Natrium: O que se sabe sobre reator nuclear desenvolvido por Bill Gates e Warren Buffet:

Crédito, Getty Images
"Um pontoinflexão para o setorenergia".
Assim foi apresentado o novo modeloreator nuclear intitulado Natrium. O projeto piloto foi desenvolvido pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, e pelo investidor multimilionário Warren Buffett.
A iniciativa é parte do objetivoGatesimpulsionar as energias renováveis e o combate às mudanças climáticas.
Os conceitos nuclear e renovável podem soar antagônicos. Porém, pequenos reatores avançados, que funcionam por meiocombustíveis diferentes dos tradicionais, são vistos por alguns setores como uma tecnologia-chave livreemissõesgasesefeito estufa que pode complementar o fornecimentoeletricidadesituaçõesbaixa produçãoenergia eólica e solar.
O Natrium, apresentado durante cerimônia na quarta-feira (02/6), será desenvolvido pela empresa TerraPower, fundada por Gates há 15 anos, e pela PacifiCorpWarren Buffet.
"O reator Natrium e seu sistemaenergia integrada redefinem o que a energia nuclear pode ser: competitiva e flexível", diz a TerraPowerseu site.
O projeto piloto será construídouma usinacarvão desativadaWyoming, nos Estados Unidos, o estado com a maior produçãocarvão do país.
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Como funciona o reator
A iniciativa é um novo conceitogeração e armazenamentoenergia que combina um reator rápidosódio com um sistemaarmazenamentosais fundidos capazproduzir 345 megawatts, explica a TerraPowerseu site.
A empresa afirma que o sistemaarmazenamento será capazaumentar a produçãoenergia para 500 megawattseletricidade por maiscinco horas e meia quando necessário, quantidade suficiente para fornecer energia a cerca400 mil residências.
"Natrium é uma nova tecnologia que pretende simplificar os tiposreatores já existentes", explica o Fórum da Indústria Nuclear Espanhola, que é vinculado à GE Hitachi Nuclear Energy, empresa que desenvolve a tecnologia junto com a TerraPower.
O reator nuclear - do tipo ondas viajantes (TWR, na siglainglês) - usará urânio empobrecido ou urânio natural como combustível. E todos os equipamentos que não forem nucleares ficarão alojadosprédios separados, para reduzir a complexidade da instalação e seu custo, detalha o Fórum.

Crédito, TerraPower
O presidente da TerraPower, Chris Levesque, explicou que a planta-piloto levará cercasete anos para ser construída.
"Precisamos desse tipoenergia limpa no sistema nos anos2030", declarou Levesque.
O Natrium faz parte do ProgramaDemonstraçãoReatores Avançados do DepartamentoEnergia dos Estados Unidos.
A TerraPower recebeu US$ 80 milhões (cercaR$ 400 milhões)um pacotefinanciamento inicial do DepartamentoEnergia para demonstrar o projeto, informou o portal Business Insider.
O departamento se comprometeu a conceder financiamento adicional para o projeto nos próximos anos.
O governadorWyoming, Mark Gordon, enfatizou, durante a apresentação do Natrium, que esse é o "caminho mais rápido e claro" para o estado rumo a uma "pegada negativacarbono".
"Esse pequeno reator modular fornecerá energia sob demanda e resultaráuma redução geral nas emissõesCO2. Também criará centenasempregos bem remunerados por meio da construção e operação da unidade", escreveuseu perfil no Twitter.
Preocupações
Mas projetos desse tipo geram certa desconfiançaalguns setores.
A UCS, Union of Concerned Scientists (UniãoCientistas Preocupados,tradução livre), um grupodefesa da ciência sem fins lucrativos dos Estados Unidos, alertou que reatores avançados como o Natrium podem representar um risco maior do que os convencionais.
"As tecnologias (desses reatores) são, sem dúvidas, diferentes dos reatores atuais. Mas não está nada claro que sejam melhores", declarou Edwin Lyman, diretor da UCS, à Reuters.
"Em muitos casos, são piorestermossegurança, possibilidadeacidentes graves e proliferação nuclear", acrescentou Lyman, autorum relatório intitulado "Avançado nem sempre é melhor", publicado pela UCS.

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No relatório, o grupo alerta que o combustível para muitos reatores avançados teria que ser enriquecido a uma taxa muito maior que o combustível tradicional. Isso significa, segundo os estudiosos, que a cadeiaabastecimentocombustível poderia ser um alvo atraente para terroristas que buscam criar uma arma nuclear rudimentar.
"Para que a energia nuclear desempenhe um papel maior na mitigação das mudanças climáticas, os reatores recém-construídos devem provar que são mais seguros e baratos que os atuais", detalha o relatório.
Levesque, presidente da TerraPower, defendeu que as usinas com esses reatores reduzem os riscosproliferação nuclear porque diminuem o lixo nuclearforma generalizada.

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