Climatarianos: a dieta contra mudanças climáticas que ganhou força na pandemia:aposta esportiva pixbet

aposta esportiva pixbet Eles querem frear as alterações climáticas do planeta, e querem fazer isso pelo prato. Os climatarianos são a nova face do ativismo alimentar: aqueles que acreditam que o que comemos (ou não) é decisivo para mudar o mundo.

No caso deles, tentando reduzir ao máximo possível a pegada ambiental que a sociedade tem deixado no seu caminho nas últimas décadas.

Não são propriamente vegetarianos, ainda que preguem que devemos reduzir drasticamente o consumoaposta esportiva pixbetalimentosaposta esportiva pixbetorigem animal — especialmente da carneaposta esportiva pixbetvaca, comprovadamente um dos animais que mais colaboram para o acirramento do efeito estufa, já que geram grande parte das emissõesaposta esportiva pixbetgases que contribuem para o fenômeno.

"Climatariana é uma dieta saudável, amigável ao clima e à natureza. Com uma mudançaaposta esportiva pixbetdieta simples, é possível cada um economizar uma toneladaaposta esportiva pixbetCO2 por ano", argumenta o site Climatarian.com, espécieaposta esportiva pixbetportal do movimento, que reúne os mandamentos da alimentação para diminuir os impactos dos recursos naturais do planeta.

Entre eles, estão optar por alimentosaposta esportiva pixbetprocedência orgânica, comer apenas aquilo que é produzido com "fontes eficientesaposta esportiva pixbetenergia" e eliminar totalmente animais "criadosaposta esportiva pixbetfazendas intensivas".

Novos tempos

O termo,aposta esportiva pixbetsi, não é novo:aposta esportiva pixbet2015 já havia aparecido no Eatymology: The Dictionary of Modern Gastronomy, uma espécieaposta esportiva pixbetdicionário alimentar criado por Josh Friedland, que defende que precisamosaposta esportiva pixbet"mais palavras para dar voz às nossas obsessões e ansiedades alimentares". A palavra entrou no dicionárioaposta esportiva pixbetCambridge no ano seguinte.

Mas a dieta climatariana ganhou mais adeptos com a pandemia, que evidenciou que os impactos do que comemos (dos alimentos produzidosaposta esportiva pixbetmonocultura aos animais silvestres dos mercados úmidos) são devastadores ao planeta.

E,aposta esportiva pixbetcerto modo, irreversíveis:aposta esportiva pixbetagosto, o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC na siglaaposta esportiva pixbetinglês) apresentou um relatório que comprova a inequívoca influência humana no aquecimento da atmosfera, dos oceanos e dos continentes. E a agricultura e a pecuária estão entre as principais fontesaposta esportiva pixbetemissãoaposta esportiva pixbetgases nocivos.

Para os climatarianos, o atoaposta esportiva pixbetcomer tem um papel ainda mais importante nesse sentido porque diz respeito a bilhõesaposta esportiva pixbetpessoas fazendo cercaaposta esportiva pixbettrês refeições ao dia. Ou seja, ainda que os gases lançados pelos aviões, por exemplo, causem danos mais consideráveis ao efeito estufa, proporcionalmente comemos muito mais do que viajamos.

Por isso, muitos deles também declararam guerra aos alimentos importados,aposta esportiva pixbetabacates a trufas, por exemplo, que precisam percorrer longas distâncias para chegar ao nosso prato. Diminuir as distânciasaposta esportiva pixbettransportes dos nossos alimentos pode ajudar a abrandar as catástrofes climáticas, apontam os adeptos do movimento.

"Faz muito sentido que a bandeira desse grupo seja a comida. É impossível tratar da pegada ambiental sem falar da alimentação, já que a cadeiaaposta esportiva pixbetalimentos é uma das maiores impactantes na questão do clima hoje", opina Gustavo Guadagnini, do The Good Food Institute, que promove o consumoaposta esportiva pixbetalimentos à baseaposta esportiva pixbetplantasaposta esportiva pixbetsubstituição aosaposta esportiva pixbetorigem animal.

Principalmente na produção animal, segundo ele. "Há uma crescente pressão social que reforça essa ideiaaposta esportiva pixbetque é impossível ingerir produtosaposta esportiva pixbetorigem animal na mesma quantidade quando se sabe dos malefícios que a pecuária causa ao meio ambiente", ressalta. A criaçãoaposta esportiva pixbetanimais usa maisaposta esportiva pixbetdois terçosaposta esportiva pixbettodo nosso solo e é a maior fonteaposta esportiva pixbetpoluição da água,aposta esportiva pixbetacordo com dados reunidos pela FAO (agênciaaposta esportiva pixbetalimentação e agricultura da ONU).

Foi ao ter mais informações sobre esse vínculo intrínseco entre a cadeiaaposta esportiva pixbetalimentos e os danos ambientais que a padeira Liliana Trindade Guimarães percebeu queaposta esportiva pixbetrelação com a comida começou a mudar recentemente.

"Não tenho a ingenuidadeaposta esportiva pixbetachar que o fatoaposta esportiva pixbeteu deixaraposta esportiva pixbetconsumir carne ou peixe nos fará salvar o planeta, mas eticamente já não consigo ingerir carne animal, por exemplo, sem saberaposta esportiva pixbetonde ela veio ou como ela foi criada", diz.

O desperdício alimentar — um dos principais temas levantados pelos climatarianos — também é algo que passou a incomodá-la ainda mais. "Trabalheiaposta esportiva pixbetcozinhas e sei o quantoaposta esportiva pixbetcomida acaba no lixo. Hoje, tenho sido muito mais atenta às quantidades que compro e consumo, fiquei mais chata com isso", afirma.

É uma matemática simples: quanto menos se desperdiçaaposta esportiva pixbetcomida, menos alimentos precisam ser produzidos e menores os impactos ao planeta. Como ela, muita gente tem tentado adaptar a alimentação no dia-a-diaaposta esportiva pixbetolho na pressão que as escolhas erradas podem ter aos recursos do planeta.

Como no caso dos climatarianos, o ativismo alimentar não é algo novo: no decorrer das últimas décadas, gruposaposta esportiva pixbetpessoas acreditaram ser possível promover mudanças propositivas através da alimentação, fosse contra o crescimento dos alimentos ultraprocessados na nossa alimentação (como no caso do movimento Slow Food) fosse com um olhar para a agricultura familiaresaposta esportiva pixbetpequenos produtores (como prevê uma prática chamadaaposta esportiva pixbetlocavorismo).

Consciência pela mesa

"A comida é um bom meioaposta esportiva pixbetnos tornarmos mais conscientes dos nossos impactos no mundo", acredita Wagner Ramalho, criador do projeto Prato Verde Sustentável, que produz alimentos orgânicos para população periféricaaposta esportiva pixbetbaixa renda no Jardim Filhos da Terra, zona Norteaposta esportiva pixbetSão Paulo.

Para ele, a proximidade com a nossa alimentação diária imposta pelos recentes mesesaposta esportiva pixbetconfinamento fez com que as pessoas desenvolvessem uma visão mais consciente do alimento (da programação das refeições diárias a otimização das listasaposta esportiva pixbetcompras) e desenvolvendo mais consciência dos inconvenientes relacionados a ela.

"A pandemia ressaltou os desertos alimentares que temos nas periferias e muitos dos nossos problemas alimentares. Mas sobretudo mostrou que também nas camadas menos assistidas as pessoas querem uma alimentação que mate a fome, mas que também seja mais saudável, equilibrada e mais justa com o planeta", afirma.

Com os custos mais altos dos alimentos graças a uma maior demanda global e a uma inflação crescente no Brasil, o projeto quer dar a oportunidade para mais pessoasaposta esportiva pixbetsituaçãoaposta esportiva pixbetvulnerabilidade poderem cultivar seu próprio alimento e incentivar que seja possível produzir e compraraposta esportiva pixbetagricultura ecológica também nas periferiasaposta esportiva pixbetcidades como São Paulo. O projeto produz maisaposta esportiva pixbetoito toneladasaposta esportiva pixbetalimentos ecológicos todos os anos.

"Plantaraposta esportiva pixbetprópria comida o torna mais ativo na cadeiaaposta esportiva pixbetalimentos, claro. Mas comer mais conscientemente também, já que o que escolhemos consumir pode ter um papel muito importante nesse sentido", diz.

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