Paralimpíada: 'Precisamos naturalizar a deficiência e não sóroleta ao vivo bet3654roleta ao vivo bet3654 anos':roleta ao vivo bet365

"As pessoas costumam me colocar num pedestal, me dar parabéns, simplesmente por eu estar bebendo cerveja no bar, sendo que eu só estou sendo uma universitária", diz ela (queroleta ao vivo bet365seguida esclarece que interrompeu as idas ao bar devido à pandemia).

Torquato, que é criadora do canal no YouTube 'Vai uma mãozinha aí?', que tem maisroleta ao vivo bet365160 mil inscritos, diz que é desafiador explicar isso para quem não sente na pele o preconceito.

"Se uma pessoa chegar para você e falar: 'nossa, você é uma inspiração para mim', você vai achar isso bom, porque você não escuta isso simplesmente por cortar uma cebola. Provavelmente estará fazendo alguma coisa massa."

O capacitismo, Torquato diz, "é um preconceito que se disfarçaroleta ao vivo bet365cuidado, admiração, inspiração e elogio".

"Não é uma coisa gostosa ouvir que você é uma inspiração para outra pessoa dar valor ao corpo dela. Se ela não dá valor ao corpo dela, o problema é dela. Ela não precisa olhar meu corpo — que ela acha que é imperfeito, que ela acha que tá errado, que ela acha que é inferior ao dela — para se contentar com o corpo dela."

Faltaroleta ao vivo bet365conhecimento

Moniz diz que é a faltaroleta ao vivo bet365conhecimento que faz muita gente não ver pessoas com deficiência como capazes.

"A grande maioria das pessoas que são capacitistas, é por faltaroleta ao vivo bet365conhecimento. É ignorância no sentidoroleta ao vivo bet365não procurar saber e não se interessar."

Ela defende que falta espaço para o tema nos meiosroleta ao vivo bet365comunicação e que faltam pessoas com deficiência realmente incluídas nas mais diversas áreas do mercadoroleta ao vivo bet365trabalho.

É também por isso que tanto Moniz quanto Torquato argumentam que a inclusãoroleta ao vivo bet365pessoas com deficiência deve vir desde a infância, na escola.

"Quando a gente categoriza pessoas por tiporoleta ao vivo bet365gente, isso é uma coisa que não tem o menor sentido. Se eu estudasse numa escola especial, você acha que eu teria conseguido entrar na faculdade? Ou teria conseguido um emprego quando a pessoa olhasse meu currículo e visse onde eu estudei?", diz Torquato, ao criticar o decreto que prevê escolas especializadas para atender pessoas com deficiência.

O decreto que institui a política nacionalroleta ao vivo bet365educação para alunos com deficiência, do governo Jair Bolsonaro, entrouroleta ao vivo bet365vigorroleta ao vivo bet365outubro do ano passado, mas foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federalroleta ao vivo bet365dezembro. Em agosto, o STF realizou audiência pública para discutir o tema.

A preocupação do governo, na avaliação das entrevistadas, deveria serroleta ao vivo bet365melhorar o atendimento nas escolas regulares.

"A inclusão que a gente viu atualmente no Brasil não é perfeita, até porque a gente tem pouca experiênciaroleta ao vivo bet365inclusão. A gente precisaroleta ao vivo bet365curso,roleta ao vivo bet365capacitação,roleta ao vivo bet365segundo professor,roleta ao vivo bet365monitoria,roleta ao vivo bet365coisas que a gente não vêroleta ao vivo bet365todas as escolas, eroleta ao vivo bet365reformas para acessibilidade", diz Torquato.

Moniz conta que estudou durante 14 anosroleta ao vivo bet365uma escola regular, onde teve uma experiência que considera muito positiva — depoisroleta ao vivo bet365ter sido negadaroleta ao vivo bet365outras duas instituiçõesroleta ao vivo bet365ensino.

"Os amigos que estudaram comigo, hoje são, por exemplo, engenheiros que pensamroleta ao vivo bet365acessibilidade porque viveram comigo vários momentos, comoroleta ao vivo bet365excursãoroleta ao vivo bet365escola que eu não conseguia participar porque chegava lá e não conseguia entrar nos lugares porque não tinha escada e todo mundo ficava muito indignado com isso", diz. "Quando a gente não tem esse contato, muitas vezes a gente deixa isso passar."

E resume: "A gente luta para que existam adaptações nas escolas regulares e não para que separem a gente. Inclusão não é segregação."

'4roleta ao vivo bet3654 anos'

Na batalha para normalizar as pessoas com deficiência, Moniz e Torquato dizem que as Paralimpíadas sãoroleta ao vivo bet365grande importância — apesarroleta ao vivo bet365destacarem que ainda falta investimentoroleta ao vivo bet365atletas paralímpicos eroleta ao vivo bet365maior cobertura dos jogos.

Foi exatamenteroleta ao vivo bet365resposta à faltaroleta ao vivo bet365visibilidade da Paralimpíadaroleta ao vivo bet365relação à Olimpíada que Moniz, que conclui a graduaçãoroleta ao vivo bet365jornalismo neste ano, decidiu cobrir o evento pelo próprio Instagram — onde conta com maisroleta ao vivo bet36550 mil seguidores e apresentaroleta ao vivo bet365quadroroleta ao vivo bet365medalhas a depoimentos exclusivosroleta ao vivo bet365atletas que estãoroleta ao vivo bet365Tóquio.

"Não que eu resolva o problema dessa faltaroleta ao vivo bet365visibilidade — nem chego perto disso —, mas queria falar sobre, me dedicar a assistir e entender o que está acontecendo", diz ela, que colocou como meta cobrir a Paralimpíadaroleta ao vivo bet365Paris,roleta ao vivo bet3652024, depoisroleta ao vivo bet365assistir ao documentário Pódio para Todos (Netflix).

Torquato diz que assistir a uma competição com "pessoas com corpos parecidas com o meu é uma coisa que enche meu coraçãoroleta ao vivo bet365amor, alegria e representatividade". Mas alerta:

"Paralimpíada é incrível, a gente só tem que tomar cuidado com essa representatividade que só aconteceroleta ao vivo bet365quatroroleta ao vivo bet365quatro anos. Precisamos naturalizar a deficiência — e não sóroleta ao vivo bet365quatroroleta ao vivo bet365quatro anos."

E Moniz lembra que mesmo os atletas paralímpicos enfrentam problemas da faltaroleta ao vivo bet365acessibilidade e do capacitismo no dia a dia.

"Eles têm que brigar numa vagaroleta ao vivo bet365deficiente, têm que brigar num restaurante que só tem escada, têm que brigar numa loja que eles têm que entrar. Não é como se as medalhas fossem resolver tudo", diz. "Não estou diminuindo as medalhas, mas as Paralimpíadas não resolvem o que a gente tá lutando todos os dias pra falar."

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