Mudanças climáticas: 5 boas notícias sobre a luta contra o aquecimento global:bet win

Guarda-chuva verde entre vários pretos

Crédito, Getty Images

"A esperança é que, sem deixar o sentidobet winurgência, seja possível acelerar as soluções que nos permitam manter o a metabet win1,5ºC viva. Estamos justamente no momentobet winque podemos fazer isso".

A economista ambiental especializadabet winpolítica climática e transição energética se refere ao apelo feito pelo Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para limitar o aumento da temperatura global a um máximobet win1,5ºC.

Enquanto o mundo discute o tema na conferência climática COP26, na Escócia, confira aqui alguns aspectos positivos da luta contra um problema que já está causando efeitos devastadores na vidabet winmilhõesbet winpessoas.

Raya

1. Comunidades locais estão protegendo a natureza com resultados extraordinários

Vandana Singh é membro da Climate Imagination Fellowship, um projeto da Arizona State University, nos Estados Unidos, que busca histórias positivas sobre o futuro para impulsionar ações no presente.

Nemonte Nenquimo, acompanhada por outras mulheres,bet winmanifestação

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Nemonte Nenquimo, no centro,bet winuma manifestaçãobet win2019bet winfrente ao palácio presidencialbet winQuito

A primeira coisa que ela me alerta é sobre o uso do termo "positivo" no contexto das mudanças climáticas.

"Quero usar essa palavra sob a ótica das pessoas que já estão lutando, que já foram atingidas pelo apocalipse, sejam elas os indígenas, os pobres do Sul global, os negros ou as muitas mulheres que foram desproporcionalmente afetadas pelas mudanças climáticas", explica.

"Eles estãobet winsituação piorbet wincomparação com a maioriabet winnós. E, no entanto, acho que a esperança vem não apenas porque já existem tecnologias alternativas, mas por causa dessas mesmas comunidades."

As mudanças climáticas, ressalta a autora, não é o único problema socioambiental que temos: a perda da biodiversidade é outro e, a ela, soma-se uma enorme desigualdade social.

"Quando olhamos para o problema climático sob uma perspectiva mais ampla e olhamos para as outras crises e como elas se relacionam, percebemos que elas têm as mesmas raízes", diz.

Ela diz que a "economia social globalizada é um sistema que basicamente destrói o resto da natureza, pois a considera, assim como um grande númerobet winpessoas, descartável e menos importante".

Menino com um cartaz que pede mudança no sistemabet winvezbet winmudança climática

Crédito, EPA

Legenda da foto, Menino com um cartaz que pede 'mudança no sistemabet winvezbet winmudança climática'

"Mas, se lutarmos contra essas crises, estaremos resolvendo muitos outros problemas que afligem a humanidade. E, para mim, isso é o positivo: é um projetobet winfelicidade verdadeira para todos."

"A maior fontebet winpositividade é a energia das pessoas."

Singh fala com entusiasmo dessa "energia" que encontroubet windiferentes continentes.

Ela conta o casobet winuma mulher chamada Parvati, que vivebet winum dos Estados mais pobres e vulneráveis ​​ao clima da Índia.

Mulherbet winuma floresta na Índia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Foto (de arquivo)bet winuma mulherbet winfloresta na Índia

"Há 20 anos, ela e um grupobet winmulheres da aldeia viram que o lençol freático [o acúmulobet winágua subterrâneabet winprofundidades relativamente rasas] embet winárea fora reduzido pelo desmatamento, impulsionado pelo modelobet windesenvolvimento adotado na Índia", afirma.

"Decidiram que iriam protegerbet winfloresta e começaram a monitorá-la. Acordavam muito cedo e a patrulhavam(...). Sem educação formal, eles sabiam por experiência que uma floresta saudável é uma floresta biodiversa."

Duas décadas depois, um amigobet winSingh os visitou e encontrou árvores com troncos grossos, animais que haviam voltado a prosperar ali e um lençol freático aumentado.

A históriabet winParvati, assim como outras — não é uma exceção, frisa ela — ajudam-na a olhar para o futuro com otimismo.

"Parvati lidou com muitos problemas, não apenas as mudanças climáticas, e (estando fora) da estruturabet winpoder. E olha o que ela está fazendo!"

Então, "se ela pode ser positiva nessas circunstâncias, eu tenho que encontrar um caminho. Não se tratabet winnegar a realidade, masbet winaceitar o quão difícil é reconhecer que estamos nessa situação horrível e a única saída é avançar coletivamente para apoiarmos uns aos outros."

"Essas comunidades têm o direitobet winescolher o seu próprio caminho, são inteligentes, criativas, apaixonadas. É isso que me faz me manter positiva sobre o problema do clima".

O antropólogo David Bray, professor do Departamentobet winTerra e Meio Ambiente da Florida International University, nos Estados Unidos, estudou as florestas comunitárias mexicanas e as considera "o melhor modelobet winmanejo local sustentável do mundo".

"Minha pesquisabet winmaisbet win30 anos mostrou que quando as comunidades indígenas e locais controlam suas florestas para a produção comercialbet winmadeira, tanto os humanos quanto a terra se beneficiam", escreveu elebet winum artigo publicado no site acadêmico The Conversation.

Floresta no México

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, David Bray estudou as florestas comunitárias mexicanas e as considera 'o melhor modelobet winmanejo local sustentável do mundo'

O especialista explica que o sistema permite que a floresta ebet winbiodiversidade sejam conservadas, mas também "mitiga as mudanças climáticas, porque, enquanto essas comunidades fazem suas colheitas, as florestas também coletam carbono, e ele é armazenadobet winprodutosbet winconstrução e móveis, onde será mantido por décadas. "

Para Pérez-Cirera, o reconhecimento do "grande" papel que os povos indígenas têm desempenhado na proteção da natureza é uma "notícia muito boa".

"Percebemos que a natureza é uma grande aliada não só para resolver a crise climática, mas também para perseguir os objetivos do desenvolvimento sustentável."

Embora acredite ter havido uma "dignificação" das comunidades locais que zelam pelo "patrimônio natural do qual todos dependemos", ainda há muito por fazer, especialmente no que diz respeito aos seus direitos.

Singh reflete sobre o sofrimentobet winmuitos indígenas,bet winalguns casos "ameaçados pela mineração e derramamentosbet winpetróleo" e,bet winoutros, abalados pela violência e assassinatos.

"E veja o que eles alcançaram. Eles são um testemunho do espírito humano com o qual devemos aprender" e pelo qual sentir "esperança".

2. O tema nunca esteve tãobet winalta entre governos e empresas

"O clima nunca esteve tãobet winalta na agenda política. Se pensarmos no Acordobet winParis [assinadobet winabrilbet win2016 e que estabeleceu medidas para reduzir as emissõesbet wingasesbet winefeito estufa] (a questão) agora está ainda maior", diz Pérez-Cirera.

Líderesbet winnove países mediterrânicos reuniram-se na EUMed9

Crédito, EPA

Legenda da foto, Em setembro, líderesbet win9 países mediterrâneos se reuniram para discutir as mudanças climáticas

"Ter o primeiro-ministro chinês e o presidente dos Estados Unidos falando sobre o clima como umabet winsuas três prioridades políticasbet winnível nacional é algo que nunca vimos antes."

Isso significa que o clima não se limita mais às agendasbet winorganizações ambientais oubet winalguns países, mas está se tornando um temabet wininteresse econômico global, e "isso é definitivamente uma boa notícia".

Segundo o especialista, muitas empresas já começaram a reagir e estão percebendo que virão regulamentações governamentais mais rígidas. "Mas também que há demandas cada vez mais importantes dos consumidores."

Existem empresasbet windiferentes partes do mundo que "estão estabelecendo metas alinhadas com a ciência, com [a metabet winmanter o aquecimento global abaixo de] 1,5ºC".

Cúpula virtualbet winlíderes mundiais para falar sobre o clima

Crédito, EPA

Legenda da foto, Em abril, o presidente Joe Biden participoubet winuma cúpula virtualbet winlíderes mundiais para discutir o clima

Em setembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que mais da metade dos setores que compõem a economia mundial se comprometeram a reduzir suas emissões pela metade na próxima década.

"Em cada um desses setores, pelo menos 20% das principais empresas por receita estão alinhandobet wintornobet winmetas setoriais específicas para 2030,bet winlinha com a obtençãobet winemissões líquidas zero até 2050, e que incluem metas como 60%bet wingeração renovável no setorbet winenergia e 5%bet wincombustível com emissão zero no setorbet wintransporte marítimo".

Raúl Salazar, chefe regional para as Américas e o Caribe do Escritório da ONU para a Redução do Riscobet winDesastres, também vê motivos para otimismo.

"Do nosso pontobet winvista, vemos que existe um compromisso importante dos níveis governamental e comunitário para avançar na redução do riscobet windesastres e ameaçasbet winorigem climática."

"Há uma consciência muito clarabet winque se não forem tomadas medidas objetivas para lidar com as mudanças climáticas nos próximos dez anos, eventos climáticos extremos serão esmagadores, especialmente para os paísesbet windesenvolvimento."

3. Temos muito mais informações — e isso nos ajuda a prevenir desastres

O estudo das mudanças climáticas tem levado ao desenvolvimentobet winnovas ferramentasbet winpesquisa e modelosbet winanálise.

"Temos mais dados e, quanto mais informações (acumulamos) ao longo do tempo, melhor podemos entender o que está acontecendo, bem como a direção e magnitude da mudança", diz Erika Podest, cientista do Grupobet winCiclo e Ecossistemasbet winCarbono na Divisãobet winCiências da Terra do Laboratóriobet winPropulsão a Jato da Nasa, a agência espacial americana.

Estação Espacial Internacional

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Estudo das mudanças climáticas tem levado ao desenvolvimentobet winnovas ferramentasbet winpesquisa e modelosbet winanálise

A Nasa possui uma frotabet winsatélites para monitorar o planeta, assim como outras agências espaciais, como a europeia e a japonesa.

E um grupobet wincientistas está usando a Estação Espacial Internacional para estudar o clima da Terra.

"Se conseguirmos entender como as coisas eram antes e qual foi a trajetória, podemos prever melhor como será o futuro e nos preparar, porque partebet wintodo esse processobet wincompreensão dos impactos das mudanças climáticas é tentar mitigar e se adaptar."

Por exemplo, detectar a vulnerabilidadebet wináreas onde você deseja construir pode salvar vidas e reduzir perdas econômicas.

Na América Latina e no Caribe, diz Salazar, a coleta sistemáticabet wininformações sobre danos e perdas causados ​​por desastres nos permitiu tomar melhores decisões para o futuro.

"Em alguns casos, foram medidas concretasbet winpreparação para emergências", embora existam lacunas importantes entre os países quando se tratabet wincoletabet windados.

Imagembet winsatélite do furacão Dean

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Imagembet winsatélite do furacão Dean

"Se você me perguntar se estamos melhorando, acho que sim. As tendências regionais mostram que houve redução da mortalidade por efeito das ameaçasbet winorigem climática (furacões, inundações, deslizamentos) e geológica (terremotos, tsunamis)".

A análise dos dadosbet wineventosbet wingrande e pequena escala levou a uma estimativabet winque nove entre dez desastres ocorridos na região nos últimos 40 anos forambet winorigem climática.

"Isso nos diz claramente que eles podem ser evitados e previstos com sistemas melhores, por exemplo, monitoramento meteorológico, alerta precoce", argumenta.

"Nesse sentido, serão originadas uma maior quantidadebet winmedidas governamentais para prevenir a perdabet winvidas."

O conhecimento dos dados também lhes permite desenvolver modelos probabilísticos "que ajudem os governos a quantificar a possibilidadebet winperdas no futuro e, portanto, enumerar as medidas ou dotações orçamentárias para a prevençãobet windesastres".

4. Fontes alternativasbet winenergia hoje são acessíveis

Pérez-Cirera explica que um dos fortes argumentos contra a energia eólica e solar no passado eram os custos dessas tecnologias. Isso mudou.

Turbinas eólicas

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Pérez-Cirera diz que um dos fortes argumentos contra a energia eólica e solar no passado eram os custos envolvidos nessas tecnologias

"Pensando nos custosbet winmercado, a energia solar, por exemplo, é muito competitiva. Alcançou preços mínimos impressionantes, o que, com as políticas adequadas, a torna uma alternativa perfeitamente viável."

Outro argumento utilizado é que nem sempre há sol ou vento.

"Alguns políticos que tinham relações com a indústria do petróleo disseram que a energia renovável não era confiável. No entanto, já existem sistemasbet winarmazenamentobet winenergia disponíveis."

Painéis solares

Crédito, Reuters

Legenda da foto, 'As energias renováveis ​​já não são um sonho distante, estão mesmo disponíveis', diz Podest

"Se você tem meses com muito vento, pode armazenar essa energia e usá-labet winoutro momento. Antes, as bateriasbet winarmazenamento eram muito caras, agora, são muito acessíveis."

As energias renováveis ​​"já não são um sonho distante, estão mesmo disponíveis".

Podest menciona outras formas, como geotérmica e marés, e o avanço dos carros elétricos. E diz que, se desenvolvidasbet winforma responsável, podem ajudar a reduzir as emissõesbet windióxidobet wincarbono (CO2).

5. Estamos mais conscientes do problema e dispostos a agir

"O planeta está esquentando, e já estamos vendo os impactos das mudanças climáticas", diz Podest.

À medida que a situação piora, veremos eventos extremos com mais frequência: ondasbet wincalor, ondasbet winfrio, furacões mais intensos.

Jovensbet winprotesto contra mudanças climáticas

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Jovensbet winprotesto que pede medidas contra as mudanças climáticas

"Mas dá tempobet winmudar ou pelo menos parar e começar a reverter os danos que causamos ao meio ambiente", afirma.

E esclarece que, "quanto mais rápido agirmos, melhores serão as chancesbet winpreservar nosso planetabet winforma habitável".

Para a especialista, "nunca é tarde demais". "Muitas pessoas podem pensar: 'Para quê? É melhor eu aproveitar todos os confortos da minha vida porque não há nada que possa ser feito'. Mas todos nós podemos fazer alguma coisa."

Segundo ela, as ações mais importantes no nível individual dizem respeito a minimizar o consumobet wincombustíveis fósseis, o usobet wincarros convencionais, recursos como eletricidade ou água. "Ser mais conscientebet winnosso impacto sobre o meio ambiente."

Na América Latina, diz Pérez-Cirera, temos grandes possibilidadesbet winescolher alimentos altamente nutritivos que deixam uma pequena pegadabet wincarbono.

Se queremos um futuro próspero e mais justo, temos que nos voltar para ver a natureza, ressalta.

"A ciência nos diz que a janela do tempo está se fechando, mas também nos diz que é possível. E o que indica o nívelbet winpreocupação da sociedade também é um farolbet winesperança".

Assim, a consciência individual e coletiva sobre as mudanças climáticas cresce.

"É muito importante que não caiamosbet winum sentimentobet windesesperança, mas simbet winempoderamento".

"Pensar que como consumidores temos poder, como eleitores temos poder, como indivíduos podemos fazer algo e que algo não é marginal, mas poderoso".

Línea

bet win Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube bet win ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbet winautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabet winusobet wincookies e os termosbet winprivacidade do Google YouTube antesbet winconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebet win"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobet winterceiros pode conter publicidade

Finalbet winYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbet winautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabet winusobet wincookies e os termosbet winprivacidade do Google YouTube antesbet winconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebet win"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobet winterceiros pode conter publicidade

Finalbet winYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbet winautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabet winusobet wincookies e os termosbet winprivacidade do Google YouTube antesbet winconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebet win"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobet winterceiros pode conter publicidade

Finalbet winYouTube post, 3