Como poluição sonora pode prejudicar seu coração:bet pix 365 original

"Morei pertobet pix 365 originaluma Autobahn alemã (nome dado a rodovias sem limitebet pix 365 originalvelocidade) e perto dos trilhosbet pix 365 originaltrem do centro da cidade", diz ele.

"O ruído das aeronaves é,bet pix 365 originallonge, o mais irritante."

Münzel tinha lido um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS)bet pix 365 original2009 que relacionava a poluição sonora a problemas cardíacos, mas as evidências na época eram escassas.

Movidobet pix 365 originalparte pela preocupação com a própria saúde,bet pix 365 original2011, ele mudou o focobet pix 365 originalsua pesquisa para aprender mais sobre o tema.

A exposição a ruídos altos é há muito tempo associada à perdabet pix 365 originalaudição. Mas o barulhobet pix 365 originalaviões e carros cobra um preço que vai além dos ouvidos.

O barulho do trânsito foi indicado como um grande fatorbet pix 365 originalestresse fisiológico, ficando depois da poluição do ar, ebet pix 365 originalpébet pix 365 originaligualdade com a exposição ao fumo passivo.

Na última década, um número cada vez maiorbet pix 365 originalpesquisas vinculou o barulhobet pix 365 originalaeronaves e do trânsito nas rodovias a um risco elevadobet pix 365 originaldoenças cardiovasculares.

E os cientistas também estão começando a identificar os mecanismos que estãobet pix 365 originaljogo.

Estimativas sugerem que cercabet pix 365 originalum terço das pessoas na Europa e nos Estados Unidos estão regularmente expostas a níveisbet pix 365 originalruído prejudiciais à saúde, geralmente definidos como aqueles a partirbet pix 365 originalcercabet pix 365 original70 a 80 decibéis.

Para efeitobet pix 365 originalcomparação, uma conversa normal alcança normalmente cercabet pix 365 original60 dB, carros e caminhõesbet pix 365 originaltornobet pix 365 original70 a 90 dB, enquanto sirenes e aviões podem atingir 120 dB ou mais.

Vários estudos associam a exposição crônica a esse tipobet pix 365 originalruído a um risco maiorbet pix 365 originalproblemasbet pix 365 originalsaúde.

Pessoas que moram perto do aeroportobet pix 365 originalFrankfurt, por exemplo, apresentam risco 7% maiorbet pix 365 originalderrame do que aquelas que morambet pix 365 originalbairros semelhantes, mas mais silenciosos,bet pix 365 originalacordo com um estudobet pix 365 original2018 que analisou dadosbet pix 365 originalsaúdebet pix 365 originalmaisbet pix 365 originalum milhãobet pix 365 originalpessoas.

Uma análisebet pix 365 originalquase 25 mil mortes por doenças cardiovascularesbet pix 365 original2000 a 2015 entre pessoas que moram perto do Aeroportobet pix 365 originalZurique, na Suíça, mostrou aumentos significativos da mortalidade no período noturno após sobrevoosbet pix 365 originalaviões, sobretudo entre mulheres, conforme uma equipebet pix 365 originalpesquisadores registrou recentemente no European Heart Journal.

À medida que os cientistas investigam a fisiologia por trás das consequências cardiovasculares da poluição sonora, eles chegam mais pertobet pix 365 originalum culpado: mudanças dramáticas no endotélio, o revestimento interno das artérias e vasos sanguíneos.

Esse revestimento pode irbet pix 365 originalum estado saudável para "ativado" e inflamado, o que pode ter desdobramentos potencialmente sérios.

O caminho do ruído até os vasos sanguíneos é mais ou menos assim: quando o som chega ao cérebro, ele ativa duas regiões importantes — o córtex auditivo, que interpreta o barulho, e a amígdala, que gerencia as respostas emocionais a ele.

À medida que o barulho fica mais alto, e especialmente durante o sono, a amígdala ativa uma reaçãobet pix 365 original"fuga ou luta" do corpo — mesmo que a pessoa não tenha consciência disso.

Uma vez iniciada, essa resposta ao estresse libera hormônios como adrenalina e cortisol. Algumas artérias se contraem, outras dilatam, a pressão arterial sobe, a digestão fica mais lenta, enquanto os açúcares e as gorduras inundam a corrente sanguínea para uso rápido dos músculos.

A reaçãobet pix 365 originalcascata ao estresse também estimula a criaçãobet pix 365 originalmoléculas prejudiciais que causam estresse oxidativo e inflamação no revestimento dos vasos sanguíneos.

Este endotélio disfuncional interfere no fluxo sanguíneo e afeta outros processos que, quando comprometidos, contribuem para uma sériebet pix 365 originaldoenças, incluindo pressão alta, acúmulobet pix 365 originalplaca nas artérias, obesidade e diabetes.

Estudos realizadosbet pix 365 originalpessoas e cobaias animais mostram que o endotélio já não funciona tão bem depoisbet pix 365 originalapenas alguns diasbet pix 365 originalexposição noturna ao barulhobet pix 365 originalaviões. Isso sugere que o ruído alto não é uma preocupação apenas para pessoas que já apresentam riscobet pix 365 originalproblemas cardíacos e metabólicos.

Adultos saudáveis ​​submetidos a gravaçõesbet pix 365 originaltrem enquanto dormiam tiveram a função dos vasos sanguíneos comprometida quase que imediatamente,bet pix 365 originalacordo com um estudobet pix 365 original2019 feito por Münzel e seus colegas.

"Ficamos surpresos que os jovens, depoisbet pix 365 originalouvir esses sons por apenas uma noite, apresentassem disfunção endotelial", diz Münzel, que também é coautorbet pix 365 originaluma revisãobet pix 365 originalestudos sobre ruído e saúde cardiovascular.

"Sempre pensamos que isso fosse algo que levasse anos para se desenvolver."

Enquanto novos dados continuam a surgir, desvendarbet pix 365 originalcausa e efeito ainda parece complicado.

Não é fácil conduzir experimentosbet pix 365 originalsonobet pix 365 originallongo prazo, ou distinguir entre os efeitos do ruído diurno e noturno, ou os efeitos do próprio ruído versus os efeitos combinados da poluição sonora e do ar (que muitas vezes andam juntos).

As consequências do ruído ambiental também são difíceisbet pix 365 originalanalisar devido à natureza subjetiva do som, diz Andreas Xyrichis, cientistabet pix 365 originalserviçosbet pix 365 originalsaúde da Universidade King's College London, no Reino Unido.

Xyrichis estuda unidadesbet pix 365 originalterapia intensivabet pix 365 originalhospitais, onde telefones tocando e o barulhobet pix 365 originalpratosbet pix 365 originalcomida podem ser reconfortantes ou prejudiciais à recuperação, dependendo do paciente.

"Estamos realmente tentando fazer essa distinção entre níveisbet pix 365 originaldecibéis e percepçãobet pix 365 originalruído", diz ele.

Apesar das questõesbet pix 365 originalaberto, há um reconhecimento cada vez maior das conexões entre poluição sonora e redução da saúde física.

Um relatóriobet pix 365 original2018 da OMS observou que, a cada ano, os europeus ocidentais estão perdendo coletivamente maisbet pix 365 original1,6 milhãobet pix 365 originalanosbet pix 365 originalvida saudável por causa do barulho do trânsito.

Este cálculo é baseado no númerobet pix 365 originalmortes prematuras causadas diretamente pela exposição ao ruído, assim como nos anos vividos com deficiências ou doenças induzidas pelo barulho.

E esse número tende a crescer. Em 2018, 55% das pessoas viviambet pix 365 originalcidades e,bet pix 365 original2050, esse percentual deve chegar a quase 70%, estima a Organização das Nações Unidas (ONU).

Alguns governos, atendendo a protestos da população, tentaram silenciar o clamor da urbanização adotando proibiçõesbet pix 365 originalvoos noturnos, incentivando tecnologias mais silenciosas e emitindo multas após reclamaçõesbet pix 365 originalbarulho.

As pessoas podem ajudar a si mesmas garantindo que seus quartos sejam o mais silenciosos possível, modernizando as janelas ou pendurando cortinas que reduzam ruído — e, se puderem, se mudando para bairros mais silenciosos.

Soluções mais baratas podem incluir usar tampõesbet pix 365 originalouvido à noite ou mudar o quarto para uma parte mais silenciosa da casa,bet pix 365 originalacordo com Mathias Basner, psiquiatra e epidemiologista da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e presidente da Comissão Internacional sobre os Efeitos Biológicos do Ruído.

Ele acredita que as pessoas devam tomar essas medidas, mesmo que não se sintam especialmente incomodadas pelo barulho.

"Se você está morandobet pix 365 originalManhattan, não vai notar o quão barulhento é depoisbet pix 365 originalum tempo porque fica normal", explica.

"Mas, se você se habituou psicologicamente, isso não significa que não tenha consequências negativas para a saúde."

* Este artigo foi publicado originalmente na Knowable Magazine e foi republicado aqui sob uma licença Creative Commons.

bet pix 365 original Leia a versão original bet pix 365 original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future bet pix 365 original .

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