A surpreendente descoberta que muda o significadoapostas online watchuma obraapostas online watchum dos maiores artistas da história:apostas online watch

Era evidentemente a obraapostas online watchum gênio, mas talvez não aquele considerado o artista mais importante da história da Holanda.

Quando apareceu pela primeira vezapostas online watchum inventário,apostas online watch1747, o quadro foi descrito como uma pintura "ao modo Rembrandt" e, posteriormente, atribuído a outros artistas da escola do mestre holandês e da cidadeapostas online watchDelft. Passariam séculos até que a verdade fosse revelada.

Por quê?

Simplesmente porque, apósapostas online watchmorte, Johannes Vermeer havia,apostas online watchgrande parte, caído no esquecimento, principalmente fora da Holanda.

A verdade é que Vermeer nunca havia alcançado grande fama, embora tenha tido um sucesso moderado e fosse admirado pelo tratamento magistral da luzapostas online watchsuas pinturas. Mas ele era apenas um dos muitos artistas da chamada Idadeapostas online watchOuro Holandesa,apostas online watchque as Províncias Unidas dos Países Baixos vivenciaram uma extraordinária prosperidade política, econômica e cultural.

Se destacar entre tantos era difícil, sobretudo para um pintor que trabalhava devagar: especialistas estimam que Vermeer não concluiu maisapostas online watch60 obras ao todo, um número insignificante para os padrões do século 17. Seu contemporâneo Rembrandt, ao contrário, produziu centenasapostas online watchpinturas, alémapostas online watchincontáveis ​​gravuras e desenhos.

Apósapostas online watchmorteapostas online watch1675, aos 43 anos, o nomeapostas online watchJohannes Vermeer foi desaparecendo da história. O fatoapostas online watchmal ter sido mencionado no principal livroapostas online watchreferência sobre a pintura holandesa do século 17, o condenou a ser omitido nas versões posteriores da história da arte por maisapostas online watchum século.

A 'Esfingeapostas online watchDelft'

Finalmente, na décadaapostas online watch1790, o principal negociante, crítico e conhecedorapostas online watcharte francês, Jean-Baptiste Pierre Le Brun, escreveu: "Esse Van der Meer, sobre quem os historiadores não falaram, merece atenção especial."

A opinião dele apareceuapostas online watchGalerie des peintres flamands, hollandais et allemands, um informe abrangenteapostas online watchpintoresapostas online watchescolas do norte publicado para orientar os amantes e colecionadoresapostas online watcharte.

Mas, acimaapostas online watchtudo, o desejoapostas online watchLe Brun era reivindicar os mestres desconhecidos cujos nomes haviam sido esquecidos. E "Van der Meer", ou Vermeer, o cativou como nenhum outro.

Seu respaldo foi transformador. A obra do artista falecido há maisapostas online watchcem anos passou a ser apreciada como nunca. E ainda mais quando, no século 19, o influente historiadorapostas online watcharte e crítico francês Théophile Thoré entrouapostas online watchcena, escrevendo sob o pseudônimoapostas online watchWilliam Burger por razões políticas.

Desde o seu primeiro encontro com Vistaapostas online watchDelft no Museuapostas online watchHaia, na Holanda, por voltaapostas online watch1842, o "quadro estranho" com "uma paisagem soberba e incomum" o surpreendeu tanto que ele deu início a um tour espetacular pelas coleçõesapostas online watcharte europeias, com o objetivoapostas online watchanalisar pinturas que pudessem ser atribuídas ao artista enigmático que cada vez mais o seduzia.

Seus esforços para recuperar a obra daquele que apelidouapostas online watch"Esfingeapostas online watchDelft" — pelo pouco que se sabe sobre ele — foram combinados com a acolhida da boemia parisiense, entre a qual a arte sutilapostas online watchVermeer encontrou seu público natural.

Na décadaapostas online watch1650, o artista havia se convertidoapostas online watchum "pintorapostas online watchgênero" ou "costumes", retratando a vida cotidiana. Duzentos anos depois, os artistas da eraapostas online watchManet também voltaram seu olhar para o real e despretensioso. Havia chegado a horaapostas online watcho mundo tranquilo e introspectivoapostas online watchVermeer brilhar.

Enquanto isso...

Na Gemäldegalerie Alte Meister (Galeriaapostas online watchPinturas dos Mestres Antigos)apostas online watchDresden, a Moça lendo uma carta à janela seguia imutável. Em 1859, Thoré conseguiu confirmarapostas online watchhipóteseapostas online watchque se tratavaapostas online watchuma obraapostas online watchVermeer e que, inclusive, estava assinada.

No entanto, alguns observadores notaram um detalhe curioso na parede nua ao fundo: se via claramente contornos escurecidos que pareciam a sombra projetada por uma tela pendurada. Teria havido alguma vez um quadro pendurado ali, comoapostas online watchoutrasapostas online watchsuas obras?

Em 1979, uma radiografia mostrou que haviaapostas online watchfato uma imagem oculta dentro do quadro: um cupido nu que adornava a parede. Por que havia sido apagado? Talvez porque assim ditavam os gostos da época; quem sabe, para subtrair o erotismo da obra. Ou,apostas online watchrepente, por um mero capricho. Continua sendo um mistério difícilapostas online watchdesvendar.

Ainda mais importante era determinar se foi Vermeer quem empunhou o pincel que escondeu o deus do amor erótico e do desejo da mitologia clássica. Era possível.

No fim das contas, estudos revelaram que ele testou pelo menos três versões diferentes da composição final e pintou vários elementos que depois descartou, desde uma taçaapostas online watchvinho que é claramente visível por raios-X no canto inferior direito até outra cadeira no estreito espaço entre a beirada frontal da mesa e a borda inferior da pintura, cujos contornos são visíveisapostas online watchimagens infravermelhas.

É por isso que, embora se soubesse da existência do cupido, o mesmo permaneceu oculto por quase mais quatro décadas: se o artista havia decidido eliminar aquele quadro-dentro-do-quadroapostas online watchsua obra, ninguém tinha o direitoapostas online watchir contra seus desejos.

A tecnologia responde

Em 2017, teve início um projetoapostas online watchavaliação e restauração, apoiado por um painelapostas online watchespecialistas internacionais, no qual foram realizados ou reavaliados raios-X, espectroscopiasapostas online watchrefletância do infravermelho próximo e microscopias da pintura a óleo.

Quando começaram a remover as camadasapostas online watchverniz do século 19, os especialistasapostas online watchconservação descobriram que as "propriedadesapostas online watchsolubilidade" da pintura na parte central da parede eram diferentes daquelas do resto da pintura.

Após mais investigações, constataram que havia camadasapostas online watchagente aglutinante e uma camadaapostas online watchsujeira entre a imagem do cupido e a pintura. O enigma havia sido resolvido. As evidências mostravam que várias décadas se passaram entre a finalizaçãoapostas online watchuma camada e a adição da seguinte. Não foi Vermeer quem apagou o cupido. Alguém fez isso apósapostas online watchmorte.

Em 2018, a Staatliche Kunstsammlungen Dresden, uma das instituiçõesapostas online watchmuseu mais antigas e reconhecidas do mundo, decidiu remover a camada pintada por cima. Como? Com um bisturi fino sob um microscópio.

O método é extremamente difícil e trabalhoso, mas os especialistas determinaram que somente assim seria possível manter a camada originalapostas online watchverniz aplicada por Vermeer.

Pouco a pouco

Assim era o quadro antes da restauração, e depois que o verniz foi removido:

Então, aos poucos, começou a se revelar o que estava na parede ao fundo quando a pintura saiu do ateliêapostas online watchVermeer.

E aqui está: um cupidoapostas online watchpé com um arco e flecha, enriquecendo a parede ao fundo do cômodoapostas online watchque a moça lêapostas online watchcarta.

Apesar do quadro ser quase tão grande quanto a própria jovem, o cupido,apostas online watchvezapostas online watchroubar a cena, dá uma sensaçãoapostas online watchharmonia. E a presença do deus do amor faz mais do que mudar a aparência e a sensação da pintura, também altera seu significado.

Durante décadas, se debateu qual poderia ser o conteúdo da carta. Antesapostas online watchse ter conhecimento do quadro na parede, o historiador da arte Norbert Schneider, por exemplo, interpretou a janela aberta como um símbolo do mundo exterior, argumentando que a pintura representava o "desejo da moçaapostas online watchampliarapostas online watchesfera doméstica".

Quando o cupido foi descoberto, Schneider concluiu que a carta eraapostas online watchamor. E não qualquer amor, mas um amor proibido — e sincero, porque o deus do amor surge pisandoapostas online watchmáscaras que jazem no chão, que representam o engano e a hipocrisia, símboloapostas online watchque o verdadeiro amor prevalece.

Para o diretor da Gemäldegalerie Alte Meisterapostas online watchDresden, Stephan Koja, a obra "é uma declaração fundamental sobre a natureza do amor".

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