Como turistas viraram uma ameaça à cidadefreebet c'est quoi'Game of Thrones':freebet c'est quoi

freebet c'est quoi Em Game of Thrones, a disputa pelo tronofreebet c'est quoiferro e a chegada do inverno são grandes ameaças à principal cidade da série, King's Landing. No mundo real, o perigo é outro.

Em vezfreebet c'est quoidragões e zumbis, Dubrovnik, na Croácia, onde são filmadas algumas das principais cenas passadas na capital dos Sete Reinos, enfrenta problemas trazidos por hordasfreebet c'est quoituristas.

O alerta veiofreebet c'est quoi2016, após uma inspeção da Unesco no seu centro histórico, conhecido como Cidade Velha. A organização detectou que a expansão do númerofreebet c'est quoivisitantes, especialmente aqueles vindosfreebet c'est quoicruzeiros, gera riscos para a conservaçãofreebet c'est quoimonumentos e cobrou medidas da Prefeitura.

Cercada pelas águas cristalinas do mar Adriático, a Cidade Velha é considerada desde 1979 um patrimônio da humanidade. Há igrejas, monastérios, palácios e fontesfreebet c'est quoiestilos gótico, resnascentista e barroco, tudo cercado por uma imensa muralha medieval

Esse local já resistiu a terremotos e às bombas lançadas na guerra pela independência da Croácia, no início dos anos 1990. Agora, precisa lidar com um volume insustentávelfreebet c'est quoituristas que chegam à cidade na alta temporada,freebet c'est quoijunho a setembro, atraídos também por conhecer a locaçãofreebet c'est quoisua série preferida.

"A Cidade Velha foi um dos primeiros locais eleitos como patrimônio da humanidade. Antes, não havia tanto turismo, mas, recentemente, houve um grande aumento, especialmente por causa dos cruzeiros, que são cada vez maiores", diz Mechtild Rössler, diretora do Centrofreebet c'est quoiPatrimônio Mundial da Unesco.

Quantidade x qualidade

Na última década, o númerofreebet c'est quoivisitantes mais do que dobrou:freebet c'est quoi473,9 milfreebet c'est quoi2006 para 1,01 milhão no ano passado, dos quais 748,9 mil vieram dos 529 cruzeiros que passaram pela cidade. Dois anos antes, eram 463 embarcações.

No períodofreebet c'est quoimaior procura, Dubrovnik, que tem 42 mil habitantes, chega a ter 25 mil turistas hospedados. A Unesco está trabalhando junto às autoridades locais para desenvolver formasfreebet c'est quoigerenciar melhor tantos visitantes.

Em janeiro, o então prefeito Andro Vlahusić anunciou um plano. Foram instaladas câmeras para monitorar a entrada e saídafreebet c'est quoivisitantes da Cidade Velha e estabelecido um limite máximofreebet c'est quoi8 mil pessoas presentes ali simultaneamente.

"Queremos qualidadefreebet c'est quoivezfreebet c'est quoiquantidade", diz o novo prefeito, Mato Franković, que fez carreira na indústriafreebet c'est quoiturismo e assumiu o cargofreebet c'est quoijunho. Ele diz que o monitoramento já permitiu compreender que a superlotação se dá normalmente entre 8h e 14h,freebet c'est quoiespecial às terças, sextas e sábados.

Franković explica que ainda serão colocadasfreebet c'est quoiprática medidas para reduzirfreebet c'est quoiseis para dois o númerofreebet c'est quoinavios que chegam diariamente e estabelecer horáriosfreebet c'est quoientrada para excursões, que precisarão ser reservados com antecedência.

"Em vez do limitefreebet c'est quoi8 mil pessoas recomendado pela Unesco, queremos no máximo 4 mil pessoas na Cidade Velhafreebet c'est quoiqualquer momento", diz o prefeito.

"Dubrovnik é uma das cidades mais bonitas do mundo, e muita gente quer visitá-la. Todos são bem-vindos, mas, se o limite for ultrapassado, será preciso virfreebet c'est quoioutro dia ou horário."

Efeito 'Disneylândia'

De fato, o centro histórico da cidade croata e seu labirintofreebet c'est quoivielas medievais é singular. Tem ruasfreebet c'est quoimármore liso e macio que reluzem com o sol durante o dia e, à noite, brilham na cor âmbar das lumináriasfreebet c'est quoibares e restaurantes.

No fimfreebet c'est quoitarde, a revoadafreebet c'est quoiandorinhas que toma os céus da cidade nos mesesfreebet c'est quoicalorfreebet c'est quoimeio ao pôr do sol cria uma aura quase mágica.

Mas os impactos do turismo podem ser sentidos por quem a visita entre a primavera e o verão do Hemisfério Norte, algo que já rende má fama a Dubrovnik.

Ao planejar uma viagem à Croácia, fui advertido por maisfreebet c'est quoiuma pessoa sobre o problema. "Tem tanta gente que nem vou para lá", me disse uma turista francesafreebet c'est quoiSplit, cidade mais ao norte na costa croata.

O excessofreebet c'est quoivisitantes gera um efeito "Disneylândia". É comum cruzar com excusões enormes. As ruas estreitas ficam lotadas, e parece haver nelas só visitantes - alémfreebet c'est quoivendedores, guias turísticos e funcionáriosfreebet c'est quoihotéis e restaurantes.

Hoje, há pouco maisfreebet c'est quoi1 mil pessoas vivendo na Cidade Velha. Eram cercafreebet c'est quoi5 mil moradores no início da décadafreebet c'est quoi1990, mas eles venderam suas casas ou as transformaramfreebet c'est quoiacomodações.

"Quando cheguei aqui", diz Mark Thomas, editor do jornal The Dubrovnik Times, "eu parava para não passar na frente das pessoas que estavam tirando fotografias. Agora, são tantas que eu não conseguiria chegar a lugar nenhum se continuasse a fazer isso."

Game of Thrones tornou-se uma presença difícilfreebet c'est quoiignorar no centro histórico.

A série passou a ser gravada na cidadefreebet c'est quoi2011. Atualmente, há lojas inteiras dedicadas ao programa da emissora HBO, e fãs da série fazem tours para conhecer pessoalmente onde foram gravadas cenas-chave, como a escadaria da Caminhada da Vergonha da rainha Cersei, o local do Casamento Púrpura no qual o rei Joffrey morre envenenado e o porto onde se deu a Batalha da Baíafreebet c'est quoiBlackwater.

Ruína ou exagero?

O jornal britânico The Telegraph declaroufreebet c'est quoiuma reportagem recente a "mortefreebet c'est quoiDubrovnik", dizendo que superlotação "arruinou" a cidade conhecida como "Pérola do Adriático".

A reportagem cita o alerta da Unesco ao mencionar que o statusfreebet c'est quoipatrimônio histórico da cidade estaria sendo revisto, algo que o organismo internacional nega.

"Até hoje, isso só ocorreu duas vezes, quando os danos aos locais fizeram com que perdessem seu valor histórico", afirma Rössler.

"Há muitas etapas até algo assim ocorrer, e a primeira delas é o alerta, mas não vejo isso acontecendo com Dubrovnik no momento."

Romana Vlasić, diretora do conselhofreebet c'est quoiturismo da cidade, acredita que esse sinal amarelo chegafreebet c'est quoiboa hora, para fazer a cidade parar e refletir sobre seu sucesso.

"Estamos no nosso limite. Ninguém se sente confortávelfreebet c'est quoiandarfreebet c'est quoiuma multidão."

Uma estratégia adotada é promover a cidadefreebet c'est quoioutras épocas do ano, fora da alta temporada. "Temosfreebet c'est quoiorganizar melhor os visitantes, ajustar o cronogramafreebet c'est quoicruzeiros, ter navios menores e rever a construçãofreebet c'est quoihotéis, porque mais quartos trarão mais gente", afirma Vlasic.

"Só assim seremos capazesfreebet c'est quoimostrar nosso melhor."

É uma questão delicada para uma cidadefreebet c'est quoique 70% da economia girafreebet c'est quoitorno do turismo. O prefeito diz que, por isso, restrições ao turismo demandam cuidado, mas são inevitáveis.

"No curto prazo, vão haver impactos para todos, mas, no futuro, isso vai fazer as pessoas que hoje evitam ou passam rapidamente pelo centro histórico ficarem mais tempo por lá", afirma Franković, para quem as notícias sobre a ruínafreebet c'est quoiDubrovnik são um exagero.

"Estamos cientesfreebet c'est quoique temos um pequeno problema e estamos buscando resolvê-lo. Dubrovnik resiste a adversidades há séculos. Ninguém nunca a destruiu nem o fará."