Como China e Índia têm ajudado Rússia a driblar sanções comprando petróleo barato:wr sports

wr sports A Rússia encontrou na Ásia novos clientes parawr sportspoderosa indústriawr sportspetróleo e gás. E, graças a eles, tem sido capazwr sportsmitigar os efeitos das fortes sanções econômicas impostas aos produtos russos pela Europa Ocidental e pelos Estados Unidos.

Após invadir a Ucrânia, a Rússia ultrapassou a Arábia Saudita e se tornou o principal fornecedorwr sportspetróleo para a China.

A Rússia teria oferecido descontos à Chinawr sportsseus preçoswr sportspetróleo e gás, o que abriu à Rússia um enorme mercado até então não explorado e capazwr sportscompensar, ao menoswr sportsparte, as perdas pelo bloqueio nas vendas após as sanções econômicas.

A Rússia também se voltou para a Índia: antes da invasão da Ucrânia, apenas 1% das suas exportaçõeswr sportspetróleo eram destinadas ao país. Em maiowr sports2022, elas correspondiam a 18%.

China, Rússia e Índia compõem, junto com Brasil e África do Sul, o bloco geopolítico dos Brics. E, apesarwr sportsdécadaswr sportsdesavenças, a aproximação recente entre Rússia, China e Índia traz não apenas ganhos financeiros para todos, mas também reforçam suas posições internacionais na disputa com o bloco antagônico, liderado pelos Estados Unidos.

Em 19wr sportsjunho,wr sportsdiscurso virtual durante a abertura do fórumwr sportsnegócios dos Brics, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deixou claro que enviar seus produtos para os demais membros dos Brics, especialmente Índia e China, é a estratégia da Rússia para driblar as sanções.

Enquanto vende derivadoswr sportspetróleo a chineses e indianos, Putin citou a possibilidadewr sportsaumentar a presençawr sportscarros da China no país e a aberturawr sportslojaswr sportsuma rede indianawr sportssupermercados.

"As entregaswr sportspetróleo russo para China e Índia estão aumentando. E a cooperação agrícola tem se desenvolvido dinamicamente", disse Putin, o principal responsável pelas remessaswr sportsfertilizantes para os países dos Brics.

Segundo Putin, junto com os demais membros do bloco, os russos têm avançado para diminuirwr sportsdependência financeirawr sportsdólar e euro nas transações internacionais.

Fora a Rússia, três dos quatro membros dos Brics se abstiveramwr sportsapoiar a condenação da invasão à Ucrânia proposta na Organização das Nações Unidas (ONU).

A exceção foi o Brasil, que apoiou a medida sugerida pelos americanos. O governo brasileiro, no entanto, deixou claro que era contrário às sanções impostas por Estados Unidos e Europa Ocidental à economia russa.

Os ganhos são evidentes para Putin. Houve uma queda significativa nas receitas das exportaçõeswr sportspetróleo e gás, mas os lucros do setorwr sportsenergia ainda são suficientes para financiar, entre outras coisas, a guerra na Ucrânia.

Petróleowr sportspromoção

De acordo com dados da Administração Geralwr sportsAlfândegas da China, as importaçõeswr sportspetróleo russo — incluindo suprimentos vindos do oleoduto da Sibéria Oriental-Oceano Pacífico — atingiram 8,42 milhõeswr sportstoneladas no mês passado.

Isso representou um aumentowr sports55%wr sportsrelação a 2021, atingindo níveis recordes no mêswr sportsmaio.

Empresas estatais chinesas, como Sinopec e Zhenhua Oil, reforçaramwr sportsdemanda por petróleo nos últimos meses.

As empresas receberam grandes descontos da Rússia, pois os compradores na Europa e nos Estados Unidos começaram a evitar o petróleo e o gás russos após a invasão.

Isso deixou a Arábia Sauditawr sportssegundo lugar entre os países que fornecem petróleo à China, com 7,82 milhõeswr sportstoneladas.

Mas a Rússia não é o único país sob sanções do qual a China está comprando petróleo: o país adquiriu 260 mil toneladaswr sportspetróleo do Irã no mês passado, a terceira compra desse tipo desde dezembro.

Brechas nas leis

De acordo com um relatório do Centrowr sportsPesquisawr sportsEnergia e Ar Limpo (Crea, na siglawr sportsinglês), a Rússia teve um declínio contínuowr sportssuas vendaswr sportsderivados do petróleo desde o início das sanções.

O relatório alerta, porém, que a Rússia encontrou brechas nas leis para seguir exportando.

Uma delas seria exportar petróleo cru para países como a Índia, onde esse produto é refinado e depois enviado para países europeus.

"O relatório observa que cada vez mais petróleo russo está sendo exportado para a Índia para refino e que muito desse petróleo refinado chega aos mercados europeus", disse Theo Legget, repórter da BBC especialistawr sportsnegócios.

"E enquanto a Rússia procura novos mercados para seus produtos, o petróleo russo passawr sportsoleodutos para navios, a maioria deles pertencentes a empresas europeias. Para que a pressão sobre a Rússia seja efetiva, questões como essas devem ser abordadas."

O dilema da Europa

A União Europeia (grupowr sports27 países da Europa) continua sendo o principal compradorwr sportsgás e petróleo da Rússia.

Estima-se que US$ 59 bilhões dos US$ 97 bilhões (ou R$ 307 bilhões dos R$ 505 bilhões) que a Rússia recebeuwr sportsexportaçõeswr sportsenergia durante os primeiros 100 dias da guerra na Ucrânia vieram do bloco.

Ao menos por ora, tem se mostrado impossível para a União Europeia chegar a um acordo para proibir completamente a comprawr sportspetróleo e gás da Rússia. Mas alguns planos têm avançado.

O bloco planeja impor uma proibição às importaçõeswr sportspetróleo russo que chegam por mar antes do final do ano, o que reduziria o montante importadowr sportsmaiswr sports60%.

Além disso,wr sportsmarço, a comunidade europeia se comprometeu a reduzir as importaçõeswr sportsgás russowr sportspelo menos dois terçoswr sportsum períodowr sportsum ano.

Porwr sportsvez, os Estados Unidos decretaram a proibição total das compraswr sportspetróleo, gás e carvão da Rússia, e espera-se que o Reino Unido faça o mesmo antes do finalwr sports2022.

O que pode acontecer?

"Com os preços dos combustíveis disparando", diz Dharshini David, correspondente globalwr sportsnegócios da BBC, "não são apenas os motoristas que fazem fila quando veem um desconto."

David explica que Índia e China têm conseguido tirar proveito da situação atual na Rússia, mas alerta que, com a entradawr sportsvigor das sanções europeias e a transição para outros fornecedores, o bom momentowr sportsexportação russa pode durar pouco.

"As receitas petrolíferas da Rússia já começaram a cair, e isso se intensificará à medida que outras nações busquem fontes alternativaswr sportsenergia."

- Texto originalmente publicadowr sportshttp://www.mi-rob.com/internacional-61890519

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