O que a Ciência já sabe da covid longa, que afeta 1poker 888 casinocada 10 pacientes:poker 888 casino

O que ela não podia imaginar é que, um ano depois, um terço dos pacientes da clínica ainda estaria mal e,poker 888 casinogrande parte, incapazpoker 888 casinotrabalhar. Mais da metade nunca deu entradapoker 888 casinohospitais por causa da covid-19.

Quase tão logo a clínica foi aberta, Heightman começou a receber ligaçõespoker 888 casinomédicos locais intrigados, confusos com um fluxo repentinopoker 888 casinopacientes — muitas vezes relativamente jovens e sem problemaspoker 888 casinosaúde subjacentes — que apresentavam sintomas crônicos.

Todas as histórias seguiam um padrão recorrente, começando com uma infecção aparentemente branda, até que uma estranha constelaçãopoker 888 casinodoenças começava a aparecer. Em vezpoker 888 casinodiminuir, esses sintomas continuavam a persistir por semanas e até meses depois que o vírus supostamente havia deixado seus corpos.

Era um enigma que a comunidade médica não esperava.

"Estes pacientes foram inicialmente deixados para trás", diz Heightman.

"A maioria dos hospitais não conseguia vê-los facilmente, porque não tinha orçamento para abrir uma clínica pós-covid dedicada a isso. Mas agora eles são nosso foco principal."

O sintoma mais comum, que Heightman diz ter sido observadopoker 888 casinomaispoker 888 casino80% dos pacientes empoker 888 casinoclínica, é uma fadiga sufocante que atrapalha suas vidas, tornando difícil completar as tarefas diárias mais simples.

Pesquisas mostraram que a fadiga persistente está presentepoker 888 casinopelo menos 62% dos pacientes com covid longa.

Estes casos são conhecidos agora como "covid longa", "covid-19 pós-aguda" ou "síndrome pós-covid", uma doença pós-viral que provou ser mais prevalente do que se imaginava inicialmente.

O consenso científico geral é que cercapoker 888 casinoumpoker 888 casinocada 10 pacientes com covid-19 ainda apresentará sintomas 12 semanas depois.

Mas para compreender totalmente as sutilezas dessa condição complexa, é necessário considerar que a covid longa engloba dois grupospoker 888 casinopacientes muito díspares — aqueles que foram hospitalizados e aqueles que não foram — cada um com diferentes causas subjacentes.

O primeiro grupo se revelou muito mais simples para os médicos administrarem.

Normalmente, seus pulmões ou coração foram danificados pela infecção viral aguda ou pela tempestadepoker 888 casinocitocinas resultante — a resposta inflamatória severa que pode fazer com que o sistema imunológicopoker 888 casinoum paciente ataque seus próprios tecidos.

A tomografia computadorizada e a ressonância magnética revelam rapidamente a extensão do dano, enquanto medicamentos como a colchicina podem ser usados ​​para atenuar qualquer inflamação persistente nos órgãos internos.

Heightman diz que dois terços dos pacientes da clínica com covid longa que foram hospitalizados estão se recuperando bem, enquanto o terço restante apresentou melhorapoker 888 casinoseus exames após seis meses.

"Esperamos que a grande maioria desses pacientes melhore a pontopoker 888 casinonão ficar com problemas que limitem suas vidas", diz ela.

"Esperamos que menospoker 888 casino10% dos que ficaram na UTI por muito tempo, fiquem com alguma anormalidade cardíaca ou pulmonar permanente."

Mas os pacientes com sintomaspoker 888 casinolongo prazo que não foram hospitalizados se mostraram muito mais complicados.

De acordo com Heightman, o picopoker 888 casinoidade tende a ser entre 35 e 49 anos, e eles relatam uma variedade misteriosapoker 888 casinosintomas. Algumas pesquisas com pacientes identificaram até 98 sintomas diferentes.

Os mais comuns incluem fadiga, névoa cerebral, dores musculares e nas articulações, distúrbios do sono, enxaquecas, dor no peito, erupções cutâneas, nova sensibilidade a cheiros e sabores e disautonomia, condição normalmente rara que causa um aumento rápido e desconfortável dos batimentos cardíacos quando a pessoa tenta desempenhar qualquer formapoker 888 casinoatividade.

Heightman diz que enquanto 50% dos pacientes da clínica com covid longa que não foram hospitalizados melhoraram ao longopoker 888 casinoum ano a pontopoker 888 casinoserem capazespoker 888 casinogerenciar seus sintomas sozinhos, a metade restante ainda não está bem.

Muitas das informações que temos sobre o prognóstico e os sintomaspoker 888 casinolongo prazo apresentados por este grupopoker 888 casinopacientes vierampoker 888 casinoum punhadopoker 888 casinoclínicas especializadas, como apoker 888 casinoHeightman,poker 888 casinotodo o mundo, juntamente aos esforçospoker 888 casinocomunidades virtuaispoker 888 casinocovid longa, como a Patient-Led Research Collaborative (PLRC).

Enquanto metade dos pacientespoker 888 casinoHeightman teve uma boa recuperação, outros não tiveram tanta sorte. Uma pesquisa recente da PLRC pintou um quadro mais sombrio.

De 3.762 pacientes com covid longa, 77% ainda apresentavam fadiga após seis meses, 72% sentiam mal-estar após esforço, 55% sofriampoker 888 casinodisfunção cognitiva, enquanto 36% das pacientes do sexo feminino tinham problemas com o ciclo menstrual.

"Meu próprio ciclo desapareceu por três meses", diz Hannah Wei, parte da equipepoker 888 casinoliderança da PLRC, que também sofreu com a covid longa no ano passado.

A pesquisa identificou que, para muitos pacientes com covid longa que não foram hospitalizados, os sintomas vêm e vãopoker 888 casinotrês ondas distintas.

Esse padrão começa com tosse seca e febre, seguidas rapidamente por uma segunda ondapoker 888 casinonovos sintomas, como disautonomia, que atinge o pico após dois meses e,poker 888 casinoseguida, diminui gradualmente.

Um mês após a infecção inicial, uma terceira ondapoker 888 casinosintomas aparece, incluindo erupções cutâneas, dores musculares, novas alergias e névoa cerebral.

"Isso é o mais preocupante, porque essa ondapoker 888 casinosintomas só continua a piorar gradualmente, atingindo o pico por volta dos quatro meses, e depois continua", diz Wei.

Mas por que a covid-19 impacta esses pacientes dessa forma, e como é que algumas pessoas que foram infectadas há um ano ainda não se recuperaram?

Um dos maiores desafios para os médicos que tentam tratar a covid longa é que provavelmente haja uma variedadepoker 888 casinogatilhos ou causas subjacentes, dependendo do paciente.

Epidemias recentes têm servido como uma formapoker 888 casinoobter pistas cruciais sobre quais podem ser essas causas subjacentes.

Alguns cientistas acreditam que quase todos os surtos infecciosos deixam para trás uma proporçãopoker 888 casinopacientes que permanecem cronicamente doentes com padrõespoker 888 casinosintomas semelhantes à covid longa.

Isso é conhecido como a "cauda longa" das epidemias. Ao estudar sobreviventes do surtopoker 888 casinoSars (síndrome respiratória aguda grave) no início dos anos 2000 e da crisepoker 888 casinoebola na África Ocidental na década passada, um grupopoker 888 casinocientistas acredita que sabe por que isso acontece.

A cauda longa

Em 2004, Harvey Moldofsky, neurocientista da Universidadepoker 888 casinoToronto, no Canadá, recebeu um telefonemapoker 888 casinoum velho amigo. Um ano antes, a Sars havia saído da Ásia e se espalhado brevemente pelo Canadá, infectando 251 pessoas, sobretudo profissionaispoker 888 casinosaúde na áreapoker 888 casinoToronto.

Porém, maispoker 888 casino12 meses depois, 50 ainda não estavam bem, e John Patcai, médico do Toronto General Hospital, queria tentar descobrir o motivo.

"Era um mistério porque, embora não parecesse haver nenhuma evidênciapoker 888 casinoinflamação pulmonar persistente, ou do vírus da Sars, eles apresentavam todos esses sintomas", diz Moldofsky.

"Eles se sentiam fracos, extremamente fatigados, tinham dores por todo o corpo e eram completamente incapazespoker 888 casinotrabalhar. Chamamos issopoker 888 casinosíndrome pós-Sars e, como eu tinha um históricopoker 888 casinoestudospoker 888 casinofadiga, John me pediu para dar uma olhada neles."

Moldofsky logo identificou que os pacientes que sofriam dessa condição dormiam muito mal.

Ele suspeitava que isso, junto a outros sintomas, era um sinalpoker 888 casinoinflamação generalizada no cérebro, mas não tinha financiamento para investigar a fundo.

Até que veio uma luz. Cientistas na China relataram a descobertapoker 888 casinofragmentos do material genético do víruspoker 888 casinovárias células cerebraispoker 888 casinopacientes com síndrome pós-Sars.

Para Moldofsky, essa descoberta explicava grande parte do mal-estar que sentiam.

"Sabemos que há uma conexão direta do nosso nariz com o cérebro, chamada nervo olfatório, e é provavelmente assim que o vírus entrou diretamente na circulação cerebral", diz ele.

"Acredito que esses fragmentos virais estavam interferindo no funcionamentopoker 888 casinoseus cérebros, o que explicaria a má qualidade do sono e outros problemas."

Amy Proal, microbióloga que dirige a PolyBio Research Foundation, que estuda as causas das doenças inflamatórias crônicas, acredita que pequenas quantidadespoker 888 casinopatógenos que permanecem além do alcance do sistema imunológicopoker 888 casinocompartimentos remotos do corpo, conhecidos como reservatórios ou santuários anatômicos, são pelo menos parcialmente responsáveis ​​por uma sériepoker 888 casinosíndromes pós-infecciosas.

Isso inclui a covid longa, mas também uma sériepoker 888 casinodoenças misteriosas que intrigam os cientistas há décadas, como a doençapoker 888 casinoLyme crônica e a síndrome da fadiga crônica (SFC), condição que há muito tempo se especula ter origens infecciosas, embora alguns cientistas acreditem que pode haver uma variedadepoker 888 casinocausas potenciais, e apresenta uma sériepoker 888 casinosemelhanças com a covid longa.

"O fenômenopoker 888 casinopessoas que desenvolvem sintomas crônicos após um surto infeccioso não é novo", diz ela.

"Se o vírus Sars-CoV-2 não fizesse isso, seria praticamente a única vez documentadapoker 888 casinoque um patógeno importante não resultoupoker 888 casinocasos crônicos. Há uma grande quantidadepoker 888 casinoestudos, que foram negligenciados pela principal corrente da comunidade médica, mostrando como os organismos infecciosos podem persistir nos tecidos e contribuir para os processospoker 888 casinodoenças. Alguns vírus são altamente neurotróficos, o que significa que podem penetrar nos nervos e se esconder lá, e há evidênciaspoker 888 casinoque o Sars-CoV-2 (causador da covid-19) é capaz disso."

Proal diz que, no passado, muitos médicos foram rápidospoker 888 casinoatribuir as síndromes pós-infecciosas a fatores psicológicos,poker 888 casinovezpoker 888 casinoa efeitos latentespoker 888 casinoum patógeno que ainda causava danospoker 888 casinoalgum lugar do corpo.

No entanto, na última década, os surtospoker 888 casinoebola, zika e agorapoker 888 casinocovid-19 resultarampoker 888 casinodoenças crônicaspoker 888 casinolongo prazopoker 888 casinouma parte dos sobreviventes, gerando uma maior abertura a essa ideia.

Em particular, o ebola já ensinou muito aos cientistas sobre a capacidadepoker 888 casinoos vírus permanecerem no corpo por meses e, às vezes, até anos.

Desde 2013, Georgios Pollakis, microbiólogo da Universidadepoker 888 casinoLiverpool, no Reino Unido, tem trabalhado com hospitaispoker 888 casinotoda a África Ocidental, monitorando casos registradospoker 888 casinoebola longo,poker 888 casinoque os sobreviventes relatam dor, fadiga e uma sériepoker 888 casinosintomas neurológicos, incluindo dorpoker 888 casinocabeça e tontura.

Intrigados com pesquisas que indicam que uma alta proporçãopoker 888 casinosobreviventes do ebola apresentam uma ressurgência dos níveispoker 888 casinoanticorpos do vírus até um ano após a infecção, Pollakis e outros pesquisadores detectaram a presençapoker 888 casinoseu material genéticopoker 888 casinoreservatórios por todo o corpo, do olho aos linfonodos, e até mesmo nos fluidos corporais, como leite materno e sêmen.

Embora os cientistas pensassem anteriormente que esses traços virais poderiam ser relativamente benignos, o ebola longo mostrou que um vírus pode permanecer ativo nesses reservatórios por meses ou até anos.

No início deste ano, uma nova análise genética, publicada como preprint (sem revisãopoker 888 casinopares), sugeriu que um surto recente na Guiné se originou a partirpoker 888 casinoum sobrevivente do ebola que contraiu a infecção inicialmente entre 2014 e 2016.

O homem espalhou o vírus ao infectar uma parceira sexual, depoispoker 888 casinoo mesmo ter ficado dormentepoker 888 casinoseus testículos por pelo menos cinco anos.

Pollakis acredita que os sintomas do ebola longo e da covid longa ocorrem porque o corpo não consegue eliminar completamente o vírus.

Em vez disso, os restos do material genético do vírus se escondempoker 888 casinoreservatórios onde induzem inflamação local.

Periodicamente, o vírus volta para a corrente sanguínea e desencadeia uma reação imunológica, junto a outros sintomas.

Ele ressalta que o Sars-CoV-2 demonstrou ser capazpoker 888 casinoinfectar uma ampla variedadepoker 888 casinotecidos do corpo, do cérebro aos testículos.

"Com a covid-19, foi mostrado que o vírus pode ser medido no sêmen por longos períodospoker 888 casinotempo", diz ele.

"Portanto, já temos suspeitaspoker 888 casinoque ele pode permanecer nesses locais imunoprivilegiados."

Mas fragmentos intrusos do vírus Sars-CoV-2 provavelmente não são a única causa da covid longa.

O aparecimento súbitopoker 888 casinoalergias que antes não existiam, assim como as dores musculares e na articulaçãopoker 888 casinoalguns pacientes, sugerem que o vírus pode desencadear uma reação autoimunepoker 888 casinoalguns casos.

"Achamos que,poker 888 casinoalguns pacientes, algo na covid estimula o sistema imunológico a atacar o próprio tecido do corpo,poker 888 casinomaneira semelhante a doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide e esclerose múltipla", afirma Heightman.

Isso pode ajudar a explicar a proporção relativamente altapoker 888 casinomulheres que sofrempoker 888 casinocovid longa.

Heightman diz que 66% dos pacientes da clínica são mulheres, e distorçõespoker 888 casinogênero semelhantes foram relatadaspoker 888 casinoquem sofre SFC.

As mulheres também são mais vulneráveis ​​ao desenvolvimentopoker 888 casinodoenças autoimunes.

A PLRC está trabalhando atualmente com uma sériepoker 888 casinogrupospoker 888 casinopesquisa para identificar pacientes com covid longa com autoanticorpos — anticorpos que atacam suas próprias proteínas — que podem estar causando algunspoker 888 casinoseus sintomas.

Uma resposta autoimune à infecção viral inicial também pode estar ligada a outra teoria dominante, que pode explicar alguns dos sintomas mais estranhos da covid longa, como disautonomia e coágulos sanguíneos.

Alguns cientistas veem a covid-19 como uma doença endotelial,poker 888 casinoque a inflamação gerada contra o vírus acaba danificando o endotélio vascular, uma camada frágil que atua como uma interface entre o sangue e os tecidos do corpo.

No início deste ano, cientistas da Universidadepoker 888 casinoCopenhagen, na Dinamarca, propuseram que,poker 888 casinoalguns pacientes com covid longa, o corpo poderia acabar atacando suas próprias estruturas vasculares.

Maspoker 888 casinooutro subgrupopoker 888 casinopacientes, algo ainda mais estranho pode estar acontecendo.

Vários estudos relataram a reativação do vírus herpes zoster — mais comumente conhecido como causador da catapora —, assim como do vírus Epstein-Barr e do citomegalovíruspoker 888 casinopacientes com covid-19 aguda.

Todos esses são vírus que sabemos que são retidos no corpo por toda a vida, uma vez que podem permanecer inativos dentro das células.

Alguns pesquisadores especularam que a covid-19 poderia estar desencadeando a reativaçãopoker 888 casinovírus que permaneceram latentes no corpo por anos ou até mesmo décadas, levando ao desenvolvimentopoker 888 casinosintomas crônicos.

"Uma das coisas que o vírus Sars-CoV-2 faz é neutralizar a sinalização do interferon, e os interferons fazem parte do sistema imunológico que mantém os vírus sob controle", diz Proal.

"Então, se você já tinha o vírus Epstein-Barr adormecidopoker 888 casinoseu corpo, ele poderia ser reativado e infectar um novo nervo ou novo tecido, talvez entrar no sistema nervoso central, e isso poderia resultar nesses sintomas crônicos."

Essa complexidade da covid longa, com seus inúmeros sintomas e múltiplas causas possíveis, gera um grande desafio para os médicos que tentam descobrir como tratar os pacientes.

Embora os governos tenham se esforçado para destinar fundos para aprofundar nossa compreensão da doença —poker 888 casinofevereiro, o Instituto Nacionalpoker 888 casinoPesquisapoker 888 casinoSaúde e a Agênciapoker 888 casinoPesquisa e Inovação do Reino Unido concederam a cientistas da Universidadepoker 888 casinoBirmingham £ 2,2 milhões para estudar a covid longa —, ensaios clínicos analisando a possibilidadepoker 888 casinodiferentes tratamentos ainda estão por começar.

Para médicos e pacientes, essa demora está se revelando difícilpoker 888 casinoaceitar.

"Você se sente um pouco desamparado porque, tanto para os médicos quanto para os pacientes com covid longa, não há tempo, precisamospoker 888 casinorespostas agora", diz Heightman.

"Você tem pacientes lá fora que estão tentando todos os tipospoker 888 casinocoisaspoker 888 casinodesespero."

Entre os medicamentos alternativos que estão sendo experimentados, estão a quercetina, um pigmento vegetal encontrado no chá verde, na cebola epoker 888 casinovárias frutas silvestres, e a niacina, uma formapoker 888 casinovitamina B com propriedades antioxidantes.

A basepoker 888 casinoevidências para qualquer uma dessas terapias permanece insignificante, mas, como observa Heightman, os pacientes estão recorrendo a elas porque os médicos podem oferecer poucas opções.

Por causa disso, alguns especialistas acreditam que os pacientes devem ser tratados com base no que sabemos sobre outras doenças semelhantes.

A busca do tratamento

Para a covid longa e outras síndromes pós-infecciosas, a fadiga, a dor e a névoa cerebral são alguns dos sintomas mais persistentes e preocupantes.

"Quando eu estava realmente lutando contra a covid longa no verão passado, havia diaspoker 888 casinoque eu simplesmente não sabia o que estava fazendo", lembra Wei.

"Tinha dificuldadepoker 888 casinopensar com clareza, e teve um momentopoker 888 casinosetembropoker 888 casinoque percebi que não conseguia me lembrarpoker 888 casinomuita coisa do verão. Para mim, isso foi bastante assustador, porque normalmente tenho memórias muito vivas."

Esse tipopoker 888 casinoperdapoker 888 casinomemória e confusão é frequentemente visto na SFC, e nos últimos oito anos os cientistas que pesquisaram a doença chegaram à conclusãopoker 888 casinoque uma das principais causas subjacentes é a neuroinflamação, impulsionada por células imunológicas no cérebro chamadas micróglias.

Em indivíduos saudáveis, as micróglias desempenham um papel fundamentalpoker 888 casinomanter os neurônios do cérebro funcionando normalmente, mas elas são vulneráveis ​​a distúrbios.

Picospoker 888 casinoinflamação na corrente sanguínea, seja por uma reação autoimune desencadeada por uma infecção ou pela presença prolongadapoker 888 casinoum vírus, podem fazer com que essas células bombeiem para fora suas próprias moléculas inflamatórias, que então se dispersam rapidamente pelo cérebro.

Estudospoker 888 casinoimagem conduzidos por cientistas japoneses revelaram uma neuroinflamação crônicapoker 888 casinovários pacientes com SFC, enquanto um distúrbio microglial semelhante ocorrepoker 888 casinovários transtornos psiquiátricos, como depressão e esquizofrenia.

Como resultado, Valeria Mondelli, imunologista do Kings College London, no Reino Unido, está defendendo a realizaçãopoker 888 casinotestespoker 888 casinomedicamentos anti-inflamatórios para pacientes com covid longa.

"Tanto anti-inflamatórios quanto a minociclina — um antibiótico que parece funcionar para pacientes com níveis mais elevadospoker 888 casinoinflamação no sangue — ou inibidorespoker 888 casinocitocinas, podem ser opçõespoker 888 casinotratamentopoker 888 casinopotencial", diz ela.

David Kaufman, médico especialistapoker 888 casinoSFC que tratou cercapoker 888 casino1 mil pacientespoker 888 casinoMountain View, na Califórnia, nos últimos oito anos, acredita que os médicos dedicados à covid longa também deveriam procurar evidênciaspoker 888 casinodisfunção no microbioma, o que poderia estar deixando esses pacientes mais vulneráveis a sofrer problemaspoker 888 casinolongo prazo com o vírus SARS-CoV-2.

Embora a SFC seja frequentemente considerada uma doençapoker 888 casinoque os pacientes raramente melhoram, Kaufman tem uma taxapoker 888 casinosucesso incomumente alta. Segundo ele,poker 888 casino15% a 20%poker 888 casinoseus pacientes tiveram uma recuperação completa, embora esta afirmação seja puramente baseada no relato dele.

Ele diz que isso se devepoker 888 casinoparte àpoker 888 casinopersistênciapoker 888 casinoprocurar e tratar sinaispoker 888 casinoum intestino gotejante — uma maior permeabilidade do revestimento intestinal, que deixa as pessoas geneticamente suscetíveis mais propensas a desenvolver doenças autoimunespoker 888 casinoresposta a um gatilho externo, como uma infecção viral.

Isso acontece porque o intestino está permitindo que toxinas e bactérias entrem na corrente sanguínea, causando uma sériepoker 888 casinoproblemas subjacentes, desde a inflamação crônica até a síndromepoker 888 casinoativação dos mastócitos — condição que normalmente ocorre durante uma reação alérgica.

Isso pode ser agravado ainda mais por uma infecção subsequente.

"80% dos pacientes com SFC que testei têm um pequeno supercrescimentopoker 888 casinobactérias intestinais", diz Kaufman.

"Como o intestino é um importante órgão imunológico, isso os leva a um caminho para problemas autoimunes."

Alguns estudos preliminares já sugeriram que desequilíbrios no microbiomapoker 888 casinopacientes com covid longa podem estar contribuindo para seus sintomas inflamatórios persistentes.

Mas embora provavelmente mais pesquisas sejam necessárias para que medicamentos como prebióticos ou anti-inflamatórios sejam recomendados para pacientes com covid longa, alguns sintomas individuais já estão se mostrando mais tratáveis ​​do que outros.

Heightman conta que os pacientes com covid longa que apresentam reações do tipo alérgica tendem a responder bem aos anti-histamínicos.

Amy Kontorovich, cardiologista do Hospital Monte Sinai que se especializou no tratamentopoker 888 casinodisautonomia, desenvolveu um novo programapoker 888 casinofisioterapia conhecido como Terapiapoker 888 casinoCondicionamento Autônomo (ACT, na siglapoker 888 casinoinglês) que demonstrou ser capazpoker 888 casinoreduzir os sintomaspoker 888 casinofadigapoker 888 casinoalguns pacientes com covid longa e, desde então, foi adotado por 53 centrospoker 888 casinofisioterapiapoker 888 casinotoda a áreapoker 888 casinoNova York.

Kontorovich explica que o ACT começa com exercíciospoker 888 casinoamplitudepoker 888 casinomovimento, antespoker 888 casinoprogredir para diferentes exercícios aeróbicos que aumentam lentamentepoker 888 casinointensidade, mas nunca permitem que o paciente ultrapasse 85%poker 888 casinosua frequência cardíaca máxima.

A técnica é inspiradapoker 888 casinoum programapoker 888 casinorecondicionamento semelhante, que se mostrou eficaz no tratamentopoker 888 casinouma formapoker 888 casinodisautonomia, conhecida como POTS.

"Parece programar o sistema nervoso autônomo para reconectar as coisas", diz ela.

"Uma das tendências interessantes que vipoker 888 casinomuitos dos pacientes com covid longa que tratei é que eles eram anteriormente muito ativos e, durante o períodopoker 888 casinosua doença aguda, ficavam deitados na cama ou principalmente sedentários. Esse períodopoker 888 casinoinatividade pode ser um fator que contribui para o padrãopoker 888 casinodisautonomia pós-covid, pois sabemos que isso pode acontecer com o descondicionamento."

Mas a ACT não é uma solução milagrosa — Kontorovich afirma que alguns pacientes com disautonomia particularmente severa muitas vezes não conseguem completar o programa porque se sentem muito mal — mas seus primeiros resultados mostram que pode beneficiar os pacientes que conseguem completá-lo.

Heightman acrescenta que muitos pacientes com covid longa também simplesmente melhoram com o passar do tempo, conforme seus corpos se recuperam e se curam.

Como o vírus SARS-CoV-2 existe há pouco maispoker 888 casinoum ano e meio, ainda é muito cedo para dizer por quanto tempo os sintomas crônicos podem durar.

"Não quero que ninguém com sintomaspoker 888 casinocovid longa tenha medopoker 888 casinoque nunca vai passar, porque uma proporção muito significativapoker 888 casinopessoas melhora no primeiro ano", diz ela.

Para aqueles que continuam a lutar, no entanto, a esperança é que os milhõespoker 888 casinodólarespoker 888 casinobolsaspoker 888 casinopesquisa que estão sendo distribuídos gerem algumas possibilidadespoker 888 casinotratamento viáveis, caso contrário, a covid longa pode deixar consequências sociais e econômicas profundas na sociedade.

"Se não encontrarmos respostas, podemos estar falandopoker 888 casinomilhõespoker 888 casinopessoas que não conseguirão trabalhar da mesma maneira", diz Kaufman.

"Uma parcela muito significativa dos pacientes com covid longa são profissionais da saúde. São pessoas qualificadas, ativas e altamente produtivas que agora não podem funcionar. O impacto disso será enorme."

poker 888 casino Leia a versão original poker 888 casino desta reportagem (em inglês) no site BBC Future poker 888 casino .

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