A cidade espanhola onde a água 'desafia' a gravidade:crash aposta grátis

Crédito, Perszing1982/Getty Images
A façanhacrash aposta grátismil anos ainda impressiona os engenheiros hoje:crash aposta grátisum ensaio sobre momentos-chave da história da água na civilização, o Programa Hidrológico Internacional da Unesco observou que "a tecnologia moderna da água deve ao legado [destes] jardins aquáticos e casascrash aposta grátisbanho", que antes eram apreciados apenas pelos ricos e poderosos, mas hoje tornaram os banhos e as hortas particulares acessíveis e práticas.
Por milênios, grandes cidades surgiram na beira dos rios, nas margens dos lagos e nas costas dos mares.
É o caso também do grande Reinocrash aposta grátisGranada, que se desenvolveu ao longo dos rios Darro e Genil, no que se tornaria a comunidade autônoma da Andaluzia na Espanha.
Para os governantes islâmicos que controlaram esta e outras partes da Espanha por quase 800 anos, a água desempenhava uma função essencial na sociedade — não apenas para a sobrevivência, mas também para fins religiosos e estéticos.
"No Islã, a água é a origem da vida, é um símbolocrash aposta grátispureza e atua como purificador do corpo e da alma; é considerada piedosa", diz Rocío Díaz Jiménez, diretora-geral do conselhocrash aposta grátisadministração da Alhambra e do Generalife.
As fontes públicas, decoradas com azulejoscrash aposta grátiscerâmica, eram abundantes nas ruas das cidades andaluzas. Elas foram instaladas ao ladocrash aposta grátismesquitas para ablução (ritualcrash aposta grátispurificação antes das orações), ou próximo aos portões da cidade para matar a sede dos viajantes.
Mesmo dentro das casas, a água era o foco. "Era raro o pátiocrash aposta grátisuma casa andaluza não ter uma fonte centralcrash aposta grátiságua, por mais humilde que fosse — seja uma piscina, uma fonte ou uma bacia", afirma Díaz.
"A água também faz parte da essência da Alhambra — um elemento fundamental paracrash aposta grátisexistência."
O desafiocrash aposta grátislevar água para o topo
Mas nem sempre foi assim. Os historiadores acreditam que a Alhambra foi designada como uma fortaleza no século 9 por um homem chamado Sawwar ben Hamdun, durante as guerras entre muçulmanos e cristãos que se converteram ao islamismo.
No entanto, só com a chegada no século 13crash aposta grátisMuhammad 1º, o primeiro rei da dinastia nasrida — que governariacrash aposta grátis1230 até a conquista católica espanholacrash aposta grátis1492 —, que os engenheiros conseguiram superar o desafio da localização elevada da Alhambra, a 840mcrash aposta grátisaltura no monte Sabika, e a transformaramcrash aposta grátisuma cidade palaciana habitávelcrash aposta grátis26 acres com acesso à água corrente.

Crédito, amoklv/Getty Images
Enquanto os mouros vinham usando acequias simples, ou pequenos canais, nas áreas circundantes há séculos, com basecrash aposta grátistécnicascrash aposta grátisirrigação que aprenderam com os persas e romanos durantecrash aposta grátisexpansão pelo Mediterrâneo e pela Península Ibérica, a grande inovação dos nasrida foi criar uma que levasse a água por 6 km — do rio mais próximo até o alto do seu elaborado complexocrash aposta grátispátios, jardins e casascrash aposta grátisbanho.
Como explica Díaz, "tudo indica que os nasridas foram os primeiros a levar água para o monte vermelhocrash aposta grátisSabika e torná-lo habitável".
O cernecrash aposta grátissua inovação foi a Acequia Real — um canalcrash aposta grátis6 km que saía do rio Darro.
Um açude, ou barragem, foi construído para desviar o fluxo rio acima, e a força do rio o transportava ao longo da encosta antescrash aposta grátisdistribuir a águacrash aposta grátiscanais menores. Rodascrash aposta grátiságua, ou na'ura, foram adicionadas para elevar a água a diferentes níveis.
Em seguida, passava por uma complexa estrutura hidráulica composta por grandes piscinas, cisternas e uma infinidadecrash aposta grátistuboscrash aposta grátisuma rede perfeitamente interligada, antescrash aposta grátisser transportada para os jardins do Generalife e para o próprio palácio da Alhambra por meiocrash aposta grátisum aqueduto.
Os visitantes ainda podem ver parte da Acequia Real hoje no Pátio da Acequia do Generalife, onde corre pelo meio do pátio emoldurada por jatoscrash aposta grátiságuacrash aposta grátisarco.
"A água corrente dá à Alhambra uma sensação mágica", afirmou a turista Krista Timeus, que écrash aposta grátisBarcelona,crash aposta grátismarço.
"Minha vista favorita é a do palácio e do céu refletidos nas piscinas compridas dos pátios internos. Nosso guia nos disse que para os nasridas ter a água como tema central no palácio era um importante símbolocrash aposta grátisstatus e riqueza da região, então faz sentido que seja um elemento central da arquitetura. É difícil imaginar o lugar sem ela."
Fonte dos leões
Com o passar do tempo, o sistemacrash aposta grátisirrigação do palácio-cidade foi ampliado: mais rodascrash aposta grátiságua e albercas (grandes piscinas) foram construídas, e cisternas foram adicionadas para coletar a água da chuva.
Mais tarde, outro canal foi bifurcado a partir da Acequia Real, chamado Acequia Tercio, que levou a água ainda mais alto e regou os pomares acima do Generalife.

Crédito, EunikaSopotnicka/Getty Images
Um dos exemplos mais inteligentes do sistema hidráulico da Alhambra está no Palácio dos Leões.
No centrocrash aposta grátisum pátio grande e sereno, a Fonte dos Leões brilhacrash aposta grátismármore branco, cercada por colunas esculpidas. A fonte consistecrash aposta grátisum grande prato sustentado por 12 leões míticos brancos.
A água jorra da bocacrash aposta grátiscada animal, alimentando quatro canais no pisocrash aposta grátismármore do pátio que representam os quatro rios do paraíso e, na sequência, percorre o palácio para resfriar os cômodos.
Díaz descreve a fonte como a personificação do sistema como um todo.
"A Fonte dos Leões reúne o conhecimentocrash aposta grátisuma tradição técnica, frutocrash aposta grátisestudos e experiências construtivas ao longocrash aposta grátismuitos séculos, que permitiram a criação da Alhambra", diz ela.
Enquanto a Acequia Real foi continuamente modernizada e ampliada ao longo dos séculos, outras acequias da região caíram num estadocrash aposta grátisabandono no século 20 e pararamcrash aposta grátisfuncionar.
Foi o caso do canal Aynadamar do século 11, a acequia mais antiga da cidade. Com um nome que significa "Fontecrash aposta grátisLágrimas", permitiu o desenvolvimento do distrito medievalcrash aposta grátisAlbaicín,crash aposta grátisGranada, parte do statuscrash aposta grátisPatrimônio Mundial da Unesco da área.
Restauração com técnicas tradicionais
Neste ano, José María Martín Civantos, professor da Universidadecrash aposta grátisGranada especializadocrash aposta grátishistória medieval e técnicas antigascrash aposta grátisirrigação, e a Fundación Agua Granada (uma organização sem fins lucrativos destinada a preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável) estão liderando um projeto para restaurar o canalcrash aposta grátisAynadamar, dando continuidade ao legadocrash aposta grátisirrigação dos mouros.

Crédito, Juana Mari Moya/Getty Images
Ainda hoje, com toda a nossa tecnologia moderna, temos muito a aprender com estes antigos sistemascrash aposta grátiságua.
Por isso, como explicou Civantos, "a obra será realizadacrash aposta grátisacordo com os costumes tradicionais, respeitando o traçado original e o seu patrimônio, assim como a recuperação do canal e do seu ambiente".
A expectativa é que o projeto tenha um impacto além da Alhambra também.
Sebastián Pérez Ortiz, diretor administrativo da Fundación Agua Granada, disse que a água vai irrigar áreas com ecossistemas semiáridos, e o Aynadamar vai se tornar um corredor ecológico para o desenvolvimento da vegetação nativa e um habitat para muitos animais.
Esse potencialcrash aposta grátisconhecimento — e benefícios ambientais — é também o motivo pelo qual os cientistas da Associação Internacionalcrash aposta grátisEngenharia e Pesquisa Hidroambiental vão realizar seu Congresso Mundialcrash aposta grátisGranada neste ano, analisando (e reforçando) a importante relação da cidade com a água no passado, presente e futuro.
Os cientistas do congresso vão estudar estes antigos sistemascrash aposta grátisirrigação e ecossistemas associados, assim como o elaborado sistema hidráulico da Alhambra para ver o que podem aprender hoje.
"As técnicas engenhosas dos mouros nos mostram que inovação e tecnologia não precisam ser incompatíveis com a conservação, muito menos com a sustentabilidade", explica Civantos.
"Os sistemascrash aposta grátisirrigação nos oferecem um vasto ecossistema do qual dependem muitascrash aposta grátisnossas paisagens culturais".
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