A espetacular imagem da maior erupção solar já registrada:tecnico corinthians

Crédito, ESA
"As protuberâncias solares (nem sempre, mastecnico corinthiansmuitos casos) entramtecnico corinthianserupção, expulsam material solar para o meio interplanetário e esse material acaba por chegar à Terra", segundo ele. "São regiões do Sol onde o material é mais denso e frio que nas suas vizinhanças, mas se mantém suspenso sobre a superfície devido à ação do campo magnético."
O cientista destacou que, quando o campo magnético é reconfigurado devido a alguma perturbação etecnico corinthianstopologia é alterada, a energia armazenada é transformadatecnico corinthiansenergia cinética,tecnico corinthiansmovimento do gás, que acaba sendo expulso.
A imagem captada pela Solar Orbiter "é absolutamente espetacular porque mostra material solar saindo literalmente do Sol a distânciastecnico corinthiansvários raios solares, mantendotecnico corinthianscontinuidade", segundo Del Toro Iniesta. "Neste sentido, é a maior erupção solar já observada."
A imagem também é incomum porque mostra o disco solar completo. O especialista ressalta que "normalmente, nós, físicos solares, tendemos a observartecnico corinthiansdetalhes pequenos pedaços do Sol, não a estrela inteira".
Os riscos das tempestades solares
No caso desta imagem da ESA, a ejeçãotecnico corinthiansmaterial solar não estava dirigida à Terra. Na verdade, ela estava se afastandotecnico corinthiansnós. Mas o que acontece quando essas partículas chegam até a Terra?
"Esse material se desgarra do Sol, viaja pelo espaço interplanetário e chega até a Terra, produzindo as famosas tempestades solares. O nome correto seria tempestades geomagnéticas, porque é na Terra que a tempestade está sendo produzida, emboratecnico corinthiansorigem seja solar", destacou Del Toro Iniesta.

Crédito, Getty Images
Ele explica: "basicamente, as partículas solares são ejetadas com grande energia,tecnico corinthiansvelocidades muito altas, às vezes quase relativistas,tecnico corinthiansum terço ou um quarto da velocidade da luz — algo assombroso. Essa energia cinética do material, quando chega à Terra, encontra nosso escudo protetor, que é o campo magnético terrestre."
"As partículas são basicamente prótons - átomostecnico corinthianshidrogênio cujo elétron foi arrancado. Elas estão carregadas eletricamente e, quando chegam ao campo geomagnético, são obrigadas a mover-se ao longo das linhastecnico corinthianscampo", segundo o físico.
Como o campo magnético nasce no Polo Norte e encerra no Polo Sol, as partículas, ao chegarem ao campo magnético, viajam para os polos. "Ao aproximar-se do planeta pelos polos, são primeiramente formadas as auroras que estamos acostumados a ver e são o mais belo efeito dessas tempestades solares. Mas elas não são o único efeito."

Crédito, Gentileza J.C. del Toro Iniesta
Del Toro Iniesta explica que, quando a energia das partículas é muito grande, o choque é mais pronunciado e as partículas podem até vencer o escudo geomagnético e atingir zonas da atmosfera mais próximas da Terra — tipicamente a ionosfera, alterandotecnico corinthiansquímica.
"Nesta conversa pelo Zoom, estamos agora usando a ionosfera porque estamos nos comunicando via satélite", segundo o cientista espanhol. "Os satélites e as radiocomunicações utilizam a ionosfera como espelho,tecnico corinthiansforma que, é claro, se a ionosfera é alterada, as comunicações também se alteram."
Essas alterações podem afetar os sistemas GPS utilizadostecnico corinthiansautomóveis para deslocamentostecnico corinthiansum ponto para outro.
Se a órbita do satélite sofrer alterações, "perdemos precisão, o que, no nosso caso, pode ser pouco preocupante", segundo o físico. "Mas se o satélite estiver sendo utilizado por um navio com milharestecnico corinthianstoneladastecnico corinthianspetróleo e muito dinheiro envolvido, ou um avião transoceânicotecnico corinthianspassageiros (que são os mais vulneráveis a esses bombardeiostecnico corinthianspartículas porque viajam pelos polos), isso poderia colocartecnico corinthiansperigo a vida dos passageiros."
"De fato, a Estação Espacial Internacional possui um quarto do pânico - uma câmara encouraçada com grande espessuratecnico corinthianschumbo, para que, quando essas tempestades solares forem produzidas, o bombardeiotecnico corinthianspartículas não chegue a afetar os astronautas", acrescentou o especialista.
O bombardeiotecnico corinthianspartículas afetou grandes conjuntostecnico corinthianscabos e causou um apagãotecnico corinthiansvárias horastecnico corinthians1989,tecnico corinthianstoda a costa leste do Canadá e dos Estados Unidos.
Del Toro Iniesta destaca que "nossa vida é cada vez mais dependente da tecnologia e cada vez mais vulnerável a este tipotecnico corinthiansfenômeno que vem ocorrendo desde que o Sol existe e desde que o mundo é mundo — ou seja, essa história se repete há 4,5 bilhõestecnico corinthiansanos. Mas, até agora, nós não éramos tão sensíveis a esse fenômeno."
Os mistérios do Sol
A missão Solar Orbiter permitirá que os cientistas realizem observações sem precedentes.
A missão "reúne, pela primeira vez, instrumentostecnico corinthianssondagem remota etecnico corinthiansmedição local", segundo o físico. "Os aparelhostecnico corinthianssondagem remota são aqueles que estão olhando para o Sol à distância a partir da nave, como o instrumento que produziu a foto."
"Mas temos também instrumentostecnico corinthiansmedição local e, com eles, vamos medindo as propriedades das partículas que encontramos durante a viagem. Como essas partículas têmtecnico corinthiansorigem no Sol, pela primeira vez temos meiostecnico corinthianscompreender as medições das partículas locais etecnico corinthiansorigem", explica o cientista.

Crédito, ESA/ATG medialab
"Além disso, estamos nos aproximando do Sol como nunca foi feito antes. Vamos nos aproximar até 0,3 unidades astronômicas [uma unidade astronômica é a distância entre a Terra e o Sol]. Estamos nos aproximando até a órbita do planeta Mercúrio. Nós ficaremos muito próximos com essa bateriatecnico corinthiansinstrumentos, o que nos fornecerá informações para entender muitas coisas", destaca Del Toro Iniesta.
Os cientistas procuram compreender, por exemplo, como o Sol gera todos os fenômenos que trazem consequências para a heliosfera e o meio interplanetário. O físico espanhol ensina que "a heliosfera é o pedacinho do universotecnico corinthiansque o Sol possui influência ostensiva. Entender essa origem e o comportamento desses fenômenos é algo fascinante."
Mas existe um grande mistériotecnico corinthiansparticular. Del Toro Iniesta explica: "existem perguntas que deixaram os físicos solares loucos por muito tempo. Sabemos que a região do Soltecnico corinthiansonde parte a protuberância — a coroa solar — é muitíssimo mais quente que a superfície. Muitíssimo."
"Na superfície, temos 6.000 graus Celsius e, na coroa, temos milhõestecnico corinthiansgraus. Isso não é normal. Por quê? Podemos comprovar issotecnico corinthianscasa — o quente esquenta o frio e a fontetecnico corinthianscalor está no centro do Sol."
"Se a energia fosse transportada somente por radiação, a temperatura do material solar precisaria ir diminuindotecnico corinthiansforma constante à medida que nos afastamos dele. E isso é o que acontece até a superfície, mas,tecnico corinthiansseguida, bum! ela sobe repentinamente. De onde vem essa energia?", pergunta o cientista.
"Acreditamos que ela seja canalizada pelos campos magnéticos e que outros processos que não são térmicos transportem energia do interior para fora, mastecnico corinthiansuma forma peculiar. Acreditamos que seja algo assim, mas ainda não temos provas contundentes."
"E, como essa, existem muitas outras perguntas", conclui Del Toro Iniesta.

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