5 lugares do mundo que sofrem com o excessoslots de cassinoturistas:slots de cassino

Turistas mergulhamslots de cassinopraia na Ilhaslots de cassinoBoracay

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Legenda da foto, O governo das Filipinas anunciou que dará assistência às empresas afetadas pelo fechamentoslots de cassinoBoracay

Em 2017, Barcelona abriu diversos processos contra acomodações oferecidas por meio do site Airbnb argumentando que isso estaria aumentando os custosslots de cassinoaluguel para os próprios moradores – era mais interessante financeiramente para o dono manter o imóvel à disposiçãoslots de cassinoturistas do que alugá-lo permanentemente para quem efetivamente vivia na cidade.

Outros lugares aumentaram taxas para visitantes para proteger seus territórios. Ruanda, por exemplo, cobra US$ 1,5 mil (R$ 5,1 mil) por dia por uma autorização para observar os gorilas.

Aqui nós listamos cinco destinos ao redor do mundo que estão buscando maneirasslots de cassinolidar com a alta popularidadeslots de cassinoseus pontos turísticos.

1) Tailândia: Maya Bay finalmente consegue um descanso

Maya Bay, na Tailândia

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Legenda da foto, Paraíso tailandês ficou conhecido mundialmente após aparecerslots de cassinofilme com Leonardo DiCaprio

Em março, as autoridades tailandesas anunciaram que estavam suspendendo as atividades turísticasslots de cassinoMaya Bay, a praia mais famosa do país, para dar a ela uma breve pausa.

A isolada ilhaslots de cassinoáguas transparentes, areia branca e falésias calcárias ganhou fama após Leonardo DiCaprio ter gravado ali cenas para o filme A Praia. Desde então, a médiaslots de cassinovisitantes do local passou para algo entre 4 mil e 5 mil por dia.

Especialistas afirmam que 77% dos coraisslots de cassinoMaya Bay estãoslots de cassinosério riscoslots de cassinodesaparecer – grande parte por causa dos prejuízos causados pelas âncoras dos barcos.

E a breve pausaslots de cassinoquatro meses planejada para esse ano (de junho a setembro) não será capazslots de cassinocorrigir isso. Ou seja, seria tarde demais para salvar Maya Bay?

O cientista marinho Thon Thamrongnawasawat, que trabalhaslots de cassinoBangkok, acredita que não. "Se a gente achasse que era tarde demais, não faria nada", afirmou à BBC. "Nós fechamos uma ilha, a Koh Yoong, três anos atrás e os corais estão crescendo bem láslots de cassinonovo. Nós vamos fazer a mesma coisaslots de cassinoMaya Bay e tentar transplantar alguns corais para lá nesse tempo."

A Tailândia já havia fechado dezenasslots de cassinolocaisslots de cassinomergulhoslots de cassino2011. Koh Yoong, nas Ilhas Phi Phi, e Koh Tachai, nas Ilhas Similan, estão isoladas dos turistas desde meadosslots de cassino2016.

Guardas monitoram turistasslots de cassinoMaya Beach, na Tailândia

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Legenda da foto, Guardas monitoram turistasslots de cassinoMaya Beach, na Tailândia, antes do banimento

Elizabeth Becker, autora do livro "Overbooked: The Exploding Business of Travel and Tourism" (em tradução livre, "Overbook: A Explosão dos Negóciosslots de cassinoViagens e Turismo") diz concordar com o fechamento das ilhas.

"Eu acho que faz sentido. No entanto, há muita pressão econômica na Tailândia, especialmente durante esses tempos políticos tão difíceis. O turismo tem sido crucial para o desenvolvimento econômico do país, então os donosslots de cassinonegócios e autoridades tailandesas estão com medoslots de cassinoque isso represente um prejuízo para a economia local", explicou.

Thamrongnawasawat afirma que esse é o motivo pelo qual levou tanto tempo para o governo tomar alguma atitude com relação a Maya Bay. "Se você estáslots de cassinoum país onde 22% do PIB vem do turismo, você entende o quão difícil era tomar alguma medida nesse sentido. A maioria das pessoas não achava que isso pudesse acontecer."

Quando Maya Bay reabrir, as regras para visitação vão mudar – o númeroslots de cassinoturistas por dia será limitadoslots de cassino2 mil. Barcos também não poderão mais cruzar o recife mais raso. E a ilha ficará fechada novamente por quatro meses no ano que vem.

No entanto, Worapoj Limlim, chefe do Parque Nacional da região, afirmou à publicação Phuket News que não sabe como fará para fiscalizar as novas regras e que poderá precisarslots de cassinoreforço das autoridades para "patrulhar" a ilha.

2) Itália: Cinque Terre testa tecnologia

Casas coloridasslots de cassinoCinque Terre, na Itália

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Legenda da foto, A colorida paisagem da regiãoslots de cassinoCinque Terre, na Itália, atrai milhõesslots de cassinovisitantes

Os turistas não se cansamslots de cassinovisitar as cinco pequenas cidades brilhantemente pintadasslots de cassinopenhascos no norte da Itália, conhecidas como Cinque Terre. A área, que tem cercaslots de cassino5 mil moradores, tornou-se um parque nacionalslots de cassino1999 e agora recebe maisslots de cassino2 milhõesslots de cassinoturistas por ano.

As pessoas viajam até lá para percorrer os caminhos pitorescos que ligam as cidades e os vinhedos. No entanto, ao longo dos anos, as passagens foram às ruínas devido à erosão e ao uso excessivo pelos turistas.

A rota mais popular da região entre Riomaggiore e Manarola está fechada desde setembroslots de cassino2012, depois que um gruposlots de cassinoturistas australianos ficou feridoslots de cassinoum deslizamentoslots de cassinoterra. Outro turista acabou machucadoslots de cassinoum caminho diferente no feriadoslots de cassinoPáscoa neste ano, segundo o site La Nazione.

Desde então, as conversas sobre limitar o númeroslots de cassinovisitantes do local se intensificaram – mas nada aconteceu oficialmente ainda.

Recentemente, as autoridades do parque testaram um aplicativo que turistas podem baixar para ver o númeroslots de cassinopessoas presentesslots de cassinocada rotaslots de cassinotempo real. Quando um alerta vermelho aparece, é porque o caminho está cheio, e visitantes podem repensar se querem mesmo se juntar às multidões. No futuro, a ideia é tentar fazer também listasslots de cassinoespera virtuais.

Os turistas também podem comprar um Cartão Cinque Terre, que permite acesso aos trens e ao transporte público. Não é obrigatório, mas os rendimentos do cartão servem para financiar os reparos nas trilhas, entre outras coisas.

Richard Hammond, que é responsável pelo site GreenTraveller.com, afirmou à BBC que esse é o melhor momento para uma mudança.

"As pessoas estão ficando mais conscientes sobre como estão viajando e como estão vivendo. Por exemplo, há muito mais conscientização hojeslots de cassinodia sobre o uso do plástico. O que mostra que esse é um momento mais propício para se propor mudanças. O caminho está aberto para governos e autoridades locais agirem, pois não terão tantas reações adversas", reforçou.

3) Peru: Machu Picchu apostaslots de cassinoperíodos mais curtosslots de cassinovisitas

Machu Picchu, Peru

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Legenda da foto, Várias medidas foram tomadas para preservar Machu Picchu – mas ainda não foram suficientes

A antiga cidade incaslots de cassinoMachu Picchu, no Peru, é destino certo para muitos viajantes.

A famosa Trilha Inca permite que os visitantes caminhem até a cidadeslots de cassinomeio a paisagens andinas e florestas nubladas, o que muitos dizem fazer da experiência algo ainda mais gratificante.

No entanto, muita gente viajando ao mesmo tempo com guias não regularizados acabou fazendo com que as rotas ficassem danificadas, com pilhasslots de cassinolixo se acumulando e acampamentos se multiplicando sem qualquer controle.

Em 2005, o governo do Peru impôs um limite ao númeroslots de cassinopessoas que poderiam visitar o local por temporada. E também determinou o fechamento da região todo mêsslots de cassinofevereiro para limpeza e manutenção.

Turistas se adaptaram às novas regras e passaram a reservar suas visitas com antecedência, e as empresasslots de cassinoturismo tiveram que obedecer às determinações para não perderem a autorizaçãoslots de cassinoexplorarem o local.

No entanto, ainda há turistas inundando Machu Picchu, já que, para a maioria das pessoas, o local pode ser acessado por estradas.

No ano passado, as autoridades inauguraram um novo sistema na tentativaslots de cassinolimitar o númeroslots de cassinopessoas na região: agora seria necessário comprar um ingresso para a manhã ou para a tardeslots de cassinoum esquema que controlava a quantidadeslots de cassinotíquetes vendidos.

No entanto, um ambientalista local disse à BBC que isso pode representar apenas uma solução imediatista e paliativa. A região é conhecida por ultrapassar o númeroslots de cassinopessoas recomendado pela Unesco, que seriaslots de cassino2,5 mil visitantes por dia.

4) Coreia do Sul: Jeju Island, o paraíso exótico superlotado

Jeju Island, Coreia do Sul

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Legenda da foto, Ilha sul-coreana é bastante visada por turistas chineses

Você consegue adivinhar qual seria a rotaslots de cassinovoo mais concorrida no mundo?

No ano passado, a vencedora foi aquela que liga a capital da Coreia do Sul, Seul, e Jeju Island, um destino turístico a 90 kmslots de cassinodistância do continente. As pessoas vão para lá para apreciar as paisagens vulcânicas, as cachoeiras pitorescas e um parqueslots de cassinodiversões erótico, popular entre os recém-casadosslots de cassinoluaslots de cassinomel.

Em 2017, quase 65 mil voos ligaram os dois aeroportos – seriam quase 180 por dia. Por ano, cercaslots de cassino15 milhõesslots de cassinoturistas visitam a ilha,slots de cassinoacordo com o jornal South China Morning Post. O que significaria uma multidão para uma áreaslots de cassinoapenas 2 mil quilômetros quadrados.

Para Kang Won-bo, diretorslots de cassinoum gruposlots de cassinomanifestantes locais, há um problema ambientalslots de cassinojogo ali.

"O ambienteslots de cassinoJeju, que era intocado até pouco tempo atrás, agora tem sido danificadoslots de cassinomaneira grave após ter se tornado um destino popular para turistas. Há muito lixo e engarrafamentos gigantescos."

Catherine Germier-Hamel, uma consultoraslots de cassinoturismo sustentável que moraslots de cassinoSeul, afirma que o turismo nem sequer tem contribuído para a economia local.

"A ilha recebe muita gente pelos cruzeiros. Essas pessoas ficam apenas algumas horas ali e não contribuem efetivamente para a economia local", explicou.

Germier-Hamel diz que, ao redor do mundo, as pessoas tendem a medir o sucesso do turismo apenasslots de cassinonúmerosslots de cassinovisitantes, e isso deveria mudar.

E a quantidadeslots de cassinocarbono que todos esses voos acabam depositando na ilha?

Não parece que isso seja algo que vá mudar tão cedo: o governo da Coreia do Sul está considerando fazer outro aeroporto na ilha, já que está projetando o aumento do númeroslots de cassinoturistas para 45 milhões até 2035.

A Ilhaslots de cassinoJeju é popular principalmente entre os turistas chineses. O crescimento do mercadoslots de cassinoviagens a partir China é visto, aliás, como a maior causa das tensões recentes na região.

No ano passado, a China chegou a proibir suas agênciasslots de cassinoviagensslots de cassinovender pacotes para a Coréia do Sulslots de cassinoprotesto contra a decisãoslots de cassinoSeulslots de cassinoutilizar um sistemaslots de cassinodefesa antimísseis americano para a segurança. Essa proibição, porém, acabou recentemente.

5. Colômbia: Caño Cristales cria novas regras

Rio Caño Cristales, na Colômbia

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Legenda da foto, Rio colombiano foi apelidado por moradores locaisslots de cassino'arco-íris líquido'

Caño Cristales é um rio que parece correr refletindo um espectro inteiroslots de cassinocores. Graças às plantas aquáticas que ali habitam e que refletem a luz do sol, ele fica vermelho, rosa, verde e amarelo. Moradores dessa região da Colômbia chegaram até a apelidar o rioslots de cassino"arco-íris líquido".

No passado, esse era o coração do território ocupado pelas guerrilhas das Farc, o que significa que o turismo ali era praticamente inexistente.

No entanto, recentemente – especialmente depois do acordoslots de cassinopaz seladoslots de cassino2016 –, visitantes começaram a se aventurar mais a fundo no país e quiseram ver essa maravilhaslots de cassinoperto, usando a pequena regiãoslots de cassinoMacarena como local para hospedagem.

Ao contrário dos outros lugares citados nessa lista, Caño Cristales ainda não recebe milhõesslots de cassinoturistas por ano (foram cercaslots de cassino16 milslots de cassino2016), mas já enfrenta o desafioslots de cassinoconseguir equilibrar um fluxo desgovernadoslots de cassinoturistas com um ecossistema extremamente delicado.

Há preocupaçõesslots de cassinoque a presençaslots de cassinomais pessoas na área possa causar um aumento na poluição e danificar as preciosas plantas aquáticas do rio.

Quedas d'água no Rio Caño Cristales

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Legenda da foto, Acesso foi fechadoslots de cassinodezembro para dar 'um respiro ao Rio'

No entanto, para um destino turístico emergente, ele até que começou bem, inserindo uma sérieslots de cassinoregras: garrafasslots de cassinoplástico não são permitidas, assim como protetor solar ou repelenteslots de cassinoinsetos na água. Algumas áreas são proibidas para nado, e também não é permitido alimentar os peixes, nem fumar na região. Na chegada, os visitantes participamslots de cassinoum briefing para garantir que tudo isso esteja claro.

Henry Quevedo, presidente do conselhoslots de cassinoturismoslots de cassinoCaño Cristales, explicou que o turismo ali ainda era um projeto local, com centenasslots de cassinofamílias assumindo as funçõesslots de cassinoguias turísticos. Agora, eles estão passando por treinamentos e aprendendo outras línguas para receberem melhor os turistas.

No entanto, ainda há preocupações ambientais diante da possibilidade do aumento do númeroslots de cassinovoos (os visitantesslots de cassinogeral chegam vindosslots de cassinoBogotá) e da presençaslots de cassinovans, que levam as pessoasslots de cassinoMacarena até o rio.

Em dezembro, o acesso foi restrito para dar ao rio um descanso. Faber Ramos, coordenador do programaslots de cassinoecoturismo, explicou ao site Semana Sostenible: "A presença humana pode prejudicar o processoslots de cassinoreprodução das plantas. Por isso nós decidimos implementar esse períodoslots de cassinorestrição".