobonus sans depot zebethttp://www.mi-rob.com/brasil-62913349

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