Criança ferida, família sem sobreviventes: a triste situaçãosite da caixa apostascentenassite da caixa apostascrianças que ficaram órfãssite da caixa apostasGaza:site da caixa apostas

Ahmed Shabat é uma daquelas crianças que foram descritas como uma criança ferida, sem família sobrevivente, quando chegou ferida e chorando ao Hospital Indonésio no nortesite da caixa apostasGaza. O meninosite da caixa apostastrês anos sobreviveu a um ataque aéreo contrasite da caixa apostascasasite da caixa apostasBeit Hanoun,site da caixa apostasmeadossite da caixa apostasnovembro. Mas seu pai,site da caixa apostasmãe e seu irmão mais velho foram mortos.

Milagrosamente, na época, ele teve apenas ferimentos leves. Mais tarde foi revelado que seu irmão mais novo, Omar,site da caixa apostasdois anos, também tinha sobrevivido ao ataque. Os dois se reencontraram depoissite da caixa apostasum membro adulto da família ter sido localizado.

"Depois do bombardeamento, soubemos que havia uma criança no hospital indonésio sem ninguém para acompanhá-la, por isso fomos para lá imediatamente", explicou o tiosite da caixa apostasAhmed, Ibrahim Abu Amsha. "Ahmed estava com um estranho. Ele disse que Ahmed foi lançado ao ar e encontrado ferido a cercasite da caixa apostas20 metros da casa."

Ahmed e Omar eram agora órfãos, sem casa, sem abrigo para protegê-los dos bombardeios contínuos, e por isso Ibrahim decidiu cuidar deles, juntamente com asite da caixa apostasprópria família. Ele inicialmente os levou para a cidadesite da caixa apostasSheikh Radwan, mas disse que eles partiram após "Ahmed ser atingido por fragmentossite da caixa apostasvidro"site da caixa apostasuma explosão.

Depois foram para o camposite da caixa apostasNuseirat para ficarem numa escola ligada à ONU. Mas mesmo no novo local, foram novamente atingidos, com consequências devastadoras para Ahmed.

"Saí correndo pela porta da escola e vi Ahmed na minha frente, no chão, sem as duas pernas. Ele estava rastejandosite da caixa apostasminha direção, abrindo os braços,site da caixa apostasbuscasite da caixa apostasajuda." Um membro da família, que estava com Ahmed no momento da explosão, foi morto.

Ibrahim, que ainda está desalojado junto comsite da caixa apostasprópria família e com os filhos dasite da caixa apostasirmã, diz que sonha poder enviar Ahmed para tratamento forasite da caixa apostasGaza.

"Ele queria ser muitas coisas", disse seu tio com tristeza. "Quando saíamos juntos para assistir a jogossite da caixa apostasfutebol, ele disse que queria se tornar um jogadorsite da caixa apostasfutebol famoso."

Assim como Ahmed, Muna Alwan também é órfãsite da caixa apostasguerra e foi descrita como WCNSF quando chegou ao Hospital Indonésio.

A meninasite da caixa apostasdois anos pede constantemente porsite da caixa apostas"mamãe", que está morta.

Muna foi retirada dos escombros depois que um ataque aéreo atingiu a casasite da caixa apostasum vizinho na áreasite da caixa apostasJabal al-Rais, no nortesite da caixa apostasGaza. Os pais, irmão e avôsite da caixa apostasMuna foram mortos. O olhosite da caixa apostasMuna ficou gravemente ferido esite da caixa apostasmandíbula foi fraturada.

Muna foi transferida para outro hospital, onde foi localizada porsite da caixa apostastia Hanaa.

"Sabíamos pela internet que Muna estava no Hospital Nasser. Viemos e a reconhecemos", explica Hanaa. Mas ela diz quesite da caixa apostassobrinha está sofrendo terrivelmente.

"Ela só quer gritar, sempre com medo, principalmente se alguém se aproxima dela", acrescenta Hanaa.

Muna tem irmãs mais velhas que estão vivas, mas elas estão na Cidadesite da caixa apostasGaza.

"Elas estão lá e não há como trazê-las para o sul”, diz Hanaa, acrescentando: "Eu me pergunto constantemente: o que faremos?"

'Perdi minha perna e minha família'

Numa camasite da caixa apostasmetal no cantosite da caixa apostasum quarto do Hospital Nasser,site da caixa apostasKhan Yunis, sulsite da caixa apostasGaza, Dunya Abu Mehsen,site da caixa apostas11 anos, olha para o que resta dasite da caixa apostasperna direita envoltasite da caixa apostasbandagens brancas.

A menina,site da caixa apostaslongos cabelos cacheados, está sentada na beira da cama, usando um vestido vermelho aveludado, e fica calada a maior parte do tempo,site da caixa apostasprofunda tristeza.

Dunya sobreviveu a um ataque aéreo com o seu irmão, Yusuf, e asite da caixa apostasirmã mais nova. O ataque ocorreu quando todos dormiam nasite da caixa apostascasa, no bairrosite da caixa apostasal-Amal,site da caixa apostasKhan Yunis, no sulsite da caixa apostasGaza.

Mas seus pais, irmão e irmã foram mortos. Ela também perdeu a perna direita.

"Quando vi meu pai, fiquei com medo porque ele estava cobertosite da caixa apostassangue e pedras. As pessoas estavam ao nosso redor e minha irmã gritava", conta Dunya. "Olhei para mim mesma e não tinha perna. Senti dor e meu único pensamento foi: 'Como é que perdi minha perna?'"

"Dunya não se lembrasite da caixa apostascomo e quando chegou ao hospital, mas lembra-sesite da caixa apostasestar lá sozinha esite da caixa apostasa equipe médica lhe fazer várias perguntas na tentativasite da caixa apostasidentificarsite da caixa apostasfamília", explicasite da caixa apostastia Fadwa Abu Mehsen.

"Ela me disse: 'Ouvi a enfermeira dizer:' que Deus tenha misericórdia deles'. Eu sabia que ela se referia à minha mãe e ao meu pai.'"

Sua tia, sentada ao lado dela no quarto do hospital com a cadeirasite da caixa apostasrodas que se tornou o único meio para a menina sair e respirar ar puro, diz: "Ela costumava ser brincalhona, forte e muito ativa antes da lesão".

Dunya diz: "Hoje perdi minha perna e minha família, mas ainda tenho sonhos. Quero fazer uma prótesesite da caixa apostasperna, viajar, ser médica e que esta guerra acabe e que nossos filhos vivamsite da caixa apostaspaz.'"

Determinar o número precisosite da caixa apostascrianças órfãs na Faixasite da caixa apostasGaza é um desafio dada a "intensidade do conflito e a rápida evolução da situação no terreno",site da caixa apostasacordo com Ricardo Pires, gestorsite da caixa apostascomunicação do fundo das Nações Unidas para a infância, Unicef.

Pires acrescenta que a organização tentou contatar hospitais e profissionaissite da caixa apostassaúdesite da caixa apostasGaza para identificar e registrar crianças, mas "esses esforços estão avançando muito lentamente devido às condições extremamente desafiadoras".