Por que pessoas inteligentes caemmelhor app de apostasmentiras e notícias falsas sobre o coronavírus?:melhor app de apostas

Mulher olhando na tela do celular

Crédito, Getty Images

Pessoas com cartaz pedindo menos histeria e mais informações sobre a Aids

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, No passado, mentiras perigosas sobre a Aids pioraram a crise gerada pela doença

Uma pesquisa do instituto YouGov e da revista The Economistmelhor app de apostasmarçomelhor app de apostas2020 descobriu que 13% dos americanos acreditavam que a crise da covid-19 era uma farsa. Outros 49% acreditavam que a pandemia poderia ter sido provocada pelo homem. E, embora se espere que maior capacidade intelectual ou educação nos ajudem a diferenciar fatos da ficção, é fácil encontrar exemplosmelhor app de apostasmuitas pessoas instruídas que caem nesse tipomelhor app de apostasmentira.

Levemelhor app de apostasconsideração a escritora Kelly Brogan, uma importante teórica da conspiração da covid-19: ela é formada pelo MIT (Institutomelhor app de apostasTecnologiamelhor app de apostasMassachusetts) e estudou psiquiatria na Universidademelhor app de apostasCornell, ambos nos EUA.

No entanto, ela desconsiderou evidências claras do perigo do vírusmelhor app de apostaspaíses como China e Itália e chegou ao pontomelhor app de apostasquestionar os princípios básicos do conhecimento que se tem sobre os germes, ao mesmo tempomelhor app de apostasque endossava ideias pseudocientíficas.

Mesmo alguns líderes mundiais —melhor app de apostasquem você esperaria ter maior discernimento quando se tratamelhor app de apostasrumores infundados — estão espalhando informações imprecisas sobre o risco do surto e promovem remédios não comprovados que podem causar mais mal do que bem.

Isso levou o Twitter e o Facebook a fazerem algo inédito: removerem postagensmelhor app de apostaslíderes mundiais por espalharem desinformação.

Os psicólogos já estudam esse fenômeno há alguns anos. E as respostas que eles encontraram podem indicar novas maneirasmelhor app de apostasnos protegermos das mentiras e ajudarmos a conter a disseminaçãomelhor app de apostasde notícias falsas e comportamentos nocivos.

A americana Kelly Brogan, uma das principais conspiracionistas sobre a covid-19

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Formada no MIT, Kelly Brogan estudou na universidademelhor app de apostasCornell e mesmo assim questionou a existênciamelhor app de apostasuma pandemiamelhor app de apostascovid-19

Sobrecargamelhor app de apostasinformação

Parte do problema surge do excessomelhor app de apostasmensagens. Somos bombardeados com informações o dia todo, todos os dias e, portanto, frequentemente confiamosmelhor app de apostasnossa intuição para decidir se algo é verdade.

Os fornecedoresmelhor app de apostasnotícias falsas podem fazer com que suas mensagens pareçam "verdadeiras" atravésmelhor app de apostasalguns truques simples, que nos desencorajam nosso pensamento crítico — com práticas como verificar a credibilidade da fonte. Quando os pensamentos fluem sem problemas, as pessoas concordam.

Eryn Newman, da Universidade Nacional Australiana, por exemplo, mostrou que a simples presençamelhor app de apostasuma imagem ao ladomelhor app de apostasuma declaração aumenta nossa confiança emmelhor app de apostasveracidade — mesmo que a imagem esteja relacionada apenas tangencialmente à reivindicação. Uma imagem genéricamelhor app de apostasum vírus que acompanha alguma alegação sobre um novo tratamento, por exemplo, pode não oferecer provas da afirmação, mas nos ajuda a visualizar o cenário geral. Aceitamos essa "facilidademelhor app de apostasprocessamento" como um sinalmelhor app de apostasque a reivindicação é verdadeira.

Imagemmelhor app de apostasuma telamelhor app de apostascelular com notícia sobre o coronavírus e uma ilustração do vírus

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A mera presençamelhor app de apostasuma imagem ao ladomelhor app de apostasuma informação ajuda a aumentarmelhor app de apostasaparênciamelhor app de apostasveracidade

Por razões semelhantes, a desinformação incluirá linguagem descritiva ou histórias pessoais que parecem realistas. Também apresentará apenas fatos ou números familiares o suficiente — como mencionar o nomemelhor app de apostasum corpo médico reconhecido — para fazer a mentira parecer convincente, permitindo que ela se amarre ao nosso conhecimento anterior.

Até a simples repetiçãomelhor app de apostasuma afirmação — seja o mesmo texto ou várias mensagens — pode aumentar a aparênciamelhor app de apostas"veracidade", estimulando os sentimentosmelhor app de apostasfamiliaridade, que confundimos com precisão factual. Portanto, quanto mais vezes vemos algomelhor app de apostasnossas redes sociais, maior a probabilidademelhor app de apostaspensarmos que aquilo é verdade — mesmo se fôssemos originalmente céticos.

Compartilhar antesmelhor app de apostaspensar

Esses truques são conhecidos há muito tempo pelos publicitários e marqueteiros, mas as mídias sociaismelhor app de apostashoje podem aumentar nossa tendência à ingenuidade.

Evidências recentes mostram que muitas pessoas compartilham conteúdomelhor app de apostasforma automática, sem sequer refletir a respeito.

Gordon Pennycook, pesquisadormelhor app de apostaspsicologia da desinformação da Universidademelhor app de apostasRegina, Canadá, pediu aos participantesmelhor app de apostasum estudo que analisassem uma misturamelhor app de apostasmanchetes verdadeiras e falsas sobre o surtomelhor app de apostascoronavírus.

Pessoas conversando pela internet

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Pesquisas mostram que algumas pessoas compartilham notícias que elas conseguiriam reconhecer como falsas se pensassem sobre elas com cuidado

Quando foram especificamente solicitados a julgar a precisão das declarações, os participantes disseram que as notícias falsas eram verdadeirasmelhor app de apostascercamelhor app de apostas25% das vezes.

Quando foram simplesmente questionados se compartilhariam a manchete, no entanto, cercamelhor app de apostas35% disseram que repassariam as notícias falsas — 10% a mais.

"Isso sugere que as pessoas estavam compartilhando material que eles poderiam saber que era falso, se tivessem pensado mais diretamente", diz Pennycook. (Como grande parte da pesquisamelhor app de apostasponta sobre a covid-19, essa pesquisa ainda não passou por peer review, ou seja, não foi revisada por outros cientistas, mas um resultado parcial já foi divulgado.)

Talvez os cérebros dos participantes estivessem se perguntando se uma declaração receberia curtidas e compartilhamentosmelhor app de apostasvezmelhor app de apostasconsiderarmelhor app de apostasveracidade.

"As mídias sociais não incentivam a verdade", diz Pennycook. "O que elas incentivam é o engajamento."

Ou talvez as pessoas achassem que poderiam repassar a responsabilidademelhor app de apostasjulgar a veracidade para os outros: muitas pessoas têm compartilhado informações falsas com uma espéciemelhor app de apostasaviso, dizendo algo como "não sei se isso é verdade, mas...".

Mulhermelhor app de apostasmáscara

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Consumimos postagens e textos nas redes sociaismelhor app de apostasforma diferente dependendo do nosso perfil mental

As pessoas podem pensar que, se houver alguma verdade nas informações, isso pode ser útil para amigos e seguidores e, se não for verdade, é algo inofensivo — portanto, o ímpeto é compartilhá-las, sem perceber que o compartilhamento também causa danos.

Sejam promessasmelhor app de apostasremédios caseiros ou reclamações sobre algum tipomelhor app de apostasconspiração, a promessamelhor app de apostasobter uma forte reaçãomelhor app de apostasseus seguidores desviará as pessoas da pergunta óbvia.

Esta pergunta deve ser, é claro: isso é verdade?

Substituir reações

Pesquisas psicológicas clássicas mostram que algumas pessoas são naturalmente mais propensas a substituir suas respostas reflexivas do que outras. Essa descoberta pode nos ajudar a entender por que algumas pessoas são mais suscetíveis a notícias falsas do que outras.

Pesquisadores como Pennycook usam uma ferramenta chamada "testemelhor app de apostasreflexão cognitiva", ou TRC, para medir essa tendência. Para entender como funciona, considere a seguinte pergunta:

O dono do gato Mingau tem três gatos. Os dois primeiros são chamados Abril e Maio. Qual é o nome do terceiro?

Muitas pessoas respondem "Junho" intuitivamente — mas a resposta correta, é claro, é Mingau.

Para chegar a essa solução, você precisa pausar, pensar, e substituir a resposta inicial mais instintiva.

Loja vazia com cartaz sobre o coronavírus

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Para combater as notícias falsas, é importante apresentar os fatosmelhor app de apostasmaneira simples

Por esse motivo, as perguntas da TRC não são tanto um testemelhor app de apostasinteligência bruta, mas um teste da tendênciamelhor app de apostasalguém a empregarmelhor app de apostasinteligência, pensando as coisasmelhor app de apostasmaneira deliberada e analítica,melhor app de apostasvezmelhor app de apostasseguir suas intuições iniciais.

As pessoas que não fazem isso costumam ser chamadasmelhor app de apostas"avarentos cognitivos" pelos psicólogos, já que podem possuir capacidademelhor app de apostasraciocinar, mas não a "gastam".

A avareza cognitiva nos torna suscetíveis a muitos preconceitos cognitivos, e também parece mudar a maneira como consumimos informações (e desinformação).

Quando se tratava das declaraçõesmelhor app de apostascoronavírus, por exemplo, Pennycook descobriu que as pessoas que obtiveram uma nota ruim no TRC eram menos exigentes nas declarações que acreditavam e estavam dispostas a compartilhar.

Matthew Stanley, da Duke University, nos EUA, relatou um padrão semelhante na suscetibilidade das pessoas às teoriasmelhor app de apostasconspiratórias sobre coronavírus. Lembre-se que cercamelhor app de apostas13% dos cidadãos dos EUA acreditavam que a pandemia era uma farsa, o que poderia desencorajar a higiene e o distanciamento social.

"Treze por cento parece ser suficiente para fazer com que esse vírus se espalhe muito rapidamente", diz Stanley.

Testando os participantes logo após a pesquisa original YouGov/The Economist, ele descobriu que as pessoas que obtiveram uma pontuação pior no TRC eram significativamente mais suscetíveis a esses argumentos mentirosos.

Esses "avarentos cognitivos" também eram menos propensos a mudar seu comportamento para impedir a propagação da doença — como lavar as mãos e manter isolamento social.

Conter a disseminação

Saber que muitas pessoas — mesmo as inteligentes e as instruídas — têm essas tendências "avarentas"melhor app de apostasaceitar informações erradas pode nos ajudar a impedir a disseminaçãomelhor app de apostasinformações erradas.

Dado os estudos sobre o assunto — que mostram que "concordamos quando os pensamentos fluem sem problemas" — as organizações que tentam fazer checagem dos fatos devem evitar ser excessivamente complexas.

Em vez disso, eles devem apresentar os fatos da maneira mais simples possível —melhor app de apostaspreferência com recursos como imagens e gráficos que facilitam a visualização das ideias. Como Stanley coloca: "Precisamosmelhor app de apostasmais trabalhomelhor app de apostascomunicação e estratégia para atingir as pessoas que não estão tão dispostas a parar e pensar criticamente sobre tudo".

Simplesmente não é o suficiente apresentar um argumento sólido e esperar que ele resolva o problema.

Mulher olha no celularmelhor app de apostasuma sacada

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Medidas simples como avisar os usuários para pensar antesmelhor app de apostascompartilhar podem ajudar

Essas campanhas devem evitar repetir as mentiras, quando possível. A repetição faz com que a ideia pareça mais familiar, o que poderia aumentar a percepção da veracidade. Isso nem sempre é possível, é claro.

Mas as campanhas podem pelo menos tentar tornar os fatos verdadeiros mais proeminentes e memoráveis do que os mitos, para que eles tenham maior probabilidademelhor app de apostasficar na mente das pessoas. (É por esse motivo que esse artigo fornece o mínimomelhor app de apostasinformações possível sobre as mentiras e teorias da conspiração.)

Quando se tratamelhor app de apostasnosso próprio comportamento online, podemos tentar nos libertar da emoção gerada pelo conteúdo e pensar um pouco mais sobremelhor app de apostasveracidade antesmelhor app de apostastransmiti-lo. É baseadomelhor app de apostasboatos oumelhor app de apostasevidências científicas concretas? Você pode encontrar a fonte original? Como ele se compara aos dados existentes? O autor está usando falácias lógicas comuns para argumentar?

Essas são as perguntas que devemos fazer —melhor app de apostasvezmelhor app de apostasse o post vai gerar muitas curtidas ou se "poderia" ser útil para os outros.

Pennycook sugere que as redes sociais poderiam levar seus usuários a pensar mais com intervenções relativamente diretas. Em suas experiências, ele descobriu que pedir aos participantes que avaliassem a precisão factualmelhor app de apostasuma única alegação levou os participantes a começar a pensar mais criticamente sobre outras afirmações, o que os levou a dobrar o cuidado ao compartilhar informações.

Na prática, pode ser simples: uma plataformamelhor app de apostasmídia social que fornece lembretes ocasionais para pensar duas vezes antesmelhor app de apostascompartilhar já ajuda. E estudos cuidadosos podem ajudar as empresas a encontrar a estratégia mais confiável, diz ele.

Não há panaceia. Como nossas tentativasmelhor app de apostasconter o vírusmelhor app de apostassi, precisamosmelhor app de apostasuma abordagem multifacetada para combater a disseminaçãomelhor app de apostasinformações erradas e potencialmente fatais.

E, à medida que a crise se aprofunda, será responsabilidademelhor app de apostastodos conter essa disseminação.

*Artigo escrito por David Robson, autor do livro The Inteligente Trap (A Armadilha da Inteligência), que examina por que pessoas inteligentes agemmelhor app de apostasmaneira tola e as estratégias que podemos usar para tomar decisões mais sábias.

Línea
Mais sobre o coronavírus
Banner
Línea

melhor app de apostas Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube melhor app de apostas ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosmelhor app de apostasautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticamelhor app de apostasusomelhor app de apostascookies e os termosmelhor app de apostasprivacidade do Google YouTube antesmelhor app de apostasconcordar. Para acessar o conteúdo cliquemelhor app de apostas"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdomelhor app de apostasterceiros pode conter publicidade

Finalmelhor app de apostasYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosmelhor app de apostasautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticamelhor app de apostasusomelhor app de apostascookies e os termosmelhor app de apostasprivacidade do Google YouTube antesmelhor app de apostasconcordar. Para acessar o conteúdo cliquemelhor app de apostas"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdomelhor app de apostasterceiros pode conter publicidade

Finalmelhor app de apostasYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosmelhor app de apostasautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticamelhor app de apostasusomelhor app de apostascookies e os termosmelhor app de apostasprivacidade do Google YouTube antesmelhor app de apostasconcordar. Para acessar o conteúdo cliquemelhor app de apostas"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdomelhor app de apostasterceiros pode conter publicidade

Finalmelhor app de apostasYouTube post, 3