Brasil tem muito a ensinar sobre meio ambiente à Alemanha?:palpites santos x coritiba

palpites santos x coritiba Mesmo antespalpites santos x coritibaas reuniões no fórum do G20 começarem, a política ambiental palpites santos x coritiba do governopalpites santos x coritibaJair Bolsonaro já gerava discussões e trocapalpites santos x coritibaacusações.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse, na quarta-feira (26/6), considerar "dramática" a situação do Brasilpalpites santos x coritibaquestõespalpites santos x coritibameio ambiente e direitos humanos, ao que o presidente brasileiro respondeu que "a Alemanha tem muito a aprender com o Brasil" nessa área.

Como a Floresta Amazônica recebe dinheiro internacional parapalpites santos x coritibapreservação e é considerada a maior reservapalpites santos x coritibabiodiversidade do mundo, não é incomum que seja alvopalpites santos x coritibadiscussões internacionais. A Alemanha é a segunda maior doadora - com R$ 192,6 milhões até agora, atrás só da Noruega - do Fundo da Amazônia, que promove iniciativas para conservar a floresta brasileira.

Será possível, porém, dizer, qual país pode ensinar o outropalpites santos x coritibaproteção ambiental? A comparação feita pelo presidente faz algum sentido? O Brasil tem algo a ensinar sobre preservação do ambiente?

A BBC News Brasil ouviu especialistas que afirmam que é difícil comparar os dois países porque boa parte das diferenças entre eles na área envolvem questões históricas e geográficas.

Além disso, dizem, discutir política ambiental não é uma questãopalpites santos x coritibaquem sai ganhando ou perdendo.

"A destruição do ambiente é um problema que precisa ser abordadopalpites santos x coritibamaneira global, e quando o ambiente é destruído, todos perdem", afirma o geógrafo Mário Mantovani, diretorpalpites santos x coritibamobilização da ONG SOS Mata Atlântica.

No entanto, é possível dizer onde cada país tem ou não avançado - e onde falta avançar.

"O Brasil já tevepalpites santos x coritibafato avanços na questão da preservação, mas não foram conquistas do Bolsonaro, (...) que desmontou os órgãospalpites santos x coritibafiscalização e destruiu mecanismos que vinham garantindo pequenas conquistas", afirma Mantovani. É importante lembrar, diz ele, que as críticas feitas por Merkel não foram ao Brasil como nação ou ao Estado brasileiro, mas ao governo Bolsonaro.

Um amplo estudo científico publicadopalpites santos x coritibamaio afirma que Brasil é hoje – ao lado dos EUA – líder mundialpalpites santos x coritibaretrocessos ambientais. "Antes campeõespalpites santos x coritibaconservação global, Estados Unidos e Brasil estão agora liderando uma tendência mundial preocupantepalpites santos x coritibagrandes retrocessos na política ambiental, colocandopalpites santos x coritibarisco centenaspalpites santos x coritibaáreas protegidas", diz comunicado divulgado pela Associação Americana Para o Avanço da Ciência.

Veja, a seguir, um panoramapalpites santos x coritibaambos os países no que diz respeito a energia, florestas e compromissos ambientais.

Diferenças históricas

É bom lembrar que Brasil e Alemanha têm história e geografia completamente diferentes, que ditarampalpites santos x coritibaocupação urbana,palpites santos x coritibamatriz energética e suas fontespalpites santos x coritibarenda.

"A Alemanha tem uma históriapalpites santos x coritibaocupação extrativistapalpites santos x coritibamilharespalpites santos x coritibaanos, alémpalpites santos x coritibaum território menor, com maior densidade populacional", explica Mário Mantovani.

Enquanto no Brasil, diz ele, pode se considerar que a ocupação tem 500 anos, porque os povos que viviam antes da colonização não tinham um impacto negativo no ambiente.

Outro exemplo é o fatopalpites santos x coritibao Brasil ter maior abundânciapalpites santos x coritibarios, que favorecem uma matriz energética com menos emissãopalpites santos x coritibaCO2, alémpalpites santos x coritibauma economia mais voltada à agricultura do que a alemã. Isso impede comparações exatas entre os dois países.

Emissões e aquecimento global

Para o Greenpeace, a Alemanha ainda está longepalpites santos x coritibaser um exemplo ideal - ainda investe menospalpites santos x coritibaproteção ambiental do que promete, segundo a ONG, e tem grande partepalpites santos x coritibasua matriz energética dependente do carvão e do petróleo, que são grandes fontespalpites santos x coritibaemissãopalpites santos x coritibagases que contribuem para as mudanças climáticas.

Segundo o Projeto Global do Carbono, a Alemanha emitiupalpites santos x coritiba2016 um totalpalpites santos x coritiba89,83 bilhõespalpites santos x coritibatoneladaspalpites santos x coritibaCO2, contra 13,88 bilhõespalpites santos x coritibatoneladas do Brasil - quantidade que, embora seja muito menor que a alemã, é considerada alta por especialistas, especialmente considerando nosso nível menorpalpites santos x coritibaindustrialização.

Só que, sob pressãopalpites santos x coritibasuas populações, países europeus como a Alemanha têm assumido (e cobrado) compromissos cada vez maiores com a preservação ambiental, diz à BBC News Brasil Marcio Astrini, coordenadorpalpites santos x coritibapolíticas públicas do Greenpeace. Ele vê o rumo oposto no Brasil.

"O caminhopalpites santos x coritibapaíses como a Alemanha ainda é insuficiente, mas o Brasil está no caminho oposto: Bolsonaro tem incentivado o desmatamento, colocapalpites santos x coritibadúvida o Acordo Climáticopalpites santos x coritibaParis (principal acordo internacionalpalpites santos x coritibareduçãopalpites santos x coritibaemissõespalpites santos x coritibagases do efeito estufa) epalpites santos x coritibadiplomacia colocapalpites santos x coritibadúvida a própria existência (do aquecimento global)", diz.

Ele se refere ao texto escrito pelo chanceler Ernesto Araújo, dizendo que a defesa ambiental foi "pervertida" pela esquerda e transformada na "ideologia da mudança climática".

"O Brasil deu um cavalopalpites santos x coritibapau no que fazia até agorapalpites santos x coritibaquestão climática e saipalpites santos x coritibauma posiçãopalpites santos x coritibaque tentava ajudar (a preservação ambiental) para umapalpites santos x coritibavilão climático", afirma Astrini.

Para Mantovani, a postura do governo Bolsonaropalpites santos x coritibarelação ao ambiente faz com que ele não estejapalpites santos x coritibaposiçãopalpites santos x coritibaquestionar a Alemanha.

"Como alguém que ameaça sair do Acordopalpites santos x coritibaParis pode questionar Alemanha, mesmo que o país seja um grande emissor, quando ela tem um compromissopalpites santos x coritibaredução que esse governo não assume?", questiona.

Destruiçãopalpites santos x coritibamatas nativas

Segundo a Comissão Europeia, os países da União Europeia, incluindo a Alemanha, abrigam hoje apenas 5% das florestas mundiais, depoispalpites santos x coritibaterem passado por um longo processopalpites santos x coritibadesmatamento para a ocupação humana e a industrialização - o que tem exigido volumosos investimentos para a recuperaçãopalpites santos x coritibamatas nativas.

O Brasil, porém, teve processo históricopalpites santos x coritibadestruição semelhante, aponta Izabella Teixeira, que foi ministra do Meio Ambiente nos governos Lula e Dilma (2010 a 2016).

"Temos duas florestas tropicais, e uma delas, a Mata Atlântica, foi destruída pelo desenvolvimento - só 10% estão hoje preservados", afirma a ex-ministra à BBC News Brasil.

Mantovani afirma que, mesmo que já tenhamos conseguido reduzir o ritmo do desmatamento do passado – o país teve um períodopalpites santos x coritibaquedapalpites santos x coritiba70% nas taxaspalpites santos x coritibadesmatamentopalpites santos x coritiba2013, na comparação com média entre 1996 e 2005, mas depois as taxas voltaram a subir.

Os especialistas citam como ameaça, por exemplo, a revisão das unidadespalpites santos x coritibaconservação, que, segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, poderão ter a área recalculada ou mesmo serem extintas. O ministro diz que as unidades foram feitas "sem critério técnico".

Também há um projetopalpites santos x coritibaandamento do senador carioca Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente, que quer acabar com as reservas legais, áreas protegidaspalpites santos x coritibamata nativapalpites santos x coritibapropriedades rurais que não podem ser desmatadas.

"Isso pode resultarpalpites santos x coritibaum desmatamento desastroso", diz Mantovani. Além disso, aponta, houve um desmonte do mecanismopalpites santos x coritibafiscalização, que, segundo ele, já não recebia recursos suficientes. Bolsonaro chegou a chamar o Ibamapalpites santos x coritiba"indústria da multa".

Matriz energética

Segundo dados da Agência Nacionalpalpites santos x coritibaEnergia Elétrica (Aneel) compilados pela Associação Brasileirapalpites santos x coritibaEnergia Solar Fotovoltaica (Absolar), 60,7% da energia elétrica brasileira vempalpites santos x coritibahidrelétricas e há porcentagens importantespalpites santos x coritibaoutras fontes renováveis: 8,6%palpites santos x coritibabiomassa e 8,7%palpites santos x coritibaenergia eólica, por exemplo. Segundo o relatório BP Energy Outlook, esses são os maiores índices encontradospalpites santos x coritibaqualquer país.

A Alemanha,palpites santos x coritibacontrapartida, ainda é muito dependente da energia vinda do carvão para alimentar suas indústrias e aquecer seus lares, diz Astrini, do Greenpeace.

Segundo a agência Bloomberg,palpites santos x coritiba2018, cercapalpites santos x coritiba35%palpites santos x coritibasua produçãopalpites santos x coritibaenergia vinhapalpites santos x coritibadiferentes tipospalpites santos x coritibacarvão (contra 1,9% do Brasil), uma fonte extremamente poluente.

O país europeu comprometeu-sepalpites santos x coritibajaneiro a fechar todas as suas usinaspalpites santos x coritibacarvão ao longo dos próximos 19 anos, como partepalpites santos x coritibaseus compromissos internacionaispalpites santos x coritibacombate às mudanças climáticas. Ambientalistas, porém, têm pressionado para que esse prazo seja encurtado.

Amazônia

A Floresta Amazônica é questão central no debate ecológico internacional. O Brasil vinha conseguindo reduzir o desmatamento e tinha posiçãopalpites santos x coritibadestaque nas cúpulas climáticas internacionais, diz Astrini.

No entanto, dados oficiais divulgados no finalpalpites santos x coritiba2018palpites santos x coritibamonitoramento da Amazônia apontaram um aumentopalpites santos x coritiba13,7% no desmatamentopalpites santos x coritibarelação aos 12 meses anteriores - uma perdapalpites santos x coritiba7,9 mil quilômetros quadrados, o equivalente a maispalpites santos x coritibacinco vezes a áreapalpites santos x coritibacidadepalpites santos x coritibaSão Paulo, informou a ONG ambiental WWF. Foi a maior taxa desde 2009.

Em dez anos, um fundo internacional (o Fundo Amazônia) financiado sobretudo por Noruega e Alemanha injetou cercapalpites santos x coritibaR$ 1,8 bilhãopalpites santos x coritibaprojetospalpites santos x coritibapreservação, maspalpites santos x coritibaeficácia foi alvopalpites santos x coritibaquestionamentos do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - o que também gerou críticapalpites santos x coritibaambientalistas e mal-estar com doadores internacionais.

"A proteção da Amazônia tem papel crucial no equilíbrio do clima do planeta, o que explica o interesse dos demais países pelo uso racional, e não para atentar contra a soberania brasileira", diz a ex-ministra Izabella Teixeira.

Para Nicole Stopfer, chefe do Programapalpites santos x coritibaSegurança Energética e Mudança Climática da fundação política alemã Konrad-Adenauer-Stiftung (KAS), "se olharmos a partirpalpites santos x coritibauma escala global, 13% das emissõespalpites santos x coritibagases do efeito estufa vêm do desmatamento, então reduzir esse desmatamento é crucial para a comunidade internacional. Por isso, faz sentido a atenção internacional (na Amazônia)".

Em entrevista à BBC News Brasil no G20palpites santos x coritibaOsaka, Ricardo Salles disse que o governo insistirá na mensagempalpites santos x coritibaque é preciso explorar as possibilidades econômicas da Amazônia, diversificando as atividades dentro e no entorno da floresta.

Ele ainda disse que o governo brasileiro vai exigir que países ricos paguem compensações a produtores rurais brasileiros se quiserem que o Brasil conserve mais a floresta.

Energia renovável e tecnologia

O relatório BP Energy Outlookpalpites santos x coritiba2018 afirma que o Brasil foi o segundo maior consumidor globalpalpites santos x coritibabiocombustíveispalpites santos x coritiba2016 e manterá essa posição até 2040, quando é esperado que um quartopalpites santos x coritibatodos os combustíveis líquidos consumidos no país serão dessa fonte. O relatório também diz que as energias eólica e solar crescem "de forma relevante" no país. Esse potencial, porém, é subaproveitado, diz Astrini, do Greenpeace.

A Alemanha,palpites santos x coritibacontrapartida, é líder globalpalpites santos x coritibacapacidadepalpites santos x coritibaproduçãopalpites santos x coritibaenergia solar per capita, informa a Bloomberg. "Lá,palpites santos x coritiba8% a 10% da produção energética alemã é solar, contra 1% no Brasil", diz o representante do Greenpeace.

"Isso apesarpalpites santos x coritibaa energia solar ser muito mais abundante aqui. Mesmo nossa pior área para energia solar é melhor do que a melhor área alemã. E o impacto econômico disso é grande: a energia solar tem o poderpalpites santos x coritibatornar uma família livrepalpites santos x coritibater que pagar contapalpites santos x coritibaluz. É algo que poderia ser uma políticapalpites santos x coritibageraçãopalpites santos x coritibarenda. E (a ausência disso) não é um problema deste governo, é algo histórico."

A Alemanha também despontapalpites santos x coritibatecnologia verde, o que tem criado dividendos econômicos. Segundo Stopfer, do KAS,palpites santos x coritiba2017, "a indústria manufatureira alemã e o setorpalpites santos x coritibaserviços geraram 73,9 bilhõespalpites santos x coritibaeuros (R$ 321 bi) na vendapalpites santos x coritibaprodutos, obras e serviços voltados à proteção ambiental". Ou seja, o comprometimento da Alemanha com tecnologias limpas já é parte importante dapalpites santos x coritibaeconomia e do mercadopalpites santos x coritibatrabalho.

Em tecnologia agrícola, os especialistas afirmam que o Brasil já tem capacidade para produzir mais alimentos sem desmatar mais floresta, "mas é algo que ainda não fazemos e que nos daria uma grande vantagem competitiva", opina Astrini.

Pressão internacional

A pressão veio tambémpalpites santos x coritibaoutros países europeus. Bolsonaro também foi criticado pelo colega francês Emmanuel Macron, que afirmou que vetaria qualquer acordo comercial com o Brasil se o país deixasse o acordo climáticopalpites santos x coritibaParis. Nesta sexta, porém, ambos se encontraram e o Brasil (via comunicado dos Brics) manifestou compromisso com o pacto climático.

Horas depois, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia foi anunciado, e um dos termos estabelece que os países dos dois blocos econômicos se comprometaram a cumprir o Acordopalpites santos x coritibaParis.

"Outros analistas apontam também que o governo brasileiro terápalpites santos x coritibaadotar um outro discurso na luta contra as mudanças climáticas se quiser o apoio da UE parapalpites santos x coritibademandapalpites santos x coritibaentrar na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)", aponta Stopfer, da fundação KAS.

No entanto, diz Stopfer, por partepalpites santos x coritibaAlemanha, não houve uma demanda objetiva. "Pelo contrário, antes do G20, a chanceler Merkel deixou claro que, apesarpalpites santos x coritibaestar preocupada com o atual desmatamento do Brasil, isso não seria algo decisivopalpites santos x coritibarelação a uma possível assinatura do acordo da UE com o Mercosul", diz ela.

Para Astrini, do Greenpeace, pressão internacional costuma ter efeito prático - por exemplo, com restrições à comprapalpites santos x coritibaprodutos agrícolas do Brasil -, mas isso será posto à prova no atual governo.

"O perigo é isso (a pressão) não ser levado a sério e (a redução da participação do Brasil no comércio global) agravar nossa crise econômica", diz Astrini.

Para Mantovani, o Brasil poderia aproveitar a cobrança internacional para agregar valor à nossa produção agropecuária.

"Podemos responder à tendência internacional que pede por maior cuidado investindopalpites santos x coritibaproteção, dizendo que para cada toneladapalpites santos x coritibasoja que comprar do Brasil, você está protegendo rios, protegendo o ambiente. Poderíamos agregar esses atributos da natureza à nossa produção primária", diz.

Izabella Teixeira defende que a discussão internacional sobre a preservação ambiental do Brasil seja vista não dentropalpites santos x coritibaum contextopalpites santos x coritiba"teoria da conspiração" e invasãopalpites santos x coritibasoberania, mas como algo que fez parte da políticapalpites santos x coritibaEstadopalpites santos x coritibadiversos governos, inclusive para a obtençãopalpites santos x coritibafinanciamento e comércio externos.

"O Brasil tem a tradição, até mesmopalpites santos x coritibagovernos da ditadura,palpites santos x coritibabuscar a proteçãopalpites santos x coritibaseus recursos naturais, independentementepalpites santos x coritibaideologias, como parte do interesse do Estado, e sempre lidou internacionalmente com isso por meio do diálogo", diz.

Teixeira afirma que a falapalpites santos x coritibaBolsonaro comparando os dois países é "miopia política" a respeito da cooperação global para a preservação ambiental e "frutopalpites santos x coritibainexperiência para o diálogo internacional".

A opinião é compartilhada por Mantovani. Ele lembra que Alemanha sempre foi parceira do Brasil na proteção ambiental. "Ao responder a cobrançapalpites santos x coritibaforma agressiva, o presidente está rasgando a maior contribuição que o Brasil recebe", diz o geógrafo.

"Acho que não é uma questãopalpites santos x coritibaqual país pode ensinar o outro sobre como lidar com proteção ambiental e mudanças climáticas", opina Stopfer, do KAS. "São questões globais que exigem esforços multilaterais. Compatilhar experiências e dar apoio mútuo é, portanto, essencial."

palpites santos x coritiba Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube palpites santos x coritiba ? Inscreva-se no nosso canal!