Eleições na França: Macron perde maioria no Legislativo com derrota 'histórica' e avanço da esquerda e direita radical:1xbet cs

French President Emmanuel Macron greets supporters as he arrives to vote in the second round of French parliamentary elections, at a polling station in Le Touquet-Paris-Plage, France, June 19, 2022

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Coligação1xbet csMacron precisava1xbet cs289 cadeiras para garantir maioria

"A situação representa um risco para o país, dados os riscos que já temos enfrentado nacional e internacionalmente", declarou. "Vamos trabalhar a partir1xbet csamanhã para construir uma maioria."

Jean-Luc Melenchon votando1xbet csMarseille1xbet cs191xbet csjunho1xbet cs2022

Crédito, Reuters

Legenda da foto, França Insubmissa1xbet csMélenchon conseguiu ampliar presença no Legislativo e frente1xbet csesquerda liderada pelo partido foi segunda força política mais votada

Derrota 'histórica'

É a primeira vez que um presidente recém-eleito (reeleito, no caso1xbet csMacron) não obtém maioria absoluta para governar.

Um precedente já havia ocorrido com o socialista François Mitterrand1xbet cs1988, mas1xbet cscircunstâncias distintas, já que na época ele não dispunha1xbet csuma maioria na Assembleia Nacional, diferentemente1xbet csMacron atualmente.

Era a oposição1xbet csdireita republicana que dominava o Parlamento naquela época, e Mitterrand convocou novas eleições legislativas, obtendo maioria relativa.

"Macron diante do risco1xbet csparalisia política", escreveu o jornal Le Monde1xbet csseu site. A derrota do presidente francês está sendo chamada pela imprensa francesa1xbet cs"histórica". Ele terá agora1xbet csenfrentar forças políticas que se opõem feroz e sistematicamente a tudo o que o governo apresenta.

A Nupes, sigla da Nova União Popular Ecológica e Social, uma coalizão das principais forças1xbet csesquerda do país, formada por iniciativa1xbet csJean-Luc Mélenchon, líder da França Insubmissa, da esquerda radical, ficou1xbet cssegundo lugar e conquistou 131 cadeiras, segundo o ministério do Interior.

Com o desempenho, a Nupes - que, além da França Insubmissa, reúne os partidos Socialista, Ecologista e Comunista -, se torna numericamente a principal força1xbet csoposição no Legislativo. A questão que se coloca agora é se a aliança, que deverá formar grupos separados no Parlamento1xbet csfunção dos partidos, conseguirá se manter unida e irá durar.

O resultado da coalizão representa um salto1xbet csrelação à atual legislatura, onde a esquerda como um todo reúne menos1xbet cs80 deputados. Em um discurso nesta noite, Mélenchon afirmou que a "derrota do partido presidencial é total".

Mas o avanço considerado inédito e que representa a evolução mais significativa - que não havia sido prevista nessas proporções nas pesquisas que precederam a votação - é o da direita radical1xbet csMarine Le Pen.

O Rassemblement Nacional (Reagrupamento Nacional)1xbet csLe Pen foi a terceira força mais votada e multiplicou por 12 seu número1xbet csdeputados, alcançando melhor desempenho1xbet csuma eleição legislativa desde a criação do partido fundado por Jean-Marie Le Pen, pai1xbet csMarine, há 50 anos.

O Rassemblement Nacional passou1xbet csapenas sete deputados na atual legislatura, que se encerra, para 89,1xbet csacordo com os números divulgados pelo ministério do Interior. "É um tsunami", declarou o presidente do partido, Jordan Bardella. O resultado inesperado é considerado uma guinada no cenário político francês.

Com o desempenho, a direita radical1xbet csLe Pen poderá, pela segunda vez em1xbet cshistória (a primeira foi1xbet cs1988), formar um grupo no parlamento francês, que exige um número mínimo1xbet cs15 deputados. Isso garante mais meios materiais e financeiros, tempo para discursar, mas sobretudo o direito1xbet csapresentar projetos1xbet cslei.

"Esse grupo será1xbet cslonge o mais numeroso da história da nossa família política. Nós atingimos nosso objetivo: tornar o presidente Macron minoritário, sem controle do poder", declarou Le Pen neste domingo após a divulgação das estimativas. Ela também prometeu representar "uma oposição firme, mas respeitosa das instituições".

O segundo turno destas eleições legislativas, como o primeiro, foi marcado por uma forte abstenção,1xbet cs53,8%,1xbet csacordo com o Ministério do Interior. Os jovens e operários são os que mais se abstêm1xbet csvotar - na França, o voto não é obrigatório.

O duelo apertado entre a aliança centrista1xbet csMacron e a frente1xbet csesquerda Nupes no primeiro turno, que resultou1xbet csum empate, com uma diferença1xbet csapenas cerca1xbet cs21 mil votos a favor do Ensemble!1xbet csMacron, levou o presidente francês a lançar apelos às vésperas desse segundo turno, alertando que haveria "desordem" ou "bloqueio" da vida política francesa se ele não obtivesse uma "maioria sólida" no Parlamento.

Na França, tradicionalmente o partido do presidente que acaba1xbet csser eleito (no caso1xbet csMacron, reeleito1xbet csabril) vence também as eleições legislativas que ocorrem na sequência do pleito presidencial. Isso é interpretado como um voto1xbet csconfiança ao novo chefe1xbet csEstado, para que ele possa levar adiante seu programa1xbet csgoverno.

Mas Macron já vinha enfrentando forte oposição1xbet csparte do eleitorado, que se voltou para partidos radicais nas eleições presidenciais que reuniram mais da metade dos votos no primeiro turno1xbet csabril passado.

Quando foi eleito pela primeira vez,1xbet cs2017, Macron conseguiu obter sem dificuldades uma maioria absoluta no Legislativo, com 308 deputados, apesar1xbet csseu partido, recém-criado, não ter nenhum deputado na época.

Agora,1xbet cssigla, rebatizada1xbet csRenascimento (antigo República1xbet csMarcha), teria obtido apenas cerca1xbet cs150 cadeiras, conforme estimativas. Os demais partidos1xbet cssua coalizão completaram a diferença, totalizando as 245 cadeiras conquistadas.

Marine Le Pen votando dia 191xbet csjunho1xbet cs2022

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Partido1xbet csMarine Le Pen surpreendeu e conseguiu multiplicar por 121xbet cspresença no Parlamento

Dificuldade para governar

"É um fracasso para o presidente Macron. É um recuo maciço, um repúdio. Isso mostra claramente que os franceses quiseram sancionar o exercício1xbet csum poder visto como exercido1xbet csmaneira solitária. E ainda a1xbet csdesconfiança1xbet csrelação a vários temas, como a reforma da aposentadoria, o meio ambiente e o poder aquisitivo", declarou Brice Teinturier, diretor do instituto Ipsos.

Para conseguir governar faltando dezenas1xbet cscadeiras para atingir uma maioria absoluta, restará ao presidente Macron tentar fazer um acordo com a direita tradicional1xbet csOs Republicanos, na avaliação1xbet csespecialistas. O partido obteve 61 cadeiras e já apresenta divisões quanto a uma eventual aliança com Macron.

O presidente do partido, Christian Jacob, declarou neste domingo que os Republicanos se manterão na oposição. Mas personalidades como Jean-François Copé defendem um "pacto1xbet csgoverno". Os Republicanos correm o risco1xbet csimplodir por conta1xbet csuma eventual aliança com Macron e seus aliados, na avaliação1xbet csespecialistas.

Também resta pontualmente, para o governo, a adesão1xbet csalguns socialistas que se opuseram ao acordo para formar a frente1xbet csesquerda Nupes por discordarem1xbet cspontos do programa1xbet csMélenchon, sobretudo1xbet csrelação à Europa.

Mélenchon defende o não cumprimento1xbet csalguns tratados da União Europeia, principalmente1xbet csrelação às regras econômicas e orçamentárias.

O forte avanço1xbet csforças1xbet csoposição indica que a tarefa não será fácil para o presidente Macron. Com apenas 17 deputados na legislatura que se encerra neste domingo, a França Insubmissa1xbet csMélenchon conseguiu entravar discussões, como a da reforma da aposentadoria,1xbet cs2020, apresentando mais1xbet cs20 mil emendas, praticamente idênticas, mas que precisavam ser analisadas individualmente, com o objetivo1xbet csatrasar a adoção do projeto1xbet cslei, depois retirado pelo governo.

Além disso, o Reagrupamento Nacional1xbet csMarine Le Pen também deverá entravar a ação do governo agora com meios parlamentares reforçados.

A perda1xbet csmaioria absoluta deve complicar consideravelmente os planos1xbet csMacron1xbet csrealizar uma reforma da aposentadoria que prevê ampliar a idade mínima dos atuais 62 para 64 ou 65 anos. A discussão, que está1xbet csaberto, deve ser apresentada ao parlamento1xbet cssetembro.

"Vai ser muito difícil governar a França. Quais são as margens1xbet csmanobra1xbet csum país real quando há uma esquerda radical ambiciosa e repleta1xbet csenergia e uma direita radical na faixa1xbet cs17%?", afirma o analista político Jerôme Fourquet, diretor1xbet csopinião do instituto Ifop e autor1xbet csvários livros sobre a vida política francesa.

"Poderemos ter um segundo mandato1xbet csMacron semelhante ao1xbet csJacques Chirac entre 2002 e 2007, repleto1xbet csimobilismo", acrescenta.

"Guerrilha à vista", escreveu em1xbet csedição1xbet cshoje o Jornal do Domingo,1xbet csrazão da dificuldade para Macron1xbet csobter uma maioria absoluta e da forte oposição política1xbet cspartidos radicais.

Quinze ministros1xbet csMacron disputaram as eleições legislativas. Três deles, como a ministra da saúde, Brigitte Bourguignon, sofreram derrota e deverão deixar o cargo, como já havia avisado o presidente Macron. Já a primeira-ministra, Elisabeth Borne, venceu na região do Calvados e deverá se manter no posto.

O mandato dos deputados eleitos neste domingo começa nesta quarta-feira.

- Este texto foi originalmente publicado1xbet cshttp://www.mi-rob.com/internacional-61860384

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