O agente infiltrado que recebeu aval da polícia para namorar mulher espionada:reactoonz

Kate Wilson e Mark Kennedy
Legenda da foto, O relacionamento entre Kate e Mark Kennedy começoureactoonz2003 e durou dois anos

reactoonz "Ele era carismático e romântico, e nós tínhamos os mesmos interesses e sonhos. Vivemos como amantes por maisreactoonzum ano, viajamos juntos. Ele se aproximou da minha família, era o centro do meu mundo", lembra Kate Wilson, uma ativista ambiental britânica.

Mas o homem por quem ela se apaixonou não existia.

Kate foi enganada por um policial infiltrado. Nesta sexta, 21, ela escreveu um artigo no jornal The Guardian, que começa com a frase acima,reactoonzque descrevereactoonzrevolta com o caso.

"Eu o vi pela última vezreactoonzagostoreactoonz2010. Ele me levou para jantar fora, depois andamos ao longo do rio e conversamos sobre nossas vidas", escreveu ela. "Dois meses depois, recebi um telefone: Mark Stone não era o homem que eu pensava ser."

Na realidade, Mark Stone era Mark Kennedy. E agora, por meioreactoonzdocumentos vistos pela BBC, a polícia admitiu pela primeira vez que o policial infiltrado manteve relações sexuais com Kate com anuência dos chefes, que permitiram que o relacionamento continuasse. Em declarações públicas até agora, a polícia mantinha que jamais autorizaria esse tiporeactoonzrelacionamento.

Mark Kennedy
Legenda da foto, Mark Kennedy era um policial infiltrado

O agente que se infiltrou na vidareactoonzKate fingiu ser um ativista ambiental como ela. Eles mantiveram um relacionamentoreactoonzdois anos a partirreactoonz2003 - e moraram juntos durante um ano, segundo ela escreveu no Guardian.

Ela foi apenas uma das mulheres com quem ele se relacionou enquanto mantinha outra identidade. Durante os sete anosreactoonztrabalho infiltrado, Kennedy se relacionou com outras mulheres. Na "vida real", porém, ele era casado e tinha filhos.

Hoje, Kate está envolvidareactoonzum processo contra a Polícia MetropolitanareactoonzLondres e o ConselhoreactoonzPolícia Nacional, responsáveisreactoonzdiferentes períodos pelo trabalhoreactoonzKennedy.

Em documentos enviados aos advogadosreactoonzKate, a polícia admite que a relação entre ambos foi "levada a cabo com o consentimentoreactoonzautoridades acima dele".

"A polícia tinha dito que esses relacionamentos haviam sido uma falhareactoonzsupervisão, mas não foi esse o caso. Eles foram absolutamente cúmplices do que estava acontecendo", disse Kate à BBC.

Kate Wilson e Mark Kennedy

Crédito, Kate Wilson

Legenda da foto, A Polícia Metropolitana disse que não iria comentar porque tinha um processoreactoonzandamento

Relacionamento continuou porque era 'conveniente'

Em novembroreactoonz2015, a Polícia Metropolitana pagou compensação para mulheres que entraramreactoonzrelacionamentos com policiais espiões.

Na época, a polícia declarou: "Relações sexuais com policiais infiltrados jamais seriam permitidasreactoonzantemão".

Segundo a advogadareactoonzKate, Harriet Wistrich, a polícia sempre disse que isso não era permitido. "O que estamos vendo nesse caso - que nos faz questionar todos os outros - é que eles permitiram que o relacionamento continuasse porque era conveniente, ajudava com seus objetivos. É muito perturbador", afirma.

As admissões da polícia fazem partereactoonzuma resposta entregue no processo por meio do TribunalreactoonzInvestigaçãoreactoonzPoderes, que tratareactoonzcasos ligados a Direitos Humanos. Haverá um julgamento no dia 3reactoonzoutubro.

Sua advogada disse que "Kate estava envolvidareactoonzcampanhas sociais e ambientais. Ela não esperava que o Estado autorizaria que um espião mantivesse relações sexuais com ela com o objetivoreactoonzobter informações".

"É uma revelação chocante nessa chamada 'sociedade democrática."

Kate Wilson
Legenda da foto, Kate Wilson teve um relacionamentoreactoonzdois anos com um policial infiltrado

A Polícia MetropolitanareactoonzLondres disse que não comentaria as revelações porque o processo estáreactoonzandamento.

Em 2016, uma investigação da BBC e do Guardian revelou outro policial, conhecido como Carlo Neri, que pediu uma ativistareactoonzcasamento enquanto ele estava infiltradoreactoonzgrupos socialistas.

A Scotland Yard tentou manter a posiçãoreactoonznão confirmar nem negar a existênciareactoonzpoliciais infiltrados, à parte aqueles que a Justiça decidiu que devem ser revelados. Ativistas dizem que, se a polícia não revelar quantos policiais estavam infiltrados e mantiveram relações nos últimos 40 anos, vítimasreactoonzpotencial nunca saberão a verdade.