O que WhatsApp, Telegram, TikTok, Facebook e YouTube prometem fazer contra fake news nas eleições:jogos de apostas desportivas

  • Shin Suzuki
  • Da BBC News Brasiljogos de apostas desportivasSão Paulo
Telajogos de apostas desportivascelular

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jogos de apostas desportivas Numa mesma semana, o YouTube divulgoujogos de apostas desportivaspolítica contra desinformação nas eleições e o Telegram assinou formalmente seu compromisso com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para monitorar fake news dentrojogos de apostas desportivassua plataforma.

Dessa forma, as redes sociais e os appsjogos de apostas desportivasmensagem que reúnem mais usuários no país estão com acordos firmados para analisar conteúdo e trocar informações com a Justiça Eleitoral.

Desde a década passada, empresasjogos de apostas desportivastecnologia são criticadas por faltajogos de apostas desportivasações para conter a circulaçãojogos de apostas desportivasnotícias falsas. Assim, muitas adotaram,jogos de apostas desportivasanos recentes, medidas para mitigar o problema.

No caso do Telegram, a empresa não se pronunciava sobre os convites do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para explicar qual seria a estratégia contra desinformação na plataforma no contexto da votaçãojogos de apostas desportivasoutubro. Foram mesesjogos de apostas desportivastentativa.

O ministro do Supremo Alexandrejogos de apostas desportivasMoraes pediu então o bloqueio do aplicativo no Brasil. Rapidamente houve contato e promessa da empresa para tomar providências - uma delas é monitorar o que circula nos cem canais mais populares no Brasil.

Vale dizer que esse acompanhamento é centradojogos de apostas desportivasgrupos públicos, que podem reunir no Telegram até 200 mil usuários e onde é encontrado a maior parte da desinformação que circula.

Já o YouTube, que pertence ao Google, anunciou que vai remover vídeos com dados incorretos sobre o horário e localjogos de apostas desportivasvotação, com declarações falsas sobre estadojogos de apostas desportivassaúdejogos de apostas desportivascandidatos e que incentivem romper o processo democrático.

Logo do YouTube

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No YouTube, vídeos que coloquemjogos de apostas desportivasdúvida a integridade das próximas eleiçõesjogos de apostas desportivasoutubro não serão automaticamente removidos

Foi incluída também a proibiçãojogos de apostas desportivasquestionar o resultado do processo eleitoraljogos de apostas desportivas2018 no Brasil.

Mas vídeos que coloquemjogos de apostas desportivasdúvida a integridade das próximas eleiçõesjogos de apostas desportivasoutubro não serão automaticamente removidos.

O YouTube justificou: "Até que os resultados das eleiçõesjogos de apostas desportivas2022 sejam confirmados pela Justiça Eleitoral brasileira, atuaremos limitando a recomendaçãojogos de apostas desportivasvídeos que contenham informações que induzam os nossos usuários ao erro", ou seja, vídeos do tipo terão acesso restrito, mas não serão excluídos.

A plataforma diz que "as políticas do YouTube passam por constante avaliação e, quando necessário, por atualizações". Afirma ainda que essas políticas são elaboradas "sem limitar a realização do debate público, a liberdadejogos de apostas desportivasexpressão e a proteção da variedadejogos de apostas desportivasvozes".

Moderação e expressão

Como as empresas atuam sobre a circulaçãojogos de apostas desportivasinformação tem sido uma das grandes questões na propagaçãojogos de apostas desportivasnotícias falsas ejogos de apostas desportivasdiscursojogos de apostas desportivasódio.

Heloisa Massaro, diretora do InternetLab, um centrojogos de apostas desportivaspesquisa brasileiro sobre direito e tecnologia, afirma que as grandes empresas do setor se guiam pela noção norte-americanajogos de apostas desportivasliberdadejogos de apostas desportivasexpressão - fundamentada na primeira emenda da constituição dos EUA.

E junto há o caso do Telegram do russo Pavel Durov, que admira o conceito libertário,jogos de apostas desportivasmínima interferência na plataforma ejogos de apostas desportivasmáxima distânciajogos de apostas desportivasgovernos.

Sede do TSE

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Sede do TSEjogos de apostas desportivasBrasília, que vem firmando acordos com as maiores redes sociais

Na visãojogos de apostas desportivasMassaro, essa postura, que muitas vezes resultajogos de apostas desportivasfaltajogos de apostas desportivasmoderaçãojogos de apostas desportivasconteúdo, ameaça o discurso livre.

"A liberdadejogos de apostas desportivasexpressão não é apenas ausênciajogos de apostas desportivasinterferência. Para que as pessoas consigam se expressar livremente é preciso um ambiente seguro. A moderaçãojogos de apostas desportivasconteúdo garante segurança para a expressão porque discursos violentos muitas vezes estão silenciando outras vozes."

Identidades políticas proeminentes

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Pesquisadores da área vêm chamando atenção para a crescente complexidade do cenáriojogos de apostas desportivasdesinformação e a tentativajogos de apostas desportivasencontrar soluções.

"Não existe uma balajogos de apostas desportivasprata contra desinformação, não existe uma resposta só. É um problema tão complexo, que envolve tantos fatores, que as soluções precisam ser multifacetadas. Não dependem só das políticas das plataformas oujogos de apostas desportivasuma regulação governamental", afirma Massaro, do InternetLab.

Para o pesquisador e professor da USP Pablo Ortellado, "o problema da desinformação é que reforça crenças e identidades que uma pessoa já tem e são muito fortes. Se você pergunta se a pessoa está atenta às fake news, ela está, mas para as que vêm do lado adversário".

Estratégias como verificaçãojogos de apostas desportivasnotícias e educação midiática são muito importantes, mas, diz Ortellado, "tudo isso esbarra no limitejogos de apostas desportivasque as pessoas estão neste momento com suas identidades políticas muito proeminentes".

Essas identidades políticas, analisa o pesquisador, abarcam questões morais com uma centralidade muito maior no debate político atual.

"Temas que não são economia ou política social sempre existiram, mas estavam na periferia do debate político. Esses temas morais saíramjogos de apostas desportivaslá e hoje ocupam uma posição central."

O professor da USP afirma que a desinformação é um efeito colateral da polarização "alimentada por todo um ecossistemajogos de apostas desportivassites,jogos de apostas desportivascanaisjogos de apostas desportivasplataformas como YouTube e Telegram, tornando essas crenças mais fortes".

Para Yasmin Curzijogos de apostas desportivasMendonça, pesquisadora do Centrojogos de apostas desportivasTecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio (CTS-FGV), apesar da disposição das empresasjogos de apostas desportivasreforçar compromissos com as instituições brasileiras, as soluções estão longe do ideal.

"O principal envolve, justamente, a baixa eficiência da moderaçãojogos de apostas desportivasconteúdo. Há baixa transparência sobre as equipesjogos de apostas desportivasmoderadores humanos no país. Isso é uma condição básica tanto para a catalogaçãojogos de apostas desportivasconteúdos proibidos pelas regras da plataforma como para treinar os sistemasjogos de apostas desportivasmachine learning que farão a filtragem automatizadajogos de apostas desportivasconteúdo."

Uma das quedasjogos de apostas desportivasbraço no projetojogos de apostas desportivaslei 2630/2020, conhecido como "PL das fake news", é a exigênciajogos de apostas desportivasque as companhias forneçam um relatório sobre como foi feita a moderaçãojogos de apostas desportivasconteúdo, com algumas especificações.

Google e Meta (ex-Facebook) publicaram cartas públicas dizendo que a proposta vai facilitar o trabalhojogos de apostas desportivasquem quer espalhar desinformação. Fornecer esses dados mostraria "o caminho das pedras".

Análisejogos de apostas desportivasdezembro do grupojogos de apostas desportivaspesquisajogos de apostas desportivasModeraçãojogos de apostas desportivasConteúdo Online do Centrojogos de apostas desportivasTecnologia e Sociedade (CTS), da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que o PL precisava estabelecer metodologia para os relatórios com intuitojogos de apostas desportivasmelhor "fiscalização e controlejogos de apostas desportivasfalhas e vieses" das plataformas.

Uma nova linguagem

Celular na cozinha

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Novo estilo para espalhar desinformação surgiu após a pandemia, diz pesquisador

A pandemia colocou novamente as redes sociais sob análise por causa da disseminaçãojogos de apostas desportivasfake news sobre o coronavírus. Foi um período fértil para vídeos selfie com testemunhos para apoiar teorias da conspiração.

"Uma coisa que surgiu desde a pandemia - e nem é um recurso sofisticado, é mais uma mudança da linguagemjogos de apostas desportivasdesinformação -, são esses vídeosjogos de apostas desportivasdepoimento,jogos de apostas desportivastestemunho, que reforçam uma determinada tese. Como 'a imprensa está exagerando os númerosjogos de apostas desportivasmortos e casosjogos de apostas desportivascovid' e aí aparecia um vídeo com cenasjogos de apostas desportivas'hospitais vazios' e 'cemitérios com muitas covas disponíveis' e geravajogos de apostas desportivas10 a 15 depoimentos diferentes, gravados no interior do Piauí, do Rio Grande do Sul,jogos de apostas desportivasSão Paulo, no Rio... enfim dando suporte à tese que está se tratando, né?", diz Ortellado, da USP.

O TikTok, a rede mais nova entre as mais populares no país, enfrentou críticas mundialmente pela circulaçãojogos de apostas desportivasinformações falsas sobre covid durante a pandemia.

No Brasil, onde reforçou presença a partirjogos de apostas desportivas2020, a rede chinesa firmou acordo com o TSE para apresentar um espaço com informações confiáveis sobre as eleições. Afirmou que não aceitará anúncios políticos pagos.

Explicou que vai remover informações falsas e sinalizar,jogos de apostas desportivasconteúdo potencialmente enganoso, que o post necessita verificação.

Os anúncios do Facebook

A Metajogos de apostas desportivasMark Zuckerberg, antigo Facebook Inc, que recebeu diversas críticas por fomentar a polarizaçãojogos de apostas desportivaseleições dos últimos anos, vai continuar aceitando propagandas políticas pagas.

A companhia informou que o Facebook e o Instagram vão ter sinalizaçãojogos de apostas desportivasque o post visualizado é uma propaganda política paga e que o conteúdo ficará armazenadojogos de apostas desportivasuma "bibliotecajogos de apostas desportivasanúncios" por um prazojogos de apostas desportivassete anos.

Lá ficará disponível um relatório com o totaljogos de apostas desportivasconteúdos impulsionados ejogos de apostas desportivasgastos com publicidade sobre política e eleições nos aplicativos.

Meta logo

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O Facebook mudoujogos de apostas desportivasnome recentemente para Meta e também adotou novo logo

"No nosso estudo na UFMG, foram elencadas 260 mil características que o Facebook permite otimizar para fazer uma propaganda direcionada, um recortejogos de apostas desportivasperfil. Então você cria uma equação com isso, para atingir alguém que, vamos supor, tem interessejogos de apostas desportivascomida japonesa, que torce para tal time e não apoia tal candidato", diz Fabrício Benevenuto, professorjogos de apostas desportivasCiência da Computação na Universidade Federaljogos de apostas desportivasMinas Gerais (UFMG).

"Há o pedido dentro do Facebook para que seja feita a declaraçãojogos de apostas desportivaspropaganda política, mas alguém pode mentir e fazer uma propaganda comum com algum conteúdo político. Aí, para ser identificado como propaganda irregular, deve haver denúncia ou precisa ter um bom rastreamento. Talvez nem vá para essa bibliotecajogos de apostas desportivasanúncios que foi adotada pelo Facebook", diz.

A Meta afirma que "durante a campanha do 1º turno da eleição municipaljogos de apostas desportivas2020 no Brasil, rejeitamos cercajogos de apostas desportivas250 mil vezes a submissãojogos de apostas desportivasanúncios sobre política ou eleições que não continham o rótulo 'Propaganda Eleitoral' ou 'Pago por' direcionados a pessoas no Brasil (conteúdos impulsionados). Desde agosto, qualquer pessoa ou organização que quiser fazer publicidade sobre política ou eleições no país precisa passar por um processojogos de apostas desportivasautorização, confirmandojogos de apostas desportivasidentidade e residência no Brasil".

O WhatsApp, da mesma empresa, não vai adotar uma ferramenta chamada "comunidades", que permite ao usuário seguir diversos grupos sobre um mesmo tema, até o fim das eleições. Foi apontado que esse recurso poderia facilitar propagaçãojogos de apostas desportivasdesinformação.

Ao site Poder360, o responsável por políticas públicas do aplicativo no Brasil, Dario Durigan, disse que foi combinado com o TSE que "mudanças significativas no produto do WhatsApp, no Brasil, não ocorrerão antes do fim das eleições".

Depois das investigações sobre disparosjogos de apostas desportivasmassajogos de apostas desportivasmensagem pelo WhatsApp nas eleiçõesjogos de apostas desportivas2018, o uso da ferramenta foi proibido e a companhia norte-americana vem processando firmas especializadasjogos de apostas desportivasmarketing político automatizado.

O WhatsApp diz que "conta com um sistemajogos de apostas desportivasintegridade que é constantemente aperfeiçoado e bane automaticamente cercajogos de apostas desportivas8 milhõesjogos de apostas desportivascontas por mêsjogos de apostas desportivastodo mundo por comportamento não-autêntico no aplicativo".

O Twitter também firmou uma parceria com o TSE.

A rede social vai ativar avisosjogos de apostas desportivasbusca para o usuário encontrar informações sobre votação, urna eletrônica e narrativasjogos de apostas desportivasdesinformação que estão se espalhando no momento. E criará emojis com o tema das eleições.

O Ministério Público Federal cobrou formalmente explicações do Twitterjogos de apostas desportivasjaneiro por causa da disseminaçãojogos de apostas desportivasfake news por usuários com selojogos de apostas desportivasverificação (uma conta oficial, que ganha destaque na rede).

O procurador Yuri Corrêa da Luz, da Procuradoria da Repúblicajogos de apostas desportivasSão Paulo, também pediu que a rede social explicasse por que havia mecanismos especiais para relatar circulaçãojogos de apostas desportivasdesinformação nos Estados Unidos mas não no Brasil.

Em um comunicado na época, o Twitter disse quejogos de apostas desportivaspolítica contra desinformação sobre a covid-19 "não prevê a atuaçãojogos de apostas desportivastodo conteúdo inverídico ou questionável sobre a pandemia, masjogos de apostas desportivastweets que possam expor as pessoas a mais riscojogos de apostas desportivascontrair ou transmitir a doença".

"Nossa abordagem a desinformação vai alémjogos de apostas desportivasmanter ou retirar conteúdos e contas do ar. O Twitter tem o desafiojogos de apostas desportivasnão arbitrar a verdade e dar às pessoas que usam o serviço o poderjogos de apostas desportivasexpor, contrapor e discutir perspectivas. Isso é servir à conversa pública."

Línea

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