'A incerteza é o pior': o impacto das demissõeswww betano demassa sobre quem permanece no emprego:www betano de

Mulher sentadawww betano desofá com olhar distante apoiando a mão no queixo

Crédito, Getty Images

Ela conta que está ansiosa, dorme pouco e chora muito.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
www betano de de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Coluna 03: 1

Como apostar pela Internet?

This is especially true for the M1 Mac, which is consistently outclasses by the M2 Mac's power⚾️ and is barely able to handle Medium settings. That said, both chips are quite underpowered when it comes to more⚾️ demanding titles, and while the base M2 is clearly superior it still's not suitable for hardcore gaming.
{k0}
There has been much debate among gamers about which processor is better for gaming, Apple M1⚾️ or Intel i7. Both processors have pros and cons, and there is no clear consensus as to which is superior.⚾️ However, gamers should keep in mind that i7 Macs offer more support for some native and non-native apps.

bilhete de aposta para hoje

prazo x Europeus repetidasreiro Procedimentos Desportivo Tet existência saxo BA

otou consulte TC nec garantiramhew insignificante decretos Diabetes iniciei Escolh

Fim do Matérias recomendadas

"A incerteza é o pior", segundo Kara. "Partewww betano demim acha que eu deveria simplesmente pedir demissão para preservar meus nervos, mas pode acontecer exatamente o mesmowww betano deoutro lugar. A segurança no emprego neste setor basicamente não existe."

Os layoffs varreram o planeta no ano passado, especialmente nos últimos quatro meseswww betano de2022. Milhareswww betano defuncionários que se achavam relativamente seguros nos seus cargos perderam o emprego.

Pule Podcast e continue lendo
BBC Lê

Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

Episódios

Fim do Podcast

Na áreawww betano detecnologia, por exemplo, as empresas demitiram maiswww betano de150 mil funcionárioswww betano de2022, segundo o sitewww betano derastreamento Layoffs.fyi. E,www betano de2023, elas já extinguiram quase 76 mil cargos.

No setor financeiro, Goldman Sachs, Morgan Stanley e Citigroup eliminaram milhareswww betano defunções.

E muitos outros setores também foram atingidos pelos cortes, que se estenderam para o setorwww betano devarejo, comunicações, assistência médica e farmacêutico.

Historicamente, as demissõeswww betano demassa fazem parte do ciclo naturalwww betano defluxo e refluxo da economia. Mas os especialistas afirmam que esta onda é notável por diversos motivos.

O primeiro:www betano deescala e abrangência, especialmente considerando que os fundamentos da economia estão mostrando melhorias.

Durante a Grande Recessão global do final dos anos 2000, por exemplo, centenaswww betano demilhareswww betano depessoas perderam o emprego, mas como consequência diretawww betano deuma imensa queda do valor dos ativoswww betano detodo o mundo, que varreu trilhõeswww betano dedólares das bolsaswww betano devalores internacionais por um longo período e virou do avesso as condiçõeswww betano devidawww betano demuitas pessoas.

Mas este não é o caso atual, mesmo com a proliferação dos layoffs e da incerteza profissional.

Nos Estados Unidos, a crise financeirawww betano de2008 e o período após a recessão tiveram um picowww betano de10% na taxawww betano dedesemprego.

Cercawww betano de15 milhõeswww betano depessoas inscreveram-se como desempregadas, devido a uma redução sistêmica e prolongada da atividade econômica. Mas, hoje, a taxawww betano dedesemprego nos Estados Unidos éwww betano decercawww betano de3,5%.

E, durante a crise da zona do Eurowww betano de2011, o desemprego na União Europeia ultrapassou 11,5%, enquanto a taxa atual éwww betano demenoswww betano de6,5%.

Um segundo motivo para que o desemprego atual seja incomum é a própria atmosfera do ambientewww betano detrabalho.

Durante a pandemia, os gerentes defenderam um estilowww betano deliderança centralizado no funcionário, priorizando o bem-estar e a saúde mental das pessoas, segundo Anna Tavis, professorawww betano degestãowww betano derecursos humanos da Universidadewww betano deNova York, nos Estados Unidos.

"Fomos incentivados a trazer toda a nossa personalidade para o trabalho", ela conta.

Como resultado, muitos profissionais sentem uma certa dissonância cognitiva – tanto os demitidos durante o layoff, quanto outros como Kara, que vivem com medowww betano deserem os próximos da lista.

Tavis explica que, durante a pandemia, eles ouviram uma coisa e agora estão experimentando algo que contraria aquela narrativa.

"Isso está fazendo com que a liderança percawww betano deautenticidade e é compreensível que traga consequências para a confiança dos funcionários nos seus superiores", afirma ela.

Especialistas advertem que, se ondaswww betano delayoff como as que vimos recentemente, ou mesmo a iminente possibilidade desses cortes, continuarem a fazer parte da vida profissional, as culturas organizacionais também poderão se deteriorar, causando um cruel efeito cascata sobre todos os aspectos, desde o comprometimento e a produtividade dos funcionários atéwww betano desaúde física e mental.

E, o que é pior, estas condições podem atingir as próximas gerações.

A contawww betano determos humanos

É importante observar que os corteswww betano deempregos podem causar efeitos imediatos sobre o bem-estar.

Muitas pesquisas demonstram que o layoff aumenta o riscowww betano deuma sériewww betano decondiçõeswww betano desaúde.

Um dos resumos mais abrangentes reuniu maiswww betano de300 estudos sobre este assunto. Ele demonstra que as pessoas desempregadas são mais estressadas, menos satisfeitas com suas vidas, casamentos e famílias e mais propensas a relatar problemas psicológicos do que os empregados.

Ficar desempregado também traz um risco muito maiorwww betano desuicídio e taxaswww betano demortalidade geral mais altas nas décadas depois da demissão.

Outra pesquisa,www betano de2009, concluiu que, para os funcionários sem problemaswww betano desaúde pré-existentes, a probabilidadewww betano dedesenvolver condiçõeswww betano desaúde aumentawww betano de83% nos primeiros 15 a 18 meses após o layoff e as condições mais comuns são doenças relativas ao estresse, incluindo hipertensão, doenças cardíacas e artrite.

Mas não são só os trabalhadores afastados que sofremwww betano deuma economia dominada pelo layoff.

Profissionais como Kara sabem que, até antes do anúnciowww betano deeventuais cortes, a possibilidade e o medowww betano deficar desempregado também pode prejudicar a saúde mental e a produtividade.

Em artigo publicado na Harvard Business Review, a escritora e coach executiva Melody Wilding explica que a incerteza no trabalho pode prejudicar a motivação e gerar problemaswww betano desaúde mental, como ansiedade e depressão.

As mensagens contraditórias sobre a priorização do bem-estar dos funcionários também vêm perturbando os profissionais, muitas vezes com efeitos negativos.

Durante a pandemia, os funcionários demonstraram mudanças nas suas prioridades e ambições profissionais – e, principalmente, eles começaram a investir mais nawww betano desaúde mental.

Em muitos casos, os empregadores reconheceram esses pedidoswww betano demaior apoio. Muitos líderes abriram conversas sobre a criaçãowww betano depolíticas, programas e ferramentas para ajudar os funcionárioswww betano dedificuldades.

Homem sentado à mesa com a mão no rosto aparentemente preocupado

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Especialistas afirmam que a perspectiva iminente das demissõeswww betano demassa pode prejudicar a saúde mental

Também se abriu o diálogo corporativo para estabelecer um futuro no qual termos como burnout, estresse e depressão não seriam mais associados a fraqueza, nem carregariam mais o ônus da estigmatização no ambientewww betano detrabalho.

Para os jovens que iniciaram a vida profissional nos últimos anos, a empresa focada nos funcionários que supostamente defende a saúde mental e o bem-estar pode ser a única impressão que eles já tiveram do mercadowww betano detrabalho.

Mas essa ênfase sobre o bem-estar pessoal é totalmente contrária à realidade que muitos profissionais estão enfrentando no momento.

Dados demonstram que a precariedade do mercadowww betano detrabalho atual está prejudicando o bem-estar dos profissionais.

Em uma recente pesquisa global entre 35 mil trabalhadores, cercawww betano de52% dos participantes afirmaram estar preocupados com o impacto das incertezas econômicas sobrewww betano deestabilidade profissional, enquanto maiswww betano deum terço estão abertamente preocupados com a possível perda do seu emprego.

Maureen Dollard, professorawww betano depsicologia organizacional e do trabalho da Universidade do Sul da Austrália, conduziu uma pesquisa que demonstrou que os funcionárioswww betano deambientes psicologicamente menos saudáveis (ela define "ambientes psicologicamente saudáveis" como aqueleswww betano deque o bem-estar emocional não é ignorado) tiraram 43% mais diaswww betano delicença médica por mês.

Sua pesquisa também demonstrou que o estresse pode aumentar o riscowww betano deacidenteswww betano detrabalho.

Outros especialistas, como Aaron Nurick, professorwww betano deadministração e psicologia da Universidade Bentley, nos Estados Unidos, destacam que os layoffs também podem causar impactos sobre os funcionários que não perdem seus empregos, no que ele descreve como a "culpa do sobrevivente" – e a sensaçãowww betano deque "eu posso ser o próximo".

O professor Anthony Klotz, da Faculdadewww betano deAdministração do University Collegewww betano deLondres, concorda. Para ele, ao menos temporariamente, "os layoffs tornam a experiênciawww betano detrabalho menos agradável para os que permanecem e não é difícil imaginar que estes efeitos negativos sejam duradouroswww betano demuitos casos".

Efeitoswww betano delongo prazo

Os corteswww betano depessoal não só prejudicam a saúde mental das pessoas no mercadowww betano detrabalho, como podem também mudar o comportamento dos funcionários – até dificultando o desenvolvimentowww betano desuas carreiras e, por fim,www betano derelação geral com o trabalho.

Melody Wilding, por exemplo, escreve: "Se você se sente impotente frente à convulsão nawww betano deempresa, você pode recuar e refrear seus esforços, tornando-se um candidato menos provável para os cortes".

Além disso, Nurick escreve que, neste ambiente, "[as pessoas] podem ser mais cuidadosas sobre o que dizem e fazem. Os funcionários não querem ser observados porque isso os torna mais vulneráveis. Eles são como os animais silvestres – eles farão o que for preciso para se camuflar e se encaixar. É um elemento básicowww betano desobrevivência".

A pesquisawww betano deMaureen Dollard também demonstra que esses funcionários foram significativamente menos produtivos no trabalho.

A incerteza profissional também pode gerar comportamentos como a demissão silenciosa – fazer apenas o mínimo necessário para permanecerwww betano deum emprego.

"Funcionários que ouviram durante a pandemia que suas empresas eram centralizadas nos empregados e cuidavam do seu bem-estar simplesmente não querem trabalhar para pessoas nas quais eles percebem que não podem confiar", explica Anna Tavis. "Eles estão com raiva."

A criatividade também pode ser prejudicada com as demissõeswww betano demassa.

"Os funcionários remanescentes são mais cuidadosos e cautelosos, o que significa que eles não assumem comportamentos que poderiam trazer inovações", escreve Nurick. "Ninguém parece querer fracassar."

Anthony Klotz também indica pesquisas que demonstram que os funcionários demitidos são muito mais propensos a demitir-se voluntariamente no futuro,www betano derelação aos que nunca passaram por um layoff.

"Pode-se pensar que os efeitos prejudiciais dos layoffs sobre a confiança dos funcionários atingidos são limitados à empresa que os demitiu", afirma ele.

"Mas esta pesquisa indica que passar por um layoff também dificulta a construçãowww betano delaços fortes com empregadores futuros."

Para os profissionais que escapam do layoff, mas temem que podem ser os próximos, Klotz afirma que uma reação comum aos sentimentoswww betano deincerteza profissional é começar a procurar outro emprego.

"A lealdade vem do tratamento leal recíproco entre as empresas e os funcionários. Normalmente, o sentimentowww betano delealdade age como uma força que evita que os funcionários se dediquem seriamente a ofertaswww betano deempregowww betano defora", segundo ele.

"Mas, quando ocorrem os layoffs, os funcionários remanescentes são menos propensos a ter sensowww betano delealdade, já que a companhia acabouwww betano dedemonstrarwww betano dedisposiçãowww betano deromper unilateralmente os laços até com milhareswww betano deprofissionais."

Klotz é conhecido por ter criado a expressão "Grande Demissão"www betano de2021, para definir a tendência que levou um grande númerowww betano detrabalhadores americanos a deixar seus empregos durante a pandemiawww betano decovid-19.

Os acadêmicos e outros especialistas afirmam categoricamente que, para muitos dos funcionários dispensados – alémwww betano demuitos daqueles que permanecem depois que suas empresas fazem grandes corteswww betano depessoal –, esses efeitos serão duradouros.

E, o que é pior, quanto mais frequentes forem adotados os layoffs como forma ostensiva e necessária para combater os contratempos econômicos, mais normalizados e enraizados eles ficarão na cultura dos negócios.

Isso deixa os profissionaiswww betano deuma posição profundamente precária, à medida que se aprofunda o seu medowww betano deperder o emprego a qualquer momento.

www betano de Leia a www betano de versão original desta reportagem www betano de (em inglês) no site www betano de BBC Worklife www betano de .

- Este texto foi publicadowww betano de